quinta-feira, 31 de julho de 2008

O óbvio e o(s) obtuso(s)

A conexão entre as FARC e o governo Lula, pedra já tão cantada por Olavo de Carvalho, não era invenção não. A revista colombiana Cambio acaba de publicar informações exclusivas sobre a relação dos petistas com o grupo guerrilheiro colombiano, obtidas através do utilíssimo computador do Raul Reyes. Já sei, logo vão estar todos dizendo que é invenção, que é tudo criação dos agentes do imperialismo, do Uribe e da mídia golpista... Enquanto isso, leiam:

EL EMPLEO
17 de enero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"El lunes 15 inició 'la Mona' su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República".

ACTUAR CON CAUTELA

14 de abril de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'

"Debo actuar con cautela para no facilitar al enemigo argumentos que lleven a cuestionar el refugio. En ese sentido, el haber conseguido el traslado de 'la Mona' y 'la Timbica' para la capital del país, ha sido importante. Ese bajo perfil lo mantendré hasta la neutralización. Obtenida esta, tendré pasaporte brasileño y lo primero que debo pensar es en irlos a ver".

Mais, no link acima. Ou aqui.

A maldição da mídia

A mídia está preocupada. Obama não está tão à frente nas pesquisas quanto deveria, considerando a sua triunfal viagem a Berlim. Chega mesmo a estar atrás de McCain em uma delas. Qual o motivo?

Talvez a causa seja mesmo a sua superexposição midiática. Todos sabem que o que a mídia cria, a mídia destrói. Não pode evitá-lo: é a sua natureza, como a do escorpião da fábula. Pensem em Michael Jackson. Pensem em Britney Spears. Pensem na Princesa Diana. Por quanto tempo pode a mídia manter acesa uma mania até que esta comece a cansar o público e voltar-se contra si mesma? Qual é o limite?

Eis aqui o trecho de uma reportagem de uma jornalista-tiete da revista alemã Bild (imagino que seja uma espécie de Caras local), e que talvez indique com precisão o momento em que Obama "jumped the shark":

Ele levanta um par de pesos de 16 quilos e realiza 30 repetições. Então, incrivelmente, pega os halteres de 36 quilos! Lentamente os ergue, realiza 10 movimentos com seu braço esquerdo, logo outros 10 com o direito. Ele respira profundamente e bebe um gole da garrafa de água mineral Evian de 0,5 litros.
(...) Eu pergunto, "Sr. Obama, posso tirar uma foto?". "É claro!", ele responde, antes de perguntar o meu nome e sentar ao meu lado.
"Meu nome é Judith," respondo. "Eu sou Barack Obama, muito prazer!", ele diz, e coloca seu braço sobre meu ombro. Eu enlaço a sua cintura - uau, ele nem mesmo suou. QUE HOMEM!
Se Obama morrer na praia, vai ser por culpa justamente da mídia que tanto o idolatra.


quarta-feira, 30 de julho de 2008

O fim de Paris?

Paris é - quem pode negar, certo, confetti? - uma das cidades mais belas e românticas do mundo. Uma das razões para isso é a proibição de construir prédios mais altos do que 37 metros no seu entorno urbano, vigente há várias décadas. E, no entanto, o prefeito socialista Bertrand Delanoè quer mudar as regras e permitir a construção de prédios de até 200 metros de altura. Mais de dois terços da população da cidade é contrária à mudança, mas o prefeito, em perfeita lógica socialista, informa:
"Os parisienses não gostam da idéia de edifícios altos: as pesquisas dizem isso claramente. Mas a missão dos funcionários públicos é guiar-se pelo interesse geral, e não por pesquisas."
Evidentemente, o prefeito e seus funcionários sabem mais sobre qual seria o interesse geral do povo do que meras pesquisas de opinião popular...

Um dos nouveau arquitetos da cidade, sentindo o cheiro de comissões, é a favor do plano para destruir Paris, e afirma que "temos que parar de pensar em Paris como uma cidade-museu." Curiosamente, o mesmo arquiteto é o autor de um dos museus mais horrorosos da cidade.

Os parisienses têm fama de esnobes, chatos e antipáticos, mas nem mesmo eles merecem a feiúra da arquitetura moderna e dos edifícios residenciais de cinqüenta andares.

A Paris do futuro: a Torre Eiffel pode ser vista logo atrás.
(Veja outros projetos medonhos pra Paris de amanhã.)

terça-feira, 29 de julho de 2008

O leitinho das crianças

A propaganda palestina já foi melhor... Esta é realmente de doer: o Hamas diz que os túneis subterrâneos construídos entre a fronteira de Gaza e o Egito não são para o contrabando de armas, mas sim para trazer leite para as crianças...

Bem, considerando que há idiotas que acreditam em qualquer coisa saindo da boca dos "oprimidos palestinos", quem sabe eles caiam nessa também.

Mas por que será que até para carregar leite em pó os otários precisam estar mascarados?

(via LGF).

"Pô, Ahmed! Tá faltando o meu Toddynho?!"

O leite precisa ser içado com cabos? É que a garrafa poderia explodir...

Mozz em Tel-Aviv

E continuando com os posts sobre temas vários e irrelevantes: o cantor Morrissey (ex-Smiths) chegou ontem em Israel, para um show hoje à noite em Tel Aviv. Entidades palestinas, pra variar, protestaram pois queriam um boicote, mas quando é que esses caras não protestam?

"Why do you come here
When you know you make things hard for me?"
I'm soooo sorry
...

Pobres não se importam com o aquecimento global

O "aquecimento global" é uma preocupação das elites, que sentem-se culpadas por viajar de avião ou de SUV aqui e ali. Os pobres querem eletricidade, aqui e agora:

“They [poor people] could not give a damn about climate change because they want 24 hours a day light,” said Luft who cited the example of people living in slums outside Bangalore, India. “In India alone, 600 million people are not connected even to the [power] grid,” said Luft, “When you talk to these people all you have to do is drive 10 minutes from the center of Bangalore to the slums there and ask them about climate change. And they’ll tell you: ‘We want electricity, we want it today, we want it cheap, we don’t care how you make it.’”

Os ricos tampouco querem cortar seu consumo de eletricidade e gasolina, é claro. Querem que os outros cortem. Como em tudo na vida, são sempre os outros que devem fazer sacrifício.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sonham os andróides com ovelhas elétricas?

Estes andróides japoneses ainda não são muito espertos, mas conseguem responder a perguntas do público e reagir a estímulos externos. Seu movimento corporal ainda é estranho. Já em termos de voz e expressões faciais, eles são extremamente realistas.

Estes modelos são chamados de "actróides". De fato, daqui há alguns anos, com alguns ajustes a mais, poderão ser usados como atores em filmes. Mesmo com inteligência limitada, talvez sejam mais espertos do que o Sean Penn e ou a Naomi Campbell.

Será que um dia será possível criar esse sonho da ficção científica, andróides com inteligência real, emoções e sentimentos?

Aqui um artigo incluindo entrevista com o criador dos robôs abaixo, Hiroshi Ishiguro (o último dos andróides, visto no vídeo de baixo, é baseado no rosto próprio Ishiguro).



domingo, 27 de julho de 2008

Poema do domingo

Ho tentato di baciarti e tu mi hai morso


Ho tentato di baciarti e tu mi hai morso,

tutto tutto è perduto.

Possedevo un divino paradiso

in quei giorni lontani.

Vivevo in un altro sogno

che i timori malcerti

di una fine e i rimorsi

mi facevano solo più bello.

Ora ho perduto tutto.

Per volere sapere,

per il mio male implacabile

che non crede al futuro

mi sono gettato nel buio…

Cesare Pavese (1908-1950)

sábado, 26 de julho de 2008

Obama, ainda

Não está pegando muito bem nos EUA a viagem de Obama ao Oriente Médio e à Europa. O candidato já caiu vários pontos nas pesquisas. Os artigos de sátira se multiplicam (este aqui, britânico e cheio de alusões bíblicas, está ótimo). A mídia, aqui e ali, começa a ser mais crítica. Mais do que a imagem de um estadista global, começa a passar a imagem de um narcisista sem controle.

O fato é, o discurso de Obama na sua viagem não é para o eleitorado americano, mas para o resto do mundo. As elites globalistas salivaram com o seu discurso; o eleitor de Ohio, um pouco menos. Uma colunista canadense observou que, no seu discurso em Berlim, o candidato era mais aplaudido quando dizia-se "cidadão do mundo", entre outras platitudes internacionalistas. Quanto mais se afastava da América, mais era aplaudido.

Talvez esse seja o problema das atuais elites políticas do mundo atual, especialmente de EUA e Israel. Cansados das eternas críticas às suas políticas, querem ser "melhor vistos" pelo resto do mundo. Espelham-se então nos desejos, não do próprio povo, mas dos estrangeiros, da tal "comunidade internacional".

O problema com este approach é que, como na fábula do velho, o menino e o jumento, não importa o que você faça, o "resto do mundo" sempre vai achar algum motivo para criticar.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O fim da infância

Leio no Pajamas Media um artigo sobre a paranóia com os adultos que tiram fotos de crianças, mesmo que sejam de seus próprios filhos brincando com amigos. Na cabeça de muitos, um adulto tirando fotos de crianças no parque só pode ser um pervertido.

A paranóia com as fotografias é irracional, pois, mesmo que seja um pedófilo maluco tirando fotos de crianças brincando no parque, que dano pode causar a fotografia à criança? Roubar a sua alma? Ir parar no Youtube?

Mas hoje a paranóia com a pedofilia é tão grande que até brincar no parque com seus filhos pode ser visto por outros como algo suspeito. Pegar pela mão o filho de um sobrinho então, nem pensar. No outro dia, em um ônibus londrino, os passageiros viram um adulto de rosto suspeito levando da mão uma menininha que reclamava, "estou com fome". Foi fotografado pelas câmeras de segurança, denunciado, levado à delegacia. Era o pai da criança.

O curioso é que ao mesmo tempo em que a mídia gera esse pânico com pervertidos pedófilos (menos de 3% de todas as crianças desaparecidas foram seqüestradas por estranhos, e a maioria dos casos de pedofilia ocorre silenciosamente no âmbito familiar), é também a própria mídia a que estimula a sexualidade precoce das crianças. No Brasil, então, é uma piada. Crianças de 8 anos fazem a dança da garrafa ou cantam canções de funk com letras explícitas, muitas vezes até sob o olhar orgulhoso da mãe ou do pai imbecil. Os cartazes de turismo são um convite explícito ao turismo sexual. E líderes do movimento gay fazem apologias diretas à pedofilia, sem qualquer crítica. Eles podem, é claro, pois são uma "minoria oprimida". Aliás, tanto deu certo o discurso das "minorias" que outros pretendem usar o mesmo truque: há indícios do surgimento de um movimento pedofílico nos moldes do movimento gay (eles já tem até partido político na Holanda).
A pedofilia não é algo novo, seu conceito é. Na Idade Média, as jovens casavam com 13 anos de idade. Romeu e Julieta teriam aproximadamente 13 anos. No mundo muçulmano, seguindo a tradição do fundador Maomé, ainda hoje é comum o casamento de adultos com meninas de 9 anos (em países atrasados como Afeganistão ou Paquistão corresponde mesmo a mais da metade dos casamentos realizados).

Mas tempos atrás as crianças podiam brincar na rua, sozinhas, por horas a fio. Andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde, descer lomba no carrinho de rolimã. Hoje, deixar a criança na rua, sozinha, tá louco? Melhor deixar ela em casa, trancada no quarto, divertindo-se na Internet. O que é loucura, pois nos chats e nos messengers da vida é muito mais fácil para adultos pervertidos localizarem a criança ou pré-adolescente, sob total desconhecimento dos pais.

As crianças de hoje são ao mesmo tempo as menos inocentes e as mais frágeis.

Fiz parte talvez da última geração que jogou bola de gude e bateu figurinhas (que vinham no chiclé Ping Pong ou Ploc).


Não existe mais a inocência.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Obama para presidente do mundo

Obama discursou hoje em Berlim para um público de centenas de milhares de pessoas. Os alemães, até onde sei, não votam nas eleições americanas nem são demasiado confiáveis em suas preferências eleitorais: já elegeram Hitler.

Obama falou em paz, mudança, futuro, harmonia. Só faltou cantar. Mais do que qualquer outra já vista, a campanha de Obama parece a turnê de um rock star. McCain praticamente desapareceu: as eleições são um referendo, um confronto de Obama com seu próprio ego, e só pode perder para si mesmo.

É cada vez mais provável que vá ganhar as eleições, ao que se seguirá, naturalmente, um grande desencanto lá por meados de 2009. O homem do cavalo branco, ou seria preto, só pode manter as esperanças do povo acesas enquanto está ainda lá longe no horizonte.

Surpreende-me o número de pessoas que caem no conto de "hope" and "change", como se não tivessem sido repetidas milhares de vezes por políticos ao longo dos anos. Mas é assim mesmo: no fundo, queremos ser enganados, queremos crer que daqui pra frente, tudo vai ser diferente...

Vivemos em um mundo em que os políticos não mais representam os desejos dos cidadãos, se é que alguma vez representaram. Obama diz simplesmente o que o público quer ouvir. Mesmo que o público seja diverso. Diz uma coisa aos brancos e outra aos negros; uma coisa aos israelenses e outra a palestinos. Diz que é contra e ao mesmo tempo a favor das forças militares no Iraque. As contradições não importam. Obama é um símbolo. Obama será eleito ou não em base a como ele faz as pessoas se sentirem consigo mesmas, não em base às suas políticas:

A nação quer baixar o preço da gasolina; Obama promete aumentá-lo, mantendo o veto à abertura de novos poços de petróleo. A América quer ver os imigrantes ilegais pelas costas; Obama promete não somente anistiá-los, mas dar-lhes assistência médica com o dinheiro dos contribuintes. A nação quer menos impostos; Obama promete criar mais alguns. Se milhões de cidadãos americanos que pensam e querem o contrário de Obama juram votar nele para presidente, não é por causa do que ele promete, mas a despeito de ele lhes prometer até mesmo o inferno. A atração da imagem hipnótica é mais forte do que o cálculo de custo-benefício.

Já vimos essa operação ser realizada no Brasil, com base na imagem estereotipada do “presidente operário”, contra cujos crimes e perfídias já ninguém pode levantar uma voz audível, pois, arrastados pela chantagem psicológica, todos se acumpliciaram de algum modo ao ritual de sacrifício ante o altar do ídolo.



quarta-feira, 23 de julho de 2008

O fim da imprensa e das instituições neutras

Não foi só a camiseta do Che Guevara que enganou os guerrilheiros das FARC. Os soldados colombianos que libertaram a Ingrid na operação Jaque (Xeque), utilizaram em sua operação o logotipo da Telesur venezolana: o camarógrafo, de fato, fez-se passar por um membro da equipe de tevê chavista.

Uma semana antes, já havia ocorrido polêmica devido ao fato dos mesmos soldados terem alegadamente utilizado na operação o emblema da Cruz Vermelha em uma das camisetas. E Ingrid, após o resgate, comentou seu estranhamento pelo helicóptero não conter o símbolo de nenhuma ONG.

Pergunto: eram rotineiras as operações da Telesur e da Cruz Vermelha, bem como várias ONGs, na transferência dos reféns das FARC? Ou seja, eram tais organizações coniventes com o crime de seqüestro, guerrilha e tráfico de drogas?

A imprensa e as tais "organizações humanitárias" se revelam cada vez menos neutras, e cada vez mais posicionadas de certo lado do espectro ideológico.

A man called Daud, ou, como lutar contra a jihad e vencer

De um jornal paquistanês (via Gateway Pundit)

‘Drunk usurer’ kills 3 Taliban

PESHAWAR: A man reportedly killed three local Taliban in the Hassan Khel area of Frontier Region (FR) Peshawar on Monday, sources said. Sources said that the Taliban went to the house of a man called Daud, who reportedly was lending money on interest, to order him to stop his ‘un-Islamic’ business.

Daud was, however, drunk at the time and opened fire on his ‘visitors,’ killing them. He managed to escape from the scene. Local Taliban later attacked his house and destroyed it.

Por sorte, também eu tenho aqui sempre ao lado meu Jack Daniels e minha Magnum 44. ;-)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Os EUA venceram a guerra do Iraque?

Pareceria que sim:
1) A mídia praticamente calou-se sobre o tema.
2) Os aspirantes a jihadistas agora estão preferindo ir para o Afeganistão.
3) Abriu um Kentucky Fried Chicken em Fallujah, antigo reduto dos fundamentalistas sunitas.
4) Obama visitou o Iraque e disse que "tudo melhorou muito".

Construção e destruição


Enquanto Obama está chegando a Jerusalém na sua turnê mundial de exibição para a mídia, um outro palestino realizou um ataque na cidade com um veículo de construção. O fato ilustra, na verdade, as fraquezas do terrorismo: perdendo o efeito surpresa do primeiro ataque, desta vez o terrorista foi neutralizado poucos minutos depois, sem chegar a matar ninguém (causando algumas dezenas de feridos, no entanto).

Mais uma vez, tratava-se de um palestino que morava em Israel, com todos os direitos legais que isso comporta, o que deveria acabar de vez por todas com essa balela do "sofrimento" por causa da "ocupação".

Lamentavelmente, crescem as evidências que os "palestinos" - talvez justamente por toda a obsessão da mídia com eles - tornaram-se uma cultura doente, obcecada com a morte de civis judeus, sem perspectivas econômicas, sem cultura e sem futuro. A solução de "dois povos, dois Estados" não é mais válida, primeiro porque é bastante claro que os palestinos não querem tanto um estado como a destruição de outro, e segundo porque, mesmo que tivessem um estado independente, seria provavelmente mais um estado falido em permanente guerra, como tantos outros que existem pelo mundo muçulmano. Só há, creio, uma solução: Israel, ONU, EUA e países europeus deveriam parar imediatamente toda ajuda financeira ao povo "palestino", e os países árabes deveriam ser obrigados a se responsabilizar por eles, aceitando-os como cidadãos de seus países, de modo a que possam ter uma vida razoavelmente digna. Não se entende que "refugiados palestinos" devam viver acampados na Jordânia ou no Líbano, quando poderiam ter cidadania normal nesses países.

O fato ilustra ainda outra coisa: defensores do porte de arma (entre os quais me incluo) costumam dizer que "armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas". De fato, alguém que quer matar vai utilizar aquilo que tiver à mão. Já o porte de arma por cidadãos israelenses salvou hoje as vidas de vários civis.

Um bicho às terças

Os peixes abissais estão certamente entre os bichos mais feios e bizarros do planeta. Na verdade, sabe-se relativamente pouco sobre eles, portanto não vou escrever muito e apenas deixar vocês com as incríveis imagens deste documentário da BBC sobre os seres mais estranhos que moram nas profundezas do mar. Cuidado que eles mordem.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O fim da disciplina

Um dos aspectos mais curiosos de nossa época talvez seja a intenção de querer abolir as regras antigas, "ultrapassadas", que funcionaram mais ou menos bem ao longo de alguns séculos, e substituí-las por coisas novas não-comprovadas e inventadas pelo intelectual do momento, não por alguma razão lógica, mas porque seus idealizadores acreditam que "o mundo seria mais bacana se fosse assim".

Penso por exemplo na questão da educação.

Aqui na Argentina houve vários casos recentes de alunos agredindo ou ridicularizando professores e depois ainda colocando os vídeos na Internet. Em grande parte dos casos nada aconteceu com os alunos. Evidentemente, é impensável que o professor ou professora em contrapartida encoste um dedo na criança ou adolescente, pois poderá ser acusado/a de violência ou assédio sexual, perder o emprego e até mesmo ser agredido/a com violência pelo pai ou mãe do aluno, que não acredita que seu amado filho mereça punição ou nota baixa.

Cito por conveniência os casos que ocorreram aqui mas trata-se de um fenômeno, na verdade, global. Hoje o aluno não é punido ou disciplinado, pois o professor perdeu a sua autoridade. Em parte porque os pais não querem, em parte por questões culturais, em parte pelo pensamento esquerdista de que "não adianta punir" ou até de que a disciplina seria algo nocivo. Mesmo ser colocado em recuperação, rodar de ano ou levar notas baixas é visto como algo negativo, "que poderia acabar com a auto-estima do aluno", e nós não queremos acabar com a auto-estima de um aluno indisciplinado que nunca abriu um livro, certo? E muito menos acabar com a auto-estima de seus pais, que acham que seu filho merece tudo, até porque está pagando altíssimas mensalidades ou altíssimos impostos.

Não contentes com acabarem com a disciplina nos colégios, agora querem acabar com ela nas famílias também. Na Suécia ou não lembro qual país do norte da Europa, já é proibido por lei um pai dar palmadas no seu filho. Não duvido que no futuro próximo um garoto possa levar seus pais ao tribunal por ter levado uma chinelada por mau comportamento.

O problema desse pensamento é o seguinte: é baseado numa utopia, numa visão idílica da vida que não corresponde à realidade. Vivemos em um mundo onde há crianças escravas, crianças prostitutas, crianças sexualmente abusadas e espancadas pelos pais, crianças dando e levando tiros no tráfico, crianças drogadas, etc. Mas a preocupação da sociedade é com o adolescente punido pelo pai ou professor, algo inadmissível na nossa sociedade ultra-liberal.


domingo, 20 de julho de 2008

Poema do domingo

Poema em linha reta

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A prosperidade leva ao socialismo, e não o contrário

Deveria ser óbvio, mas nem sempre é.

Muitos falam de Dinamarca, Suécia, Canadá, etc., como de países prósperos que seguem um modelo que, embora não socialista, é "social-democrático" e inclui várias coisas altamente prezadas pelos esquerdistas como saúde universal, altos impostos para os ricos, educação pública, seguro-desemprego, over-multi-culturalismo e tudo mais.

De fato.

Porém, tais países já eram prósperos antes da implantação de tais políticas. Prosperaram graças ao capitalismo. E foi justamente a prosperidade que permitiu que seguissem políticas mais igualitárias. Quem é rico pode dividir mais. Quando o país prospera, a tendência é que, por riqueza e acomodação, vá ficando cada vez mais "igualitária" - até que chega um momento em que as contas não fecham mais, o dinheiro ou o petróleo barato acabam, e a classe média não quer mais pagar a conta do imigrante bebum desempregado com quinze filhos.

Esse momento parece já estar chegando na Europa. Em outros lugares, ainda não. Mas a conta sempre chega um dia.


Atualização: Richard Fernandez do Belmont Club indica artigo no qual se faz uma proposta inovadora: que as pessoas possam decidir quanto de impostos elas queiram pagar (e, em troca, equivalentes serviços do Estado que queiram usar). O problema da proposta, é claro, é o seguinte: os que tem mais dinheiro não vão querer pagar muito imposto, já que usam menos serviços do Estado, e os que vivem do Estado e suas benesses não vão ter dinheiro para sustentar o gasto que isso implica... Portanto voltamos à estaca zero.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

No pasarán


Em dramático desenlace, a famigerada lei 125 das “retenciones agrícolas” não passou no Senado argentino. Deu empate, e coube ao vice-presidente da Cristina Kirchner decidir. Ele votou contra o próprio governo. A lei não passou.

A proposta, basicamente, aumentava enormemente os impostos à exportação dos produtos agrícolas. Os agricultores, naturalmente, não gostaram e protestaram de forma inédita.

O conflito entre os agricultores e o governo já dura mais de 4 meses, durante os quais o país praticamente paralisou. O crescimento econômico este ano vai ser bem abaixo do esperado, a inflação aumentou e o Wall Street Journal faz graves críticas à condução do país. A popularidade da Cristina Kirchner caiu dos 56% aos 20%.

Mas como neste país hermano nunca se dá um passo para frente sem dar dois para trás, o governo peronista (rima com vigarista) decidiu reestatizar as Aerolineas Argentinas. Talvez devam mudar o nome para Kirchner Air.

O problema do mal

O mal existe?

Se Deus é bom, por que existe o mal?

Se não existisse o mal, existiria o bem?

O que significa exatamente ser mau?

Poderia o próprio conceito de "mal" causar mais mal do que bem?

Temos todos uma parte boa e uma parte má?

As pessoas malvadas podem ser recuperadas e tornar-se boas?

O bem sempre vence o mal?

O grande articulista e médico inglês Theodore Dalrymple pesa algumas dessas questões, aqui.


Clipe do desenho "Thundercats". A ótima dublagem do Munn-Ra era do Silvio Navas, que pode ser visto em ação aqui.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fé no Estado

Leio aqui que mais de 14 mil funcionários públicos demitidos por Collor irão voltar a ser contratados pelo governo petista. Por que deveriam voltar? Quem precisa deles? Alguém por acaso sentiu a sua falta?

Diz na maior cara de pau o repórter da notícia (ou as fontes do governo que mandaram ele escrever isso, não sei) que trata-se de "acertar as contas com o passado e quitar uma dívida histórica com o funcionalismo."

Dívida histórica de quem? Minha é que não.

Mas a coisa fica ainda pior. Diz a notícia que: "A Comissão Especial Interministerial (CEI), responsável pela análise dos pedidos, passou por modificações estruturais, ganhou novos integrantes e melhorou sua produtividade" e agora "um grupo de técnicos, estagiários e advogados se debruça sobre fragmentos da vida profissional de milhares de brasileiros que tiveram de entregar o crachá e esvaziar as gavetas."

Ou seja, não apenas há o gasto com os 14 mil ou mais que serão re-contratados, como o gasto com uma comissão inútil que ainda por cima ganhou novos integrantes e trabalha exclusivamente para realizar essa re-contratação de imbecis.

Para mim é curioso que as mesmas pessoas que criticam a corrupção acreditam que o Estado deva investir cada vez mais em educação, saúde, lazer, cultura, turismo, etc, etc, etc. E portanto contratar mais e mais e mais pessoas. O que, naturalmente, aumentará a corrupção. A solução para os problemas do Estado é sempre mais Estado. Por que não um pouco menos de Estado, pra variar?

A maioria dos brasileiros (diria, dos latinoamericanos) tem uma fé inabalável no Estado. Ora, o Estado é apenas um grupo de pessoas, como eu e como você ou até mais incompetentes, que simplesmente estão sentados sobre uma montanha de grana dos nossos impostos, e a gerenciam por nós a seu bel-prazer.

Pessoalmente, preferia ter a minha parte comigo e decidir eu mesmo que fazer com ela.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Um bicho às terças

O jornalismo da mentira

O jornalismo, ontem uma variação da antiga crônica histórica, hoje virou uma poderosa forma de manipulação popular, pouco interessada na informação, e muito na ideologia.

O aquecimento global, as eleições nos EUA, o Oriente Médio. Tudo é noticiado com base a mentiras, pura e simplesmente mentiras.

Leio agora um artigo do Clarín que informa que na Argentina, "para cada dois nascimentos há um aborto". Os números são absurdos. De fato, não há explicação nenhuma sobre como estes dados foram obtidos, diz apenas que o estudo:

incluyó la estimación de la cantidad de abortos inducidos que se llevan a cabo en nuestro país, con base en dos metodologías internacionales que sólo se aplican en países donde el aborto no está legalizado.

Hummm... Metodologias internacionais... Comunidade internacional... Sempre que usam esses termos, fico com um pé atrás. Com mais pé atrás fico ao saber que os dados, capa do jornal de esquerda Clarín, foram publicados pelo INDEC, órgão governamental famoso por ter manipulado completamente os números da inflação.

E chamam isso de jornalismo.

Podem ateus e religiosos ser igualmente bons?

Os ateus militantes sempre dizem que um ateu pode ser tão ou mais moral do que um religioso. Dizem, ainda (citando ótima frase de Bernard Shaw que não lembro agora), que se comportar bem só por acreditar no Céu (como prêmio) ou no Inferno (como castigo) até diminuiria o valor das boas ações. E, portanto, o ateu que faz o bem por convicção é mais moral que o cristão que faz o bem por medo de, digamos, queimar em uma fogueira.

Pode ser verdade. De fato, nada impede que um ateu seja tão ou mais bom do que qualquer cristão.

Porém, como argumenta Mary Eberstadt, o que a realidade mostra na prática é que a grande maioria das obras de caridade ou de ajuda ao próximo são ligadas a entidades religiosas. Pesquisas indicam que mesmo as pessoas que doam dinheiro aos pobres ou realizam voluntariado individualmente, de sua própria iniciativa, são também, em sua maior parte, pessoas que seguem alguma religião (o estudo, baseado nos EUA, refere-se principalmente ao cristianismo, embora imagino que possa ser verdadeiro para outras religiões, ainda que eu tenha as minhas dúvidas sobre o islã, a umbanda e a cientologia).

Há freiras e padres que arriscam a vida em regiões inóspitas para ajudar os outros. Deve haver ateus também, mas certamente são em menor número. Eu, agnóstico e portanto em cima do muro, sei que dificilmente seria convencido a viver por anos a fio no meio dos casebres insalubres da África apenas para ajudar alguém que nem conheço. (Sim, eu sei, fazer o bem faz você mesmo se sentir bem. Mas a África fica longe e eu tenho contas a pagar).

De qualquer modo, a tendência indica que pessoas religiosas se preocupam mais com aquelas menos afortunadas, e as pessoas não-religiosas estão mais preocupadas consigo mesmas e com sua vida. Não há nada de errado nisso, é claro. É só uma constatação. Que, de certo modo, vai contra o argumento de que ateus podem ser tão bons quanto cristãos. Podem, sim. Mas poucos o são. Ser bom não é fácil.

Mas será então - usando um argumento darwiniano, ou até dawkinsiano - que a religião não surgiu e "evoluiu" justamente para que os seres humanos pudessem tratar algo melhor os seus próximos, ou com um pouco menos de egoísmo?

É uma pergunta, não uma afirmação. Tampouco sei. Sei só que os mendigos costumam concentrar-se na frente das igrejas, e não na frente do prédio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Clodovil para Presidente do Brasil

Somo-me à petição do Pedro Sette Câmera, d'O Indivíduo. Clodovil para presidente do Brasil.

O folclórico parlamentar apresentou uma proposta para cortar 263 vagas da Câmera, reduzindo o número de deputados a apenas 250, um corte de mais de 50%.

Entre os motivos alegados:

Ele lembra que , hoje, cerca de 20% dos deputados estão em campanha e que a Câmara funciona perfeitamente com menos da metade da atual composição, se houver realmente interesse de trabalhar. Mas sabe que muitos dos que assinaram a PEC, numa votação pra valer no plenário, vão tirar o apoio dado. - Eu sou principiante, mas não sou burro. Não tenho nada contra ninguém. Sei que a maioria não assinou pra valer. Mas eu não quero nem saber, o que quero é mexer na fogueira. Debaixo das cinzas sempre tem brasa.

- O Amapá tem 600 mil habitantes, oito deputados, três senadores, assembléias, câmaras, órgãos federais, do governo estadual. O estado inteiro mama na vaca profana do governo.

- É preciso ter qualificação moral e cultural. Tem deputado aqui que fala nóis vai fazer isso ou aquilo. É um absurdo! E tem que reduzir mesmo, não tem jeito. Isso aqui é um metrô muito pequeno que sai do nada para lugar algum, mas todo mundo quer entrar nesse metrô.
Entre Gaybeira e Clodovil, fico com Clodovil.

Mozart made in China


Enquanto a música clássica definha cada vez mais no Ocidente, suplantada por Britney Spears, Eminem e seus diversos clones, na China seu estudo e apreciação cresce cada vez mais.

Segundo o artigo do NYT, há trinta milhões de estudantes de piano clássico na China; outros dez milhões estudam violino.
O Partido Comunista, que há meras três décadas estava tentando extirpar a "nociva música ocidental" do país, hoje a vê como um componente essencial para a criação de uma "alta cultura" para tornar o país um verdadeiro líder mundial.
O cristianismo também aumenta na China, tendo hoje mais de 100 milhões de seguidores e crescendo a um ritmo alucinante. (Há quem acredite que o futuro do cristianismo, que hoje desaparece da Europa, esteja na China.)

Talvez os dois fatos estejam relacionados, já que historicamente a música clássica é basicamente uma criação do cristianismo europeu (quase todos os grandes compositores escreveram música para a igreja). Talvez não.

De qualquer modo, é um fenômeno interessante.

domingo, 13 de julho de 2008

Poema do domingo

Parting

My life closed twice before its close;
It yet remains to see
If Immortality unveil
A third event to me,
So huge, so hopeless to conceive,
As these that twice befell.
Parting is all we know of heaven,
And all we need of hell.

Emily Dickinson

Notícias bizarras da Europa

1.
A Inglaterra, país com área menor do que a do Rio Grande do Sul, contém 20% das câmeras de circuito fechado (CCTV) de todo o mundo. Agora o governo quer instituir câmeras "falantes". O monitor poderá berrar através da câmera munida de alto-falantes ao sujeito que comete atos "anti-sociais", como jogar lixo na calçada.

Isso quando estudos indicam que as câmeras são ineficientes para impedir o crime, e que medidas mais simples e econômicas, como iluminar melhor as ruas, contribuem cinco vezes mais para a diminuição do roubo e da violência do que as fatídicas câmeras.

Não ocorre a ninguém que os fatores que impulsionam o crime na Inglaterra são a impunidade (o articulista inglês Theodore Dalrymple falou várias vezes sobre isso), e a cultura de leniência do mesmo Labour que impõe as CCTVs. De fato, muitos criminosos violentos são soltos com ligeiras admoestações, e agora há um movimento para que os ladrões não sejam presos, mas apenas realizem trabalho comunitário, afinal, nas palavras de um desses famigerados especialistas, "estatísticas provam que a prisão não conduz a mudança de comportamento, e após serem libertados eles tornam a roubar". Tá certo: melhor nem prender, então...

2.
Na Alemanha, alguns políticos querem dar direito de voto a crianças e bebês, afinal, estes grupos são "excluídos" e "discriminados" por não poderem votar. É o politicamente correto transformado em doença mental. Como diz um blogueiro aí, pena que não tenham pensado em extender o direito aos fetos, assim ao menos se acabaria com o aborto...

3.
Na Espanha, foi votado um projeto que daria proteção de "direitos humanos" aos macacos. Um ativista afirmou que "Este será sem dúvida lembrado como um momento chave na defesa de nossos companheiros de evolução".

* * *

Que mal pergunte... o que há de errado com a Europa? Será que é algo na água?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Why the West is the Best


Os iranianos querem brincar de armas nucleares, e não sabem nem usar Photoshop...

Procura-se


Nome: desconhecido

Apelido: confetti

Vista pela última vez: manifestação pró-Tibet em Paris, em 30/06/08

Usando: Vestido "à pois" e boina com estrelinha

Acredita-se que possa estar na mão das autoridades chinesas, de imigrantes do banlieue ou de perigosos terroristas islamocomunistas internacionais.

RECOMPENSA-SE BEM.

Quem tiver informações, deixar nos comentários do blog.

Fumacê politicamente correto

O movimento pela liberação da maconha continua:

ROMA - Segundo a Suprema Corte de Justiça italiana, os juízes devem reservar um tratamento diferenciado aos seguidores da religião rastafári encontrados carregando grande quantidade de maconha, considerando que, para os adeptos desta religião, fumar maconha favorece a contemplação e a reza, o que se baseia "na crença de que a erva santa tenha crescido sobre a tumba do Rei Salomão".

Tumba do Rei Salomão? Hahaha! Era só o que faltava... Enquanto a maconha avança, desde 2005 fumar tabaco na Itália é cada vez mais proibido.

Via c-avolio, que pergunta: "Ué! E o tal Estado laico, como é que fica?"

Pois é, ultimamente só se vêem os tais Estados "laicos" fazendo exceções às leis para beneficiar muçulmanos, e, agora, rastafaris... Será que "laico" quer simplesmente dizer anti-cristão?

Em outras notícias, o número de seguidores do movimento rastafari na Itália aumentou em 400% nos últimos dois dias. ;-)

George Bush, o piadista

No encontro do G-8:

George Bush surprised world leaders with a joke about his poor record on the environment as he left the G-8 meeting in Japan.

The American leader, who has been condemned throughout his presidency for failing to tackle climate change, ended a private meeting with the words: "Goodbye from the world's biggest polluter."

He then punched the air while grinning widely, as the rest of those present including Gordon Brown and Nicolas Sarkozy looked on in shock.


A piada foi boa. Afinal, todos sabem que o maior poluidor é, na verdade, a China. Mais abaixo, na mesma notícia:

Mr Bush also faced criticism at the summit after Silvio Berlusconi, the Italian Prime Minister, was described in the White House press pack given to journalists as one of the "most controversial leaders in the history of a country known for government corruption and vice".

The White House apologised for what it called "sloppy work" and said an official had simply lifted the characterisation from the internet without reading it.

Digam o que quiserem de George W. Bush, o sujeito tem senso de humor...

"E vocês conhecem aquela do japonês...?"

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O Photoshop do Irã

O Irã fez um teste balístico no outro dia, com mísseis de longo alcance que poderiam atingir não apenas Israel como a Europa. O que é curioso, já que por um lado alega que a busca de energia nuclear é para "fins pacíficos", e pelo outro alega que Israel será destruído em breve.

O engraçado é que nas imagens divulgadas pelo Irã para a mídia, foi usado Photoshop para incrementar a ação. Ao menos um míssil a mais foi incluído no pacote. Talvez dois:


De fato, nos vídeos divulgados aparecem apenas três mísseis, sendo que somente um deles é acompanhado na sua trajetória pelos céus.

É tudo, naturalmente, parte da guerra psicológica entre EUA, Israel e Irã. No outro dia, por exemplo, Israel fez um exercício aéreo na Grécia com dezenas de aviões. A operação chamou-se "Gloriosa Sparta", em referência aos espartanos que resistiram ao ataque da antiga Pérsia...

Manobra de propaganda também, e sinal claro de que o ataque contra as instalações nucleares contra o Irã, se ocorrer, ocorrerá de outro modo.

Outra possibilidade é que a estratégia do Irã com todas as ameaças e testes militares que vem realizando é simplesmente a de gerar mais cortina de fumaça para continuar seu projeto nuclear, e causar tensão mundial para aumentar o preço do petróleo, o que beneficiaria sua problemática economia. Pena (para o Irã) que o mercado esteja se habituando: com o último teste, o preço do barril subiu apenas dois dólares, e depois voltou a cair.

(Tirado do LGF, especialistas em desmascarar imagens photoshopadas...)

Atualização: a foto real, aqui: a manipulação foi para encobrir um dos mísseis que falhou.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O socialismo funciona!

Devo retirar o que escrevi num dos artigos anteriores. Descobri que as políticas socialistas, comprovadamente, funcionam e enriquecem as nações.

O país com maior número de trilionários do mundo não são os EUA, mas - quem diria! - o Zimbábue, que seguiu à risca as políticas marxistas de "tirar dos ricos para dar aos pobres". Hoje há centenas, milhares de trilionários no país.

Seus trilhões são em dólares - mas, infelizmente para eles, em dólares zimbabuanos. Graças à incrível hiperinflação do país, hoje com um trilhão de dólares zimbabuanos compra-se um prato de arroz com bife.

Isto é, se alguém o encontrar, pois também faltam alimentos por lá.

Mais dinheiro que Daniel Dantas jamais viu na vida.

A corrupção das pequenas coisas

A tal "lei seca" está fazendo os bares perderem dinheiro, mas algumas outras pessoas certamente ganharam. Cito apenas um exemplo entre muitos: a Polícia Rodoviária Federal comprou centenas de bafômetros ao preço de 6.739,65 reais, ou seja, mais de 4 mil dólares cada.

Na Internet estes podem ser encontrados a preços de mercado que variam entre os 600 e os 700 dólares. Segundo o blog do Cláudio Humberto, no e-Bay os mesmos modelos podem ser encontrados por 150 dólares.

Pequenas coisas, sem dúvida. Mas o que justifica um preço sete vezes maior, se não a comissão de algum atravessador?

Enquanto isso, já na casa dos bilhões de dólares, Daniel Dantas foi preso em uma operação policial e/ou de briga de quadrilhas. É apenas um chute, mas acredito que calará sobre o governo Lula e falará sobre o governo FHC e o PSDB/DEM, em troca de sua liberação.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O delírio da igualdade

Uma das mais curiosas obsessões da esquerda é sua obsessão com a igualdade. Estranhamente, tal busca de igualdade limita-se em geral à igualdade monetária: irrita e ofende a esquerda que alguns ganhem mais do que outros. Mas não há tanta preocupação com outras formas de desigualdade. Afinal, há pessoas mais bonitas, pessoas mais inteligentes, pessoas mais talentosas, pessoas que estudaram mais, etc. E isso se reflete (embora não sempre de modo tão direto, ou mesmo “justo”) nos diferentes ganhos que cada pessoa tem.

Mas talvez as “cotas raciais”, a lei “anti-homofobia” e outros programas de “discriminação positiva” sejam exatamente isso, uma tentativa de tornar as pessoas mais iguais, prejudicando os melhores, ou valorizando as “minorias” em detrimento das “maiorias”.

O escritor Kurt Vonnegut uma vez escreveu um conto de ficção científica no qual falava de uma sociedade totalmente igualitária, em todos os sentidos. As pessoas bonitas precisavam usar máscaras ou recebiam cicatrizes para ocultar ou deformar sua beleza. As pessoas fortes eram obrigadas a usar pesos nos pés para limitar sua locomoção. As pessoas inteligentes eram obrigadas a ter um chip instalado no cérebro que lhes enviava de vez em quando interferências sonoras que prejudicavam seu pensamento. E assim por diante. A história completa pode ser lida aqui.

É a utopia esquerdista. Quer dizer, não exatamente: no fundo, a esquerda deseja um mundo de ovelhas, mas comandadas por sábios. Os esquerdistas, naturalmente, seriam esses sábios que controlariam o mundo em troca de privilégios, e estariam acima da “igualdade geral”. George Orwell, em “A Revolução dos Bichos”, sintetizou melhor do que ninguém o profundo ideal da esquerda: “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Um dos grandes perigos da futura presidência Obama é sua visão de mundo anti-americana. Não anti-americana no sentido mais direto, de ódio aos EUA e suas políticas (embora isso também exista em grande parte dos seus fãs), mas no sentido de ser contrário à meritocracia e o individualismo, à busca de superação pelo talento ou pela garra, típicos da mentalidade americana. Obama está mais afinado com o discurso coletivista e igualitário. O colunista "Spengler" fala um pouco sobre isso aqui.


Uma ovelha indo pra direita em meio à multidão esquerdista.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A decadência da intelectualidade Ocidental

No post anterior comentei a decadência dos "intelectuais" no Ocidente, já que segundo a revista britânica Prospect os dez primeiros intelectuais do mundo são clérigos muçulmanos e depois deles vêm Noam Chomsky e Al Gore...

Pois bem, agora leio um interessante artigo no Pajamas Media sobre a decadência do pensamento nas universidades americanas, em especial na área de Humanas, onde o conhecimento é substituído pela baboseira politicamente correta.

Nada que Harold Bloom (em O Cânone Ocidental) e Allan Bloom (em O Declínio da Cultura Ocidental) não tenham já observado há tempos (Aliás, será que os dois Blooms são parentes?).

A novidade do artigo é que, em vez de criticar tanto os intelectuais marxistas dos anos 60, a autora, a professora universitária Mary Grabar, critica as mulheres, em especial as feministas, que tomaram de assalto as universidades e acabaram com o cânone da grande literatura ocidental por este ser baseado especialmente em "homens brancos mortos".

A autora chega mesmo a perguntar-se "se as mulheres estariam mesmo aptas para a vida acadêmica ou intelectual".

Já imaginou se fosse um homem quem dissesse isso?

Mary, Mary, quite contrary.

Passeio pelos blogs

Em absoluta falta de idéias, passeio pelos blogs. O Cláudio comenta a incrível sabedoria dos "especialistas", fenômeno que freqüentemente observo aqui. Ele pesca uma notícia segundo a qual:

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que o sorriso de um bebê pode provocar na mãe uma reação de prazer semelhante a que se obtém com o uso de drogas. (...) Os especialistas afirmam que o estudo, divulgado na publicação científica Pediatrics, pode explicar a forte ligação entre mães e filhos.
Sem comentários...

Já o Némerson, além de dar algumas cacetadas no PD, comenta os resultados da votação online dos "maiores intelectuais" segundo os leitores da revista britânica Prospect. Fui no site conferir.

Está certo que foi uma votação online, sem qualquer validade científica, estatística ou qualitativa, mas dizer que o resultado é deprimente é pouco. Os dez primeiros da lista são autores muçulmanos dos quais ninguém ouviu falar, fora alguns clérigos radicais mais associados ao terrorismo do que à discussão de idéias. O décimo-primeiro é Noam Chomsky. O décimo-segundo, Al Gore... E por aí vai. A lista é tão ruim que não me surpreenderia se o Lula ou o Ronaldo Fenômeno aparecessem em algum lugar. Ou então os especialistas acima que descobriram que as mães são junkies viciadas no sorriso de seus bebês.

Se esses são mesmo os maiores intelectuais da atualidade, isso certamente explica a atual decadência do Ocidente.

O Olavo de Carvalho uma vez observou que uma vez que a elite se converte, tudo está perdido. A elite britânica converteu-se (direta ou indiretamente) ao islamismo e ao credo do politicamente correto, e portanto não é surpreendente que este seja o país no qual o islamismo está mais avançado, com direito a poligamia paga pelo cidadão britânico para muçulmanos, juízes e arcebispos propondo a sha'ria, e status de minoria privilegiada para os seguidores de Maomé.

Por sorte, o problema do extremismo islâmico estará logo resolvido, pois leio na Casa do KCT que os sauditas criaram uma clínica de recuperação para terroristas, onde estes aprendem a desenhar com canetinhas em aulas de arte, jogam pingue-pongue e têm terapia na qual aprendem a "controlar seus sentimentos" e "revelar seu lado mais sensível".

Certamente eles logo deixarão de ser perigosos terroristas e virarão alegres cidadãos participando da última parada gay de Ryhad. Ah, os gays são executados ou chicoteados e não tem parada gay em Ryhad? Calma, já vai ter, já vai ter...

domingo, 6 de julho de 2008

Poema do domingo

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.


Ricardo Reis

sábado, 5 de julho de 2008

Jardim do Éden

Vai uma Rachel Weisz aí?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

The sum of all fears

Curioso como os medos da humanidade mudam.

Nos anos 60 tínhamos medo da superpopulação. Hoje o grande medo é o do baixíssimo crescimento demográfico no mundo desenvolvido (aqui interessante artigo do NYT a respeito).

Nos anos 70 tínhamos medo de uma "nova era glacial". Até faz pouco o medo era do "aquecimento global". Hoje, como pesquisas indicam que o tal "aquecimento" está perdendo credibilidade, o medo é da "mudança climática" mesmo. Que pode ser qualquer coisa.

Nos anos 60 o medo eram os comunistas que comiam criancinhas. Hoje a URSS e o muro de Berlim caíram, a esquerda chegou ao poder pelo voto, mostrou que sabe desgovernar e roubar tão bem ou melhor do que a direita, e o grande medo são os muçulmanos que explodem criancinhas.

Antes tínhamos medo da fome mundial. Hoje o medo é com a obesidade mundial.

Quais serão os medos do futuro?

Tenha medo. Tenha muito medo.

A Inglaterra está virando um país muçulmano?

Não é de hoje que há notícias estranhas vindo da Inglaterra. A última é que dois estudantes da sétima série (de 11 e 12 anos) foram punidos por negar-se a curvar-se a Alá em uma aula de, hã, "educação religiosa".

Ontem, um dos mais importantes juízes britânicos disse que o país deveria adotar a sha'ria para os muçulmanos locais.

O problema do mundo ocidental não é o islã. O islã é (falando metaforicamente) apenas um vírus oportunista que ataca um corpo indefeso e decadente, sem anti-corpos.

Atualização: aqui um interessante artigo sobre a recente onda de crimes com facas na Inglaterra, muitos incluindo menores, indicando que o furo é mais embaixo. Ah, o governo pretende resolver o problema proibindo as facas...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Por que não sou de esquerda?

Às vezes alguém me pergunta porque não sou de esquerda, como se não sê-lo fosse algum tipo de aberração. Por que não sou de esquerda?

1. Porque não acredito no socialismo. Acho que é um sistema que nunca funcionou e, mesmo se funcionasse, seria injusto e infeliz e não valeria a perda de liberdade que necessariamente implica. Certo, nem todos os esquerdistas são ou se consideram socialistas, mas o socialismo é o “non plus ultra” da esquerda, sempre buscam políticas sociais que tendem ao controle estatal sobre o indivíduo. Preferem a igualdade à liberdade. Eu prefiro o contrário.

2. Porque não gosto de criminosos, ditadores, guerrilheiros ou malucos. A esquerda sempre parece apoiar, ou ao menos justificar esses tipos. Quando o exército colombiano resgatou a Ingrid das FARC, logo apareceram os esquerdistas para... criticar ou diminuir o Uribe. Quando houve o atentado em Jerusalém com o bulldozer, logo pensei, logo vai aparecer algum esquerdista justificando. Dito e feito: lá estava um blogueiro dizendo que “embora eu não concorde, posso entender suas ações...”. Quando no Brasil aquele menino ficou preso pelo cinto após o roubo de um carro e foi arrastado por quilômetros, ou quando o Luciano Huck foi assaltado, também apareceu algum esquerdista que entendia os criminosos. Curioso que esse entendimento seja unidirecional. O esquerdista pode entender o comportamento patológico de ladrões, terroristas, criminosos, ditadores e celerados em geral. Por que então não entende o policial sob pressão que tortura bandidos? Por que não entende o soldado americano que, na dúvida, atira? Por que não entende a vítima de um ataque terrorista que, segundos antes de ser esmagada por um veículo de construção, atira o próprio bebê pela janela do carro, salvando a sua vida?

3. Porque a esquerda nunca acha que é de esquerda o suficiente. Quando as políticas da esquerda começam a dar errado, já aparece alguém para dizer que o tal político esquerdista “virou de direita”. Claro, pois a esquerda não erra jamais, e se errar, vira de direita, ou alguma outra coisa. No site dos “marxistas e comunistas por Obama” (é, existe isso), seus autores colocam um disclaimer dizendo que “as políticas seguidas por Stalin, Mao, Cuba e Coréia do Norte nada tem a ver com o marxismo ou o comunismo.” Ah não?! Mas é assim: uma vez que o método desemboca em genocídio, ditadura, fome e desgraça, aparece alguém para dizer, “não era socialismo de verdade, era estalinismo”. Mas não se preocupem, o próximo Socialismo sim, esse vai ser o de verdade...Ora, e porque razão eu deveria dar ouvidos a você? É como se alguém disesse, “olha, o Nazismo que matou milhões de pessoas não era o Nazismo de verdade, vamos tentar de novo...”

4. Porque não pretendo ser popular. 90% dos esquerdistas, não é que o sejam realmente, não é que entendam alguma coisa de política, de economia ou de história. Consideram-se de esquerda porque seus amigos e quase todo mundo que conhecem são de esquerda, porque a mídia é de esquerda, porque os ideais da esquerda, na teoria, parecem coisas bacanas. Fim da pobreza. Educação e saúde para todos. Um mundo de paz e fraternidade. Quem poderia ser contrário a essas coisas? O problema é que, na prática, a esquerda jamais traz igualdade, educação e justiça, mas apenas slogans vazios. A esquerda faz o esquerdista sentir-se bem consigo mesmo, e isso é o que importa, o efeito real de suas políticas no mundo real é secundário.

5. Porque considero as camisetas do Che Guevara um atentado à estética...

6. Etc.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Livre


Ingrid (e mais 14 reféns) foi resgatada pelo exército colombiano, em mais uma paulada nas moribundas FARC. Quero ver os comentários chorosos dos esquerdistas FARCeiros agora (viu, Idelbleargh?).

Curiosamente, o candidato McCain estava na Colômbia no momento. Rumores indicam que foi o próprio McCain quem comandou o resgate, usando suas roupas de Rambo.

O direito de se explodir

No post abaixo sobre a ditadura do politicamente correto, não me dei conta que ele talvez possa ser usado contra os próprios politicamente corretos.

Vejam esta bizarra notícia, segundo a qual as feministas da Al-Qaeda reclamam que o grupo terrorista não aceita mulheres-bomba em suas fileiras, pois segundo Al-Zawari as mulheres "devem apenas ficar em casa cuidando da casa e dos filhos dos gloriosos lutadores da Al-Qaeda".

De acordo com a Associated Press, é uma atitude discriminatória da Al-Qaeda, pois "num mundo árabe modernizado em que as mulheres podem trabalhar mesmo em vários países muçulmanos conservadores, a decisão da Al-Qaeda poderia prejudicar seus esforços para obter apoio popular entre as massas"...

Parece que ser terrorista suicida agora é uma forma de trabalho... Será que tem férias pagas?

Talvez devêssemos explorar essa polêmica a nosso favor, fazendo as mulheres terroristas se voltarem contra os homens. Prevejo que em breve as pobres moças discriminadas estarão queimando burkas na rua pelo direito de se explodir.

Feministas do novo grupo terrorista, TPM (Terror Por Mulheres).

Terror, inc.

Com a criatividade macabra que lhes é conhecida, os terroristas palestinos inovam, agora atacando com um bulldozer. Três mortos e dezenas de feridos, inclusive um bebê (sua mãe morreu) na colisão proposital com um ônibus e outros veículos.

O terrorista era um "palestino" com direito de residência em Jerusalém. Trabalhava em uma construção. É o segundo ataque recente de um "insider", o outro foi o do árabe que matou os cinco adolescentes na escola religiosa.

Tais terroristas talvez achem que estejam ajudando a causa de seus irmãos, mas na realidade o efeito imediato será de piorar a vida dos árabes e "palestinos" (escrevo a palavra entre aspas pois historicamente não existe nenhum povo "palestino").

Após o ataque à escola, muitos árabes que trabalhavam em Israel perderam o seu emprego. Após este segundo ataque, é natural supor que cada vez menos árabes serão contratados, que os controles em Gaza se intensificarão, e que a tendência será de uma desconfiança cada vez maior dos árabes em geral.

Paz? Qual paz, cara pálida?

terça-feira, 1 de julho de 2008

A ditadura do politicamente correto

Na Suécia, um garotinho decidiu não convidar à sua festa de aniversário dois coleguinhas que não eram lá muito seus amigos, não entregando a eles convites de aniversário. Foi acusado de discriminação pela professora e os convites para a festa foram confiscados. O tema foi parar, acreditem, no parlamento sueco, o qual graças à conhecida eficácia dos deputados de todo o mundo, dará uma resolução final ao tema em setembro.

Na Holanda, fumar maconha nos bares pode, mas fumar cigarro é terminantemente proibido.

Na Inglaterra, uma muçulmana não passou numa entrevista de emprego para um salão de cabeleireiro, alegou discriminação e ganhou 4 mil libras.

No Canadá, um editor cristão foi multado por ter se recusado a imprimir imagens pornogáficas e pedófilas.

Na Austrália, um livreiro que proibiu um cliente de fumar maconha no seu estabelecimento foi processado.

Eu acreditava que o Olavo de Carvalho estava ficando meio paranóico quando falava sobre as elites globalistas que estão tomando o poder. Hoje acredito que ele está certo.

Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.

Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.

Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.

E ai de você se discordar.

Vivemos em tempos cada vez menos livres.

A ditadura do politicamente correto é uma poderosa arma na mão de grupos que a utilizam para obter cada vez mais poder.

Temam, amigos, pelo vosso Mr X. Em breve ele poderá ser fuzilado ou mandado para um campo de reeducação por manter um blog com opiniões contra-corrente e por não ter convidado à sua festinha de aniversário nem comunistas, nem maconheiros, nem muçulmanos, nem gays, nem feministas, nem índios, nem chineses, nem negros, nem lésbicas nem putas. (Festinha chata, eu sei. Mas cada um é livre de fazer o que quiser. Ou será que não?)


Comerciais do tempo em que não existiam essas frescuras.

Um bicho às terças


A anaconda (Eunectes murinus) é uma das maiores serpentes do mundo, disputando tal título com a píton reticulada. Embora haja relatos exagerados de cobras de até vinte metros de comprimento, a de maior extensão já confirmada foi um exemplar de onze metros. A maioria fica entre os seis metros de comprimento mesmo.

Seu habitat é a América do Sul, particularmente as florestas tropicais. No Brasil, a cobra é mais conhecida pelo nome de sucuri.

O animal não tem veneno, mas mata suas vítimas enrolando-se nelas e esmagando-as com um potente "abraço". Engole suas vítimas inteiras, e devido à mandíbula móvel e pele altamente flexível tem a capacidade de engolir animais de diâmetro bastante maior ao seu próprio. Alimenta-se de quase tudo que encontra: pássaros, peixes, roedores como a capivara, e em certos casos até mesmo de jacarés e onças. Alguns exemplares conseguem engolir até bois inteiros. Dependendo do tamanho da última caça, a sucuri pode ficar semanas ou até meses sem comer. Há exemplares em cativeiro que ficaram mais de um ano sem ingerir comida.

É um animal acima de tudo aquático, vivendo ao longo dos rios e sendo ótimo e veloz nadador. Não é muito sociável e leva uma vida solitária, exceto durante o período de reprodução.

As sucuris ou anacondas podem viver mais de trinta anos, alguns exemplares chegando aos quarenta.

O escritor uruguaio Horacio Quiroga escreveu um famoso relato chamado Anaconda, no qual os personagem principal é uma dessas serpentes.



Teoria econômica da galinha

No outro dia falei do Mugabe, e de como seu confisco de terras dos brancos acabou com a agricultura local e matando o povo de fome. Pois resulta que é a regra, e não a exceção na África. Nos anos 70, Idi Amin (ditador de Uganda que matava seus rivais em rituais de magia negra e, dizem, até canibalismo) também decidiu expulsar os estrangeiros do país. Não ficou mais ninguém que soubesse operar a indústria, e a economia foi pras cucuias.

Na Venezuela do Chávez e na Bolívia do seu "mini-me" Evo Morales, os mesmos erros se repetem. Nacionalizar indústria. Expulsar empresas estrangeiras. Ferrar-se.

Nem sempre a birra é com os estrangeiros, às vezes com os percebidos como ricos. Na Argentina, o governo aumenta os impostos à agricultura para obter dinheiro a curto prazo, acabando com a produção a longo prazo. Tudo em nome da alegada "redistribuição de riquezas".

Sempre que ouço falar em "redistribuição da riqueza", lembro da fábula da galinha dos ovos de ouro.

Os governantes que querem "redistribuir a riqueza", "tirar dos ricos para dar aos pobres" ou "expulsar os capitalistas opressores" são como o fazendeiro que mata a galinha dos ovos de ouro para fazer um frango assado.

O Rei Momo socialista, Evo Morales.