domingo, 16 de novembro de 2014

O Ocidente morreu e eu também não me sinto muito bem

A prova de que o Ocidente já morreu, de que já está morto e enterrado e carcomido por vermes nojentos, pode ser vista todo dia em qualquer notícia de jornal.
 
Por exemplo, cientistas conseguiram após muito esforço fazer com que uma sonda espacial pouse num cometa. Mas quais foram as notícias em relação a isso? Bem, vários jornalistas ficaram indignados com o fato de que um cientista estava utilizando uma camisa "sexista" com desenhos de mulheres, e forçaram-no a pedir desculpas rastejando para as câmeras. Para o progressista liberal imundo, isso é maior "progresso" do que colocar um robô em um cometa.  

Afinal, para o articulista, o fato de que cientistas, programadores e nerds em geral utilizem este tipo de camisa é a razão pela qual "poucas mulheres vão para o ramo das ciências." Bem, se basta uma camisa colorida para desencorajar mulheres, então talvez elas realmente não devam ser cientistas! Que fiquem na cozinha ou no salão de beleza, se pensam assim.  

Porém, devo dizer eu também achei ridícula a camisa, bem como as hediondas tatuagens do sujeito, que incluem um tattoo da própria sonda na sua perna. Porém, não pelo caráter supostamente sexista, mas porque tenho saudade do tempo em que cientistas se vestiam como gente, e não como nerds inseguros e imbecis querendo mostrar suas nerdices para todos. O Ocidente virou um sitcom: até os cientistas viraram personagens de Big Bang theory!

O fato incontornável é que os sinais de decadência estão em todo lado. O homem branco de classe média deseja sua extinção. Não há outra explicação para seu comportamento bizarro de valorizar mais invasores ou criminosos do que sua própria existência.

No Brasil, a classe média é que é a verdadeira classe oprimida, prensada entre uma classe política parasitária e cruel, que suga o resultado do trabalho dos outros com impostos e corrupção, e uma massa pobre e muitas vezes violenta, que pode assaltá-la ou matá-la em cada esquina. E, no entanto, essa mesma classe média vive preocupada com os pobres e humildes, não quer diminuir a maioridade penal, e parece que procura mesmo a sua própria aniquilação. Uma pessoa morre assassinada a cada dez minutos no Brasil. Em termos de números, estamos até pior do que o México, onde um prefeito de esquerda associado com cartéis de traficantes mandou massacrar estudantes.

Mas no outro dia alguém no meu Facebook falou, "voto pela Dilma porque ela está do lado dos pobres, dos índios, dos negros e dos humildes, pela primeira vez em 500 anos de história deste país." Deu-me tristeza. Não entendeu que ser "pelos pobres" é ser pela pobreza, é transformar o Brasil inteiro em um imenso Nordestão. Ajudar os pobres, tudo bem: mas para que aumentar o número de pobres? Por que não condicionar a ajuda ao planejamento familiar, à educação, à responsabilidade financeira?

Veja bem, nem acho o Bolsa-Família o pior dos males. O que são alguns poucos reais por mês em relação às generosas bolsas-ajuda que juízes e deputados recebem? É realmente bastante pior o assistencialismo aos ricos e acomodados, que desvia bilhões do país.

E o crime, o que há de errado em tratar criminoso com dureza? Ninguém é forçado a cometer crimes, isso é romantismo esquerdista. O criminoso é alguém que opta por tirar dos outros através da força, então é através da força que deverá ser contido.

A mesma pessoa também denunciou uma página de "Orgulho Branco" criada por um outro usuário. Curiosamente, não denunciou as páginas, também existentes, de "Orgulho Negro", "Orgulho Índio", e até "Orgulho Português" (Curiosamente, para o europeu ou euro-descendente, o orgulho nacional étnico é permitido, porém quando se fala em "branco" como conceito geral, internacional, isso é mal-visto como se fosse o fim do mundo.)

Na Europa e EUA é a mesma coisa, ou inclusive pior. Nem falo da questão da imigração, mas do esquerdismo inútil que toma conta das pessoas. É até mais bizarro, pois é um esquerdismo sem sentido, viciado num masoquismo sem tamanho, de auto-culpar-se por tudo o que há de errado no mundo.

No outro post falei sobre arquitetura moderna. Edifícios bizarros ou esculturas hediondas hoje já enfeiam cidades antes belas como Roma, Londres ou Paris.

Eu já falei mais de uma vez que a arte contemporânea, em sua maioria, pode ser vista como um retrato da doença mental que tomou conta do Ocidente. Compare as obras de Jeff Koons com as de Michelangelo, ou melhor, não compare, pois não há o que comparar.

Em Paris há algumas semanas um "artista" americano colocou na Place Vendôme uma escultura na forma de um plugue anal gigante. Era um artista famoso por obras de cunho sexual, incluindo uma escultura de George Bush transando com um porco e um balão inflável em forma de fezes. Ao menos aqui houve uma reação: o povo parisiense não gostou da brincadeira, e dois dias depois a escultura foi atacada e desinflada por "vândalos". Vândalos? Mas não seriam também vândalos, e vândalos ainda maiores, os que autorizaram e pagaram por essa estupidez?

Enquanto isso, na Itália, imigrantes africanos e árabes salvos da morte certa pela marinha italiana, organizaram um quebra-quebra no centro de refugiados onde recebiam abrigo e comida. A razão? Estavam fartos de comer massa com molho de tomate, queriam "uma dieta similar à de seus países". Um deles ainda disse, na maior cara de pau, "chega deste país, assim que receber meus documentos, vou para a Alemanha ou para a Holanda!"  

Arte moderna nojenta, cientistas tatuados, classe média preocupada em não ferir os sentimentos de criminosos, europeus ficando de quatro para imigrantes ingratos, enfim, o Ocidente está querendo morrer e, para falar a verdade, ultimamente eu também!


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O que as feministas querem?

Confesso que fico confuso.

Uma mulher branca judia caminhou por dez horas pelas ruas mais pobres de NY, recebendo dezenas ou talvez centenas de cantadas dos moradores, quase todos negros e latinos. Cantadas? Bem, a maioria apenas disse algo como "Bom dia" ou quis puxar conversa, mas parece que isso já é o equivalente do estupro para certas feministas. 

Ao mesmo tempo, quando uma mulher não recebe nenhum tipo de atenção masculina, nem mesmo olhares, ela também tende a ficar chateada. "Ninguém mais me ama, estou velha, estou gorda, buá".

É como aquelas mulheres que usam decotes mas depois não gostam que as pessoas olhem muito. 

O engraçado é que se ela tivesse passeado por um bairro branco rico de NY, provavelmente não teria recebido nenhuma cantada. Por não mostrar homens brancos, o vídeo foi acusado por outros de ser "racista". Uma colunista até disse que a culpa por negros e latinos tentarem passar cantadas em mulheres brancas na rua, é devido ao seu histórico de escravidão e humilhações pelo homem branco. (A culpa é sempre de um modo ou outro do homem branco, é claro).

Confesso que não entendo muito a mente da feminista moderna. Existiram três ondas feministas: a primeira, compreensível, nos anos 20, pelo direito ao voto. A segunda, dos anos 60,  a revolução sexual, de efeitos nefastos mas que só foram se sentir muito depois e na época parecia ter sua lógica. E agora estamos na terceira onda, que quer... Quer o quê?

Eu realmente não sei.

Parece que quer o direito a se vestir como quiser, mas quem se isso cause nenhum efeito nos homens. Quer o direito a trabalhar em qualquer área, ganhando a mesma coisa que homens, mas sem ter o mesmo interesse ou dedicação. Quer o direito de não receber cantadas, a não ser que seja de pessoas bonitas, famosas ou ricas. Enfim, parece querer uma superproteção jamais vista na história humana.

Agora as feministas querem proibir um certo Julien Blanc de vir ao Brasil. Ele é um "artista da cantada" que ensina homens a pegarem mulheres. Não sei se seu método funciona, acho que não, ou ao menos não para todos, pois seduzir mulheres é um pouco como aqueles cursos de "fique rico rápido": não existe método mágico para isso. Em resumo, parece-me picaretagem. Mesmo assim: vai quem quer, paga quem quer. Por que tornar ilegal?

Esse fenômeno dos PUA (Pick Up Artists) é relativamente recente, e é de certa forma uma resposta ao feminismo mais militante, basicamente uma tentativa de ajudar homens que não tem coragem para chegar em mulheres. É um equívoco também; primeiro porque, como eu disse antes, não existe método mágico, e segundo porque é um erro colocar a capacidade de "pegar mulheres" como a maior medida de masculinidade ou de status. Um homem talvez seja mais feliz apenas com uma única boa mulher, ou quem sabe até sozinho seguindo seus hobbies; porque dar ao sexo desenfreado ou às conquistas tanta importância?

Dizem que Julien promove a violência e a cafajestagem. Não sei, pode ser. Porém, não é segredo algum que tem um certo tipo de mulheres que gostam de cafajestes, especialmente o tipo de mulher que espera encontrar um homem na balada. Quanto à dominação, é fantasia recorrente. Na época em que eu frequentava chats online, surpreendia-me bastante com o grande número de mulheres que tinham fantasias de estupro e dominação.

De certa forma, paradoxalmente, o patriarcalismo à moda antiga é que impedia a existência de tipos aventureiros como o Julien Blanc, pois a sociedade tendia a proteger mais as mulheres, solteiras ou casadas. A verdade é que a mulher que se veste de vadia para ir à balada e ignora o bom moço romântico trabalhador, e o cafajeste ao estilo Julien Blanc se merecem, pois procuram a mesma coisa: poder.  

O fato é que as feministas de hoje querem a faca e o queijo, querem direitos mas não responsabilidades, querem igualdade mas até certo ponto. Em vários aspectos, as mulheres tem ainda várias vantagens sobre os homens. Por exemplo, é bem mais fácil para uma mulher divorciada obter a guarda dos filhos. Veja por exemplo o caso deste homem que se vestiu de mulher para chamar a atenção da justiça e tentar fazer valer seu direito a poder ver o filho que criou até os sete anos de idade. Na Suécia, quando uma lei feminista de igualdade de emprego passou a dar mais vantagens aos homens, as feministas pediram para cancelá-la.

Hoje as mulheres votam, estudam, trabalham no que querem, vestem-se como querem, fazem sexo com quem querem, servem no exército, e mesmo assim, as feministas ainda parecem estar sempre insatisfeitas.

Curiosamente, recentes pesquisas indicam que as mulheres atuais se sentem mais infelizes do que antes, e o que mais gostariam é o que suas avós tinham: não precisar trabalhar tanto, e ter tempo para cuidar dos filhos em casa.

Porém, nesse caso, nem podemos culpar as feministas ou as mulheres. Ser insatisfeito é parte da condição humana. No artigo da Economist citado no último link, o comentário mais votado é o de um homem que escreve:
Todo homem trabalhador faz-se continuamente uma única pergunta enquanto labuta por horas em um cubículo sem janelas, ou aperta pela milionésima vez a mesma porca no mesmo parafuso para obter dinheiro para fazer compras no supermercado e pagar as contas, e volta para casa para encontrar uma mulher reclamona e pirralhos endiabrados: "É isto tudo?" 
É isto, afinal?



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pausa para reflexão

Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;

Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.

Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.

Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas

Ricardo Reis

Cadê os leitores?

Onde anda Confetti? Sei que cansou de Paris, mas é Paris ou al-Paris hoje? Bons tempos os da Paris dos anos 20, então sim é que era uma festa.

Como tampouco penso em viajar para Paris por ora, quem sabe nos veremos em algum outro lugar do planeta? 

Ah! Assistam ao vídeo da filha do Brancaleone; pelo que entendo, é preciso votar no melhor projeto? Achei a idéia da etiqueta termo-sensível interessante; não conheço os concorrentes. 

Mandem lembranças ao Chesterton, onde quer que ele esteja, pois não tem aparecido. Ao Augusto positivista também, embora ele tenha sumido há bem mais tempo e tema que ele não esteja mais neste planeta. 

Aos que se interessam por hbd, visitem o blog do Santoculto, antigo Autor Desconhecido, é interessante.

Será que tem mais algum outro leitor que virou blogueiro? Podem comentar nos comentários.

Aqui... O número de leitores e comentários caiu muito desde o retorno do blog, mas é verdade que a média de posts, e a qualidade, caiu muito também. Outras preocupações na cabeça, apenas isso.

Este blog existe já há um bom tempo, mas perdeu um pouco o foco, então, estou vendo aqui de como melhor solucionar isso, enquanto ninguém me oferece uma coluna na Veja.

Pergunto aos leitores, os poucos que restam, se teriam alguma sugestão de post.

No mais, cuidem-se. 


O incrível fim da Inglaterra

Poucos países têm se dedicado com tanta alegria a chafurdar na lama da decadência tanto quanto a Inglaterra.

Parece até que os ingleses sentem prazer em ver seu país, outrora glorioso império "onde o sol jamais se põe", transformado em um lixo onde sauditas e "mafiosos russos" são donos de metade dos empreendimentos imobiliários, onde muçulmanos paquistaneses transformam garotas brancas inglesas em prostitutas mirins, onde muçulmanos negros decapitam soldados em plena rua, onde obras de "arte moderna" são confundidsa com lixo por faxineiras e jogadas onde merecem, onde ingleses pobres e de classe média brancos se dedicam a beber, drogar-se, tatuar-se, falar palavrão e vomitar na rua, e onde sociopatas ingleses ricos brancos se dedicam a esquartejar prostitutas.

A Inglaterra de hoje é um antro de decadência. A notícia de que decidiram celebrar com uma estátua duas mães solteiras de raça mista branca-paquistanesa como símbolo da "verdadeira família da cidade" é só apenas a última pá de cal nesse país hoje quase inútil.

Nada necessariamente errado com as moças, e entende-se que ser mãe solteira não é fácil, porém, será que mereciam uma estátua numa biblioteca? Não seria melhor, sei lá, a estátua de um escritor famoso local da cidade, como por exemplo o J. R. Tolkien? 

A estátua foi criada por uma mulher, artista ganhadora de importantes prêmios de arte moderna com obras com títulos como, pelo que vi na Wikipedia, "Fuck" e "Drunk".

A escultura é medíocre. O prédio atrás, que é a nova biblioteca de Birmingham, hoje a biblioteca mais cara da Europa, é pior ainda. É uma das obras de arquitetura moderna mais feias que já vi. Além de parecer estar coberto de arame farpado, lembra uma mesquita. Coincidentemente, ou não, foi também criado por uma mulher, uma arquiteta holandesa.

Ah, o prédio foi inaugurado ano passado por Malala, a paquistanesa que ganhou o Nobel da Paz e hoje mora em Birminghan. Nada contra a jovem, mas, por que logo ela? Não tinha nenhum inglês nativo? Será que a Inglaterra rendeu-se de vez ao Paquistão?

É difícil saber que futuro pode ter a Inglaterra, que já foi o berço de tantos gênios literários e científicos, e hoje parece não ter o menor orgulho de sua história e nem mesmo de seu povo.

O único elogio que eles gostam de fazer é à modernidade, à diversidade, à imigração. Comparem o belo espetáculo da abertura dos jogos de Sochi com o aberrante espetáculo dos jogos de Londres. 

É também bizarro que a Escócia tenha preferido ficar atrelada ao Império AnGlobalista do que ser independente. 

Bem, nunca achei os ingleses muito simpáticos, sempre preferi os irlandeses, e eles sofreram bastante na mão dos ingleses, então talvez seja apenas karma por todas as maldades que fizeram. De qualquer modo, é também triste: de Shakespeare a Newton, de Keats a Huxley, os ingleses deram muito ao mundo.