segunda-feira, 29 de abril de 2013

Esquerdistas são psicopatas?

Uma dentista foi queimada viva por bandidos em seu consultório por ter "apenas 30 reais" em sua conta bancária. Um dos bandidos era menor de idade.

A dentista não tinha uma vida fácil. Além de ter pouco dinheiro no banco:
"Solteira, a dentista morava no mesmo imóvel do consultório (montado em 2003) com os pais e uma irmã de 42 anos com necessidades especiais -- que dependia de Cinthya para se manter." 

Já os bandidos não pareciam ser assim tão pobretões. Além de ter dinheiro para drogas, chegaram em um Audi de propriedade da família de um deles, não sei se obtido por meios lícitos ou ilícitos.

Ah, mas de que lado você acha que a esquerda vai ficar? Bem, fui lá conferir no blog do Sakamoto e, que dúvida. Eis o que ele diz:


Reafirmo, contudo, que, sim, 93% dos paulistanos (que são favoráveis à redução, pela pesquisa Datafolha) estão errados e, considerando que a lei dificilmente mudará, o melhor seria que todos contribuíssem para buscar soluções que atuem nas causas do problema. Ou alguém acha que uma pessoa capaz de entender o valor da vida ou que teve sua vida respeitada pela sociedade botaria fogo em alguém?
Vamos analisar por partes. Primeiro, Sakamoto diz que "93% dos paulistanos estão errados". Ele, o iluminado, é o único certo. Ele também fala em "causas do problema". Poderia estar se referindo à psicopatia presente em vários elementos das subclasses brasileiras, ou ao deficiente sistema penal e judicial brasileiro? Não. Lemos mais adiante que o bandido "não entendia o valor da vida" (da dos outros, pois parece bem entender o valor da sua) e "não teve sua vida respeitada". Respeitada por quem, mané? Ele teve as mesmas oportunidades que todos, ou até mais, se for verdade que não vinha de família tão pobre. E, de mais a mais, ser pobre ou ter tido uma vida difícil justifica colocar fogo em alguém?

E, no entanto, esse é o discurso não só do Sakamoto mas de toda a esquerda brasileira, que odeia a redução da maioridade penal e que vive com pena de bandido.

(Brasileira? Que nada, a esquerda é assim em todas partes. Também no caso do terrorista checheno que atacou nos EUA, já tem articulista esquerdo-americano escrevendo que a culpa é da América por ter demorado demais a lhe dar a cidadania, e não pagar um auxílio-desemprego decente -- sim, o vagabundo nem trabalhava e era sustentado pela esposa).

Ah: em todo o post do Sakamoto, não há uma única menção, uma única palavra de compaixão para a dentista barbaramente assassinada.

Eu não sei para vocês, mas, para mim, quem defende psicopatas é psicopata também.

De quem você tem mais pena?

a)

b)


Se você escolheu "a", parabéns: você é um psicopata de esquerda!

sábado, 20 de abril de 2013

Você já foi à Chechênia?

Então. Os terroristas de Boston eram chechenos. Um morto, um capturado. Muçulmanos, é claro. Mas não é de todo certo que a religião tenha sido o principal motivo. Na verdade, embora importante, eu acho que foi apenas um motivo acessório, uma justificativa para um ato que teve mais a ver com outras questões.

O irmão maior parecia ser o mais fanático religioso, e o mais envolvido com grupos terroristas. No entanto, era casado com uma americana branca e tinha uma filha pequena. Já o jovem de 19 anos, que está agora em custódia policial, dizia que não tinha amigos americanos, que não os entendia. Parecia ser mais isolado. A família deles tinha retornado ao Daguestão (embora chechenos de nascença, cresceram na região vizinha).

Bem, é bastante claro que eram jovens que mesmo morando há vários anos no país, um deles até tendo ganho uma bolsa de estudos de uma importante universidade americana, não se adequaram de todo à vida na América. Ou, pensando bem, adequaram-se extremamente bem.

Afinal, o que é a vida na América, hoje em dia? A América é o multiculturalismo, é uma cultura superficial, é um país para onde a maioria das pessoas vai apenas para ganhar dinheiro, e não por interesse em, digamos, sua culinária, suas tradições ou o exemplo de Thomas Jefferson.

É verdade também que a vida de um imigrante nem sempre é fácil. Eu sei disso. Os imigrantes nem sempre são bem tratados. Muitos, na verdade, são explorados: a elite empresarial beneficia-se deles pois pode contratá-los a preço mais baixo que os locais. Aliás, grande parte da razão para a imigração na América e em outros países é por conduzir a uma redução de salários (lei da oferta e demanda), o que beneficia os empregadores. Se eles forem ilegais ou tiverem vistos temporários, melhor ainda. Podem receber ainda menos dinheiro, e serem expulsos quando não servirem mais!

Mas, de um modo mais amplo, muitos imigrantes sentem-se isolados culturalmente. A América pode ser um país cruel. O Robert Lindsay, que é um maluco idiota de esquerda e acha que o governo americano é "de direita", no entanto escreveu uma descrição interessante (ainda que totalmente negativa) da cultura materialista do país, em especial no que se refere às relações entre os sexos e nas expectativas materialistas das mulheres, o que leva muitos homens à loucura.

Isso ajuda a explicar os vários atiradores loucos que de vez em quando aparecem no país. A maioria deles, jovens sem namorada ou com problemas de relacionamento.

O assassino coreano de Georgia Tech também sentia-se confuso. Era louco, é verdade, mas o sentimento de isolamento pode ser um poderoso elemento que conduz a surtos psicóticos. Se tivesse permanecido na Coréia com sua família, isso não teria acontecido.

A mesma coisa pode ter acontecido com os jovens terroristas de Boston. O isolamento ou algum outro motivo levou-os a uma aproximação com o terrorismo islâmico, que é um poderoso catalisador da raiva.  O Hans Magnus Erszenberger uma vez escreveu um bom artigo sobre isso, "O perdedor radical". Cada vez mais estamos entrando numa era em que os motivos importam menos, e importa mais a possibilidade que cada indivíduo tem de ser, individualmente, um terrorista. Sua vida justifica-se com a aparição na televisão e o sentimento de poder. Dois jovens de 19 e 26 anos, munidos apenas de armas e algumas panelas de pressão, pararam um país inteiro.

Algum dos leitores conhece a Chechênia? Eu vi um filme sobre a Chechênia uma vez, o ótimo "12", do Mikhalkov. Os chechenos são famosos por terem uma cultura machista, retrógrada e violenta. Muitos dedicam-se ao contrabando e ao crime. Brigas de facas na rua são normais. A tradição antes do casamento é seqüestrar a noiva, às vezes de forma violenta. Depois do casamento, a tradição é sair de carro dando tiros de Kalashnikov. Parece um país divertido.

Os americanos agora estão debatendo se vale a pena importar mais chechenos para a América: existem apenas 200 no país. É muito pouco! Os EUA precisam de bem mais. A diversidade é a força de uma nação.

Crianças chechenas brincando.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Bomba em Boston

Nestes tempos de informação global, já estão todos naturalmente sabendo das explosões que ocorreram durante a maratona de Boston.

Ainda é cedo para especular o que ocorreu, mas parece que tem um suspeito saudita, o que indicaria terrorismo muçulmano. Na verdade, o próprio método pareceria indicar uma operação típica de terrorismo muçulmano: duas bombas (na verdade, pelo menos três), uma depois da outra, evento público, vítimas civis. Fosse um terrorista "doméstico", provavelmente escolheria algum alvo mais relacionado com o governo federal, como foi o caso de Tim McVeigh.

Colocarei novas notícias e uma análise mais detalhada assim que os fatos forem aparecendo.

Atualização: O tal suspeito saudita foi, parece, um erro de informação. Há por enquanto três mortos e mais de cem feridos. As bombas foram caseiras, não estamos falando aqui de carros-bombas que teriam causado um estrago ainda maior.

Se não foram terroristas muçulmanos, quem foi?

a) Um nerd branco que ao invés de disparar rajadas de metralhadora decidiu chamar a atenção com algo mais potente.

b) nacionalistas brancos ou direitistas irritados com, hum, com o quê exatamente? Por que Boston? Por ter sido o berço do "Tea Party" original?

c) operação "false flag" do governo Obama para culpar nacionalistas brancos / direitistas / etc.

d) o IRA (Boston é reduto de irlandeses)

e) ?



terça-feira, 9 de abril de 2013

Maggie

Margaret Tatcher se foi, e os esquerdistas celebram adoidados. É interessante que os esquerdistas acreditam ser "do bem", mas seu ódio contra as figuras que não são de seu time é realmente impressionante de observar. Imagine se alguém demonstrasse o mesmo ódio contra Mandela, Lula, Martin Luther King ou Ghandi?

Em particular, nunca entendi tanto ódio contra a Margaret. Acho que, entre os políticos, só o Bush foi tão odiado. E talvez a Sarah Palin. Tenho, aliás, a impressão que as poucas mulheres que se encontram mais à direita no espectro político são mais odiadas do que os homens, mas não tenho estudos que provem isso.

Por que tanto ódio? A Guerra das Malvinas foi provocada pelos argentinos, portanto ela não pode ser acusada de imperialista. Apoiou Pinochet? Bem, qual era a alternativa, apoiar os revolucionários comunistas? Sobre as políticas locais, não sei muitos detalhes, mas parece-me que salvou a Inglaterra de um rombo fiscal e que foi bem dura contra os sindicatos grevistas que paralisavam a economia. Quanto à imigração, começou em peso depois dela, com o Labour.

Fora isso, foi uma líder brilhante em muitos aspectos.

Por sinal, uma outra coisa que seria interessante investigar é por que a Inglaterra em particular teve uma longa história de boas líderes mulheres, em alguns dos períodos mais importantes do país: Rainha Elizabeth, Rainha Vitória, Margareth Tatcher. Ué, e o tal sexismo tradicional da cultura anglo, como é que fica?

Adeus, Maggie. Descanse em paz você também.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Dois minutos de ódio

Imagino que todos tenham lido "1984" do George Orwell. (Se não leram, deixem já o blog e vão criar uma cultura básica). No livro, o governo ditatorial tinha uma figura, um certo "Emmanuel Goldstein", que era um vilão submetido aos "dois minutos de ódio" pela população. Sua imagem aparecia na tela, e a multidão o vaiava por dois minutos. Depois, a vida continuava, e todos voltavam a ser oprimidos pelo Grande Irmão.

Naturalmente, o tal Goldstein (assim como o Grande Irmão), provavelmente nem existia realmente, era apenas uma imagem criada para canalizar o ódio popular.

Bem, hoje temos uma coisa parecida, só que são pessoas reais, que tem direito a seus dois minutos de ódio toda vez que dizem ou fazem alguma coisa contrária ao credo progressista.

No Brasil, por exemplo, agora tem uma certa Joelma, cantora da banda Calypso. Ela, que é evangélica, fez algumas declarações contrárias ao casamento gay. Também já foi filmada sugerindo a um fã gay adolescente que "virasse homem" (ela acredita na reabilitação, eu não). Pronto. É a nova figura a ser odiada pela população bacana. Antes dela, foi o tal Marcos Feliciano, e antes o Bolsonaro. Todos culpados de serem contrários ao casamento gay ou a alguma outra bandeira progressista.

Cada vez me convenço que o tal "casamento gay" é, sim, um modo de chutar as canelas do Cristianismo, mas principalmente uma manobra para distrair as massas. Afinal, só interessa a 3-5% da população que é homossexual, ou nem isso, pois a maioria dos gays, nos lugares em que obteve o direito de casar, prefere não fazê-lo na prática. Trata-se, portanto, de uma medida acima de tudo simbólica. Porém, ajuda a demolir a Igreja e a sociedade tradicional, então, por que não? E, ao mesmo tempo, enquanto a classe média fica distraída discutindo a "igualdade de casamento", é roubada, enganada e estuprada por um governo cada vez mais totalitário, sem nem perceber...

Vejam o seguinte gráfico, que mostra quando começou a se ouvir falar em "casamento gay":


Quer dizer, uma questão que por milhares de anos nunca foi defendida, nem pelos próprios homossexuais, de repente, em quinze anos, parece ter se tornado a questão maior do discurso político? Ora, é claro que tudo isso foi artificialmente manufaturado, com o intuito de criar uma falsa polêmica para ludibriar os imbecis.

Acho que George Orwell cometeu apenas um erro em "1984": ele superestimou a capacidade de rebeldia e de inteligência dos seres humanos. A verdade é que a maioria aceita bem alegremente mugir e comer alfafa, e ainda jurando que está sendo "independente"!