terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Esquizofrenia nos USA

Mais um "hoax"? Os tiroteios em escolas, falsos ou verdadeiros, estão aumentando. O objetivo final é tirar as armas das mãos do cidadão americano.

E ainda assim, é curioso. Como em muitos outros aspectos, a sociedade americana é esquizofrênica. Hollywood e a indústria de videogames promovem filmes e jogos com violência cada vez maior, gerando uma necessidade psicológica de armas de fogo nas pessoas. Ao mesmo tempo, querem impor um controle de armas total, no qual só os políticos e os ricos terão direito à proteção armada.

Trata-se de isto, no fim das contas. Afinal, qual político americano anda sem escolta armada? E por que querem negar essa mesma proteção ao cidadão comum?

Esta esquizofrenia vai em outras direções. Por exemplo, os americanos tem uma obsessão com "abuso infantil". Se você sequer olha para uma criança que não é sua pode ser acusado de ser um tarado. Assim como na crença feminista de que "todo homem é um estuprador em potencial" criou-se uma situação verdadeiramente esquizo-paranoica, na qual "todo homem próximo de uma criança é um pedófilo em potencial". No outro dia, um sujeito adormeceu no avião ao lado de uma criança, sua mão encostou na perna do menino, acordou algemado e acusado de pedofilia.

Ao mesmo tempo, homossexuais, lésbicas, travestis e outros são permitidos de adotar crianças, em alguns casos, abusando sexualmente deles por anos sem que ninguém dê um pio. E, claro, os verdadeiros pedófilos na elite política e de Hollywood jamais são presos ou sequer investigados.

O colunista Sam Francis certa vez falou do conceito de "anarco-tirania": isto é, os governos promovendo a tirania contra certos discursos incorretos, ou contra a posse de armas, ao mesmo tempo em que deixam a anarquia tomar conta no crime, na imigração, etc. Mas acho que a coisa vai além, trata-se realmente de querer transformar o cidadão de bem em um doido, para depois, como na época da União Soviética, interná-lo em um hospício.


Sobre as eleições deste ano

Raramente falo mais de política brasileira, o que tem justamente esvaziado este blog que afinal é em português, mas hoje vou fazer uma exceção e voltar aos velhos tempos.

Imagino que a maioria dos leitores votará no Bolsonaro mais do que no Lula, por motivos certamente lógicos, e no entanto, vou ir um pouco contra a corrente e dizer que, no fim, não sei se é realmente algo que vá resolver muitos dos problemas brasileiros, ao menos da forma em que eu os entendo.

O vídeo aqui nos deixa com algumas dúvidas, a primeira, aquela curiosa bandeira de um certo outro país ao lado da brasileira, o que significa? Que está “tudo dominado”? Ou tem caráter religioso? Ou terá a ver com o local onde foi preferida a palestra? Ah sim, agora eu vi que o local da palestra era a Hebraica, então faz sentido, mas mesmo assim, o valor simbólico de tal imagem não pode ser descartado. Pareceria um selo de aprovação globalista?

A segunda questão, mais importante, se refere ao conteúdo do discurso em si, de negar terras para quilombolas e indígenas. Como disse um conhecido e ex-leitor do blog, “grandes bostas, aí eles irão migrar todos para as cidades do sul onde virarão mendigos, favelados ou assaltantes.”

Uma das coisas curiosas (eu acho) é como esquerda e direita muitas vezes são opostas sem real necessidade. Quero dizer que, por exemplo, uma sempre recusa a ajuda social, outra recusa sempre um combate forte ao crime.  Mas por que não ter, ao contrário, ambos? Uma política social (bandeira da esquerda) poderia ser combinada com um combate duro ao crime (bandeira da direita) com ganho para todos. Por que não?

Manter índios e quilombolas na área rural pode não ser o ideal (e provavelmente algo odiado pelos ruralistas que apoiam Bolsonaro), mas, pensando numa escala maior, talvez seja menos pior do que a alternativa.

Vejam bem, eu não sou contrário à ajuda social. O problema é que esta ajuda quase sempre vem combinada com outros elementos negativos ou contraproducentes. Por exemplo, é claro que ajuda social com imigração ilimitada não dá certo, até o Milton Friedman (um libertário radical) já admitia isso. Da mesma forma, ajuda social que não leva em conta o crime ou o planejamento familiar, também é furada.

Por exemplo, acho que uma boa seria uma combinação de ajuda social com combate ao crime e que, ao invés de privilegiar mães solteiras, privilegiasse famílias estáveis com poucos filhos. Uma das principais causas da pobreza é justamente as pessoas terem mais filhos do que podem sustentar. Não seria melhor tentar promover que os casais pobres tivessem apenas um ou dois filhos, mas ganhando ajuda social para mantê-los? (Evidentemente, ficaria a questão de como promover isso, mas o mecanismo poderia ser puramente voluntário, simplesmente dando maior benefício econômico às famílias menores e mais estáveis).

O raciocínio se aplica a outros elementos, é claro. Um país complicado e multiracial como o Brasil não pode ter políticas copiadas de países que são bem diferentes (i.e. tentar aplicar soluções “suecas” ou “chinesas”) ou baseados numa ilusória teoria “blank slate” que não leva em conta a realidade de suas diferentes populações. Mas o Brasil não tem políticos como o Lee Kuan, tem apenas os malditos políticos brasileiros (e, está certo, também tem o povo brasileiro em vez do povo de Singapura).

Em resumo, me incomoda um pouco esse discurso pronto e previsível de "direita truculenta" contra "esquerda burra", nenhuma das duas querendo realmente resolver problemas, quase pareceria que está tudo armado não é?

Enfim, não é fácil.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Fevereiro (Open Thread)


Os antigos egípcios eram brancos ou negros? Os romanos tinham cabelo loiro ou marrom? Os gregos eram pardos? E os antigos hebreus? Quem foram os fenícios?

Lula deve ou não ser preso? É justiça? É golpe? É a velha briga pelo poder disfarçada de “luta contra a corrupção”? Ou é revanche dos outros partidos contra o monopólio petista das propinas? (Dica: ações da Petrobrás subiram exponencialmente quando do anúncio da prisão).

Trump está fazendo algo que preste ou é só um presidente de fachada? Aliás o que ele está fazendo além de tuitar? Alguém está acompanhando?

Kevin Spacey é gay? Kevin Spacey estuprou garotinhos? Não é hipocrisia de Hollywood punir um ator só depois que se descobre publicamente o que todos de lá provavelmente sabiam desde muito antes? Se Hollywood é tão moral assim porque não agiu contra ele antes de virar notícia? E por que Kevin foi punido sendo “desaparecido” de filmes e séries, enquanto Bryan Singer, Roman Polanski e Woody Allen continuam a produzir?

Alguém tem alguma previsão para 2018?

Quem é que gosta de Carnaval?

Estou envolvido esta semana com outros projetos e sem muito tempo ou vontade de escrever sobre política ou sobre os velhos temas de sempre, deixo então vocês à vontade para discutirem assuntos de sua preferência.

Divirtam-se. Volto logo mais. Abs.