quinta-feira, 28 de abril de 2016

Crescei e multiplicai-vos

Eu tinha escrito este post mas decidi reescrevê-lo um pouco pois é um tema bem esquisito e, na verdade, não sei bem o que dizer sobre isso. Não tenho a menor idéia!

Um casal evangélico branco* jovem, não contente com já ter adotado duas crianças negras, decidiu também impregnar o útero da mulher com três embriões negros. Até onde sei, o casal não teve ainda filhos biológicos (ou adotados) brancos, não se sabe se por escolha ou outro problema.

Não é de hoje que as pessoas são orientadas a não serem racistas, e o círculo se fecha mais e mais.  Por exemplo segundo este site, um branco "pegar uma pessoa de raça negra" pode ser racista, pois poderia se tratar de exploração de "xotas pretas". (Nada é dito sobre essas mulheres (ou homens) de cor negra que se sujeitam à dominação pelo pênis branco heteronormativo patriarcal. Seria sadomasoquismo?)

Porém, segundo o mesmo site, se você for um gay negro que só se relaciona com brancos, isto pode ser um problema, porém, você terá tempo para refletir. Como você é negro, isso não é racismo, porém, cuidado, você poderia estar ajudando um branquelo a se livrar do seu complexo de branquitude

Realmente não entendo tudo isso. Deve ter algo de muito errado com a mente humana, e, em especial, a mente branca europeia.
Quer dizer, até gosto de alguns músicos negros como Miles Davis, Nina Simone, Milton Nascimento, e estou ciente de alguns bons atores ou escritores negros, mas, fora isso, sigo muito pouco o que eles fazem ou deixam de fazer "enquanto raça". Não entendo essa obsessão maluca, que provavelmente seria considerada doentia se aplicada a qualquer outro grupo. 

Muitos reclamam da baixa natalidade européia, mas, de que adianta, se sua filha irá terminar desta forma aqui, no belo mundo progressista-liberal?




Estamos falando de casos extremos, é verdade, mas a verdade é que a maioria das pessoas atualmente está contaminada por ideias bem estapafúrdias. Não é só lavagem cerebral: até esta tem os seus limites. É algo mais profundo, e mais radical. 

Por isto não concordo com aqueles que dizem que a solução seria aumentar de novo a natalidade branca europeia. Alta ou baixa natalidade não é o problema, é a conseqüência. O problema é a insanidade mental que parece ter tomado conta de grande parte dos ocidentais. As ideias são mais importantes do que os bebês (escreverei mais sobre isso em breve, ou não).

Mas ainda assim, tudo tem limites. Até entendo uma pessoa como Rachel Dolezal, que cresceu meio confusa e virou uma espécie de Michael Jackson ao contrário. Mas esse casal dos embriōes?

Aqui tem mais fotos deles. Parecem felizes, mais felizes do que eu, então quem sabe não sejam eles que tem razão? 

Por que o fato causa estranheza? Adotar é algo normal. Crianças brancas são minoria no mundo da adoção, portanto é normal um casal branco adotar crianças africanas, ou, se conseguirem, chinesas. O estranho mesmo está em ter ido além do normal e implantado embriōes abandonados no próprio útero levando-os à gestação. Isto realmente parece passar os limites do bom senso.

O objetivo foi obviamente o de gerar um debate. São um casal "pro-life". Então, se a vida começa na fecundação, se o feto é um ser vivo, por que não adotar um feto?

A razão para os embriões serem negros também parece clara, ou seria escura, enfim, mera questão de oferta e demanda. Ainda assim, causa certa estranheza. É como dizer, no linguajar progressista, que "corpos brancos" são o mero conduto para as "vidas que importam". 

E se fossem embriōes brancos? Para mim seria esquisito do mesmo jeito, mas talvez menos para outros. Todo o processo de gerar uma vida, seja geneticamente próxima ou distante, para mim é confuso.

Nunca entendi direito nada disso. Para mim a vida é um mistério e um absurdo, e a gestação mais ainda. Se como dizia o Édipo de Sófocles "o melhor é não ter nascido", e que a vida não é tão maravilhosa ou sagrada assim, e então, para que inflingir numa criatura a vã ilusão e o sofrimento? 

Mas isto tmbém é pensar de forma errada. Deus disse, crescei e multiplicai-vos. Os motivos, não sabemos, mas pode bem ser que exista um plano por trás de tudo.

Talvez este casal encontrou um sentido para a sua vida desse jeito, e quem seria eu para culpá-los? 

Talvez quem sofra de insanidade temporária seja eu? Juro que não entendo mais nada. Nem sei se essa história é real, ou uma tentativa a mais de confundir as pessoas. Sei lá.

Crescei e multiplicai-vos! E, se não conseguirem por vias ditas naturais, implantem embriões negros, asiáticos, aborígenes, melanésios ou escandinavos (brancos puros!! puríssimos!!!) nos úteros de suas esposas. 

O importante é se multiplicar, do jeito que der.


domingo, 24 de abril de 2016

Novas categorias de pena de morte

Alguns acreditam que a pena de morte não deveria existir. Já eu cada vez mais acredito que não só deveria existir, como seu uso deveria ser bem menos restrito do que hoje, aplicando-se não apenas a casos de morte violenta, como a muitos outros crimes menores. Aqui vai uma lista meramente provisória. 

Assaltantes de velhinhos. 
Predadores que atacam as vítimas mais frágeis e fisicamente indefesas causam nojo e revolta, ainda mais quando atacam pessoas de idade que contribuiram a vida inteira, apenas para sofrer violentamente nas mãos de um marginal. Você pensaria, mas será que este tipo de marginal não pensa, "e se fosse minha mãe, minha avó?". E pensaria errado, pois estas pessoas são tão psicopáticas que provavelmente também assaltariam seus próprios familiares. Câmera de gás neles. 

Pessoas que acham que as regras se aplicam aos outros mas não a elas.
No outro dia fui a um concerto, e a apresentadora foi bem clara ao introduzir o espetáculo: não é possível tirar fotos nem gravar. Como se não bastasse, um cartaz bem à vista do público também indicava as regras bem claramente. Porém, mal começou o concerto, já saiu um casal atrás de mim fotografando, e não discretamente com o celular, mas com uma maquininha fazendo barulho de click-click. Já outra mulher filmou tudo com o seu iphone sem sequer pestanejar. Estas pessoas, cada vez mais comuns pelo planeta, pensam da seguinte forma, "se for sómente eu, não vai atrapalhar". Ou quem sabe, "as regras são para os trouxas". Injeção letal neles.

Pessoas que discutem violentamente por política. 
Xingamentos, cusparadas, tapas. Coxinha, petralha. Ladrão, safado, torturador. Machista, homófobo, feminazi. Seja à direita seja à esquerda, nota-se uma virulência cada vez maior nas brigas entre as pessoas. Começa nas famigeradas redes sociais, e termina nos restaurantes da cidade. Onde irá parar? Sou daqueles à moda antiga que ainda acham que deveria existir um mínimo de convivência e aceitação de opiniões diversas. Briga entre torcidas de futebol, tudo bem. Mas por política? Que fuzilem todos.

Corruptos e fraudulentos.
Dante os coloca no último círculo do Inferno, e com razão. A corrupção é uma praga que tudo destrói. O exemplo mais recente foi o dessa ciclovia que desabou no Rio, vítima de uma onda, três meses após sua inauguração. Pessimanente planejada, mal construída, superfaturada e ainda beneficiando uma construtora de amigos do Secretário de Turismo no Rio, é apenas o mais recente exemplo de que nesse país, seja com "esquerda", seja com "direita", nada nunca vai dar certo. Guilhotina em todos.

Idiotas que vivem reclamando de tudo.
Eles acham que o Ocidente está em crise, que a raça branca está desaparecendo, que acabaram com a moral e os bons costumes, que tudo está indo para o lixo, que a música que os jovens escutam hoje não presta, que todo mundo deveria ser executado devido a crimes menores. São uns velhos ranzinzas, recalcados e fracassados. Cadeira elétrica neles! 


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Por um mundo melhor

Muitos jovens militantes vivem nos dizendo que lutam "por um mundo melhor".

Mas melhor para quem?

Isto, eles não dizem, ou talvez não saibam. Mas o mundo está ficando pior, bem, pior, justamente para eles, esses mesmos jovens tolos e ingênuos. Nada me irrita mais nos progressistas do que sua empáfia em dizer que "lutam por um mundo melhor". 

Será que não percebem que estão lutando contra si mesmos? Ou seria uma ânsia suicida, a tal pulsão de morte? A "luta contra o sistema" é, de certo modo. a luta contra o futuro. É de fato a luta contra a mediocridade da vida de classe média e a meia-idade que virá. Rebeldes sem causa, e, muitas vezes, sem calça.

"Eu vi as melhores mentes de minha geração destruídas pela loucura, seres famélicos histéricos nus, arrastando-se pelos bairros negros ao amanhecer na fissura de um pico", escreveu em 1955 Allen Ginsberg, que era um gay pedófilo drogado e repulsivo, mas enfim, o verso captou bem a essência do que seria a degradação posterior da América nas décadas seguintes. 

Não vivi naquele período, evidentemente, e muito menos no anterior, mas penso que em quase todos os aspectos da vida cotidiana, a vida nos anos 50-60 parecia ser melhor.

Arte, arquitetura, medicina (refiro-me à qualidade do atendimento médico, não à tecnologia), sociedade, cinema, tudo parece ter decaído bastante, em especial nas últimas décadas. E não digo apenas nos EUA ou na Europa. No Brasil, na Argentina, também. A queda foi total.

As pessoas eram melhor vestidas e mais bonitas. Havia certamente menos crime. Havia muito mais otimismo. Certamente não havia essa constante sensação de ansiedade no ar.

Sério, existe alguma coisa que melhorou, de lá para cá?

Podemos dizer que a tecnologia, mas mesmo esta, não é claro se mudou as nossas vidas para muito melhor. Quero dizer, antes você comprava um aparelho e ele poderia durar por décadas, enquanto a tecnologia moderna precisa ser trocada a cada ano.

É uma vantagem para os fabricantes, mas será que é tão vantajoso assim para os usuários?

O que mais mudou? A Internet revolucionou o mundo, é verdade, e permite o acesso fácil a grande parte da sabedoria acumulada a longo dos séculos -- mas a maioria das pessoas a utiliza apenas para ver pornografia gratuita, publicar fotos engraçadas ou perder tempo nas redes sociais.

E no mais, o que é que os militantes realmente entendem por "mundo melhor"? Não uma suposta melhora que possa ser quantificada, mas apenas um vago "progresso" em direção a um igualitarismo absurdo e impossível.

Casamento gay, multiculturalismo, feminismo, direitos humanos, ecologia, etc etc. Meros fogos de artifício. E, em muitos casos, falsos.

A vida dos negros na América melhorou de lá para cá? Tem certeza? Com o número de mães solteiras negras passando de 14% em 1950 para 72% hoje em dia? Com o crack, o rap, os tiroteios? 

E no Brasil? Será que melhorou?

A vida das mulheres melhorou? Será mesmo? Trabalhando mais, ganhando menos, e tendo menos filhos, e menos tempo e condições de criá-los?

A vida dos gays melhorou? Bem, essa tendo a concordar que talvez tenha melhorado mesmo. Mas só essa.

A vida dos brancos melhorou? Esta foi a que mais piorou. A imigração massiva de não-europeus para países de maioria européia transformou horrivelmente algumas das cidades mais belas do mundo em guetos imundos. 

E a vida da classe trabalhadora? Aliás, alguém ainda se importa com ela?

Uma das maiores traições da dita esquerda -- e pela qual, curiosamente, ninguém sequer a censura, quase como se tivessem esquecido completamente o discurso anterior -- é como traiu a classe trabalhadora, e hoje sequer se importa por seus direitos, preferindo apoiar CEOs gays e imigrantes ilegais. Trocou sem pestanejar a guerra econômica pela guerra cultural.

O mundo repleto de problemas reais, graves e sérios, mas qual a queixa do progressista? O número de falas femininas nos diálogos dos filmes da Disney. Isto, segundo eles, é algo "urgente" e "imprescindível". E enquanto isso, Roma pega fogo.

Eles dizem que "lutam por um mundo melhor". Mas melhor para quem? Para quem, cara pálida?

Melhor talvez para Dontavius Smith e Zé Pequeno, que podem tocar terror e matar outros membros de gangues impunemente.

Melhor talvez para Chiquito González, que pode viver ilegalmente nos EUA sem ser perseguido e ter apartamento pago pelo Tio Sam.  

Melhor talvez para Simon Goldsachstein, diretor de finanças Goldman Sachs, que não precisa pagar tantos impostos.

Melhor com certeza para Chelsea Plinton e Júnior Bush, herdeiros do trono e membros permanentes da elite.

Melhor para Hammad Hussain, que pode planejar atentados colocando os custos das bombas na conta do contribuinte.

Mas para o resto das pessoas, a vida está ficando cada vez mais difícil. 

E o progressista? E a esquerda? Onde está? Como é que não vê toda essa injustiça?

Ah, ela está lutando por "um mundo melhor" (para os 1%), incapaz de compreender que com cada um de seus atos só está causando problemas para si e para seus filhos.

Um mundo melhor! Prefiro o mundo horrível dos anos 50, deixem-me ir para lá, Marty McFly, Doc, aceito uma carona no seu DeLorean! 

Ele também lutava por um mundo melhor.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Saindo da Matrix

Eu não sei mais como definir o progressismo, a não ser como uma forma de doença mental irreversível. Uma espécie de Alzheimer social, que faz às sociedades esquecerem seus princípios, e aos indivíduos, o próprio bom senso.

Ora, pode até ser que a mídia nos cause lavagem cerebral, que a elite nos manipule, etcétera etcétera, mas, para poder acreditar nas coisas que a mídia vende, você precisa ao menos inicialmente ter um parafuso solto, não é possível. Ou então as pessoas são bem mais facilmente manipuláveis do que pensamos e, ao contrário do que em "1984", onde era preciso tortura para convencer alguém que 2 + 2 = 5, nos dias de hoje é feito de forma bem mais simples. 

Peguemos um site progressista moderno qualquer. Por exemplo, este aqui, "Everyday Feminism". Temos só entre os artigos em destaque:
- Um artigo com dicas sobre como manter sua "identidade queer" ao iniciar uma relação hétero.
- Outro sobre uma feminista branquela que usava dreadlocks mas depois parou porque descobriu que isso era "apropriação cultural" e "racismo implícito".
- Uma  história em quadrinhos explicando o que é "privilégio branco" e por que todos os brancos têm que pedir perdão por existir.
- E finalmente uma outra história em quadrinhos na qual um esquizofrênico explica que prefere ser chamado "esquizofrênico" antes de "pessoa com esquizofrenia" pois esta é a "sua verdade" e outros termos o deixam muito louco.

Enfim, é certo que muitos desses autores são pessoas com problemas mentais de verdade, muito além do progressismo. Mas o fato é que tais artigos são lidos e compartilhados por milhares de pessoas "normais".

E nem falemos sobre o tema da imigração, a ideia absurda de que os europeus e americanos brancos devam aceitar sem sequer reclamar a inundação em um mar de latinos, árabes, chineses e negros, por quê? Porque não aceitar seria "racista".  Loucura? Menos doida era minha tia Anastácia que morreu em um asilo, mas sabia que 2 + 2 eram 4.

As igrejas supostamente seriam um local de refúgio espiritual de toda esta desgraça, correto? Errado! Fui visitar uma igreja tradicional da cidade e já no folheto e cartaz informativo na entrada garantiam que realizavam casamentos de gays, lésbicas e divorciados, que não aceitavam preconceito social, sexual, etário ou racial, além de outras mensagens progressistas. Ao lado da cruz, havia um arco-íris. Só faltou afirmar que realizavam abortos no altar. As igrejas também são as primeiras em apoiar refugiados muçulmanos e imigrantes ilegais mexicanos que transformam a vida dos nativos num inferno.

"É preciso sair da matrix", dizem. Mas e quando os próprios criadores do termo fazem parte da "matrix", e são aliás propagadores desta?

Os irmãos Wachowski, diretores do filme "Matrix" de 1999, hoje são duas "mulheres". Ou seriam travestis? Bem, de qualquer forma, o primeiro fez sua transição anos atrás, o segundo recentemente. Agora vestem-se como mulheres e criaram peitos artificiais. Duvido que seja coincidência. Tudo foi planejado cuidadosamente. A matrix controla tudo!

Quanto a mim, pretendo sim sair em breve da matrix, só que aos poucos, lenta mas definitivamente.

Primeiro abandonarei a mídia. Não tenho televisão já faz muitos anos, e não sinto falta.

Filmes? Quase só vejo filmes antigos hoje em dia. Não tenho nem Netflix.

Em breve deletarei minha conta no Foicebook. Que me importa se uma "amiga" fez lipoaspiração e casou com um equatoriano, e um "amigo" comeu sushi de cachorro num restaurante na Cochinchina?

Um dia jogarei meu smartphone no vaso, e puxarei a descarga.

Quebrarei meu computador a marteladas.

Mudarei-me para o campo, longe de tudo e todos. Viverei do cultivo de plantas, tendo por única companhia uma vaca leiteira e um fiel cão.

Não falarei com mais ninguém, só talvez com meu cachorro e com as plantas.

Dedicarei-me a escrever poemas e um tratado filosófico para as futuras gerações. Mas antes de concluir, mudarei de ideia e colocarei fogo em tudo.

Finalmente, quando estiver bem velhinho e cansado, comprarei uma pistola e darei um tiro no meio da testa.

E, ainda assim, não estou completamente certo que depois da morte não nos aguarde outra dimensão, ainda mais corrupta e diabólica. ("For in that sleep of death, what dreams may come", etc.)

Você pode até sair da matrix, mas a matrix nunca sai de você!!