quinta-feira, 29 de maio de 2014

#Yesallwomen e a cultura machista

Em geral tenho muito pouco interesse em entender a psiquê de assassinos. Parece-me uma perda de tempo. O caso de Elliot Rodgers foi uma exceção, pois acho que toca em muitos temas interessantes relacionados com o mundo contemporâneo. Não li sua autobiografia (meu interesse não chegou a tanto), porém acompanhei os posts do Lion citando alguns dos trechos mais interessantes, e gostaria de escrever mais sobre o assunto quando tiver tempo.

Mas o que eu queria falar agora é que acompanhei também o fenômeno #Yesallwomen e uma série de artigos informando que a "cultura machista" e a "cultura do estupro" é que eram as verdadeiras culpadas e coisa e tal.

O paradoxal é o seguinte: a maioria desses artigos cita o estupro e as cantadas na rua como alguns dos principais males que afetam as mulheres vítimas da tal "cultura machista". Porém, o problema de Elliot era exatamente o oposto: vítima de uma timidez patológica, é pouco provável que pudesse abordar uma mulher na rua, ainda mais com cantadas vulgares. Seu problema era que, longe de ser um machista que tratava as mulheres como objetos, ele era um "loser" que mesmo com um BMW e família pseudo-hollywoodiana, conseguiu ser rejeitado por 100% das mulheres.

É verdade que, tendo crescido em meio a uma cultura superficial baseada nas aparências e no status, e não tendo tido bons modelos nos adultos ao seu redor (tudo indica que seus pais divorciados e sua madrastra não eram os melhores adultos-modelo), terminou tendo um complexo monstruoso, que o fazia acreditar ter direito a sexo com mulheres loiras, quando, claramente, essa era uma impossibilidade técnica para alguém como ele. Por muito que se diga que muitas mulheres são materialistas só preocupadas com riqueza, minha impressão é que carisma e atração física (que não é necessariamente beleza, mas masculinidade) contam mais do que dinheiro, no fim. A um empresário rico mas sem demasiado charme como o Bill Gates, 9 entre 10 mulheres prefeririam o Brad Pitt, ou até um gordinho careca mas carismático como o Louis C.K. Ou não? Mas Elliot, coitado, achava que era só ter dinheiro que iria chover mulher, sem que ele precisasse fazer mais nada. 

A outra coisa paradoxal é que, por todo o seu suposto ódio contra as mulheres, ele matou quatro homens e apenas duas mulheres. As mulheres, aparentemente, esqueceram totalmente esse fato, ou talvez as vítimas do sexo masculino nem importem. É aliás bem provável que, se ele tivesse matado apenas seus três colegas de quarto chineses, o evento nem teria saído de uma nota de rodapé no jornal, tão insignificantes tornaram-se os coitados.

Eu não sei se vocês notaram isso também, ou é um fenômeno apenas norte-americano, mas parece estar dando a impressão que, quanto mais a sociedade se feminiza, e quanto mais as mulheres avançam em termos de direitos, mais elas reclamam da "cultura machista". Se eu fosse machista, ou um psicólogo freudiano, diria que elas estão querendo mesmo é "um macho de verdade" que lhes dê um cala-te-boca.  Como não sou nem um nem outro, fico meio sem entender esse ódio feminista cada vez maior, ao mesmo tempo em que mais aumenta a presença feminina em tudo.

Isso não quer dizer, é claro que o rapaz não fosse (ou não tivesse se tornado) misógino, ou até misantropo, já que odiava os homens que transavam com mulheres também.

Será que era inevitável que ele tivesse virado um monstro? Ao contrário de outros esquizofrênicos como Adam Lanza ou o maníaco do cinema, eu acho que, se ele tivesse tido melhores modelos adultos, uma educação longe da subcultura materialista hollywoodiana, e se tivesse desenvolvido amizades e hobbies, e um tratamento psicológico adequado, nada disso precisaria ter acontecido. Mas vai saber.

Rejeição é uma coisa difícil, mas raramente de todo traumática. Todo mundo passou por isso. Mas parece-me que as mulheres (ou as feministas de hoje) adoram ver-se como vítimas, mas parecem não entender que o homem também sofre - não com estupro, mas com o abandono, com a rejeição, com o bullying, com o ostracismo social, com a traição, com a perda de guarda de filhos, com as mentiras, etc, etc, etc.

Eis um quadrinho desonesto, do tipo "todo homem é um assassino e estuprador em potencial":



De todos os ismos, o feminismo sempre me pareceu o mais falso de todos, simplesmente porque tendo crescido cercado por mulheres fortes (que eram as que realmente mandavam na família), parecia-me absurdo conseguir enxergar as mulheres como meras vítimas indefesas dos homens malvados.

Tem um livro, escrito nos anos 70 por uma mulher, chamado "O Homem Domado" (acho que existe versão em português em pdf) que tem um argumento interessante: tudo isso é truque. A mulher manipula constantemente o homem para obter benefícios e para ser sustentada.  Talvez o livro seja um pouco exagerado, mas tem alguns momentos válidos. Quem jamais foi manipulado por alguma namorada, ou até por uma mulher desconhecida querendo um drinque gratuito em troca da vã (e quase sempre falsa, nesses casos) promessa de sexo?

Talvez o problema dos dias de hoje seja que, não existindo demasiados casos de real preocupação para as mulheres no primeiro mundo (não, ao menos, da mesma forma que existe opressão e até perigo de vida em países como a Arábia Saudita, o Iêmen ou a Índia), elas tendam a exacerbar "first world problems".

No outro dia, por exemplo, alguma moça no meu Facebook reclamou sobre artigos de jornal que falavam sobre o penteado da atriz X ou o vestido da cantora Y, e disse que tais artigos de "machistas". Observei que tais artigos não podiam ser "machistas" já que, além de raramente serem escritos por homens, o público que tinha interesse em saber sobre o penteado ou o vestido de mulheres famosas, era formado por 90% de mulheres (e os outros 10% de gays). Ela ficou sem saber o que responder. Acho que me deletou do Facebook.

Mas é verdade que, como informam as notícias, os casos de (homens) perdedores no mercado sexual matando mulheres parece ser um triste fenômeno em aumento, e nesse sentido não posso criticar de todo as feministas pela sua preocupação. De fato, trata-se de uma preocupante reação de homens (de alguns homens) contra o feminismo. 

Minha interpretação, no entanto, não é que isso tenha a ver com o "patriarcado" (ou tais assassinatos seriam bem mais comuns nos anos 50 ou antes, época de "patriarcalismo" maior), ou nem mesmo com o ódio as mulheres ou à desigualdade tendo crescido na sociedade, mas com o fato de que, após o fim do tal "patriarcado" e da revolução feminista, existem alguns homens que saíram ganhando, e outros que saíram perdendo. Quando antes o normal era que quase todo o mundo terminasse casando, ainda que não com a mulher ou os homens dos sonhos (salvo os muito esquisitos, mas esses seriam internados, ou talvez encontrariam consolo na religião), hoje em dia existem alguns homens de maior sucesso que obtém mais mulheres, e outros que ficam sem nenhuma. Sempre foi assim, na verdade; tanto que algumas culturas, como a islâmica, até são polígamas, e alguns acreditem que a poligamia seja mais "natural" para o ser humano do que a monogamia (certamente a poligamia é comum no reino dos primatas).

Sempre vai existir esse desequilíbrio. A vida é injusta, etcétera e tal. Algumas culturas solucionaram esse problema com os casamentos arranjados, que ainda são comuns na Ásia ou na Índia. O Ocidente europeu foi quem introduziu a idéia do amor romântico, a idéia de que, para toda pessoa, existe uma alma gêmea, da busca do amor como ideal, associado ao casamento monogâmico.

Talvez agora estejamos migrando para algum outro modelo, quem sabe?

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A vingança dos nerds

Santa Bárbara. Belíssimo lugar. Estive mais de uma vez. Estive também no campus da UCSB. Não é tão bonito quanto o de outras universidades americanas (arquitetura moderna, feia), mas a faculdade tem fama de ser uma das melhores dos EUA -- não academicamente, mas para festas, sexo e drogas.

Alguns falam em controle de armas, outros em doença mental, mas poucos discutem o fato de que a sociedade americana de hoje seja um lugar difícil para jovens homens brancos (se bem que ele era filho de mãe asiática e pai branco, como tantos casais hoje na Califórnia), ou ao menos, certo tipo de jovem homem mais nerd (e brancos e asiáticos são os mais nerds), e de que há algo terrível na sociedade moderna que leva a um aumento cada vez maior destes casos.

Falarei mais sobre este caso em breve, pois é representativo de uma mudança terrível. Fiquem por ora com esta boa descrição dos eventos e comentário sobre o perfil do assassino, ou leiam o iSteve e o Lion of the Blogosphere, onde estão os melhores textos sobre o assunto.


P. S. Só pra esclarecer. Sempre que ocorre um desses casos de tiroteio, já saem as pessoas declarando que "foi por causa de x" ou "foi por causa de y", como se pudesse existir uma causa única que, se resolvida, acabaria com futuros tiroteios no instante. A esquerda fala em "ódio racista, sexista, etc" e a falta de controle de armas, já a direita critica a crise de valores, a violência nos videogames, etc.

Não é bem assim, é claro. O mero fato de existirem possantes armas de fogo e indivíduos perturbados já garante que eventos desse tipo poderão acontecer. Quanto ao motivo, bem, os loucos ou paranóicos tendem a aderir à moda do momento e seus motivos declarados não devem ser levados tão a sério. 

Eu não estou dizendo que seja por causa do "feminismo". Porém, tendo lido um artigo que declarou que a culpa era da "sociedade patriarcal", confesso que me irritou. Pois afinal, se a culpa fosse da "sociedade patriarcal", então pela lógica tais eventos seriam muito mais comuns nos anos 1950 do que hoje, quando a tal sociedade patriarcal estava no auge na América. Só que é o contrário: eram extremamente raros nessa época, e hoje acontecem a cada semana.

Tudo bem, não há uma causa única, mas seria demais imaginar que a desintegração da família, o aumento dos divórcios, a liberação sexual, a diversidade, e todos os problemas criados pelo radicalismo dos anos 60 (e que continua até hoje) não teriam nenhuma influência em tudo isso que vemos aí?

Eu não li a sua autobiografia, mas o Lion leu e publicou uns trechos. O jovem tinha pais divorciados que não deram muita bola para ele; uma família problemática, uma madrastra estúpida e um pai ausente; era bi-racial (asiático com europeu) e sentia-se conflituado por isso; era viciado em videogames. Etc, etc. 

Por outro lado, o garoto tinha certamente problemas psicológicos profundos e, em algum momento, virou um monstro do egoísmo. Criticava a mãe por não ter tido um segundo casamento com um homem rico; culpava o pai por não ser um figurão maior de Hollywood em vez de gastar dinheiro em um documentário medíocre; criticava as mulheres loiras por "rejeitá-lo", como se ele tivesse direito a elas apenas por existir e dirigir um BMW.

O que sim acho que é parte do problema é essa mentalidade vitimista (gerada em parte pelo politicamente correto) em que todo mundo se vê como vítima inocente de um mundo injusto e cruel. Ele sofreu bullying, é verdade, e pode não ter tido uma vida ideal, mas quem é que teve? Comparado à maioria de nós, ele era um privilegiado, mesmo que não pudesse ver isso. Enfim, de forma alguma é um modelo para o que quer que seja.

Porém, o fato de que estejam acontecendo tiroteios com extrema freqüência, e quase sempre por homens jovens ou adolescentes perturbados e socialmente isolados, leva a pensar que existe algo de errado na sociedade que os leva a isso. Talvez num passado nem tão remoto, a religião ocuparia o vazio de suas vidas. Ou talvez ser virgem aos 22 anos não seria algo tão terrível, considerando que ser virgem até o casamento era comum para muitas pessoas. Ou talvez ele apenas se mataria, sem sentir a necessidade de levar junto outros consigo. Eu não sei, realmente. Sei que antes não acontecia, e agora acontece com assustadora freqüência, e isso é um sintoma de uma sociedade claramente doente. E dizer que é culpa das "armas" ou do "patriarcado" (ou, está certo, do "feminismo") é simplificar demais tudo.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Putinhas feministas, ou: Quantidade versus qualidade

Com vocês, as "Putinhas aborteiras", novo sucesso feminista-progressista nas paradas:




Nem vou comentar do conteúdo, bizarro além de propositalmente ofensivo, uma tentativa pobre e atrasada de imitar as "Pussy Riot" ou as "Femen", coisa tão batida que nem as feministas aguentam mais. Porém, se analisarmos apenas a música, o ritmo, a dança e as vestimentas das moças, enquanto elementos estéticos ou artísticos, dá uma tristeza imensa.

Um leitor abaixo observou que quantidade e qualidade são em geral opostos, e que com o aumento da quantidade de pessoas no mundo, a qualidade do que é produzido tende a piorar. É verdade: a grande mídia apela para o mais baixo denominador comum.

Esse não é apenas um problema do Brasil. Digo até que, em termos de lixo cultural, a TV brasileira não é muito pior do que a americana ou européia de hoje. (Existe uma TV de maior qualidade feita em canais exclusivos como HBO ou BBC, para um público um pouco mais seleto, mas é em quantidade infinitamente menor à maioria do lixo e "reality shows".)

Com a crescente "terceiromundização" do "primeiro-mundo" (acho, aliás, que esses termos estão completamente defasados e deveriam ser substituídos), somado ao emburrecimento progressivo da população, é provável que isso continue a piorar ainda mais.

Veja bem, as massas sempre foram ignorantes. Houve tempos em que o pessoal se divertia queimando gatos ou assistindo briga de gladiador.

Porém, por mais baixo que fosse o povo, havia ao menos uma busca da beleza por parte das elites e daqueles mais inteligentes. Hoje nem a elite procura mais a beleza, e a arte virou lixo, tanto que, vez por outra, surge alguma notícia sobre alguma faxineira que jogou fora uma "obra de arte" contemporânea. Ué, se foi confundida com lixo, então será que não seria mesmo lixo? Nenhuma faxineira jamais pensou em jogar fora a Vênus de Boticelli. Esse é o problema da arte moderna: quando Duchamp colocou um urinol no museu, ele achou que estava transformando o urinol em arte, mas na verdade estava, ao mesmo tempo, fazendo o contrário: transformando a arte em urinol. (Sobre esse assunto, assistam a "Por que a beleza importa", do Roger Scruton, aqui com legendas em português).   

Mas a arte, moderna ou clássica, Bela ou anti-Bela, é um jogo para poucos. A cultura pop massiva é o que realmente influi na população. 

Eu não sei se o gosto popular já foi melhor. Eu acho que foi. Vendo a lista dos vídeos mais populares do Youtube, não dá muita esperança. Gangnam Style em primeiro, e até o melhorzinho. Os outros são Justin Bieber, Miley Cyrus, Lady Gaga, e até (em décimo primeiro lugar) o brazuca Michel Teló.

Penso no Brasil: houve um tempo em que no morro fazia-se samba com letras românticas. Hoje faz-se funk. O que mudou? Não acho que foi o povo quem perdeu o bom-gosto, pois o povo apenas imita, mas a classe média e as elites.

Fico por aqui. Ainda não decidi o que fazer com o blog, mas contarei pra vocês, mas é que eu precisava compartilhar as "Putinhas aborteiras" (P. S.  Achei mais divertida esta versão paródica que alguém fez; nos links há também um outro funk feminista que, acredito, seja paródico. Chama-se "Vou cortar sua pica".)

Divirtam-se, e até um outro dia, se Deus quiser.

terça-feira, 13 de maio de 2014

A heróica mulher barbada contra o Putin do mal

Um homem barbudo vestido de mulher, e apelidado de Conchita Wurst (Conchita pode ser uma gíria para vagina, e Wurst significa salsicha em alemão) ganhou recentemente o concurso musical Eurovision. Não acompanho muito, mas parece que o concurso sempre foi uma celebração de tudo que é trash, kitsch e gay, portanto isso nem é tanta novidade.

De qualquer modo, chama a atenção o gosto da mídia internacional pelo grotesco cada vez maior -- e nós ainda temos que achar isso lindo ou emocionante. Provavelmente sempre houve gays ou pessoas de vida sexual alternativa no show business, mas precisa ser tudo tão exagerado e tão feio? A Miley Cyrus mostrando a língua e se esfregando em dançarinos no palco. O Justin Bieber grafitando. Agora uma suposta mulher de barba. E depois, o que mais irão inventar?

Aparentemente, a tal Conchita é apenas um personagem criado pelo cantor Tom Neuwirth, que provavelmente descobriu que hoje em dia fazer parte de uma "minoria", lutar contra a "homofobia" ou outra causa célebre e tentar ultrapassar os limites do bom gosto valem muito mais do que qualquer talento, real ou imaginário. 

O que é curioso é que parece que o público, incentivado pelo apresentador, vaiou a Rússia durante a apresentação. Hoje a Rússia de Putin é acusada de ser uma tirania por tentar proibir a propaganda gay para menores, prender as vandaloucas do Pussy Riot e por ser talvez o único país do mundo (fora o mundo árabe e africano, mas esses são queridinhos da esquerda e não se pode criticar) onde o tal casamento gay ainda é tabu.

Putin é ainda acusado de interferir na Ucrânia; curiosamente, o fato de EUA e União Européia terem interferido anteriormente e apoiado um golpe contra o presidente anterior, jogando o país no caos, é considerado irrelevante. Chega a ser quase cômico que depois de bombardear Iraque, Líbia e Afeganistão, os EUA acusem a Rússia de "imperialismo".

Mas há quem ganhe com esse requentamento da "Guerra Fria" sob o eixo dos "direitos dos gays". Deve haver, ou não haveria tanta confusão com o destino da Ucrânia. Talvez tenha a ver com o controle sobre o gás que vem da Rússia e aquece a Europa, ou com as férteis terras ucranianas, não sei; mas desconfio que tem muito mais aí do que o mero descontentamento com a "homofobia" dos russos, ou uma preocupação sincera pelo povo da Ucrânia ou da Criméia (a qual, até bem pouco atrás, a maioria dos americanos e provavelmente até o Obama, nem sabia onde ficava no mapa).   

Devo confessar que ultimamente até que tenho uma certa simpatia pelo Putin, embora pode ser que ele tampouco seja flor que se cheire (será que algum líder é?). Talvez seja apenas que nos últimos tempos, por puro reflexo, tudo o que a grande mídia é contra, eu tendo a ser automaticamente a favor. Mas talvez também seja um erro: conheço pouco sobre a Ucrânia para opinar mais do que estas poucas inúteis linhas.

 Até mais, pessoal.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Um país de selvagens

A triste história de Fabiane Maria de Jesus.

No Brasil há uma média de 3 a 4 linchamentos por semana.

Mas, todos sabemos, a culpa é da Rachel Sheherazade.