sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Droga é coisa de viciado?

Os últimos assuntos não tiveram muito sucesso, o pobre Kareem ficou ainda mais sozinho no seu post sem comentário nenhum, portanto ataco com um post com debate mais provável, especialmente em uma sexta à noite: drogas.

Drogas, liberar ou não?

A maioria dos liberais (no sentido brasileiro do termo) seguem a linha libertária de aprovar a descriminalização, afinal o Estado não deve se meter na vontade do indivíduo de se envenenar, etcétera e tal.

Raquel Reznik, do blog argentino Blogbis, é uma das que discorda. Embora a favor da liberdade, acredita que o uso de drogas não libera ninguém, e a liberação gera mesmo uma dependência maior do Estado, que deverá supervisar o seu uso "correto" e os inevitáveis problemas que o aumento do consumo causará, bem como até quem sabe ocupar-se da própria distribuição da mercadoria para evitar abusos.

Los peculiares circuitos neuronales de muchos librepensadores - que habitan alegremente en estas tierras de promisión - responsabilizan a los gobiernos por la existencia de las mafias del narcotráfico y de sus ilegales organizaciones conexas y/o satélites. Y como piensan que esas mafias existen debido a la vigencia de prohibiciones, cierran el círculo de la estupidez concluyendo que abolidas las restricciones, el problema desaparecerá.

La mente de estos 'iluminados' de café produce abstracciones sorprendentes, pretendiendo alegremente una libertad de uso personal con legalización plena, ignorando olímpicamente las consecuencias sociales de estos repugnantes hábitos.

Distinguir - a mi entender - entre el consumidor y el traficante, es una ilusión. Las cadenas se componen de eslabones, pero cada eslabón es a su vez una cadena.

La mayoría de las personas afortunadamente - aún - no quiere vivir rodeada de drogadictos.

Todo mundo quer "liberação das drogas", mas são poucos os que gostariam que o próprio filho as experimentasse e virasse um viciado.

Theodore Dalrymple, o grande articulista inglês, também é contrário (aliás, ele, médico, não acredita que existam "viciados" - para ele o vício em drogas, mesmo em heroína, é principalmente psicológico).

Pessoalmente, não sei de que lado me colocar. A princípio, embora simpático à causa libertária, sou contrário à despenalização, por julgar que os aspectos negativos da medida suplantariam os positivos.

Evolução de uma viciada.

10 comentários:

Anônimo disse...

Sou a favor de liberar a maconha. Mas contra a heroina e o crack. Da cocaina não sei, mas sou mais contra que a favor por enquanto.

Anônimo disse...

sou a favor de forçar as pessoas que querem a liberação das drogas e usá-las.

(nem tanto, nem tanto)

Anônimo disse...

Ok, mas uma coisa jamais fará sentido. Sendo contra ou a favor das "drogas", como fica o alcool? Afinal, é droga como qualquer outra. E, ao mesmo tempo, é diferente - assim como qualquer outra.

Mas é inevitável. Alcool altera a consciência, vicia, faz mal para a saúde. É uma droga. Na "escala" das drogas, se é que dá pra fazer algo assim, é pior que a maconha. Vicia muito mais e os malefícios para a saúde são maiores.

Então:

Se é contra a liberação das drogas, libera o alcool.

Se é a favor da liberação do alcool, libera no mínimo a maconha.


Essa questão é inevitável.

Anônimo disse...

Correção

onde se lê

"Se é contra a liberação das drogas, libera o alcool."

leia-se

"Se é contra a liberação das drogas, PROÍBA o alcool."

Mr X disse...

Pode ser... Não fumo maconha pelos mesmos motivos que não fumo tabaco, mas bebo sim... estou bebendo...

Álcool em excesso faz mal sim, mas não acho que tem que proibir o álcool. As coisas são seletivas mesmo, talvez não exista razão lógica pra vender um e proibir o outro fora a tradição (uso do álcool existe há milênios, o uso da maconha é mais recente).

Mas e drogas como heroína e cocaína, LSD, etc? Ecstasy? Até que ponto se pode ir?

Talvez o problema seja outro, seja a busca constante de drogas como diversão nesta nossa sociedade.

Anônimo disse...

Acho que se a droga só afeta a pessoa, deve ser liberada. Se a leva a assumir um comportamento perigoso, deve ser controlada ou priobida. É por ai. Com variações devido à natureza da droga, não fumar em locais fechados, não beber e dirigir, etc. Bom senso básico + conhecimento científico.

Anônimo disse...

Mr X

Eu não sei dizer até que ponto se deve ir. Só sei que a liberação do alcool face à proibição do LSD e da maconha é, no mínimo, arbitrário.


"a tradição (uso do álcool existe há milênios, o uso da maconha é mais recente). "

Prefiro não acreditar que esse seja o critério.


"Talvez o problema seja outro, seja a busca constante de drogas como diversão nesta nossa sociedade."


Concordo. É por isso que eu não bebo, não fumo nem cheiro nem pico. Não preciso disso.

A questão é... cabe a mim decidir o que os outros devem ou não fazer?

Se sim, qual é o critério?

Anônimo disse...

Liberar, jamais nunca será que as pessoas so pensam no que os viciados sentem e precisam e a familia dos viciados seus pais, suas mulheres ou maridos e filhos que são destruidos por tabela pelo vicio de outros que pagam muitas vezes com a propria vida o vicio deles... será que ninguem pensa nas pessoas que são afetadas por estes drogados... nem maconha nem nada acho que todos os traficantes e viciados (que não querem deixar de consumir) deviam ser todos postos em um paredão... essa gente não merece viver, não sou contra querem acacabar com a propria vida acabem mais não acabem tambem com a vida dos outros (e o meu caso estou mais destruida do que o proprio viciado com quem convivo)

Anônimo disse...

tenho que concordar com que meu amigo anonimo disse

Unknown disse...

Lançamento livro Nossa Cultura... ou o que Restou Dela
26 ensaios sobre a degradação dos valores
Do britânico Theodore Dalrymple, inédito no Brasil - primeiro evento em breve no Rio de Janeiro, na Travessa Leblon:
www.facebook.com/erealizacoeseditora/photos/a.213839598654854.50130.213460985359382/818508638187944/?type=1&theater