domingo, 31 de julho de 2011

Poema do Domingo

I'm nobody! Who are you?
Are you nobody, too?
Then there's a pair of us--don't tell!
They'd banish us, you know.

How dreary to be somebody!
How public, like a frog
To tell your name the livelong day
To an admiring bog!

Emily Dickinson (1830-1886)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O progressismo é branco

A Noruega, como todos os países escandinavos, é provavelmente um excelente lugar para se morar, ao menos segundo indicam quase todas as estatísticas sobre qualidade de vida.

Por outro lado, os países nórdicos são provavelmente também os países onde o progressismo calou mais fundo. Impostos altíssimos sustentam um massivo aparelho de "bem-estar social". A Suécia é tão feminista que as empresas são obrigadas por lei a ter pelo menos 50% de empregados mulheres, e transar sem camisinha é considerado estupro, como bem descobriu o Julian Assange.

Na Noruega, atualmente nas notícias, a polícia anda com armas - só que estas estão descarregadas e trancadas com chave dentro do porta-luvas do carro, e só podem ser utilizadas com autorização dos superiores. Para chegar ao local onde o atirador matava adolescentes que fica a 20 km do centro da cidade, a polícia levou noventa minutos: o motivo foi que todos os pilotos de helicóptero da polícia estavam de férias. 

De acordo com relatos de sobreviventes, alguns dos 600 jovens que estavam na ilha tentaram deter o atirador -- conversando com ele: "Alguns de meus amigos tentaram pará-lo conversando com ele. Muitas pessoas acham que o que aconteceu na ilha foi um teste... comparando-o com como é viver em Gaza. Então muitos foram para perto dele e tentaram dialogar com ele, mas foram mortos imediatamente." (Algo me diz que esses idiotas não sobreviveriam muito tempo em Gaza -- ou em qualquer lugar fora da Noruega).

As prisões na Noruega são exemplares -- ao menos para aqueles que acreditam que o criminoso é um coitadinho que precisa ser reabilitado. Este interessante slide-show da Foreign Policy mostra um pouco da vida numa das mais recentes prisões do país, onde ladrões e estupradores têm acesso a televisão de tela plana, Internet, e até a belíssimas "personal trainers". Eles aprendem até mesmo a escalar muros, o que pode ser útil para tentativas de fuga. Não que estas sejam necessárias, é claro:  
"Os guardas não carregam armas e são encorajados a ser amigáveis com os presos -- eles comem juntos e jogam esportes em times mistos para criar um senso de família. (...) Metade dos funcionários são mulheres, uma política baseada em pesquisas que mostram que a presença feminina induz a uma atomosfera menos agressiva."

Por outro lado, o crime na Noruega é relativamente baixo, tanto que o Beirik sozinho em um dia quase triplicou a taxa anual de homicídios do país. Isso poderia estar mudando com a invasão de imigrantes muçulmanos e africanos, que segundo notícias recentes foram responsáveis por todos - repito, todos - os crimes de estupro no país em 2010. Será que tais criminosos "multiculturais" poderão ser retidos em prisões-spa como a descrita acima?

Ainda assim, a maioria dos europeus que conheço são a favor de políticas progressistas com prisões que respeitam os "direitos humanos" dos criminosos e a favor da imigração ilimitada a seus países. Na Noruega, a luta pelo direito dos palestinos e dos muçulmanos é constante; foi em Oslo que foi celebrado o mais famoso (e mais fracassado) acordo de paz entre israelenses e palestinos; hoje, nessa cidade, os imigrantes muçulmanos já constituem 27% da população.

Curiosamente, isso se repete em quase todos os países e mesmo estados de maioria branca. Por exemplo, nos EUA, em geral os estados mais progressistas são estados de maioria branca. Cidades como Portland, com ampla maioria branca, é uma das que mais promove os ideais progressistas como ecologismo, feminismo, multiculturalismo, etc. Enquanto isso, os estados do Sul, mais misturados, tendem a ser mais conservadores (uma exceção talvez seja a Califórnia, que hoje já tem maioria mexicana, mas ainda é extremamente progressista).

O fato é que o progressismo hoje em dia é "Stuff White People Like". Mesmo que, segundo alguns, outros grupos como os judeus (Escola de Frankfurt, etc.) ou os maçons ou os illuminati estejam por trás da lavagem cerebral progressista, o fato inegável é que a maioria dos brancos adora o progressismo -- ao menos enquanto as suas conseqüências negativas não aparecem. É a nova religião da humanidade. 

Muitos acusam os brancos de racismo. Eu acho que é o contrário, os brancos hoje em dia são as pessoas menos racistas (ou menos etnocêntricas) do planeta. Tente vender o multiculturalismo aos africanos, ou aos chineses! E talvez por isso os eurodescendentes imaginem ingenuamente que os outros grupos também são assim como eles, e que todos os possam portanto conviver em paz. Doce ilusão!

Ora, pode até ser verdade que os brancos oprimiram negros e índios durante um bom tempo. Porém, também é verdade que muitos brancos lutaram pelo fim da escravidão e opressão de ambos os grupos. Para cada branquelo opressor, havia vários outros que ajudavam ou tentavam ajudar as outras etnias. O Padre Antônio Vieira defendeu os índios, e a escravidão negra acabou graças a brancos europeus (e com oposição dos príncipes africanos que vendiam escravos, diga-se).

No entanto, curiosamente, não são conhecidos grupos de indígenas ou africanos que tenham batalhado pelos direitos dos povos brancos europeus. O único que consegui encontrar foi este aqui: um negro que é vice-presidente de uma associação que decidiu oferecer uma bolsa de estudos exclusiva para brancos. Ele afirma jamais ter sofrido opressão racial e acha que negros e hispânicos já tem muitas oportunidades exclusivas. Parabéns a ele! A associação, FMAFE, tem o objetivo de ajudar a nova minoria: homens (do sexo masculino) caucasianos.

De fato, o homem branco corre o risco de estar virando minoria em seus países nativos, e é por isso mesmo que a "culpa branca" está acabando. Você sabe: por décadas responsabilizou-se o homem branco cristão ocidental por todas as mazelas do mundo, desde o extermínio dos indígenas até a dor de cotovelo. A verdade é bem mais complexa: se o homem branco escravizou indígenas e africanos, também é verdade que trouxe coisas boas a esses povos. Se Colombo jamais tivesse aportado por aqui, será que os nativos ainda estariam comendo-se uns aos outros ou já teriam inventado a roda?

Talvez o que tenha acontecido com os brancos ocidentais dos países mais desenvolvidos seja que, como ocorreu com certos animais, acostumaram-se a viver por um bom tempo sem contato com predadores. Tornaram-se como o pássaro dodo.

Qual a saída? Não sei. Ao contrário de outros sites de direita e extrema-direita, recuso-me a celebrar um assassino de adolescentes, e não advogo soluções violentas (embora entenda que elas ocorrerão, e serão repentinas, inevitáveis e extremamente cruéis). Acho simplemente que vivemos em tempos de extrema decadência, como antes da queda do Império Romano, ou da República de Weimar, ou do último reinado dos Bourbons.

Vem um dilúvio por aí, e é difícil dizer quais serão as suas conseqüências. Os brancos que aproveitem o progressismo enquanto ele durar; quando a Noruega virar um Brasil ou um Oriente Médio, será bem mais difícil manter prisões-spa.

Protesto progressista. Onde estão os não-brancos?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A guerra começou

Estive pensando bastante sobre o caso do atirador norueguês. Minha primeira impressão, como comentei no post abaixo, foi a de pensar que a direita conservadora se ferrou; que o ataque será utilizado pela esquerda para taxar todo conservador, mesmo o mais fresco e bunda-mole, como um assassino em potencial.

E, no entanto, agora penso que talvez não seja bem assim. A esquerda sempre alimentou o mito do bicho-papão reacionário neonazista. Até os libertários centristas do "Tea Party" eram considerados como perigosos racistas. Mas, agora, tendo acordado um monstro verdadeiro, é possível que a reação seja a oposta.

Por que a esquerda demoniza os conservadores e tem medo de criticar o Islã? Porque o Islã é violento, e ninguém quer morrer. Já criticar cristãos e conservadores é fácil; raramente se escuta sequer uma queixa.

Mas agora que os políticos de esquerda e seus filhos foram colocados na linha de fogo por um maluco norueguês, talvez haja menos ênfase no multiculturalismo. É possivel mesmo que a Noruega adote uma  política de maior controle migratório. Osaba Bin Laden não conseguiu expulsar os odiados soldados americanos da Arábia Saudita, não obstante toda a crítica aos seus atentados?

Eu sempre pensei que haveria, cedo ou tarde, uma reação violenta contra a imigração e o multiculturalismo. Mas imaginei uma guerra civil como a da ex-Iugoslávia, só que ocorrendo em diversos países europeus. Não pensei no surgimento de um terrorismo de direita; mas, após o diabólico plano do norueguês, este parece ser uma possibilidade cada vez mais concreta.

Por que o terrorista matou jovens esquerdistas, e não imigrantes muçulmanos? A resposta é simples. Seu alvo não eram os imigrantes, mas aqueles a quem ele responsabilizava pela imigração, o governo do Labour Party. E de certa forma ele tem razão: os imigrantes são apenas massa de manobra. São as elites políticas as que promovem a modificação demográfica do continente.

Em uma guerra entre nativos ocidentais e muçulmanos, não tenho dúvida que muitos dos atuais governos ocidentais tomariam o lado dos muçulmanos. Não foi o que ocorreu na Iugoslávia, com os americanos bombardeando os sérvios para ajudar os terroristas muçulmanos albaneses? Então o que teríamos não seria uma  guerra declarada entre dois estados ou facções, mas terrorismo e ataques de um lado e de outro, até que vença o pior.

Entendam bem: não tenho a menor simpatia por esse facínora escandinavo. Acho que deveria ser torturado e executado sem piedade, em vez de pegar os 21 anos que são o máximo da pena na Noruega (ainda pior do que o Brasil), em uma prisão confortável com televisão e ginásio, tudo pago pelo contribuinte.

Poém, como eu já comentei alguma outra vez, os sistemas humanos em geral não tendem à harmonia e a moderação, mas ao extremismo e à violência súbita. Estes horríveis atentados talvez sejam apenas o início de um processo muito maior e muito mais terrível.

A guerra começou.

sábado, 23 de julho de 2011

Ataque dos terroristas loiros

Depois de ver o link no VFR, eu estava pronto para fazer uma gozação com o último vídeo do Departamento de Segurança Americano, que mostra os brancos caucasianos como terroristas malvados e as minorias de negros, latinos, muçulmanos e asiáticos como cidadãos exemplares preocupados que os denunciam.

Mas a piada perdeu a graça.

Dois ataques terroristas deixaram 91 mortos em Oslo, na Noruega. Ainda não há muitos detalhes, mas houve uma explosão de um carro bomba seguida de um atirador armado em outra parte da cidade. O autor dos dois ataques parece não ter sido um muçulmano, mas um noruego loiro de olhos azuis que costumava comentar em blogs de direita e anti-jihad. Não é claro por que decidiu alvejar adolescentes noruegos em vez de imigrantes, se essa era a sua motivação. Porém, o prédio governamental atingido pela explosão era a residência do primeiro-ministro noruego. O primeiro-ministro também tinha planos de visitar o campo de verão atacado. Tratou-se, claramemente, de um ataque muito sério contra o centro do poder na Noruega.

A esquerda internacional está festejando. É mais uma razão para demonizar os brancos. E realmente, além da tragédia em si, com a morte de dezenas de adolescentes escandinavos nas mãos de um maníaco, é um duro golpe para os antiprogressistas e antijihadistas. Pode apostar que haverá mais censura e perseguição a qualquer um que se mostrar levemente de direita. Quem sabe se até este blog um dia não será proibido de existir? 

O que concluir desse ataque? Nada, a não ser talvez que há loucos e psicopatas em todas as etnias, religiões e grupos sociais. E que a insanidade de um lado do espectro político muitas vezes gera insanidade do outro. Faz poucos dias um leitor comentou que o caso do pai e filho agredidos por serem equivocados com um casal gay era parcialmente culpa dos homossexuais, por exibirem-se em público e estimularem esse tipo de agressão. Não é bem assim, mas talvez haja razão no fato de que, quanto mais extremo e exibicionista se torna o movimento gay, mais reações violentas provocará.


Outra possível conclusão é que a figura do século XXI é o assassino em massa solitário, que descarrega as suas frustrações assassinando o maior número possível de pessoas. O caso do terrorista norueguês, mais do que ao terrorismo islâmico ou separatista organizado, parece juntar-se aos vários casos de atiradores em escolas. Todos tinham algum tipo diverso de frustração ou mania de perseguição, religiosa ou não; mas agiram da mesma forma insana, tentando trucidar o maior número de gente que podiam. Parece ser a lamentável nova forma de obter 15 minutos de fama. Hans Magnus Erszenberger escreveu um artigo sobre isso, "The Radical Loser" (O perdedor radical).

Vivemos em tempos tristes e preocupantes. Isto não vai acabar bem.

domingo, 17 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Qual o sentido da vida?

Devemos fazer algo útil na vida. Mas o que seria algo útil? Confesso que às vezes não sei. Este blog, não o vejo como tendo qualquer utilidade prática, escrevo porque não consigo parar, é vício mesmo. Mas é mais perda de tempo do que qualquer outra coisa. Sinceramente, muitas vezes gostaria de parar e escrever coisas mais úteis, mais belas, mais profundas -- ou ao menos que dessem mais dinheiro. Quem sabe terminar meu famoso romance, há anos na gaveta?

Por outro lado, às vezes fico pensando. Faz alguns meses conheci em um grupo de discussão literária um rapaz de 22 anos admirável. Excelente orador, recém formado em Direito, e sempre com conselhos práticos sobre a vida útil que as pessoas deveriam levar. Pois bem: após dar esses conselhos, ele saiu de camping com amigos e fez uma coisa extremamente estúpida: decidiu andar de caiaque em um rio de correnteza forte sem colete salva-vidas e sem saber nadar. Encontraram o seu corpo em decomposição duas semanas depois. Tinha 22 anos, e toda a vida pela frente. Eu tenho bem mais e também faço coisas estúpidas, mas ao menos sei nadar, isso sim.

Não sou religioso, mas acredito em Deus, embora confesse que não entenda seus desígnios. Acho que meu livro preferido da Bíblia é o Eclesíastes, que é basicamente uma aceitação resignada da falta de sentido aparente da vida, e da incompreensão do universo à qual todos estamos condenados. Houve uma vez em que me pareceu que havia um sentido oculto por trás de tudo; quem sabe se as coisas tivessem ocorrido diversamente, ainda pensaria assim. Mas não ocorreram e não se pode voltar atrás. Serei sempre nostálgico da vida que não tive.

Curiosamente, se tivesse levado uma vida mais afinada com os princípios conservadores aqui defendidos, é bem possível que tudo fosse melhor. Ou talvez não. Tudo pode acabar de um dia para o outro em um um único descuido. Talvez seja apenas questão de sorte. Sabe-se lá.

Dizer que estou lutando pela civilização ocidental é besteira. A existência ou não deste blog não faz diferença alguma para ninguém, muito menos para o "mundo ocidental". Não tenho qualquer ilusão de estar passando adiante qualquer coisa. Na verdade, às vezes nem sinto que sou eu quem escreve estas linhas: é como se eu fosse tomado por um espírito, o espírito do Mr X -- eu, o indivíduo real que vive uma vida completamente diferente da que é aqui pregada, sou apenas o médium que transmite seus delírios. Nenhum de meus amigos jamais sonharia que sou de direita, até porque talvez não seja mesmo. Sou somente um observador.

Ao contrário de outros sites e blogs, não tenho o menor interesse em propor modelos políticos, salvar o Brasil ou o mundo do petismo e do gayzismo, ou criar um grupo de extremistas de direita dedicados a caçar comunistas, restaurar a monarquia ou demolir as estruturas do progressismo mundial. Talvez faltem-me a clareza e a convicção, as mesmas que me faltam em tudo. Lamentavelmente, tampouco ganho dinheiro, status ou mulheres com o que posto aqui.

Se há algum tipo de utilidade no que é aqui feito, é apenas transmitir a um público muito seleto e educado algumas das ideias discutidas entre a direita americana que jamais chegam nem chegarão à mídia brasileira, mas mesmo isso hoje o Dextra faz melhor e com maior convicção. Eu só faço o que faço por hábito, uma espécie de transtorno obsessivo compulsivo, e nem tenho certeza de estar replicando as idéias corretas.

O blog começou como reação aos eventos do 9/11, ou melhor, o personagem do Mr X começou a aparecer nos comentários do velho blog do Pedro Doria, há vários anos atrás. Só anos depois criei um blog próprio. E, se no começo a preocupação maior era com o terrorismo islâmico, hoje tal tema representa uma parcela menor das discussões. Imigração, crise espiritual, decadência ocidental, progressismo versus tradicionalismo, todas essas são questões que começaram a aparecer com maior freqüencia por aqui, devido às minhas leituras. O fato é que o ressurgimento do islamismo é grave, mas é apenas um sintoma. A doença está no Ocidente.

Se este blog não tem qualquer utilidade, por que continuá-lo? Suponho que seja um diálogo platônico comigo mesmo, tentando entender para onde diabos vai o mundo. Nada mais, nada menos. E, se nada faz sentido, então por que não continuar anyway

Qual o sentido da vida? Os cristãos tem a sua fé. Os muçulmanos as deles. Para o ateu militante e chato de galochas Richard Dawkins, o sentido é a mera propagação dos genes, aliás, nós humanos não temos qualquer sentido, somos apenas os condutos pelo qual os nossos "genes egoístas" são transmitidos de geração para geração. Mas para quê?

Para o militante ateu/gay/esquerdista, acho que o sentido da vida é tentar sempre forçar uma utopia terrena, mas que não chega nunca, e por isso a radicalização torna-se sempre maior. Todos aqueles que buscam uma forma de utopia terrena ou reengenharia social, terminam dando de cara com a ressaca cósmica, como diz o Pedro Sette. O feminismo não trouxe a felicidade? Tentemos o casamento gay. Tampouco deu certo? Bem, quem sabe a liberação dos animais? Etcétera etcétera e assim por diante. Isso ficou bem claro para mim com a eleição de Obama: houve todo aquele orgasmo midiático com a eleição do "primeiro presidente negro", e depois o quê? Nada. Post coitum omne animal triste est (*). A sensação de vazio foi camuflada com planos para a "primeira juíza latina da Suprema Corte", o "primeiro homossexual governador do Arkansas", etcétera etcétera e assim por diante.  

Já para outros o sentido da vida é mais prosaico, não fazer coisas em grande escala, mas sim na pequena. Ajudar os próximos. Escrever um livro, ter filhos, plantar uma árvore. Coisas do tipo. Parece-me mais sensato.

Bem, estou pensando em modificar algumas coisas em minha vida profissional e pessoal, e estas mudanças quase certamente terão algumas ramificações no blog também; não sei bem ainda quais serão, só sei que ocorrerrão num futuro relativamente próximo. De qualquer modo, ao menos por ora, continuarei postando. Não consigo parar, já disse. Salvo que decida me aventurar de caiaque em algum rio desconhecido, e tudo acabe assim de repente sem qualquer tipo de sentido ou explicação, estarei por aqui. 

A vida continua, até que um dia não.




(*) "Após o coito todo animal é triste, com exceção da mulher e do galo" (Galeno).

Esclarecendo a questão racial

Eu queria esclarecer aqui algumas de minhas posições em relação à questão racial para evitar mal-entendidos. Não sou um "nacionalista branco" e não sei se é correto falar em raças como categorias estanques, já que existem muitas outras subdivisões étnicas que além disso também se misturaram entre si. Tampouco sou um cientista e não posso dar definições corretas, apenas fazer observações de um leigo sobre os grupos mais conhecidos.

O blog passa sempre por várias fases. Se antes era o islamismo, ultimamente estive interessado na imigração e nas diferenças raciais e genéticas, mas será que isso me torna um "racista" (seja lá o que isso significar)? Confesso que hesitei muito até tocar nesse tema, por razões bastante óbvias. No outro dia apareceu um leitor falando que não gosta de pretos, nem de árabes, nem de judeus. Tudo bem, cada um é livre para ter suas preferências. Não tenho esse problema. No dia a dia, convivo em ambientes bastante multiculturais, sempre tento ser educado e não posso dizer que tenha tido qualquer problema com quem quer que seja, branco, negro, indígena, esquimó ou judeu. É verdade que estou em um ambiente acadêmico mais sofisticado e que tampouco fui passear pelo gueto negro da cidade para conferir se é mesmo tão ruim quanto dizem, nem tentei fazer amizade com uma gangue de mexicanos ilegais. Por isso todas as discussões aqui são apenas ao nível teórico e, sinceramente, espero que continuem assim... Mas seria lamentável se a única utilidade deste blog terminasse sendo a de tornar mais popular a troca de insultos raciais.

De qualquer modo, o fato básico é que, devido provavelmente ao seu desenvolvimento em separado em diversas regiões do planeta, cada povo ou etnia apresenta diferenças genéticas: algumas físicas como cor da pele, altura, musculatura etc, e outras psicológicas, como inteligência, agressividade, etc.

Isso não quer dizer que todos os membros de uma certa etnia sejam iguais: a variação entre os indivíduos dentro de cada grupo é muito grande. 

Por outro lado, hoje em dia está proibido falar em raça. Quer dizer, só se você for branco, ou se for falar em raça branca.

Negros tem dezenas de movimentos de defesa dos seus direitos. Índios têm regiões inteiras onde cara-pálida não entra, e a nova moda no Brasil são os quilombos, onde branco tampouco entra. Nos EUA, mexicano-americanos (mestiços hispânicos) têm até movimento supremacista, "La Raza" - o caráter racial aparece até no nome e nos cartazes:


"Are land?". Enfim. A raça, banida do discurso civilizado desde as loucuras de "Rítler", está novamente - por bem e por mal - voltando à tona.

(Abro um parênteses. A discussão a seguir poderá ofender alguns leitores. Brancos, negros, mulatos, asiáticos, indígenas, cafuzos, mamelucos e australopitecos: peço perdão a todos; não é minha intenção causar dano psicológico a ninguém. Tampouco tenho opinião plenamente formada sobre o tema: relato os fatos, nada mais. Não é nada que não possa ser encontrado na Wikipedia. Dito isso, vamos adiante.)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Qual o limite da tolerância?

Tolerância, caridade e bondade são sentimentos nobres. É correto ajudar os mais pobres e desvalidos, na medida do possível. Porém, até que ponto? Quando a caridade e a bondade começam a ameaçar a própria sobrevivência, faz sentido continuar? 

Tem um texto aqui (é minha sugestão de tradução ao Dextra) que compara a política de imigração americana com uma "mulher dos gatos". Você sabe, essas mulheres que moram sozinhas e terminam acolhendo em sua casa dezenas, às vezes até centenas de gatos, terminando por colocar em risco a própria saúde e aquela dos gatos. Qual o ponto em que uma pessoa caridosa que gosta de ajudar animais perdidos termina se transformando em uma louca "mulher dos gatos"? 

Fiquei pensando nisso devido ao caso DSK. Como todos sabem, no fim descobriram que a "muçulmana fiel" não apenas estava mentindo em relação aos pormenores do caso, como era prostituta e estava envolvida com um traficante de drogas. Além da mentira em relação a DSK, Naffisatou Diallo também mentiu ao pedir asilo político nos EUA. Informou às autoridades que tinha sofrido estupro grupal e toda uma série de horrores em seu país natal. Mentira, tudo mentira.

Faz parte da natureza humana mentir se isso pode ser de algum modo benéfico. O problema é que o sistema de asilo político estimula a mentira. Se você dá asilo político a mulheres que sofreram estupro, é garantido que de uma hora para outra surgirão milhares de "estupradas". Pode apostar, 90% das historinhas contadas por aqueles que pedem asilo político são falsas, assim como 90% das historinhas contadas por mendigos são falsas. Poxa, se o Battisti pode vir com sua lorota de "perseguição política" na Itália, porque uma africana não pode inventar histórias bem mais convincentes?

Lembro do filme Viridiana, concebido como crítica ao cristianismo, mas que para mim é mais do que tudo uma crítica ao esquerdismo, que não tem o senso moral do cristianismo. No filme tem uma cena em que o protagonista ajuda um cachorro vira-lata maltratado por um carroceiro, comprando-o por uns trocados. Logo depois que ele vai embora, passa um outro carroceiro arrastando um outro cachorro. A moral é clara: não dá pra ajudar a todos...

O extremo oposto, é claro, é não ter piedade de ninguém. Eutanasiar os deficientes físicos e mentais, escravizar os negros e os índios, esterilizar os miseráveis, exterminar os judeus e todos aqueles que possam ser uma ameaça à sociedade, à elite, ao governo ou ao patrimônio genético. Uma forma de solução, sem dúvida, ainda que radical. Pessoalmente, não sou um nazista. Por quê? Há uma resposta complicada e uma simples, vou dar a simples. Sergey Brin e Larry Page são os criadores do Google. São também judeus. Se você acha que os criadores do Google devem ser colocados em campos de concentração, parabéns, você é um nazista. Já eu prefiro algo menos radical.

Porém, confesso que não sei qual seria a medida certa entre uma sociedade confiante mas relativamente tolerante e uma sociedade perdida como a nossa. Notem que o "bonzismo" (isto é, a bondade ingênua) a que me refiro não se limita à questão da imigração, mas perpassa todos os aspectos. Por exemplo, o crime: não é de hoje que o criminoso é visto como um coitadinho, recebendo penas cada vez menores. No Brasil, naturalmente, mas em muitos outros países de dito primeiro mundo também. Estes dias, nos EUA, uma mãe que matou a própria filha foi liberada por suposta falta de provas (ou incompetência da acusação); porém, é curioso que ela nem tenha querido saber quem "realmente" matou a criança. Na Inglaterra, casos em que criminosos violentos são soltos após uma semana de cadeia ou uma mera pena de "trabalhos comunitários" são praxe. 

Não vou agora tentar explicar, só observar o seguinte: seria bom se existisse um equilíbrio e moderação nas questões humanas, mas raramente isso ocorre. Massacres, extermínios, guerras, estupros coletivos, escravidão, corpos crucificados e cabeças cortadas penduradas como aviso, tudo isso são a norma do mundo dito "civilizado". Vivemos apenas em um período de relativa exceção.

A História se move como um pêndulo. Temos momentos de tranquilidade, e depois momentos de extremismo. Vivemos agora sob o que se poderia chamar de um extremismo de esquerda global. Não é exatamente ditatorial, mas, fale a verdade, quantas pessoas que não são de esquerda você conhece? E, mesmo nos sites de direita, há temas nos quais não se pode tocar. No entanto, sente-se no ar uma crescente insatisfação. E há temor em relação ao futuro: quase ninguém tem uma visão otimista sobre este. É bastante claro que o pêndulo está para virar.

Não demorará muitas décadas, e teremos um retorno do extremismo de direita, ou então um domínio do islamismo (que, a seu modo, é também inimigo do progressismo e apenas seu aliado de conveniência), ou quem sabe do pan-eslavismo russo (não acredito muito nisso, mas pode ser), ou então uma supremacia global asiática (eles sim estão bem posicionados para isso), ou então um retorno glorioso do Positivismo (tá, essa foi só pra contentar o AN), ou então uma guerra bem f****a entre todas essas correntes. O fato é que o progressismo não vai durar, não tem como.

Pode-se tentar o "bonzismo" quanto se quiser. Mas, no fim, Maquiavel e os deuses do bom senso sempre vencem. 

sábado, 2 de julho de 2011

O Ocidente sobreviverá! (Or: How I learned to stop worrying and love decadence)

Por mais de duas semanas deixei propositadamente não apenas de postar como também de ler os meus blogs favoritos de direita. A esperança era a de sair da Internet e observar o mundo real, tentar ver se eu não estava tendo uma visão distorcida da realidade devido aos blogs que leio e dar um caráter mais empírico às minhas observações. Talvez, pensei comigo mesmo, o mundo não vá tão mal assim. 

Como primeiro trabalho de campo, saí de noite pelos bares da cidade para verificar se realmente os costumes estavam tão decadentes quanto pareciam. Na maior parte das vezes apenas observei com pesar que as tatuagens e o rap, antes apanágio exclusivo dos delinqüentes e dos vulgares, estão onipresentes mesmo entre os jovens das classes mais seletas. As mulheres se vestem como putas e ainda se orgulham, e os homens se vestem como viados ou imbecis. Os costumes também vão mal. Em duas noites diferentes, sem fazer tanto esforço, fiquei com duas garotas de 20 e poucos anos. Depois elas não telefonaram, não escreveram email, não quiseram nem ser amigas no Facebook. Cachorras. Fiquei desiludido. Será que as mulheres viraram homens, e os homens, mulheres? 

Fiquei pensando então que a vida hedonista não leva a lugar nenhum. Será que alguns minutos de prazer valem o risco de contrair clamídia, herpes, gonorréia e outras doenças sexotransmissíveis e todos os problemas físicos e psicológicos decorrentes de uma vida dissoluta?

Pensei também que apenas um despertar religioso de algum tipo salvará o Ocidente. Para acabar com o progressismo, não basta rejeitá-lo. É preciso propor uma visão em seu lugar. Um visão que renegue o caráter hedonista, materialista, coitadista e de curto-prazo da sociedade contemporânea, mas colocando algo em seu lugar. Que explique que as regras morais tem seus porquês e que afirme que há uma razão para a existência, negando o niilismo contemporâneo. Só assim se construirão novas catedrais e se esquecerão as "instalações artísticas" dos pós-modernos. A razão para o sucesso do progressismo é que as idéias políticas adolescentes da esquerda se combinam perfeitamente com o comportamento adolescente de 90% da população ocidental, eu incluído. (Às vezes é difícil resistir ao canto de sereia do modernismo com seu sexo fácil e seu hedonismo e seus ipads)

(Nesse ponto, aliás, divirjo tanto dos nacionalistas brancos como dos libertários pró-mercado livre. Embora tenha me convencido de que raça é um valor importante, não acredito que a mera raça seja suficiente para manter uma cultura ou uma sociedade, ou os brancos não estariam cometendo suicídio. E, embora considere o livre-mercado fundamental, acho que às vezes os interesses nacionais suplantam os conceitos da liberdade econômica global).   

Como segundo trabalho de campo, visitei vários lugares tomados pela imigração mexicana ilegal de mais baixa extração, observando (de longe) as onipresentes gangues, sujeira e degradação. Percebi que o problema da imigração vai muito além do debate atual sobre legalidade e ilegalidade. Um povo não muda de caráter simplesmente por cruzar uma fronteira, mas traz seus costumes consigo. Pode até mudar ao longo do tempo, mas mesmo assim não é um processo mágico, mas algo que leva décadas, talvez séculos. Uns EUA de maioria mexicana não são mais os EUA, é o México; uma Europa de maioria árabe não é mais a Europa, é o Oriente Médio. Inconcebível que tantos não entendam algo tão básico, e ainda recebam de braços abertos seus invasores, dando-lhes ainda uma mesada para que cresçam fortes e possam estuprar suas filhas.

Sou otimista, no entanto. O Ocidente sobreviverá.

Não me entendam mal, acho que a médio prazo Europa e EUA estão ferrados. Não saem dessa ao menos sem uma enorme crise econômica e maior ainda guerra civil ou mundial. Porém, não mais me preocupo. O Ocidente já enfrentou outras tempestades, como a peste negra ou as invasões mongóis. E, mesmo que o pior acontecer, não acabou também a civilização dos antigos gregos, que passaram a tocha ocidental para os romanos, e estes para os povos "bárbaros" cristianizados que terminaram por formar as modernas nações européias? É possível que os conhecimentos e tradições ocidentais sejam conduzidos agora pelos asiáticos, que estão estudando como loucos a música clássica e convertendo-se em massa ao cristianismo.

Mesmo quando a última igreja européia for convertida em uma mesquita, o Ocidente sobreviverá. Mesmo quando o último cristão for enforcado com as tripas do último homem branco, o Ocidente sobreviverá. (Mas notem que não acho que isso vá ocorrer de modo algum; a raça branca, o cristianismo e a cultura ocidental sobreviverão ainda por muito tempo). 

Talvez a decadência seja necessária. Talvez seja útil, de algum modo. 

Além disso, ainda que a catástrofe aconteça e a destruição definitiva do Ocidente venha a ocorrer, esta ao menos será ocasião para alegres momentos de schadenfraude. Não será hilariante ver os progressistas defensores dos "sin papeles" serem assaltados e seqüestrados pelos descendentes destes? Não será divertido ver os "homossexuais pela Palestina" terem as cabeças cortadas em praça pública pelos fundamentalistas islâmicos? Não será glorioso ver os petistas sendo caçados pelos criminosos drogados que ajudaram a gerar?

Vêm tempos duros pela frente. Como diria a Bette Davis, apertem os cintos, pois vai ser uma longa noite. Mas depois da noite, sempre chega o amanhecer.

O Ocidente sobreviverá!