quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Educação pelo choque

Parte da minha, da sua, da nossa missão como blogueiros é a de convencimento, ou, ao menos, de auto-convencimento. Acho que em parte tentamos convencer a nós mesmos daquilo em que acreditamos. A partir daí, forma-se uma rede de pessoas que pensam mais ou menos igual e auto-reforçam mutumente suas crenças. É bom saber que você não está só!

Porém, convencer pessoas que têm opinião contrária é bem mais difícil. Pode até ser que seja impossível.

Vejam esta bela jovem progressista com nariz de porquinho da índia:


Imaginem esta jovem loira com este mesmo cartaz, nas ruas da Líbia. Acho que a única questão seria saber quantos minutos levaria para ela ser estuprada e sodomizada em praça pública...

Mas será que ela sabe disso? Acho que não...

Anos atrás, eu tive um ótimo professor de sociologia. Incrivelmente, ele não era comunista! Ele dizia que nada pode mudar a ideologia de alguém, salvo duas coisas: a) uma personalidade muito carismática; b) um evento muito traumático. No meu caso, acho que o evento foi o 9/11, que me fez reconsiderar várias crenças antigas e, a partir daí, fui lendo e evoluí até virar este ultradireitista raivoso, racista, reacionário e recalcado que virei.

No caso dela, um evento traumático como um gang-banging islâmico talvez a fizesse mudar de idéia sobre o amor universal. Mas é um pouco triste ter que esperar que algo tão extremo aconteça para que os progressistas entendam o mundo real.

Uma vez, Freud disse que muitos jovens estavam sendo preparados para a vida com mensagens inadequadas, como se fossem a um floresta selvagem armados apenas com uma faquinha de plástico. Bom, não foi bem essa a metáfora que ele usou, mas era algo parecido. Acho que sinto a mesma coisa sobre os jovens progressistas. Eles estão completamente despreparados para um mundo cão.

Não sei se é verdade, mas dizem aí que vem o Grande Caos. Alguns vão estar preparados. Outros? Nem tanto... Vai ser um choque para os progressistas descobrir que o mundo de "coexistência" era um mero conto da carochinha... 

Por falar nisso, saiu um vídeo do Romney, filmado secretamente durante uma reunião de campanha, no qual ele fala que jamais vai convencer 47% do eleitorado a votar nele, pois essas são as pessoas que não pagam imposto de renda, que acreditam ter direito a tudo de graça do governo, e que portanto são votantes cativos de Obama.

Ele está absolutamente correto, naturalmente, mas os progressistas estão escandalizados. Acham que ele está menosprezando o eleitorado. Discordo, ele está apenas aceitando um fato triste, que 47% da população americana são estatistas ou favorecidos pelo Estado que querem mais benefícios e menos deveres, e que jamais vão votar para perder essa mamata. Por que eles iriam votar para perder direitos? Não faz sentido, mesmo.

Acho que o que surpreendeu os progressistas no Romney foi ter falado a coisa diretamente, sem papas na língua. O fato é o seguinte, as pessoas enchem a boca para falar que querem "políticos honestos", mas é mentira. Eles querem políticos que mintam para eles. Que contem as simpáticas mentirinhas de sempre. Que digam que vai ter mais emprego, mais saúde, mais escolas, mais alegria. E que quem vai pagar por isso tudo é o Papai Noel.   

Porém, não adianta querer que as pessoas entendam o que não querem entender. Alguns vão entender só no tapa: educação pelo choque. Outros não vão entender nunca, vão morrer que nem os comunas enviados por Stalin para a Sibéria, ainda acreditando na Revolução.

Se 47% das pessoas são esquerdistas ou dependentes de políticas esquerdistas (na verdade, provavelmente bem mais), não adianta, realmente concordo com o Romney, não dá pra contar com elas, melhor mesmo é a secessão. Cada um que crie o seu país, e boa sorte a nós e a eles. 

Não tem jeito. A solução um dia virá, mas não pelo voto. O negócio enquanto isso é seguir com o baile da Ilha Fiscal, até que a casa caia.

Vai mais champanhe aí?

sábado, 15 de setembro de 2012

A rebelião das massas

Fui um dos primeiros (acho eu) a comentar que a "primavera árabe" era um engodo, e a questionar a burralda intervenção na Líbia. Ou se não fui o primeiro, dane-se, igual qualquer pessoa com mais de dois neurônios poderia saber que ia dar merda. Pois bem. Agora Egito, Líbia e Tunísia, todos países "liberados", estão atacando embaixadas americanas e matando gente, em mais um momento de fúria orquestrada.

Digo orquestrada, por que não acredito que a culpa seja só desse filmeco vagabundo que foi postado, é bem claro que isso foi provavelmente planejado com antecipação por grupos interessados, e o filme foi uma boa desculpa, além de servir para insuflar as massas. 

Porém, uma das coisas bizarras dos muçulmanos é como ficam loucos por pequenas coisas. A verdade é que é muito fácil insuflar suas burras multidões, basta um filme ou um cartum, um pedaço de bacon ou um livro queimado. Nisso, não podemos deixar de observar a nefasta influência de sua religião, que é uma religião violenta e fanática criada por um guerreiro. Sua novidade foi se expandir na base da espada. Por isso, imigrantes muçulmanos não deveriam ser permitidos em países ocidentais e cristãos.

Não acho no entando que os muçulmanos sejam únicos. É verdade que também, por exemplo, afro-americanos, mexicanos e outras "minorias que hoje são maiorias" também às vezes organizam quebra-quebras bem violentos, mas em geral é porque um dos seus morreu, em geral nas mãos da polícia. (Em geral por causas justas, também, mas isso é detalhe para eles. "Fuck tha police!"). Porém, devemos observar que mesmo grupos tradicionalmente mais pacíficos, como os hindus ou os chineses, tem tido instâncias de protestos violentos e até sanguinários. É uma característica humana do comportamento em multidão, mas que varia um pouco conforme a cultura. 

Já os brancos europeus, especialmente em sua manifestação progressista, são um bicho mais curioso ainda. Você pode dar soco e tiro, continuam passivos como múmias. Quando agredidos ou insultados (com exceção talvez dos russos), desculpam o agressor: "Nem todos são ruins assim, o Islã é uma religião da Paz", dizem, tentando explicar que tudo foi um mal-entendido. (Já os muçulmanos não tem nenhum pudor em acreditar que absolutamente todos os ocidentais são malvados, e a morte de um embaixador americano na Líbia pode muito bem cobrir pelos pecados de um cineasta egípcio copta que mora nos EUA... Com eles não tem isso de dizer, "calma lá pessoal, a maioria do Ocidente é da paz!")

O que leva os euro-descendentes ocidentais a erguer-se da poltrona e protestar? Algumas coisas. Maltrato aos animais... A descoberta de que estão usando aditivos químicos cancerígenos no alface... O aumento de impostos... A falta de impostos... A violência urbana contra um dos seus, sim, às vezes; mas em vez de destruir embaixadas ou incendiar escolas, eles em geral se vestem de branco e saem de mãos dadas com velas nas mãos, com discursos sobre paz e unidade geral.

Ei, não estou reclamando: na verdade, acho esse um ponto extremamente positivo. Quem dera que também os muçulmanos pudessem protestar que nem o pessoal do "Tea Party" ou do "Viva Rio"! Comportando-se com elegância e respeito, sem incêndios, sem violência, sem gritos, e sem nem mesmo deixar sujeira por aí. 

Ah! Porém, o futuro pertence às massas violentas, ignorantes e imbecis. Em breve, num cinema perto de você.

"A rebelião das massas".

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"O outro 9/11": Allende no Inferno

Nem ia fazer um post hoje porque estou sem paciência, mas uma enxurrada de links no Facebook e alhures, alguns com figurinhas de mau gosto falando em "50.000" ou até "60.000" mortos (?!?), está me enchendo o saco sobre o "outro 9/11" que os malvados americanos impuseram ao Chile (segundo dizem eles) apoiando o golpe contra Salvador Allende.

Vamos direto ao ponto? Ainda bem! Ainda bem que houve golpe e tiraram esse mané do governo! O povo chileno, que hoje desfruta da economia mais estável da América do Sul graças à turma de Chicago, devia agradecer. Salvador Allende era um comunista safado que queria implantar medias sovietizantes no país. Em três anos de governo conseguiu uma incrível inflação de 90% ao mês, um crescimento negativo do PIB, a perda de poder aquisitivo do trabalhador, a falta de comida nos supermercados que em alguns casos só podia ser obtida no mercado negro, etc. -- e o maluco ainda tinha ainda dezenas de medidas desastrosas na manga, incluindo uma reforma agrária que iria diminuir ainda mais a produção agrícola, provavelmente causando uma fome geral. Miséria e morte, tudo em nome dos "direitos do trabalhador"!

Allende também recebeu dinheiro da União Soviética, incluindo um "mensalão" pessoal, estava empenhado em apoiar a guerrilha em outros países latinoamericanos, e além de tudo demonstrou-se um covarde ao suicidar-se durante o golpe. (Alguns consideram heroísmo, mas tudo bem).

Teria sido melhor se tivesse sido retirado pelo poder sem um golpe, mas pelo voto? Talvez. Sem levarmos em conta o que aconteceu depois com Pinochet, o fato é que há pouco a celebrar na presidência de Allende, tanto que até alguns socialistas da época o chamaram de "incompetente", acreditando que com sua ineficácia extrema ele estava manchando o "bom nome do socialismo"...

Eu sei, o subtexto do "outro 9/11" é que os americanos "mereceram" os atentados muçulmanos contra as torres gêmeas devido ao apoio que deram ao golpe contra Allende. (Uma coisa nada tem a ver com a outra, mas não procure lógica na esquerda, ela não existe).

O fato é que é equivocado ver com nostalgia um tempo que nada tinha de belo ou de exemplar (a mesma coisa aliás, ocorre com o nosso Jango, que realizou um governo terrível, com similares equívocos econômicos e sociais).

Allende foi um fracasso, é tudo. E um 9/11 nada tem a ver com o outro, além da mera coincidência da data. E daí? Dia 11 de setembro também é o dia da festa nacional da Catalunha. Se é para comemorar ou celebrar algo, prefiro comemorar isso...

Cara de um, focinho de outro.

domingo, 9 de setembro de 2012

Poema do Domingo

Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via...
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia...
Só quando te perdi
É que eu te conheci...

Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante...
Eras o Universo...
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.

Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar,
Meu sentir meu anseio
Meu jeito de pensar...
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora...

Hoje eu busco-te e choro
Por te poder achar
Não sequer te memoro
Como te tive a amar...
Nem foste um sonho meu...
Porque te choro eu?

Não sei... Perdi-te, e és hoje
Real no [...] real...
Como a hora que foge,
Foges e tudo é igual
A si-próprio e é tão triste
O que vejo que existe.

Em que és [...] fictício,
Em que tempo parado
Foste o (...) cilício
Que quando em fé fechado
Não sentia e hoje sinto
Que acordo e não me minto...

[...] tuas mãos, contudo,
Sinto nas minhas mãos,
Nosso olhar fixo e mudo
Quantos momentos vãos
Pra além de nós viveu
Nem nosso, teu ou meu...

Quantas vezes sentimos
Alma nosso contacto
Quantas vezes seguimos
Pelo caminho abstrato
Que vai entre alma e alma...
Horas de inquieta calma!

E hoje pergunto em mim
Quem foi que amei, beijei
Com quem perdi o fim
Aos sonhos que sonhei...
Procuro-te e nem vejo
O meu próprio desejo...

Que foi real em nós?
Que houve em nós de sonho?
De que Nós fomos de que voz
O duplo eco risonho
Que unidade tivemos?
O que foi que perdemos?

Nós não sonhamos. Eras
Real e eu era real.
Tuas mãos - tão sinceras...
Meu gesto - tão leal...
Tu e eu lado a lado...
Isto... e isto acabado...

Como houve em nós amor
E deixou de o haver?
Sei que hoje é vaga dor
O que era então prazer...
Mas não sei que passou
Por nós e acordou...

Amamo-nos deveras?
Amamo-nos ainda?
Se penso vejo que eras
A mesma que és... E finda
Tudo o que foi o amor;
Assim quase sem dor.

Sem dor... Um pasmo vago
De ter havido amar...
Quase que me embriago
De mal poder pensar...
O que mudou e onde?
O que é que em nós se esconde?

Talvez sintas como eu
E não saibas senti-o...
Ser é ser nosso véu
Amar é encobri-o,
Hoje que te deixei
É que sei que te amei...

Somos a nossa bruma...
É pra dentro que vemos...
Caem-nos uma a uma
As compreensões que temos
E ficamos no frio
Do Universo vazio...

Que importa? Se o que foi
Entre nós foi amor,
Se por te amar me dói
Já não te amar, e a dor
Tem um íntimo sentido,
Nada será perdido...

E além de nós, no Agora
Que não nos tem por véus
Viveremos a Hora
Virados para Deus
E n'um (...) mudo
Compreenderemos tudo.  

Fernando Pessoa 

sábado, 8 de setembro de 2012

Zzzzzz

Shhh....


Melancolia

Um breve adendo ao texto anterior. Conheço uma pessoa aqui, branca americana, que tem o infortúnio de alugar um apartamento para um grupo de hispânicos de classe baixa. O pai é ou era imigrante ilegal; o filho é um gordo de 200 quilos; a sua namorada e mais duas outras pessoas estão morando ilegalmente na casa, que deveria conter apenas duas pessoas. Quase nenhum trabalha, ao menos dois ganham auxílio-desemprego. Eles também tem um cachorro no apartamento, o que é proibido pelo contrato, jogam lixo na calçada, o que é ilegal, estacionam o carro onde não devem, colocam música alta, gritam e insultam os proprietários com palavras de baixo calão,  destróem o apartamento causando gastos muito maiores do que o aluguel que pagam, pois pagam muito pouco aluguel graças a uma lei "social" no condado de Los Angeles que proíbe o aumento de aluguel a um máximo de 4% a cada ano.

Vi  ouvi tudo isso com os meus próprios olhos, observei as atitudes desprezíveis dessa gente, sua empáfia, suas mentiras, sua cara-de-pau, seus gestos vulgares. Sabem o que é possível fazer para despejar essas pessoas?  

NADA.

A Lei as protege, são "desprivilegiados". É praticamente impossível despejar estes seres, que ainda ganham de graça ajuda legal de ONGs beneficientes, enquanto o proprietário precisa gastar dezenas de milhares de dólares com advogados.

Seres desse tipo que abusam o sistema existem aos milhões pelos EUA. O governo Obama, que trata tais pessoas como coitadinhas, decidiu agora que não vai mais deportar os ilegais menores de 30 anos de idade. Mais: os ilegais têm direito a educação e saúde gratuita, paga pelos cidadãos de bem que suam dia e noite para sustentá-los.

E esta gente, pensei, este lixo, são o futuro da América.

Do outro lado do oceano, no Velho Continente, refugiados muçulmanos e africanos invadem todos os países europeus, também recebendo casa e comida de graça, e qual seu agradecimento? Incendiar bairros, lutar contra a polícia, aumentar as estatísticas do crime, apoiar o terrorismo e promover quebra-quebras.

Eu não tenho raiva; sinto apenas uma tristeza imensa.

Há quem pretenda o retorno de um radicalismo extremista, da violência contra os imigrantes, do retorno dos uniformes cáquis e dos tanques nas calçadas. Eu não; não tenho fascinação pelo fascismo e nem gostaria que a violência se tornasse uma solução. Não vejo porque os inocentes devam sofrer nem porque o autoritarismo deva calar. Porém, vendo com meus próprios olhos o que está acontecendo no Ocidente, não sei mais qual possível solução poderia haver para evitar o desastre que vem aí. O mundo está piorando cada vez mais, e assistir isso é como ver um trem que avança em direção a um penhasco sem nada poder fazer. É triste, muito triste.

E o mais triste de tudo é que tudo isso é feito sob o aplauso da maioria da população, que é cúmplice de sua própria destruição. Votam em Obama e nos partidos de esquerda, apóiam a imigração de terceiromundistas, celebram o fato de serem cada vez mais uma minoria em suas próprias nações, e súditos de um governo cada vez mais tirânico, ainda que em nome da "igualdade". As pessoas reclamavam do "Patriot Act" de Bush; saibam no entanto que o governo Obama, graças a uma nova lei, tem o poder de prender cidadãos americanos por tempo indefinido, sem julgamento e sem dar qualquer tipo de razão para isso.

O Partido Democrata, recentemente, não apenas decidiu não mais incluir a palavra "Deus" em sua plataforma partidária, como também declarou o seguinte: "O governo é a única coisa à qual todos nós pertencemos."

Perceberam? Não poderia ser mais claro. O Governo é oficialmente o Deus dos Democratas. E este é o partido que 90% das pessoas que conheço aqui apóiam.   

Bem, nada disso vai terminar muito bem. É por isso que penso muitas vezes que tudo isto é inútil, e que o melhor a fazer talvez seja se refugiar em algum bunker subterrâneo com duzentas latas de cerveja e assistir de camarote ao espetáculo do apocalipse...

Ou isso, ou (para terminar em uma nota mais otimista), ter vários filhos e netos, ensinar-lhes bons valores, transmitir o legado cultural do velho Ocidente para preservá-lo, e rezar muito. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Independência ou...?

Estou de saco cheio de tudo hoje, meus caros. De saco cheio de meus "amigos" do Facebook postando comentários celebrando a diversidade, o Obama, o ódio ao cristianismo, a viadagem e o petismo.

Estou de saco cheio dos brancos bundões que acham que branco não tem o direito de ser branco, e ficam se torturando quando por qualquer motivo uma certa multidão é alva demais. Mas os coreanos ficam se lamentando quando só há asiáticos no karaokê? Os negros reclamam quando só dá negro no show de rap?

Estou de saco cheio dos ativistas de esquerda que acordam todo dia pensando em modos de azucrinar a classe média tradicional e encher a bola de marginais, pobretões e aloprados. Ou daqueles jornalistas "brancos in name only" que vivem de reclamar que tal empresa ou tal partido são masculinos e brancos demais, mas então porque não fundam sua própria empresa ou partido e colocam uma negra lésbica e paraplégica na chefia?

Também estou de saco cheio de alguns "nacionalistas brancos" e sua eterna fixação com com Hitler, suásticas e frases em alemão. Hitler perdeu a guerra e morreu! Arrangem outro herói, seus imbecis!

Estou de saco cheio das feministas ridículas obcecadas pela vagina. Já pensou se os homens estivessem todo o tempo falando de seus pintos? A civilização jamais avançaria!

Estou de saco cheio da cultura popular ocidental e suas baixarias, seus lixos, suas ignomínias, sua celebração de tudo o que há de mais escroto, vulgar e feio no ser humano, mas afinal, se "isto" é o "Ocidente", merece mesmo ser preservado?

Estou de saco cheio de Los Angeles, onde os viadinhos brancos andam tatuados, fumam maconha e participam de orgias enquanto a cidade é lentamente invadida por iranianos e mexicanos vulgares e ultranacionalistas.

Estou de saco cheio do Brasil, de onde só ouço notícias escabrosas e deprimentes, país de tolos que nunca perde a oportunidade de perder uma oportunidade.

Estou de saco cheio da mídia e suas mentiras, e do modo não só pacífico como alegre com que são aceitas por uma multidão embevecida.

Estou de saco cheio dos revoltados, dos decadentes, dos ordinários, dos corruptos, dos violentos, dos imbecis, dos esnobes, dos filhos da puta.

Porém, sei agora, a única serenidade é a serenidade interior. A perfeição não existe. Não está no poder, na fama, na fortuna, no sexo, nem mesmo na sabedoria. A felicidade só existe como memória. Ao contrário do que parece nas propagandas de margarina, a vida não é alegre mas sim constante fonte de preocupações, ainda que tenha suas ocasionais pequenas alegrias. Melhor viver uma dia-a-dia simples e epicúrico. "Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar."

A política é eterna fonte de enganos, e a razão é muito simples. A maioria de nós prefere doces mentiras a tristes verdades.

O patriotismo é o último refúgio do canalha, sem dúvida, mas existem outros refúgios ainda piores.

A única independência é a independência mental. 

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Feliz 7 de Setembro a todos!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Anarco-tirania

Estava procurando um nome para o sistema no qual vive-se atualmente no Ocidente, e descobri que o nome já foi dado anos atrás por um falecido colunista americano que eu nem conhecia, Samuel Francis: anarco-tirania.
"O que temos neste país (*) é, ao mesmo tempo anarquia (fracasso do Estado em aplicar as leis mais básicas) e, ao mesmo tempo, tirania -- o uso do Estado para fins opressivos: a criminalização do inocente através de impostos exorbitantes, regulação burocrática, invasão da privacidade, e a reengenharia das instituições sociais, como a família e a escola; a imposição do controle de pensamento através do "treino da sensibilidade" e do currículo multicultural, leis contra o "ódio", leis de controle de armas que punem os que cumprem a lei mas que não têm efeito sobre os bandidos que obtém armas ilegalmente, e um vasto labirinto de outras medidas. Em outras palavras, anarco-tirania. 
O caso mais exemplar vem da Inglaterra. O governo não consegue combater o crime, o terrorismo ou a imigração ilegal, mas é tirânico contra as pessoas de bem que vão contra o politicamente correto. Sem conseguir deportar ou sequer prender criminosos e terroristas perigosos, quer deportar um velhinho branco de 70 anos que foi vítima de atentados muçulmanos.

(*) Acho que Francis se refere aos EUA. Se você mora no Rio de Janeiro, já conhece isso faz tempo! 

Cotas raciais



Nota: novas leituras (e leitores) esclarecem que as cotas tem alguns critérios que as tornam um pouco menos delirantes, e provavelmente de conseqüências menos negativas, do que as que pinto aqui. Talvez eu precise reescrever alguns pontos, por ora deixo o post aqui embaixo sem mudanças. O Demétrio Magnoli tem um texto com uma perspectiva diferente, mas também negativa, aqui.  O professor José Goldenberg também apresenta uma opinião contrária com um argumento que achei interessante. Acho que não é preciso ser "racialista", "direitista" ou "extremista" para se crer que não é uma boa idéia: basta ter bom senso.

O governo Dilma sancionou uma medida de cotas raciais para universidades federais extremamente perturbadora.

A partir de agora, não 10, não 20, mas 50% das vagas de todas as universidades federais devem ser reservadas para cotistas. Todos eles precisam vir de escolas pública; metade entrará por critérios "raciais" (tendo que identificar-se como negro ou índio), e a outra metade por critérios "sociais" (provando que provém de uma família de baixa renda).

A medida é suicida e pode acabar de vez com as universidades federais, além de demolir com a educação no país. Vamos agora entender por quê.

sábado, 1 de setembro de 2012

Clint Eastwood

Eu não sei se alguém aí assistiu o discurso de Clint Eastwood na convenção Republicana. (Aqui tem uma versão completa em inglês, acho que não tem nenhuma com legendas.) Eu não achei o discurso ruim, foi certamente original, teve frases boas e momentos engraçados, e uma observação importante: "o país pertence a nós, [o povo americano]; os políticos são nossos empregados". Sim, ele tem 82 anos e os demonstra, mas os gaguejos que ocorreram estiveram perfeitamente dentro do normal. 

Porém, Clint Eastwood está sendo linchado pela mídia e pela maioria do público progressista: é chamado de "velho senil" para baixo. Estamos falando de Clint Eastwood, ícone de Hollywood e que apesar da fama de durão dirigiu filmes de caráter bastante progressista, como "Million Dollar Baby".

Isso me fez pensar que há algo de irracional nos progressistas; tivesse Clint feito exatamente o mesmo discurso, só que quatro anos antes contra Bush e não contra Obama, tenho certeza que seria aplaudido de pé por essas mesmas pessoas. Pelamordedeus, ele até sugeriu a retirada das tropas americanas do Afeganistão!

É lamentável que uma figura lendária como Eastwood, pelo mero fato de fazer um discurso a favor de um candidato e contra outro, utilizando-se da sua liberdade de pensamento e de expressão, seja tratado de forma tão desrespeitosa e agressiva, e que os progressistas tenham um pensamento tão forte de manada que não consigam sequer aceitar uma crítica bem-humorada. 

O progressismo se assemelha cada vez mais a uma ditadura. Temo que ventos soviéticos se aproximem no horizonte...

Clint em "The Good, the Bad and the Ugly", um de seus melhores filmes como ator.

O futuro do Ocidente

Fiquei sabendo esses dias sobre a existência de um certo Mr. Catra, bem-sucedido funkeiro nacional. Mr. Catra tem 4 mulheres (*), duas amantes e 21 filhos. (Mr. X tem só uma meia-namorada e ainda não tem filhos.)

Mr. Catra ganha 30 mil reais por show. (Mr. X ganha um média de 20 centavos por post no AdSense.)

Mr. Catra se diz "hebreu" (**) e acredita que o sexo é sagrado. (Mr. X é católico de formação, mas não pratica muito.) 

Mr. Catra acredita que "tacar fogo em mulher gostosa como faziam na Idade Média é coisa de viado". (Mr. X não tem opinião formada sobre o assunto).

Mr. Catra canta uma música que diz assim:

67 patinete 
Abre as pernas
A gente mete 

Se tu não tá agüentando 
Pára um pouquinho e paga um boquete

(Mr. X prefere a poesia de Yeats e Keats, mas não sabe escrever poema nem letra de música.) 

Mr. Catra acredita na poligamia, ou melhor, não acredita na monogamia. Pelo pouco que vi, uma de suas quatro mulheres é branca ou quase-branca, uma outra é mulata clara e falsa loira, as outras, não sei. (Mr X também prefere brancas). 

Vocês podem achar que estou aqui ironizando com o funkeiro, mas não estou não, ou não de todo. De certa forma, acho-o até admirável. Com todas as suas limitações (biológicas, culturais, de condição social, de estudo), ele ganha mais dinheiro do que qualquer professor universitário, cuida de todos os seus 21 filhos (segundo outras fontes, 24), isso num grupo social no qual é muito mais comum gerar e abandonar, e faz música em vez de se dedicar ao tráfico de drogas ou ao roubo à mão armada.

Demográficamente, culturalmente, musicalmente e espiritualmente, Mr Catra é o futuro da nação.

Digo mais: Mr. Catra é o futuro do Ocidente! (Mr X é o passado).

(*) Não entendia como Mr. Catra podia ser casado com quatro mulheres, pois achava que poligamia era crime no Brasil, mas fui alertado que já é legal

(**) Mr. Catra foi ao Muro das Lamentações e "converteu-se" ao judaísmo. Coloquei entre aspas porque duvido que exista qualquer rabino que considere tal conversão legítima, mas sabe-se lá. Talvez algum leitor judeu possa explicar como funciona essa história.