O Sakanoto teve um texto faz pouco querendo trazer de novo a discussão sobre a Lei da Anistia, e já começa falando em supostos direitistas que estariam com "saudade da ditadura".
Saudade da ditadura? Nunca conheci ninguém que tivesse, até porque somos de outra geração. Isso é história velha e enterrada. O próprio Sakamoto tem 33 anos, portanto nem viveu o período. Eu peguei o finzinho do governo Figueiredo quando criança. Não lembro que fosse um tempo tão horrível quanto dizem. Lembro vagamente que havia mais hinos cantados na escola, mais paradas militares, mais patriotismo. Fora isso, era um tempo como qualquer outro, para aqueles não metidos em política. Eu lembro mesmo é que podia jogar bola de gude e andar de bicicleta na rua sozinho a tarde inteira sem que meus pais sequer se preocupassem. Acho que isso seria impossível hoje em dia.
Quem parece ter "saudade da ditadura" são os esquerdistas, em especial os petistas no poder. Não perdem ocasião de falar dos "anos de chumbo". Talvez seja saudade da juventude, ou do tempo em que eram (no seu entender) heróis rebeldes. Não fossem eles, a tal ditadura já teria sido esquecida há muito tempo, até porque nem foi um período tão diferente a tantos outros. Será que o Estado Novo de Getúlio era menos ditatorial?
No entanto, um comentarista no blog do Sakoloko, um certo EPG, comenta algo que me parece lícito repetir aqui:
Parece mesmo que o Sr. vive em outro país... e talvez viva mesmo, dentro da sua cabeça. Recentemente o mesmo jornal que abriga seu Blog, noticiou que desde 2007, cerca de 150.000 processos de homicídio no país estavam inconclusos e que em apenas 3% de todos os casos, o criminoso era identificado. Não vejo uma linha sequer de "pensadores" como o Sr. exigindo ou meramente se indignando com as 150 mil vidas perdidas de cidadãos comuns, trabalhadores, estudantes, enfim gente! Porque não instaurar imediatamente uma Comissão da Verdade para apurar estes casos ? Acelerar as investigações ? Garantir a punição dos verdadeiros bandidos que ameaçam a sociedade ?Não ! Vocês se calam de uma forma vergonhosa, como se não fosse com vocês... afinal somos nós, gente comum e não terroristas armados, que estamos ameaçados diariamente de morte. Saudosismo da ditadura ? Parece que vocês é que não conseguem esquecer algo que aconteceu há quase quarenta anos atrás e que tirou a vida de no máximo 400 terroristas, mesmo tendo, na atualidade, uma quantidade equivalente a duas guerras do Iraque de mortos anualmente no Brasil, de pessoas que nunca tiveram uma arma na mão e que só estavam no lugar errado na hora errada. Isso é realidade, caro cientista político, está acontecendo conosco HOJE ! Qual é a sua proposta ? Acabar com os militares e com toda a polícia , porque o Sr. não gosta de farda ? Como o Sr. pensa em manter a ordem e a segurança ? Ou o Sr. também tem ojeriza a isto também ? Penso que se tem essas fobias, deveria procurar ajuda psiquiátrica. Ora Sr. Sakamoto, infelizmente o Sr. não é sério !
De fato, se a esquerda tanto quer punir torturadores, por que não começa punindo estes aqui. Ou estes. Torturador é o que não falta neste Brasilzão!
É claro que Bokirroto vive num mundo de fantasia. No seu mundo delirante, jovens de classe média brasileiros falam assim no bar:
"Enquanto isso, entre amigos da classe média…
- Uma puta! Alguém pega o extintor para jogar nessas vadias.
- Um índio! Alguém pega gasolina para a gente atear fogo nesses vagabundos.
- Um mendigo! Alguém pega um pau para a gente dar um cacete nesses sujos.
- Umas bichas! Alguém pega uma lâmpaga (sic) fluorescente para bater nessas aberrações."
Jamais encontrei alguém que falasse desse modo, mas talvez ande freqüentando as pessoas erradas. Nos bares em que vou, os jovens não pensam em bater em pobre ou gay algum: ao contrário, celebram o gayzismo e estão acostumados a ser achacados por flanelinhas e assaltados por marginais. O fato é que, no Brasil, não é a classe média que oprime os pobres, é o contrário: é a classe média trabalhadora que é oprimida pelos pobres! Desculpem-me os pobres honestos, mas é verdade. Se houvesse menos assaltantes e vagabundos, o Brasil seria um ótimo lugar para se viver. (Nada contra os pobres, mas detesto bandido e flanelinha).
De qualquer modo, não tenho saudade da ditadura, nem acho que seria um bom sistema de governo. O que nos leva à pergunta: qual seria um bom sistema? Sinceramente, não sei. A democracia tem com certeza os seus problemas, porém ditaduras os têm em dobro. E os leitores, o que acham?
Jamais pensei muito sobre o assunto, pois sempre considerei que Churchill tinha razão. Porém, confesso que ultimamente vejo até que com certa simpatia um retorno à monarquia: não uma monarquia absolutista, mas acho a figura de um rei interessante, nem que seja como mero símbolo da nação. O Brasil foi o único país das Américas a ter uma monarquia, e durante esse período teve maior estabilidade política do que muitos outros países. Chamem-me de louco, mas eu não veria como de todo ruim uma monarquia parlamentarista. O povão e as revistas de fofocas também gostariam. Win-win.
E você: tem saudade da ditadura?!?
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domingo, 4 de março de 2012
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Educação sim, censura não!
Uma das maiores desgraças causadas pelo "politicamente correto", que nada mais é do que a aplicação prática dos princípios ultra-igualitários esquerdistas ao discurso, é ter tornado as pessoas extremamente sensíveis à mais ligeira provocação.
Além da censura midiática que proíbe a discussão honesta sobre certos assuntos, há a censura (ou até autocensura) que se cria entre os indivíduos, que cada vez ficam com mais medo de ter problemas, ou até mesmo um processo nas costas, devido a alguma frase infeliz dita ou escrita por aí. Isto até piorou com a Internet: às vezes, até uma frase inocente publicada no Facebook ou Twitter pode gerar infinitas dores de cabeça.
Um exemplo, já mencionado aqui, foi o caso do ator brasileiro Rodrigo Lombardi, que foi criticado por ter elogiado o dançarino e cantor negro Sammy Davis Jr., só que de uma forma considerada preconceituosa pelos bem-pensantes. A intenção do ator não apenas era a de elogiar, como Sammy Davis está morto e não se importa mais sobre o que disserem sobre ele. Isso, naturalmente, não impediu muitos progressistas de quererem a cabeça do "racista".
Toda hora há casos novos. Agora tem o comercial de lingerie com a Gisele Bündchen, que o governo quer proibir. Antes, um humorista foi censurado por fazer piada com King Kong e teve que se retratar. Uma jovem acusada de criticar os nordestinos no Twitter teve que abandonar a faculdade. Vez por outra um jogador de futebol é acusado de "racista" por chamar outro de "negão" ou de "macaco". Segundo um jornalista do Globo, "todo castigo é pouco para os racistas": ele chega a afirmar que seria preferível que o racista tivesse agredido o outro jogador com um soco do que chamá-lo de "macaco", que hoje em dia parece ser a maior ofensa jamais criada contra qualquer pessoa de cor. (Também o saudoso Clodovil uma vez foi processado por racismo por ter chamado uma deputada negra de "macaca de tauilleur"). O que é estranho é que, no tempo dos Trapalhões, não lembro que houvesse tanto escândalo com palavras como "macaco", "cabeça-chata", "fresco", e por aí vai.
Hoje no Canadá, ocorreu o oposto: um jogador de hóquei negro está sendo criticado por ter chamado um adversário de "bicha" ou "viado" (faggot). Detalhe: parece que o adversário é mesmo viado, ou ao menos está empenhado na causa do casamento gay. Outro detalhe: o jogador que realizou o insulto já tinha por sua vez recebido insultos racistas anteriormente, o que não impediu que agora seja criticado por ser homofóbico.
Isso nos leva a uma importante questão filosófica: o que é pior nestes dias, ser "racista" ou ser "homofóbico"? Se um gay ataca um negro e vice-versa, quem leva a pior? Nos EUA, um violento caso de negros que agrediram um branco no McDonald's foi ocultado pela mídia, até que se descobriu que a vítima branca era um travesti. Sendo, portanto, um ataque "homofóbico" (e não simplesmente contra um branquelo que merecia mesmo apanhar), o ataque passou a ser registrado e mesmo criticado. O que parece provar que: a) os gays venceram a batalha e a "homofobia" é mais forte do que o "racismo, e b) que o único grupo que não tem direito a reclamar são os brancos heterossexuais cristãos. Apanhem calados!).
O mais curioso de tudo é que há almas delicadas até no campo de hóquei. Bater até quebrar ossos pode, o que não pode é insultar...
De acordo com a Associacão Canadense de Gays e Lésbicas contra a Difamação (sim, existe isso), "o discurso de ódio e insultos homofóbicos não têm lugar no campo de hóquei."
Pôrrameu, são jogadores de hóquei, o esporte mais violento do mundo! Se um jogador de hóquei não pode nem chamar o outro de "viado", onde diabos iremos parar?!?
Isso tudo parece um tema menor e sem importância, mas não é mesmo. Todas essas novas leis anti-racismo e anti-homofobia, bem como a simples existência do "politicamente correto", tem uma função bem clara no projeto progressista: a censura.
Sim, a esquerda, que tanto chora sobre a "censura" que sofreu durante a "horrível ditadura militar", é a maior censuradora hoje em dia!
Atenção, isso não quer dizer que eu seja a favor de insultos. A ética comanda que, por uma questão de civilidade, os insultos (raciais, sexuais ou de qualquer outra ordem) sejam evitados; mas, em certos ambientes como o esportivo, eles são bastante comuns, e não deveriam ser objeto de qualquer tipo de ação legal. Jogador de futebol e torcedor estão ali para xingar e serem xingados mesmo: só falta agora quererem proteger de insultos a mãe do juiz...
Faz tempo que casos de injúria e difamação são corretamente levados em conta pela lei, e não pareceria haver necessidade de leis novas. Observe ainda que a censura esquerdista vai muito além disso, não permitindo nenhum tipo de discurso que seja sequer contrário aos grupos protegidos pelo progressismo mundial.
Por exemplo: um cidadão foi acusado de "racismo" por sugerir em artigo de jornal (mas sem usar qualquer insulto) que a cultura branca européia fosse mais avançada do que a cultura indígena nativa brasileira. O que parece algo óbvio -- afinal, os povos europeus eram ou não mais avançados tecnologicamente, artisticamente, etc? -- hoje virou caso de polícia. (O acusado também afirmou que os índios enterrariam ossos em certas propriedades para dizer depois que estas seriam "terras indígenas"; isso, lamentavelmente, também não é mais do que a verdade, já comprovada em vários casos).
Não sei como acabou o caso: o Ministério Público queria do pobre homem uma indenização inicial de 30 milhões de reais.
Quanto aos gays, é ainda pior, e acontece no mundo todo. No outro dia, um estudante inglês foi suspenso por simplesmente dizer que "o homossexualismo é errado." Percebam que ele não insultou ninguém nem disse nada de extraordinário: o mero fato de achar que atos homossexuais sejam pecado já é um crime ou ao menos uma falta em muitos países.
Até mesmo ser contrário ao "casamento gay", o que há pouco era apenas questão de opinião, está virando um discurso proibido. E isso que o "casamento gay" é uma questão que afeta, segundo estatísticas, 0.55% da população americana (é o número de parceiros do mesmo sexo que vivem juntos). Tempestade num copo d'água?
Essa censura toda termina tendo também, acredito, um efeito psicológico nefasto. Impedida de se pronunciar de forma civilizada, a crítica às minorias termina se transformando em ódio e rancor. Mesmo eu, que tenho contato com pessoas de todas as cores, religiões e orientações sexuais sem jamais ter insultado ninguém, toda vez que ouço alguma proibição politicamente correta, tenho vontade de urrar insultos racistas e homofóbicos aos quatro ventos. Imagine então alguém que foi suspenso da escola ou perdeu o emprego por ter dito alguma frase proibida: será que o seu ódio vai ser maior ou menor?
Com mil raios e trovões! Deixem o mundo se expressar em paz! Seus sacripantas, pândegos, anacolutos, embusteiros, antropopitecos, antropófagos, babuínos, ungulados, psicopatas, piromaníacos, sodomitas, bucaneiros, cabeçudos, colocintos, carcamanos, chucrutes, tecnocratas, terroristas, zapotecas, visigodos, iconoclastas, selvagens, astecas, esquizofrênicos, ornitorrincos, frouxos, macacos, parasitas, otomanos, ruminantes, canalhas, covardes, mercenários, ectoplasmas, doríferos, coleópteros, zulus!!
Além da censura midiática que proíbe a discussão honesta sobre certos assuntos, há a censura (ou até autocensura) que se cria entre os indivíduos, que cada vez ficam com mais medo de ter problemas, ou até mesmo um processo nas costas, devido a alguma frase infeliz dita ou escrita por aí. Isto até piorou com a Internet: às vezes, até uma frase inocente publicada no Facebook ou Twitter pode gerar infinitas dores de cabeça.
Um exemplo, já mencionado aqui, foi o caso do ator brasileiro Rodrigo Lombardi, que foi criticado por ter elogiado o dançarino e cantor negro Sammy Davis Jr., só que de uma forma considerada preconceituosa pelos bem-pensantes. A intenção do ator não apenas era a de elogiar, como Sammy Davis está morto e não se importa mais sobre o que disserem sobre ele. Isso, naturalmente, não impediu muitos progressistas de quererem a cabeça do "racista".
Toda hora há casos novos. Agora tem o comercial de lingerie com a Gisele Bündchen, que o governo quer proibir. Antes, um humorista foi censurado por fazer piada com King Kong e teve que se retratar. Uma jovem acusada de criticar os nordestinos no Twitter teve que abandonar a faculdade. Vez por outra um jogador de futebol é acusado de "racista" por chamar outro de "negão" ou de "macaco". Segundo um jornalista do Globo, "todo castigo é pouco para os racistas": ele chega a afirmar que seria preferível que o racista tivesse agredido o outro jogador com um soco do que chamá-lo de "macaco", que hoje em dia parece ser a maior ofensa jamais criada contra qualquer pessoa de cor. (Também o saudoso Clodovil uma vez foi processado por racismo por ter chamado uma deputada negra de "macaca de tauilleur"). O que é estranho é que, no tempo dos Trapalhões, não lembro que houvesse tanto escândalo com palavras como "macaco", "cabeça-chata", "fresco", e por aí vai.
Hoje no Canadá, ocorreu o oposto: um jogador de hóquei negro está sendo criticado por ter chamado um adversário de "bicha" ou "viado" (faggot). Detalhe: parece que o adversário é mesmo viado, ou ao menos está empenhado na causa do casamento gay. Outro detalhe: o jogador que realizou o insulto já tinha por sua vez recebido insultos racistas anteriormente, o que não impediu que agora seja criticado por ser homofóbico.
Isso nos leva a uma importante questão filosófica: o que é pior nestes dias, ser "racista" ou ser "homofóbico"? Se um gay ataca um negro e vice-versa, quem leva a pior? Nos EUA, um violento caso de negros que agrediram um branco no McDonald's foi ocultado pela mídia, até que se descobriu que a vítima branca era um travesti. Sendo, portanto, um ataque "homofóbico" (e não simplesmente contra um branquelo que merecia mesmo apanhar), o ataque passou a ser registrado e mesmo criticado. O que parece provar que: a) os gays venceram a batalha e a "homofobia" é mais forte do que o "racismo, e b) que o único grupo que não tem direito a reclamar são os brancos heterossexuais cristãos. Apanhem calados!).
O mais curioso de tudo é que há almas delicadas até no campo de hóquei. Bater até quebrar ossos pode, o que não pode é insultar...
De acordo com a Associacão Canadense de Gays e Lésbicas contra a Difamação (sim, existe isso), "o discurso de ódio e insultos homofóbicos não têm lugar no campo de hóquei."
Pôrrameu, são jogadores de hóquei, o esporte mais violento do mundo! Se um jogador de hóquei não pode nem chamar o outro de "viado", onde diabos iremos parar?!?
Isso tudo parece um tema menor e sem importância, mas não é mesmo. Todas essas novas leis anti-racismo e anti-homofobia, bem como a simples existência do "politicamente correto", tem uma função bem clara no projeto progressista: a censura.
Sim, a esquerda, que tanto chora sobre a "censura" que sofreu durante a "horrível ditadura militar", é a maior censuradora hoje em dia!
Atenção, isso não quer dizer que eu seja a favor de insultos. A ética comanda que, por uma questão de civilidade, os insultos (raciais, sexuais ou de qualquer outra ordem) sejam evitados; mas, em certos ambientes como o esportivo, eles são bastante comuns, e não deveriam ser objeto de qualquer tipo de ação legal. Jogador de futebol e torcedor estão ali para xingar e serem xingados mesmo: só falta agora quererem proteger de insultos a mãe do juiz...
Faz tempo que casos de injúria e difamação são corretamente levados em conta pela lei, e não pareceria haver necessidade de leis novas. Observe ainda que a censura esquerdista vai muito além disso, não permitindo nenhum tipo de discurso que seja sequer contrário aos grupos protegidos pelo progressismo mundial.
Por exemplo: um cidadão foi acusado de "racismo" por sugerir em artigo de jornal (mas sem usar qualquer insulto) que a cultura branca européia fosse mais avançada do que a cultura indígena nativa brasileira. O que parece algo óbvio -- afinal, os povos europeus eram ou não mais avançados tecnologicamente, artisticamente, etc? -- hoje virou caso de polícia. (O acusado também afirmou que os índios enterrariam ossos em certas propriedades para dizer depois que estas seriam "terras indígenas"; isso, lamentavelmente, também não é mais do que a verdade, já comprovada em vários casos).
Não sei como acabou o caso: o Ministério Público queria do pobre homem uma indenização inicial de 30 milhões de reais.
Quanto aos gays, é ainda pior, e acontece no mundo todo. No outro dia, um estudante inglês foi suspenso por simplesmente dizer que "o homossexualismo é errado." Percebam que ele não insultou ninguém nem disse nada de extraordinário: o mero fato de achar que atos homossexuais sejam pecado já é um crime ou ao menos uma falta em muitos países.
Até mesmo ser contrário ao "casamento gay", o que há pouco era apenas questão de opinião, está virando um discurso proibido. E isso que o "casamento gay" é uma questão que afeta, segundo estatísticas, 0.55% da população americana (é o número de parceiros do mesmo sexo que vivem juntos). Tempestade num copo d'água?
Essa censura toda termina tendo também, acredito, um efeito psicológico nefasto. Impedida de se pronunciar de forma civilizada, a crítica às minorias termina se transformando em ódio e rancor. Mesmo eu, que tenho contato com pessoas de todas as cores, religiões e orientações sexuais sem jamais ter insultado ninguém, toda vez que ouço alguma proibição politicamente correta, tenho vontade de urrar insultos racistas e homofóbicos aos quatro ventos. Imagine então alguém que foi suspenso da escola ou perdeu o emprego por ter dito alguma frase proibida: será que o seu ódio vai ser maior ou menor?
Com mil raios e trovões! Deixem o mundo se expressar em paz! Seus sacripantas, pândegos, anacolutos, embusteiros, antropopitecos, antropófagos, babuínos, ungulados, psicopatas, piromaníacos, sodomitas, bucaneiros, cabeçudos, colocintos, carcamanos, chucrutes, tecnocratas, terroristas, zapotecas, visigodos, iconoclastas, selvagens, astecas, esquizofrênicos, ornitorrincos, frouxos, macacos, parasitas, otomanos, ruminantes, canalhas, covardes, mercenários, ectoplasmas, doríferos, coleópteros, zulus!!
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terça-feira, 7 de junho de 2011
Uma tirania do bem
Proibiram as sacolinhas de plástico no supermercado, e a maioria das pessoas apoiou a medida. Da mesma forma, a tal lei anti-homofobia, que censura o discurso crítico contra os homossexuais, é aplaudida pela maioria das pessoas bacanas, e as leis antirracismo, que censuram o discurso sobre raça, já foram mais do que aprovadas com louvor pela maior parte da população.
É censura da brava: fale qualquer coisa que fique fora da norma do "politicamente correto", e você poderá perder seu emprego, ter sua carreira arruinada, ter que abandonar os estudos, quem sabe até ser preso. Mesmo que você seja um Prêmio Nobel.
Imagine que estivéssemos sob um governo de direita e saísse uma lei dizendo "é proibido falar mal da família cristã". As pessoas sairiam nas ruas para protestar, cantores da MPB criariam músicas satíricas cheias de insultos, e seria revogada em dois dias. Mas crie uma lei de censura ou proibição "do bem", isto é, progressista, e todos estarão de acordo.
Em uma entrevista décadas atrás, Aldous Huxley, autor de "Admirável Mundo Novo", disse que achava que ditaduras do futuro teriam uma diferença: os tiranizados estariam felizes e aplaudiriam a própria opressão. Ele estava correto. A grande sacada dos progressistas e globalistas foi primeiro convencer as massas de que alto é baixo, preto é branco, socialismo é liberdade, e que a tirania que sofreriam era para o seu próprio bem. Se quer convencer alguém de alguma coisa, afirme que o planeta está esquentando, ou que é para ajudar as criancinhas do Nordeste, ou qualquer outra idéia bacana. É batata. As pessoas farão o que você quiser.
Afirme que existe "uma causa maior", e você vai poder entrar no governo, roubar, sair do governo, enriquecer ilicitamente, e depois voltar novamente ao poder, sob aplausos ou ao menos total indiferença do público. Ensine que os criminosos são coitadinhos vítimas do sistema e que a culpa de tudo é da burguesia, e as pessoas aceitarão níveis hediondos de violência urbana sem reclamar. Alguns até se sentirão culpados e acharão o assalto e estupro justificado, e pedirão perdão a seus estupradores!
Em San Francisco, querem proibir a circumcisão. Ativistas gays até produziram uma história em quadrinhos que vem sendo acusado de antisemita. (San Francisco é a meca dos gays, e parece que eles preferem pênis não circumcisado). Mas imagine que a cidade quisesse proibir os brincos, ou os piercings, ou as tatuagens, ou até o corte do pênis inteiro no caso dos transsexuais. Seria um escândalo! Mas como é com religião, tudo bem. (Outra curiosidade do caso é a seguinte, dizem que é em nome das criancinhas, mas e o aborto? Circumcisar não pode, mas abortar sim? Estranho.)
Imagine um país no qual o governo colocasse produtos tóxicos na água ou no ar, drogando e entontecendo as pessoas para que se tornem pacíficos cordeirinhos. Sinistro, não é? Mas faça o contrário, aja do modo progressista e terá uma multidão de pessoas marchando pelas ruas em luta pelo sagrado direito de se intoxicar! Inunde os produtos alimentícios de hormônios e aditivos, mas coloque tudo numa embalagem bacana e venda numa loja da moda a preços abusivos e as pessoas vão amar e comprar mais e mais...
Quando a economia piorar e as massas começarem a ficar intranquilas, invente uma guerra ou algum escândalo sexual bobo para distrair. Aqui nos EUA, o grande escândalo do momento é de um deputado que mandou fotos de seu pênis para suas fãs no Twitter. Não se fala de outra coisa (o povo americano é meio infantilizado e adora escândalos sexuais). Enquanto isso, a dívida pública cresce, o dólar cai, o desemprego aumenta...
Do jeito que vai, o governo global em breve se tornará uma realidade. E as multidões sorrirão!
É censura da brava: fale qualquer coisa que fique fora da norma do "politicamente correto", e você poderá perder seu emprego, ter sua carreira arruinada, ter que abandonar os estudos, quem sabe até ser preso. Mesmo que você seja um Prêmio Nobel.
Imagine que estivéssemos sob um governo de direita e saísse uma lei dizendo "é proibido falar mal da família cristã". As pessoas sairiam nas ruas para protestar, cantores da MPB criariam músicas satíricas cheias de insultos, e seria revogada em dois dias. Mas crie uma lei de censura ou proibição "do bem", isto é, progressista, e todos estarão de acordo.
Em uma entrevista décadas atrás, Aldous Huxley, autor de "Admirável Mundo Novo", disse que achava que ditaduras do futuro teriam uma diferença: os tiranizados estariam felizes e aplaudiriam a própria opressão. Ele estava correto. A grande sacada dos progressistas e globalistas foi primeiro convencer as massas de que alto é baixo, preto é branco, socialismo é liberdade, e que a tirania que sofreriam era para o seu próprio bem. Se quer convencer alguém de alguma coisa, afirme que o planeta está esquentando, ou que é para ajudar as criancinhas do Nordeste, ou qualquer outra idéia bacana. É batata. As pessoas farão o que você quiser.
Afirme que existe "uma causa maior", e você vai poder entrar no governo, roubar, sair do governo, enriquecer ilicitamente, e depois voltar novamente ao poder, sob aplausos ou ao menos total indiferença do público. Ensine que os criminosos são coitadinhos vítimas do sistema e que a culpa de tudo é da burguesia, e as pessoas aceitarão níveis hediondos de violência urbana sem reclamar. Alguns até se sentirão culpados e acharão o assalto e estupro justificado, e pedirão perdão a seus estupradores!
Em San Francisco, querem proibir a circumcisão. Ativistas gays até produziram uma história em quadrinhos que vem sendo acusado de antisemita. (San Francisco é a meca dos gays, e parece que eles preferem pênis não circumcisado). Mas imagine que a cidade quisesse proibir os brincos, ou os piercings, ou as tatuagens, ou até o corte do pênis inteiro no caso dos transsexuais. Seria um escândalo! Mas como é com religião, tudo bem. (Outra curiosidade do caso é a seguinte, dizem que é em nome das criancinhas, mas e o aborto? Circumcisar não pode, mas abortar sim? Estranho.)
Imagine um país no qual o governo colocasse produtos tóxicos na água ou no ar, drogando e entontecendo as pessoas para que se tornem pacíficos cordeirinhos. Sinistro, não é? Mas faça o contrário, aja do modo progressista e terá uma multidão de pessoas marchando pelas ruas em luta pelo sagrado direito de se intoxicar! Inunde os produtos alimentícios de hormônios e aditivos, mas coloque tudo numa embalagem bacana e venda numa loja da moda a preços abusivos e as pessoas vão amar e comprar mais e mais...
Quando a economia piorar e as massas começarem a ficar intranquilas, invente uma guerra ou algum escândalo sexual bobo para distrair. Aqui nos EUA, o grande escândalo do momento é de um deputado que mandou fotos de seu pênis para suas fãs no Twitter. Não se fala de outra coisa (o povo americano é meio infantilizado e adora escândalos sexuais). Enquanto isso, a dívida pública cresce, o dólar cai, o desemprego aumenta...
Do jeito que vai, o governo global em breve se tornará uma realidade. E as multidões sorrirão!
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sábado, 29 de maio de 2010
Coréia
Pobre Kim Jong Il. Quer porque quer uma guerra, mas ninguém o atende. Fez testes nucleares, seqüestrou jornalistas estrangeiros, sem resultados. No outro dia até mandou torpedear um navio sul-coreano, para ver se conseguia. Nada. A Coréia do Sul ameaçou, mas não passou disso. A ONU assobiou e passou de largo. A União Européia acenou vagamente com sanções, que não se concretizaram. Obama estava demasiado preocupado em inventar novas formas de gastar bilhões do erário público americano e só fez um rápido pronunciamento.
O solitário ditador norte-coreano novamente fracassou. Seus grandes sonhos de glória militar, mais uma vez, terão que esperar.
Pobre, pobre Kim Jong Il.
O solitário ditador norte-coreano novamente fracassou. Seus grandes sonhos de glória militar, mais uma vez, terão que esperar.
Pobre, pobre Kim Jong Il.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
O risco eterno de uma democracia sem lembranças
Será que o povo gosta mesmo de democracia, ou prefere um "homem forte"? Será que a democracia é para sempre, ou é um sistema naturalmente instável, eternamente sujeito a crises temporárias? Será que a democracia é um bem em si mesmo, ou apenas um método que permite tanto bons quanto maus governos? Será que se aperfeiçoa com o tempo, ou carrega em si o germe da sua própria destruição? Afinal, antes do nazismo havia democracia na Alemanha. Antes do comunismo em certos países havia democracia. Não foram os mesmos "democratas" os que apoiaram um e outro regime, ou foi algum outro povo, saído do subterrâneo da Terra? E, no entanto, após o fim de nazismo e comunismo, a coisa mais difícil do mundo era encontrar um ex-nazista ou um ex-comunista. De repente, todos haviam virado "democratas", críticos virulentos da tirania anterior. Os verdadeiros nazistas e comunistas haviam retornado ao seu refúgio no subterrâneo do planeta...
Mas eis que basta muito pouco para que esse povo do subterrâneo retorne. Hoje em dia, por exemplo, notícias como a que 50% dos habitantes da ex-Alemanha Oriental desejariam a volta do comunismo - muitos deles jovens que mal viveram sob o regime - chamam a atenção. Do outro lado, o antisemitismo também ressurge na velha Europa que já exterminou a tantos judeus. E isso sem falar nas novas tiranias: assim como há poucos anos matou-se tanto em nome da "igualdade social", eu, por exemplo, consigo facilmente antever uma tirania mundial matando e oprimindo milhões em nome da "ecologia". Como disse C. S. Lewis, as piores tiranias são aquelas criadas pelos que só querem o nosso bem. A democracia e o próprio Estado de Direito são bem mais frágeis do que pensamos.
Eis o pertinentíssimo comentário do leitor DD, que julgo interessante republicar aqui:
Mas eis que basta muito pouco para que esse povo do subterrâneo retorne. Hoje em dia, por exemplo, notícias como a que 50% dos habitantes da ex-Alemanha Oriental desejariam a volta do comunismo - muitos deles jovens que mal viveram sob o regime - chamam a atenção. Do outro lado, o antisemitismo também ressurge na velha Europa que já exterminou a tantos judeus. E isso sem falar nas novas tiranias: assim como há poucos anos matou-se tanto em nome da "igualdade social", eu, por exemplo, consigo facilmente antever uma tirania mundial matando e oprimindo milhões em nome da "ecologia". Como disse C. S. Lewis, as piores tiranias são aquelas criadas pelos que só querem o nosso bem. A democracia e o próprio Estado de Direito são bem mais frágeis do que pensamos.
Eis o pertinentíssimo comentário do leitor DD, que julgo interessante republicar aqui:
Ninguém morre de amores pela democracia, como você supõe. Essa Sociedade Civil, tão robusta, é capaz de vender a sua adesão à democracia por qualquer coisa.
Por um prato de comida.
Por um frasco de estimulantes sexuais.
Por um empreguinho público.
Pela promessa de que o governo indicará um bode expiatório e o imolará depois.
O século mais democrático de todos os tempos também foi o mais tirânico. Agora, responda-me: o tipo de abuso cometido pelos Estados no século XX tem alguma coisa a ver com o que se passou antes? Não se deu com o envolvimento e a cumplicidade de sociedades inteiras? Não obrigou civis a pegarem em armas e fazerem as vezes de militares, mesmo sem o seu consentimento, como se fossem escravos da Pérsia dos Aquemênidas? Não doutrinou uma série de pessoas e destruiu suas consciências, talvez para sempre? Pode-se dizer que esse tipo de tirania foi o resultado dos que se opuseram à democracia, dos que não a compreenderam tão bem, dos "inadaptados" que queriam o retorno de um passado idílico? Ou, ao contrário, esses abusos sem paralelo possível na história humana foram cometidos, em sua esmagadora maioria, em nome de ideais e valores MODERNOS, muito próximos ou mesmo indistinguíveis daqueles que fundamentam a democracia? Você será louco o suficiente para negar que a tirania é como que a irmã gêmea da democracia e o seu risco perpétuo?
domingo, 21 de junho de 2009
Morte à tirania!
A imagem de Neda Soltani corre o mundo. O pior é que a moça nem ao menos participava ativamente dos protestos: apenas assistia, ao lado do pai. Foi alvejada por um basij.
Só há uma resposta possível a isso. Morte a Khamenei. Morte à tirania dos aiatolás. Pela liberdade do povo iraniano!
Obama condenou a violência, mas do seu modo neutro, calculador. Falou em "comunidade internacional". Você já ouviu algum outro presidente americano que fale tanto em "comunidade internacional"? Preste atenção. Ele raramente fala em nome dos EUA ou da América. Fala em nome de si mesmo ou da "comunidade internacional". Como se fosse presidente do mundo. Observe ainda que seus pronunciamentos foram todos feitos de acordo com as notícias que iam chegando. Primeiro celebrou o "robusto debate" da eleição. Mesmo quando a fraude já era óbvia, ainda assim falou que estaria disposto a dialogar com o vencedor. Somente quando a brutalidade da repressão começou a ficar óbvia demais é que fez um pronunciamento contrário à violência, mas, mesmo assim, um pronunciamento morno, que nem ao menos foi lido pessoalmente. Um presidente com princípios teria agido de modo diferente, mas Obama tem princípios? Acredita na democracia? Acredita nos EUA? Francamente, não sei.
Amahdinejad, de qualquer modo, respondeu com desprezo. Criticou EUA e Inglaterra (?) e falou que quem critica o Irã não será incluído no seu "círculo de amizade". Como se alguém quisesse amizade com um assassino de adolescentes.
Enquanto espanca o próprio povo, a corja no poder do Irã planeja um exercício militar ousado a partir de segunda-feira, com os olhos voltados para Israel. Como se nada estivesse acontecendo no próprio país.
Os protestos continuam. A filha de Rafsanjani foi presa. A população continua sento atacada a tiros e gás. Mais jovens foram mortos hoje.
Só há uma resposta a isso. Não é o "diálogo" com assassinos. Não é a "paz" com torturadores. Não é a "amizade" com canalhas.
Pelo fim do regime islâmico no Irã! Morte à tirania! Morte a Khamenei e Ahmadinejad! Liberdade para o povo persa!

Só há uma resposta possível a isso. Morte a Khamenei. Morte à tirania dos aiatolás. Pela liberdade do povo iraniano!
Obama condenou a violência, mas do seu modo neutro, calculador. Falou em "comunidade internacional". Você já ouviu algum outro presidente americano que fale tanto em "comunidade internacional"? Preste atenção. Ele raramente fala em nome dos EUA ou da América. Fala em nome de si mesmo ou da "comunidade internacional". Como se fosse presidente do mundo. Observe ainda que seus pronunciamentos foram todos feitos de acordo com as notícias que iam chegando. Primeiro celebrou o "robusto debate" da eleição. Mesmo quando a fraude já era óbvia, ainda assim falou que estaria disposto a dialogar com o vencedor. Somente quando a brutalidade da repressão começou a ficar óbvia demais é que fez um pronunciamento contrário à violência, mas, mesmo assim, um pronunciamento morno, que nem ao menos foi lido pessoalmente. Um presidente com princípios teria agido de modo diferente, mas Obama tem princípios? Acredita na democracia? Acredita nos EUA? Francamente, não sei.
Amahdinejad, de qualquer modo, respondeu com desprezo. Criticou EUA e Inglaterra (?) e falou que quem critica o Irã não será incluído no seu "círculo de amizade". Como se alguém quisesse amizade com um assassino de adolescentes.
Enquanto espanca o próprio povo, a corja no poder do Irã planeja um exercício militar ousado a partir de segunda-feira, com os olhos voltados para Israel. Como se nada estivesse acontecendo no próprio país.
Os protestos continuam. A filha de Rafsanjani foi presa. A população continua sento atacada a tiros e gás. Mais jovens foram mortos hoje.
Só há uma resposta a isso. Não é o "diálogo" com assassinos. Não é a "paz" com torturadores. Não é a "amizade" com canalhas.
Pelo fim do regime islâmico no Irã! Morte à tirania! Morte a Khamenei e Ahmadinejad! Liberdade para o povo persa!


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sábado, 13 de junho de 2009
Eleições no Irã e a "vontade do povo"
Amadinehjad foi "reeleito", quase certamente com a ajuda de uma pequena fraude, e o Irã está literalmente pegando fogo.
A administração Obama está num dilema. Queria negociar com o Irã. Porém, com censura e estudantes levando pancada na rua, fica mais difícil fingir que o sujeito é "moderado" e só quer "dialogar". Obama vai ter que endurecer, ou passar por otário. Talvez prefira passar por otário, mas o resto do mundo não vai acompanhar - nem mesmo os países árabes sunitas, que estão cada vez mais preocupados com a beligerância persa xiita.
Ao contrário do que poderia parecer, talvez a situação seja melhor para Israel também. Um falso moderado (não existem reformistas reais no Irã, já que quem manda mesmo é o Ali Khamenei e seus 40 aiatolás) deixaria o mundo menos preocupado com os iranianos e suas bombas nucleares. Do jeito que está, com a ditadura escancarada mesmo para o mais ardente esquerdista, justifica-se cada vez mais um ataque preventivo às instalações nucleares ou, quem sabe, ao próprio governo dos aiatolás (não custa sonhar).
Outra opção seria uma revolução popular no Irã, mas é pouco possível que esta funcione. Quem detém as armas detém o poder (e é por essa razão que uma das primeiras coisas que os ditadores fazem ao tomar o poder é tirar as armas da população). Além disso, a maioria dos descontentes são o pessoal que mora na cidade (e por isso todo o conflito centra-se em Teerã), mas nas zonas rurais miseráveis o regime ainda tem apoio (faz lembrar um outro longínquo país...).
O que é espantoso, mesmo, é o apoio irrestrito que Amadinehjad tem entre os esquerdistas. Só com esse público Amadinehjad é unânime. Fico impressionado. Prova de que tem gente que gosta mesmo é de um ditador, seja de que tipo for.
Agora, uma coisa que é preciso dizer é o seguinte: mesmo que não tivesse havido fraude, e a vitória de Amadinehjad representasse a real "vontade do povo", isso não mudaria tanto as coisas. Muitas pessoas acreditam que democracia significa apenas respeitar a vontade da maioria, independentemente do que esta vontade significar. Assim, segundo estes "esclarecidos", se a maioria do povo iraniano quiser apedrejar suas mulheres, ou enforcar suas crianças, ou tirar o dinheiro de uma minoria e escravizá-la, ou matar judeus, ou detonar uma bomba atômica em Tel Aviv, tudo bem, "devemos respeitar".
Errado. Ditadura (ou imoralidade) da maioria continua sendo ditadura (ou imoralidade).
A administração Obama está num dilema. Queria negociar com o Irã. Porém, com censura e estudantes levando pancada na rua, fica mais difícil fingir que o sujeito é "moderado" e só quer "dialogar". Obama vai ter que endurecer, ou passar por otário. Talvez prefira passar por otário, mas o resto do mundo não vai acompanhar - nem mesmo os países árabes sunitas, que estão cada vez mais preocupados com a beligerância persa xiita.
Ao contrário do que poderia parecer, talvez a situação seja melhor para Israel também. Um falso moderado (não existem reformistas reais no Irã, já que quem manda mesmo é o Ali Khamenei e seus 40 aiatolás) deixaria o mundo menos preocupado com os iranianos e suas bombas nucleares. Do jeito que está, com a ditadura escancarada mesmo para o mais ardente esquerdista, justifica-se cada vez mais um ataque preventivo às instalações nucleares ou, quem sabe, ao próprio governo dos aiatolás (não custa sonhar).
Outra opção seria uma revolução popular no Irã, mas é pouco possível que esta funcione. Quem detém as armas detém o poder (e é por essa razão que uma das primeiras coisas que os ditadores fazem ao tomar o poder é tirar as armas da população). Além disso, a maioria dos descontentes são o pessoal que mora na cidade (e por isso todo o conflito centra-se em Teerã), mas nas zonas rurais miseráveis o regime ainda tem apoio (faz lembrar um outro longínquo país...).
O que é espantoso, mesmo, é o apoio irrestrito que Amadinehjad tem entre os esquerdistas. Só com esse público Amadinehjad é unânime. Fico impressionado. Prova de que tem gente que gosta mesmo é de um ditador, seja de que tipo for.
Agora, uma coisa que é preciso dizer é o seguinte: mesmo que não tivesse havido fraude, e a vitória de Amadinehjad representasse a real "vontade do povo", isso não mudaria tanto as coisas. Muitas pessoas acreditam que democracia significa apenas respeitar a vontade da maioria, independentemente do que esta vontade significar. Assim, segundo estes "esclarecidos", se a maioria do povo iraniano quiser apedrejar suas mulheres, ou enforcar suas crianças, ou tirar o dinheiro de uma minoria e escravizá-la, ou matar judeus, ou detonar uma bomba atômica em Tel Aviv, tudo bem, "devemos respeitar".
Errado. Ditadura (ou imoralidade) da maioria continua sendo ditadura (ou imoralidade).

terça-feira, 9 de junho de 2009
Leviatã
Políticos seriam uma coisa engraçada, se não fosse trágica. Embora o tal "stimulus package" não tenha ainda gerado um emprego sequer, e aliás o nível de desemprego só tenha crescido desde que o messias assumiu, Obama continua prometendo empregos a meio mundo. Hoje fala em 600.000 novos empregos. Até a Associated Press, normalmente obamista, está desconfiando, com uma manchete irônica: "Novo plano de Obama é o mesmo anterior". (Aliás, o único setor que está tendo aumento de empregos é o da burocracia governamental obamista.)
Para os desavisados, uma conselho amigo: se algum político prometer empregos, não acredite. Político não pode criar emprego, salvo para seus familiares e amigos. Na Argentina agora tem um político que quer criar a "lei do primeiro emprego": por lei, todo jovem argentino teria seu direito ao "primeiro emprego" garantido... Quem não entender a impossibilidade de tal lei ser algo mais do que frases em um pedaço do papel, que continue votando em políticos idiotas. Assim caminha a humanidade.
Gordon Brown, enquanto isso, está sendo humilhado pelos votantes na Inglaterra, mas nem isso o convence a se demitir. Ao contrário, em um encontro do seu partido, afirmou: "O que pensariam as pessoas se um governo Trabalhista enfrentasse com covardia um período de crise, e se afastasse do povo nesse momento de necessidade? Não, estamos ficando com eles." Lula não diria melhor. Poxa, não está vendo que o "povo" não quer ver você nem pintado?
O pior é que, lá como cá, e acolá também, o Estado - Leviatã - só tende a crescer. O fracasso do welfare state gera, paradoxalmente, um desejo por mais welfare state. Pessoas que perderam seu emprego querem um novo emprego ou ao menos uma boquinha no governo. Além disso, os políticos descobriram que, quando o povo cansar deles, podem sempre importar novos imigrantes para votar neles. Obama já está encaminhando a possibilidade para que os imigrantes ilegais votem nos EUA, de modo a obter a tirania Democrata para todo o sempre.
Aqui, um artigo bem interessante sobre a moderna vingança do Leviatã, pelo polêmico Takaun Seiyo.
Para os desavisados, uma conselho amigo: se algum político prometer empregos, não acredite. Político não pode criar emprego, salvo para seus familiares e amigos. Na Argentina agora tem um político que quer criar a "lei do primeiro emprego": por lei, todo jovem argentino teria seu direito ao "primeiro emprego" garantido... Quem não entender a impossibilidade de tal lei ser algo mais do que frases em um pedaço do papel, que continue votando em políticos idiotas. Assim caminha a humanidade.
Gordon Brown, enquanto isso, está sendo humilhado pelos votantes na Inglaterra, mas nem isso o convence a se demitir. Ao contrário, em um encontro do seu partido, afirmou: "O que pensariam as pessoas se um governo Trabalhista enfrentasse com covardia um período de crise, e se afastasse do povo nesse momento de necessidade? Não, estamos ficando com eles." Lula não diria melhor. Poxa, não está vendo que o "povo" não quer ver você nem pintado?
O pior é que, lá como cá, e acolá também, o Estado - Leviatã - só tende a crescer. O fracasso do welfare state gera, paradoxalmente, um desejo por mais welfare state. Pessoas que perderam seu emprego querem um novo emprego ou ao menos uma boquinha no governo. Além disso, os políticos descobriram que, quando o povo cansar deles, podem sempre importar novos imigrantes para votar neles. Obama já está encaminhando a possibilidade para que os imigrantes ilegais votem nos EUA, de modo a obter a tirania Democrata para todo o sempre.
Aqui, um artigo bem interessante sobre a moderna vingança do Leviatã, pelo polêmico Takaun Seiyo.
Apaziguamento preventivo
Se Bush criou a "guerra preventiva", Obama inaugurou o "apaziguamento preventivo". Ajoelha-se na frente de Coréia do Norte, Irã e muçulmanos radicais antes mesmo que eles façam alguma coisa. Aí eles fazem gato e sapato e Obama, que já ajoelhou, tem que "rezar".
Duas jovens jornalistas americanas de origem asiática, Laura Ling e Euna Lee, foram condenadas na Coréia do Norte a doze anos de trabalhos forçados em um gulag. Não quero nem pensar que tipos de horrores as esperam lá. Seu crime: ter tentado fazer uma reportagem sobre refugiados da Coréia do Norte que tentam fugir para a China. De fato, foram presas na fronteira entre a China e a Coréia do Norte. Os coreanos alegam que elas entraram na fronteira ilegalmente, mas nem isso é certo. O fato é que são agora reféns de Kim Jong Il, que pode usá-las como peça de negociação com os EUA.
(Ah, Lee e Sing são jornalistas da Current TV, canal de televisão ecológica do Al Gore. O que estavam fazendo lá?)
Além de demonstrar mais uma vez que ditadores estão pouco se lixando para a "opinião pública", os "direitos humanos", a "convenção de Genebra", o "diálogo de paz" e todas essas frases-feitas sempre na boca dos bacanas da hora, o fato evidencia uma coisa bastante óbvia: a política de "apaziguamento" nunca funciona, e por uma razão bem simples: estimula o inimigo a avançar. O que tem Kim Jong Il a perder, tomando as duas reféns (é afinal o que as moças são)? Muito pouco.
É claro que, como alega Olavo de Carvalho, o propósito de Obama e seus asseclas é justamente o de enfraquecer os EUA internacionalmente, portanto oferecer flores a ditadores e terroristas é a melhor política.
Mas, como diz um velho provérbio judaico, "quem se disfarça de cordeiro corre o risco de ser devorado pelo lobo".
Duas jovens jornalistas americanas de origem asiática, Laura Ling e Euna Lee, foram condenadas na Coréia do Norte a doze anos de trabalhos forçados em um gulag. Não quero nem pensar que tipos de horrores as esperam lá. Seu crime: ter tentado fazer uma reportagem sobre refugiados da Coréia do Norte que tentam fugir para a China. De fato, foram presas na fronteira entre a China e a Coréia do Norte. Os coreanos alegam que elas entraram na fronteira ilegalmente, mas nem isso é certo. O fato é que são agora reféns de Kim Jong Il, que pode usá-las como peça de negociação com os EUA.
(Ah, Lee e Sing são jornalistas da Current TV, canal de televisão ecológica do Al Gore. O que estavam fazendo lá?)
Além de demonstrar mais uma vez que ditadores estão pouco se lixando para a "opinião pública", os "direitos humanos", a "convenção de Genebra", o "diálogo de paz" e todas essas frases-feitas sempre na boca dos bacanas da hora, o fato evidencia uma coisa bastante óbvia: a política de "apaziguamento" nunca funciona, e por uma razão bem simples: estimula o inimigo a avançar. O que tem Kim Jong Il a perder, tomando as duas reféns (é afinal o que as moças são)? Muito pouco.
É claro que, como alega Olavo de Carvalho, o propósito de Obama e seus asseclas é justamente o de enfraquecer os EUA internacionalmente, portanto oferecer flores a ditadores e terroristas é a melhor política.
Mas, como diz um velho provérbio judaico, "quem se disfarça de cordeiro corre o risco de ser devorado pelo lobo".
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terça-feira, 5 de maio de 2009
A esquerda gosta de morte
Dica do Daniel: A visita de Amilksheikjihad ao Brasil foi cancelada. O Idelber deve estar triste. Pode parecer inacreditável, mas o nosso velho conhecido até há pouco estava desejando-lhe boas-vindas ao Brasil e, em total desrespeito aos costumes islâmicos (o horror, o horror!) ainda convidou-o a tomar umas cachacinhas e dançar com as mulatas.
Mas falando sério: juro que não consigo entender essa gente.
Quer dizer, sei que a esquerda gosta de ditadores: Stalin, Mao, Fidel, Saddam, _______ (preencha a lacuna como quiser), etc. Mas daí a ver-se na obrigação de celebrar todo e qualquer ditadorzinho de meia-tigela, que nem exatamente de esquerda é?
Será que o Idelber sabe que o regime iraniano matou ou prendeu centenas de comunistas?
Eu não entendo mesmo. Começo a desconfiar que seja o seguinte: para esse pessoal Ultra-Sofisticado, puxar o saco de um fanático islâmico iraniano é hype. Mesmo que o regime tenha torturado e executado milhares de esquerdistas, estudantes, homossexuais e mulheres - ou seja, seu próprio público-alvo. Mesmo que tenha realizado atentados à bomba em vários países de terceiro mundo (e, portanto, "do bem"). Não me pergunte por quê - é hype. (Bem, certamente é mais chique usar uma keffiyah do que uma kipá.)
Ou será que tem alguma outra explicação? Se alguém souber, por favor, me diga.
Mas falando sério: juro que não consigo entender essa gente.
Quer dizer, sei que a esquerda gosta de ditadores: Stalin, Mao, Fidel, Saddam, _______ (preencha a lacuna como quiser), etc. Mas daí a ver-se na obrigação de celebrar todo e qualquer ditadorzinho de meia-tigela, que nem exatamente de esquerda é?
Será que o Idelber sabe que o regime iraniano matou ou prendeu centenas de comunistas?
Eu não entendo mesmo. Começo a desconfiar que seja o seguinte: para esse pessoal Ultra-Sofisticado, puxar o saco de um fanático islâmico iraniano é hype. Mesmo que o regime tenha torturado e executado milhares de esquerdistas, estudantes, homossexuais e mulheres - ou seja, seu próprio público-alvo. Mesmo que tenha realizado atentados à bomba em vários países de terceiro mundo (e, portanto, "do bem"). Não me pergunte por quê - é hype. (Bem, certamente é mais chique usar uma keffiyah do que uma kipá.)
Ou será que tem alguma outra explicação? Se alguém souber, por favor, me diga.
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domingo, 14 de setembro de 2008
Horrores da China
Assisti as Olimpíadas chinesas e nada tenho contra o povo chinês. Porém, o Partido Comunista que os governa é realmente abominável.
Uma das políticas mais criminosas deste é a tal "one-child policy", que decreta que cada casal só pode ter um filho, sob pena de multa, perda de emprego, prisão ou até seqüestro da criança. Não apenas é uma afronta à liberdade das pessoas (cadê os "direitos reprodutivos"?), mas tem centenas de efeitos demolidores.
Um deles: como na cultura local os filhos homens são mais valorizados, o resultado é que grande parte das mulheres que nascem são imediatamente abortadas. Assim como na Índia, ocorre um verdadeiro "fetocídio" de milhões de mulheres, causando inclusive desequilíbrio entre os gêneros.
Algumas não são abortadas, mas têm um destino talvez pior: são abandonadas e terminam em orfanatos estatais chineses como os do vídeo abaixo (visto no blog do Conde), onde bebês são amarrados ou presos em bancos que lembram instrumentos de tortura para escravos. Assistam e chorem.
Mais: como mostra estre outro vídeo aqui, as crianças com defeitos físicos são imediatamente abortadas por ordem do Estado sem que a mãe tenha qualquer tipo de escolha. Isso tem um nome: eugenia. Os nazistas já faziam. Certos esquerdistas radicais querem fazer também.
Uma das políticas mais criminosas deste é a tal "one-child policy", que decreta que cada casal só pode ter um filho, sob pena de multa, perda de emprego, prisão ou até seqüestro da criança. Não apenas é uma afronta à liberdade das pessoas (cadê os "direitos reprodutivos"?), mas tem centenas de efeitos demolidores.
Um deles: como na cultura local os filhos homens são mais valorizados, o resultado é que grande parte das mulheres que nascem são imediatamente abortadas. Assim como na Índia, ocorre um verdadeiro "fetocídio" de milhões de mulheres, causando inclusive desequilíbrio entre os gêneros.
Algumas não são abortadas, mas têm um destino talvez pior: são abandonadas e terminam em orfanatos estatais chineses como os do vídeo abaixo (visto no blog do Conde), onde bebês são amarrados ou presos em bancos que lembram instrumentos de tortura para escravos. Assistam e chorem.
Mais: como mostra estre outro vídeo aqui, as crianças com defeitos físicos são imediatamente abortadas por ordem do Estado sem que a mãe tenha qualquer tipo de escolha. Isso tem um nome: eugenia. Os nazistas já faziam. Certos esquerdistas radicais querem fazer também.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Kareem
Ali ao lado tem um banner que pede a liberação de Kareem. Confesso que coloquei o banner ali em solidariedade mas nunca dei muita atenção ao caso. Talvez seja o momento de falar um pouco do tema.
Abdul Kareem Soliman é um blogueiro egípcio que escreveu em seu blog alguns textos criticando bastante a religião muçulmana e o governo egípcio. Em fevereiro de 2007 foi condenado a 4 anos de prisão em uma cela solitária, por "difamar o Islã e a honra do presidente Mubarak". Foi ainda acusado ainda de "incitar a população à desordem pública, ao ódio ao Islã e à derrubada do governo".
Pode parecer ridículo, mas pelo "crime" de escrever um blog com suas opiniões, ele ainda está na cadeia, em uma cela solitária, e deve ficar ali até 2011. Aliás, recentemente sua condena foi até aumentada em 45 dias. Há informações que desde algumas semanas ele não está podendo nem mesmo receber visitas de amigos sem uma autorização especial.
Quanto a seus pais, o deserdaram publicamente pois sentiram-se "desonrados", e parece que para muitos muçulmanos a "honra" é mais importante do que a família. Aliás, seu pai chegou mesmo a dizer que o filho deveria ser executado se não se arrependesse! (Que melhor prova de que as críticas do filho à religião muçulmana estavam corretas?)
Estou enviando um cartão-postal para Kareem. Você também pode escrever para ele, seguindo os passos descritos aqui para enviar uma carta, ou simplesmente enviando uma mensagem para ele através do próprio site. Não vá escrever bobagem, afinal, é óbvio que todas as cartas enviadas são cuidadosamente revisadas pela polícia egípcia. Basta uma simples mensagem de solidariedade. Kareem lê inglês.
Para mais informações sobre o caso Kareem, veja a FAQ no site.
A liberdade de expressão é um luxo que temos hoje em dia. Aprecie-a enquanto ela ainda existe.
Abdul Kareem Soliman é um blogueiro egípcio que escreveu em seu blog alguns textos criticando bastante a religião muçulmana e o governo egípcio. Em fevereiro de 2007 foi condenado a 4 anos de prisão em uma cela solitária, por "difamar o Islã e a honra do presidente Mubarak". Foi ainda acusado ainda de "incitar a população à desordem pública, ao ódio ao Islã e à derrubada do governo".
Pode parecer ridículo, mas pelo "crime" de escrever um blog com suas opiniões, ele ainda está na cadeia, em uma cela solitária, e deve ficar ali até 2011. Aliás, recentemente sua condena foi até aumentada em 45 dias. Há informações que desde algumas semanas ele não está podendo nem mesmo receber visitas de amigos sem uma autorização especial.
Quanto a seus pais, o deserdaram publicamente pois sentiram-se "desonrados", e parece que para muitos muçulmanos a "honra" é mais importante do que a família. Aliás, seu pai chegou mesmo a dizer que o filho deveria ser executado se não se arrependesse! (Que melhor prova de que as críticas do filho à religião muçulmana estavam corretas?)
Estou enviando um cartão-postal para Kareem. Você também pode escrever para ele, seguindo os passos descritos aqui para enviar uma carta, ou simplesmente enviando uma mensagem para ele através do próprio site. Não vá escrever bobagem, afinal, é óbvio que todas as cartas enviadas são cuidadosamente revisadas pela polícia egípcia. Basta uma simples mensagem de solidariedade. Kareem lê inglês.
Para mais informações sobre o caso Kareem, veja a FAQ no site.
A liberdade de expressão é um luxo que temos hoje em dia. Aprecie-a enquanto ela ainda existe.

terça-feira, 1 de julho de 2008
A ditadura do politicamente correto
Na Suécia, um garotinho decidiu não convidar à sua festa de aniversário dois coleguinhas que não eram lá muito seus amigos, não entregando a eles convites de aniversário. Foi acusado de discriminação pela professora e os convites para a festa foram confiscados. O tema foi parar, acreditem, no parlamento sueco, o qual graças à conhecida eficácia dos deputados de todo o mundo, dará uma resolução final ao tema em setembro.
Na Holanda, fumar maconha nos bares pode, mas fumar cigarro é terminantemente proibido.
Na Inglaterra, uma muçulmana não passou numa entrevista de emprego para um salão de cabeleireiro, alegou discriminação e ganhou 4 mil libras.
No Canadá, um editor cristão foi multado por ter se recusado a imprimir imagens pornogáficas e pedófilas.
Na Austrália, um livreiro que proibiu um cliente de fumar maconha no seu estabelecimento foi processado.
Eu acreditava que o Olavo de Carvalho estava ficando meio paranóico quando falava sobre as elites globalistas que estão tomando o poder. Hoje acredito que ele está certo.
Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.
Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.
Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.
E ai de você se discordar.
Vivemos em tempos cada vez menos livres.
A ditadura do politicamente correto é uma poderosa arma na mão de grupos que a utilizam para obter cada vez mais poder.
Temam, amigos, pelo vosso Mr X. Em breve ele poderá ser fuzilado ou mandado para um campo de reeducação por manter um blog com opiniões contra-corrente e por não ter convidado à sua festinha de aniversário nem comunistas, nem maconheiros, nem muçulmanos, nem gays, nem feministas, nem índios, nem chineses, nem negros, nem lésbicas nem putas. (Festinha chata, eu sei. Mas cada um é livre de fazer o que quiser. Ou será que não?)

Na Holanda, fumar maconha nos bares pode, mas fumar cigarro é terminantemente proibido.
Na Inglaterra, uma muçulmana não passou numa entrevista de emprego para um salão de cabeleireiro, alegou discriminação e ganhou 4 mil libras.
No Canadá, um editor cristão foi multado por ter se recusado a imprimir imagens pornogáficas e pedófilas.
Na Austrália, um livreiro que proibiu um cliente de fumar maconha no seu estabelecimento foi processado.
Eu acreditava que o Olavo de Carvalho estava ficando meio paranóico quando falava sobre as elites globalistas que estão tomando o poder. Hoje acredito que ele está certo.
Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.
Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.
Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.
E ai de você se discordar.
Vivemos em tempos cada vez menos livres.
A ditadura do politicamente correto é uma poderosa arma na mão de grupos que a utilizam para obter cada vez mais poder.
Temam, amigos, pelo vosso Mr X. Em breve ele poderá ser fuzilado ou mandado para um campo de reeducação por manter um blog com opiniões contra-corrente e por não ter convidado à sua festinha de aniversário nem comunistas, nem maconheiros, nem muçulmanos, nem gays, nem feministas, nem índios, nem chineses, nem negros, nem lésbicas nem putas. (Festinha chata, eu sei. Mas cada um é livre de fazer o que quiser. Ou será que não?)

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