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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Império Multicultural contra a China Eugênica

Não tenho tempo para posts mais longos, afinal estou muito ocupado assistindo às Olimpíadas, mas queria fazer um breve comentário. Está sendo bem interessante assistir a estes Jogos Olímpicos!  A cerimônia de abertura, uma celebração meio brega da medicina socializada e do multiculturalismo, com direito a casal de negro e mulata representando a Inglaterra (são apenas 3% da população do país), deixou claro que já nem dá pra se fazer uma cerimônia em país ocidental que não contenha ao menos alguma mensagem progressista -- perdi, mas parece que teve beijo lésbico também. Esses esquerdistas estragam tudo! Não lembro que em 2008 os chineses tenham perdido tempo com isso...

Bom, mas eu gostei de assistir à ginástica feminina. O time americano é aliás bem multicultural: uma judia, uma escocesa, uma que parece meio latina (ou asiática?), uma de origem libanesa, uma negra. Uma das treinadoras é asiática também. Reflexo do Império Multicultural que o EUA viraram, e que por bem ou por mal parecem querem impor como exemplo ao resto do mundo. Bom, de qualquer modo, as moças fizeram tudo muito bem! Venceram com justiça as atrapalhadas russinhas, todas monocromaticamente loiras. Afinal, não era concurso de Miss!

Eu vivo espinafrando o multiculturalismo e o multiracialismo, mas eles certamente têm as suas vantagens. Por exemplo, no esporte. Afinal, é sabido que certos grupos étnicos têm maior vantagem genética em certas atividades físicas. Por exemplo, os melhores corredores de 100 metros rasos são quase sempre negros, e os melhores maratonistas são quase todos etíopes, egípcios ou somalis. Por outro lado, devido à sua massa corporal, negros não são tão bons na natação (embora haja um nadador negro no time americano que não é ruim). E assim por diante.

Tendo grande disponibilidade de atletas de todas as origens étnicas, bem como tradição, infra-estrutura e muito dinheiro para treinar os melhores, os EUA podem vencer em praticamente qualquer categoria esportiva!

Já a China tem uma proposta diversa. Uma das nadadoras, a jovem Ye Shiwen de apenas 16 anos, em uma de suas participações nadou mais rápido até do que alguns nadadores masculinos. Portanto, foi acusada de doping. Será mesmo? Não duvido, afinal não seria a primeira vez que a China é pega usando drogas ilegais em seus atletas, mas acho que talvez o furo seja mais embaixo. Penso que a China poderia estar utilizando a seleção artificial e até mesmo a engenharia genética para criar atletas mais perfeitos!

OK, pode ser que não aconteceu ainda agora, e a chinesinha certamente tem talento, mas acho que em breve vai acontecer. Pense um pouco: além da vocação e do treino, Michael Phelps tem certas características físicas que o tornam um bom nadador. Tais características poderiam ser facilmente repetidas através da inseminação artificial seletiva, como se faz com os cães, ou mesmo com a clonagem e a manipulação de genes. Que isso acontecesse em uma sociedade democrática, é difícil de imaginar. Mas, em uma sociedade autoritária como a chinesa, haveria bem menos problemas éticos. Aliás, ninguém nem precisaria saber! O estudioso Richard Lynn acredita que a China em breve se dedicará à eugenia através da engenharia genética. Bem, eu não acho que isso se utilize na população como um todo, por razões práticas, financeiras e quem sabe éticas, mas um programa neo-eugênico para desenvolver os melhores nadadores, corredores ou ginastas, não estaria fora do alcance. Nas próximas décadas, é bem provável que seja isso mesmo o que acontecerá.

Por enquanto, a luta nestes jogos é entre o Império multicultural e a China bombada. Quem vencerá?


domingo, 8 de abril de 2012

Quem se importa com o atum?

Os ecologistas preocupam-se muito com os golfinhos. Aqui nos EUA, as latas de atum tem o selo de garantia "dolphin safe". O que significa? Bem, os golfinhos - por uma razão que ainda se desconhece - costumam nadar junto com cardumes de atum. Os navios pesqueiros seguem os golfinhos para capturar o atum. Mas, algumas vezes, alguns golfinhos terminam mortos no processo.

Qual a proporção? Morre 1 golfinho para cada 100.000 atuns. Todos choram pelo golfinho. Mas, como disse alguém certa vez: e o atum? quem se importa com os cem mil atuns?

Tudo bem, também gosto de golfinhos. São mamíferos inteligentes, etcétera e tal. Mas fiquei pensando que essa seletividade é uma característica primária do progressismo. Vejam o Sakamoto, que está sempre chorando pelos "índios, mulheres negras e populações ribeirinhas". E a classe média? Causa-lhe nojo.

É o mesmo com o tal "casamento gay". Quantos gays existem no Brasil? Digamos, em uma estimativa generosa, que sejam 10% da população. Certamente o número de católicos e evangélicos praticantes a quem o assunto desagrada é maior. Mas sua opinião é desconsiderada. Quem se importa com a opinião do atum?

E assim com tudo. Se você é minoria, imigrante, disléxico, gay, paraplégico ou autista, não é que tenha a vida fácil, e com um desses problemas pode não ter mesmo, mas é que toda a sociedade bem-pensante se preocupa mais com você. Mesmo que seja uma preocupação completamente hipócrita, e na prática se reflita apenas na colocação de alguma foto no perfil do Facebook. No outro dia, por exemplo, uma amiga (amiga só de Facebook, entenda-se) reclamou em um post: "Tenho vergonha de ser sueca." A razão era que o seu país ia expulsar um ou dois imigrantes etíopes... Claro que ir para a Etiópia ajudar as criancinhas está muito longe de sua cabeça, ela só queria parecer mais descolada do que é. Os etíopes são os seus golfinhos...

O problema é que ser branco heterossexual ocidental cristão (BHOC) é considerado o "default" da civilização, e talvez seja mesmo. Há uma crença generalizada de que, não importa o que acontecer, ele será sempre o "opressor". E essa crença é comum mesmo entre a maioria dos BHOCs. Bem, tudo bem, mas às vezes fica chato quando todos choram por todos, mas ninguém chora por você.

Nós somos o atum.


terça-feira, 20 de março de 2012

Kony 2012

Faz umas semanas saiu um vídeo, Kony 2012 (aqui um link para a versão legendada em português). Em poucos dias tornou-se viral, chegando a ser assistido por quase 90 milhões de pessoas em todo o mundo. Só mais tarde assisti o vídeo e na verdade tenho mais perguntas do que respostas.

Mais do que tudo, o vídeo, ainda que bem realizado, parece um grande infomercial do Facebook. Seu objetivo declarado é o de manter soldados americanos em Uganda para que treinem as tropas do país para que estas possam prender Joseph Kony, líder da LRA, de forma que ele possa ser julgado pela Corte Internacional de Haia. Mas o que devem fazer as pessoas comuns como eu e você para ajudar nesse objetivo? Comprar um bracelete e posters para "tornar Kony famoso" e doar dinheiro para uma instituição de caridade. Se o objetivo de era arrecadar fundos, conseguiram: foram mais de 15 milhões de dólares em duas semanas.

Curiosamente, Jason Russel, narrador e criador do vídeo, teve um chilique poucos dias depois da publicação do vídeo. Foi filmado andando completamente nu pelas ruas de San Diego, em estado de profunda alteração mental, masturbando-se, vandalizando carros e gritando frases desconexas. Extremamente bizarro. Drogas? Vudu africano? Envenenamento a mando da CIA?

O vídeo original e tudo que se seguiu a ele parece ser um bom resumo do esquerdismo pós-moderno. Tudo é aparência, tudo é imagem. Você compra um bracelete e coloca um link no Facebook, indicando que está apoiando uma causa boa e ganhando status entre seus pares. A ONG ganha dinheiro, as mídias interativas ganham publicidade, os americanos se envolvem em mais uma "guerra humanitária", a ONU finge ter relevância, o globalismo vai avante, e enquanto isso a vida das criancinhas africanas, com ou sem Kony, continua igual ou pior. Depois o esquerdista metrossexual criador do vídeo gasta parte do dinheiro em bebida e drogas, pira de vez e termina internado, e todos esquecem o assunto, passando a apoiar a nova causa da moda, como o drama das baleias palestinas ou o impacto do aquecimento global no Inferno.

Bem, mas talvez eu esteja sendo demasiado duro com o Jason. Também muitos esquerdistas criticaram o seu vídeo, que segundo eles reduzia uma situação complexa a slogans fáceis. (Na verdade, esse é um aspecto positivo do seu vídeo, como campanha de marketing foi genial). Outros criticaram o fato dele declarar-se cristão evangélico e aceitar dinheiro de instituições religiosas (ser cristão é o pior crime hoje em dia). Outros ainda o acusaram de ser um homossexual enrustido pela sua aparência e trejeitos, mas acho que é apenas o modo de ser do homem ocidental pós-moderno. Enfim, não deve mesmo ter sido uma semana fácil.

No fundo, Jason parece ser uma boa pessoa, convicta de seus ideais. Talvez seja aí que mora o problema. No poema White man's burden, hoje acusado de racista, Kipling demandava que o homem branco ajudasse os povos menos desenvolvidos (O poema era dedicado aos americanos que naquele então ocupavam as Filipinas). O colonialismo como atividade humanitária. Pensando bem, era uma idéia melhor do a que de hoje em dia, onde o homem branco, em vez de colonizar outros países, decide ajudar os mais subdesenvolvidos fazendo com que migrem em massa para seu próprio país, em uma utópica e equivocada noção de igualdade total entre todos os povos, raças, etnias, religiões e culturas.

Alguns argumentarão, não sem certa razão, que o colonialismo não era tão humanitário assim, que era apenas uma desculpa para a exploração econômica, que houve muitos abusos, opressão, tortura e morte. Os franceses na Argélia e os belgas no Congo, para dar dois exemplos apenas. Tudo bem. Ainda acho que isso não justifica trazer para morar em Paris milhões de habitantes das ex-colônias em nome de uma equivocada reciprocidade. Melhor ter franceses na Argélia querendo transformar o país na França, do que argelinos na França querendo transformar o país na Argélia.

Do jeito que as coisas vão, qualquer dia é capaz do próprio Kony pedir asilo político como refugiado nos EUA ou na Europa, e conseguir. Desde que não more no mesmo bairro rico e branco de Jason, tudo bem!



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Multiculturalismo do bem e do mal

O multiculturalismo é bom ou é ruim? Depende da situação, e a quem você perguntar. No ambiente universitário, é supimpa. Pessoas inteligentes das mais variadas culturas. Conversações estimulantes em diversos idiomas. Variedade de restaurantes. Acima de certo nível intelectual, o multiculturalismo não é ou não parece tão ruim. Eu pelo menos me divirto.

Há ainda o multiculturalismo dos ricos, que inclui ter trabalhadores braçais baratos para cortar a grama do seu jardim, limpar sua piscina e juntar o cocô de seu cachorro de dia, e encontrar com diplomatas e príncipes de noite.

E há o multiculturalismo dos pobres. Recentemente, uma moça inglesa soltou o verbo no metrô contra os imigrantes. Foi um pouco vulgar, e provavelmente estava colocando em risco o seu filho, além de ensinar-lhe péssimos modos. Por outro lado, quem pode culpá-la totalmente? É fácil acusar os outros de "racistas" quando não se tem que aturar batuques de africanos na madrugada, venda de drogas por árabes na esquina de casa, prostituição de romenas duas quadras mais além, desemprego e aumento generalizado do crime. Os pobres são os que mais sofrem com o multiculturalismo, pois no fundo é isso o que significa para eles.

Nem sempre fui contra o multiculturalismo, e ainda hoje posso ver alguns de seus aspectos positivos. A primeira vez que visitei Londres fiquei encantado. Tanta gente de tantos povos, todos convivendo em paz!  Que cidade tão cosmopolita! (Naqueles tempos, a palavra nem era "multicultural", mas "cosmopolita.") Ainda hoje tenho respeito e curiosidade pelas pessoas de outras culturas, gosto de conhecer pessoas de outros países, e provavelmente jamais sairia gritando como a moça do vídeo.

Por outro lado, posso ver que o multiculturalismo, quando ocorre de forma massiva e especialmente entre a população de classe baixa, tem efeitos nefastos. Voltemos à moça: mesmo que a imigração não tivesse efeitos negativos e todos os povos se entendessem bem, não teria ela o direito de viver entre ingleses nativos, se assim o desejasse? O que é um país? Hoje em dia, qualquer coisa. Mas, originalmente, os países eram tribos, formados por grupos de pessoas geneticamente parecidas. Muitas vezes podemos reconhecer, só pelo rosto, quem é inglês, quem é italiano, quem é armênio (tenho uma amiga que é ótima em descobrir a origem da pessoa só pela fisionomia). Além disso, existe também uma série de fatores culturais que costumam definir cada nação. Sem isso, aquela piada sobre o inferno ser um lugar onde o cozinheiro é inglês, o humorista alemão, etc, nem existiria.

O discurso sobre a imigração dos países pobres aos ricos tem se dividido em duas partes: a direita a favor do assimilacionismo e a esquerda a favor do multiculturalismo. Assimilacionismo seria aceitar imigrantes mas de modo a que estes se adaptem à cultura ocidental; multiculturalismo seria não julgar nenhuma cultura como superior ou mesmo diferente da outra, mas que todas convivam juntas e separadas num mesmo local.

O multiculturalismo, por sua natureza, quase sempre dá lugar a conflitos tribais. O assimilacionismo claramente é uma solução melhor, mas implica que os imigrantes muçulmanos ou mexicanos (para dar um exemplo) tenham o interesse ou a capacidade de replicar e manter a cultura ocidental. Mas e se eles não tivessem tal interesse nem capacidade? E se eles preferirem replicar a sua própria cultura quando forem maioria?

Acho que é isso que muitos não entendem. A idéia de que todos vão simplesmente copiar o que é bom só porque é bom é ingênua.

Por outro lado, a verdade é que a Inglaterra de hoje não é nem multicultural e, se é assimilacionista, é ao contrário: o britânico é que tem que se assimilar!

Afinal, o que mais incomoda mesmo é o comportamento das autoridades britânicas. Sabem o que aconteceu com a moça do vídeo? Foi presa. Enquanto isso, três muçulmanas bêbadas que espancaram uma mulher britânica chamando-a de "puta branca" não foram presas porque, no entender do juiz, "devido à sua religião, não estavam acostumadas a ficar embriagadas".

É... Por outro lado, hoje é muito fácil encontrar bons restaurantes em Londres...

Londres, hoje.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A mão boba do assédio sexual

Os EUA tem muito do que se orgulhar como nação. Agora, em certos aspectos, o país é um atraso de vida. Uma de suas peculiaridades é a obsessão com o "assédio sexual", termo criado pelas feministas recalcadas e esquerdistas satânicos para atazanar a vida do cidadão.

Vejam que curioso: vivemos em um mundo repleto de imoralidade, putaria e sacanagem. Mulheres criam filhos de pais múltiplos com a ajuda do contribuinte. Gays beijam-se no horário nobre e querem até casar. Quase ninguém mais se escandaliza se uma dupla de lésbicas decide adotar uma criança e fazê-la "trocar de sexo"; acham até bonitinho. Mas eis que um homem encosta um fio de cabelo em uma mulher sem pedir licença, e pronto: parece que o mundo caiu.  

Quão sérias são as acusações contra Herman Cain? Não sei detalhes, e ele pode até ser culpado. (Ele tampouco é meu candidato preferido.) Mas não é suspeito que essas mulheres tenham aparecido logo agora, quando ele é candidato e está em alta? Onde é que essas peruas estavam anos atrás?

A acusação de uma delas é a seguinte: Cain fez uma proposta indecente acompanhada de gestos vulgares. Ela recusou. Depois... Bem, nada. Tudo acabou aí. Outra o acusa de ter tentado agendar um jantar com uma moça que o interessava. Ela se recusou. O jantar não aconteceu...

Não são acusações de estupro como a de Dominique, que aliás também revelou-se uma fraude, ou mesmo de sexo consumado. São meras acusações de... O que mesmo? O que diabós é "assédio sexual"?

Ora, meus amigos. A resposta, na verdade, é muito simples. Este vídeo educativo explica tudo. Assédio sexual é simplesmente uma cantada ou proposta sexual feita por alguém que a moça não julga atraente. Na maior parte dos casos, é simples assim.


Digam o que quiserem sobre o Berlusconi, ao menos ele jamais foi politicamente correto e jamais se curvou às feministas. Não quer dizer que seu comportamento seja recomendável, mas ao menos é um antídoto contra grade parte da estupidez reinante. Herman Cain, por enquanto, também nega as acusações. Seu caso, aliás, é parecido com o do (também negro) juiz Clarence Thomas, que terminou sendo inocentado dez anos atrás.


Não quer dizer que não haja casos de abusos de poder, de trocas de favores sexuais por empregos ou coisa pior. Ocorre todo dia no mundo da televisão! Mas a verdade é que grande parte disso aconteceu porque as feministas queriam ser "iguais aos homens" em todos os postos de trabalho; agora reclamam que esses mesmos homens sintam atração por elas. Recentemente li sobre não lembro qual escândalo sexual no exército: um certo número de mulheres reclamava sofrer assédio sexual de marmanjos estacionados em postos de combate isolados... Realmente inconcebível! (E imagine a confusão agora que os gays assumidos entraram também na jogada).

É verdade que certos homens podem abusar de suas posições de poder para obter favores sexuais; mas nisso, não são tão diferentes de mulheres que usam sua beleza e sedução para subir na vida. A diferença é que, no segundo caso, ninguém reclama. Você jamais vai encontrar um homem reclamando de ter sido usado sexualmente. É uma das diferenças entre homens e mulheres.

Isso tudo me faz pensar o seguinte: o ódio dos esquerdistas é o ódio impotente contra a realidade. Os comunistas odeiam que alguns sejam mais ricos do que outros, mas isso é inevitável. As feministas odeiam que homens sejam diferentes das mulheres, mas isso sempre será assim. Os gays odeiam não ser aceitos no mesmo nível dos casais heterossexuais, mas uma coisa jamais será igual à outra. No fim das contas, não adianta tentar reengenharia social. O feitiço sempre se volta contra o feiticeiro.

Nota: na legislação americana, há diferença entre "sexual harassment" e "sexual assault". "Sexual assault" inclui contato físico. Passar a mão na bunda, por exemplo, pode configurar "sexual assault." Mesmo se o contato for indireto, por exemplo cutucando com um objeto, também pode ser considerado "sexual assault", que é crime federal. Já "sexual harassment" pode ser simplesmente dizer uma palavra que não agrada, um gesto ou até um olhar que causa desconforto...


sábado, 29 de outubro de 2011

Compre o livro do Blog do Mr X!

Está à venda na Amazon e na loja online do Create Space um livro com o melhor do Blog do Mr. X! 

Ué! Por que comprar algo que é grátis online? Dez razões:

1) É um ótimo presente para dar para alguém que se quer bem. Afinal, você não pode dar um blog de presente, certo? E o Natal está quase chegando aí.

2) É um ótimo presente para dar aos inimigos, especialmente aquele seu vizinho petista safado. E já estamos no dia das bruxas. 

3) É uma concentração do melhor do blog. Ao longo do tempo escrevi alguns textos que alguns talvez julguem interessantes, mas também escrevi muita bosta. O livro tem uma coletânea apenas dos melhores textos, editados para maior clareza. Tem até alguns textos inéditos, jamais publicados aqui!

4) Pode-se ler na privada ou na praia, locais onde é meio complicado utilizar o notebook ou mesmo o iPad.

5) Pode-se não ler, mas simplesmente colocar o livro na estante ou na mesa da sala para impressionar as visitas e escandalizar os parentes. Modéstia à parte, a capa ficou bem bacana. 

6) Você estará ajudando o dono do blog a continuar. Convenhamos, não vou fazer isto pra sempre. O Adsense do Google não dá dinheiro algum. Porém, se cada um dos leitores comprar um livro (ou mais, para dar aos amigos, vizinhos, alunos...), garante-se o leitinho das crianças, e o blog talvez continue por mais algum tempo.

7) O livro não tem o Augusto Nascimento nem a Bárbara nem o Tiago nem nenhum troll ou mesmo comentarista. Tá, na verdade esse é um aspecto negativo. Até pensei em incluir os melhores comentários no livro, mas ia dar muito trabalho.

8) Você estará colaborando com o self-publishing, movimento que coloca o autor diretamente em controle do material. 

9) É uma oferta por tempo limitado; o livro é uma edição comemorativa que vai ficar disponível apenas por alguns meses. Amanhã você pode não ter essa chance!

10) O preço é baratinho: apenas 25 dólares. Tá bom, é uma facada. Mas não é diferente do preço dos lançamentos literários no Brasil. É o mesmo preço do livro do Chico Buarque em reais. Tem que pagar o frete, mas livro não paga imposto!

P. S. A Amazon é mais conhecida, mas se você comprar no site do Create Space (que também faz parte do grupo Amazon) eu ganho mais royalties. Mas você tem que se registrar no site antes de comprar. 

P.S.2. Sim, vai ter uma edição pro Kindle, mas ainda não está disponível. Provavelmente daqui a um mês. Aviso quando sair. Livro em papel é ultrapassado, já?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Vaticano e a Nova Ordem Global

Embora não acredite em nenhuma delas, gosto de teorias da conspiração. Não seria fantástico se todos os problemas do mundo fossem causados por um único grupo secreto? Lamentavelmente, quase nunca é esse o caso: o mundo é na maior parte das vezes regido apenas pelo Caos. 

De qualquer modo, uma recente notícia deixou os teóricos da conspiração em polvorosa. O Papa Bento XVI declarou que é a favor de uma "autoridade econômica mundial", uma espécie de Banco Central Mundial. Seria o Papa globalista?

Fui pesquisar, e descobri que não é a primeira declaração nesse sentido do Pontífice. Em 2009, o Vaticano publicou um texto até mais forte, no qual fala não apenas em autoridade econômica, como literalmente em um "governo global", uma entidade supranacional com "autoridade real" para resolver conflitos internacionais.

Não quero comprar briga com o pessoal da MSM. Sou católico por formação, e simpatizo com o Bento XVI. Porém, o Rodrigo Constantino destrinchou a encíclica papal de 2009, mostrando que o texto realmente fala em governo global, além de reciclar vários chavões quase marxistas, defendendo a imigração, a justiça social, etc. Estaria o Vaticano unido às elites globalistas que querem instituir a famosa "Nova Ordem Mundial"?

Não creio. Como dizem os americanos, jamais atribua à malícia o que pode ser mais facilmente explicado por ignorância ou estupidez. Acho que o Papa, ou seja quem for que redigiu o documento, está contaminado por algumas idéias progressistas (não todas; a Igreja Católica ainda é contra o homossexualismo e o aborto, até onde sei). Mas não é esse o caso do planeta inteiro? Nos EUA, igrejas luteranas e presbiterianas já tem pastores mulheres ou gays (quando houver um Papa gay é que precisamos ficar preocupados...). Na Europa, são as igrejas cristãs as que mais acolhem e auxiliam asilados e imigrantes ilegais da rival religião muçulmana, mesmo que isso esteja selando o seu fim (10% dos "cristãos" europeus freqüentam a missa; 90% dos muçulmanos freqüentam as mesquitas). 

No mais, é curioso que os progressistas se vendam (e vendam essa imagem à juventude) como "rebeldes" e "transgressores", quando são exatamente o contrário. Eles são o establishment! Eles mandam, desmandam, e até lincham quem ousar contestar. Não há quase nenhum aspecto da vida cultural, política ou social que não tenha ao menos algum elemento progressista. Como diria a Newsweek, somos todos socialistas. O Papa talvez apenas queira ser pop - e, isso, hoje, quer dizer progressista.

De qualquer modo, se até o Papa -- junto com o governo Obama, Wall Street, a União Européia e a maioria das instituições civis ocidentais -- já estão falando abertamente na possibilidade de um governo global, é sinal que a coisa não demora a tornar-se realidade. Segurem-se! 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Os freaks somos nós

Uma vez eu falei que o futuro do mundo seria representada pela foto de um casal gay branco-asiático com uma criança negra, mas me enganei. O futuro é este aqui:

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Os macacos somos nós

Não sei se alguém aí assistiu ao "Planeta dos Macacos: A Origem". Não se preocupem, não vou contar o final. O filme é bom, ao menos bastante mais interessante do que eu esperava, mas talvez apenas porque eu esperava muito pouco. Porém, uma coisa chama a atenção no filme, especialmente em contraposição ao filme original com Charlton Heston: nesta história, o personagem principal, e herói do filme, é um macaco.

Os atores humanos pouco se destacam. Alguns, como a namorada do cientista (a bela atriz indiana, Freida Pinto, pelo nome, de origem portuguesa), fazem pouco mais do que figuração. A grande personagem do filme, seja em termos narrativos, seja no aspecto técnico (o ator Andy Serkis filmado com a técnica de motion capture e recoberto com alguns dos melhores efeitos especiais já realizados), é certamente o chimpanzé inteligente, César. Por mais que o principal personagem humano tenha o drama com o pai com Alzheimer e um conflito ético sobre experimentos científicos, etc. tudo isso mal chega a nos tocar. Simpatizamos e preocupamo-nos é com o macaco.  

Assim, enquanto no filme original a degradação dos humanos era vista como algo terrível, e torcíamos por Charlton Heston, neste filme a destruição da humanidade é vista como algo, se não positivo, ou ao menos neutro. Os humanos não parecem nem mesmo lá muito inteligentes; os símios, mesmo antes de tomarem a droga mágica que aumenta o QI, parecem superá-los ou ao menos igualá-los em inteligência: enfrentam policiais incompetentes, cientistas trapalhões, cuidadores de animais sádicos e imbecis, e mesmo o suposto cientista herói da história é meio panaca: até a namorada o macaco é que precisa arranjar para ele.

No filme, os macacos estão certos em vingar-se dos humanos; e a narrativa é construída de tal forma que torcemos por eles. Nesse aspecto, é um pouco similar ao bom District-9, em que os repulsivos alienígenas terminam virando os verdadeiros heróis da história, ou ao ruim Avatar, com seus nobres selvagens azuis.

Poderia ser uma metáfora sobre a imigração, sobre o capitalismo, sobre o fim da civilização Ocidental? Alguns blogueiros americanos meio primários estão realizando a básica comparação entre a história do filme e conflitos raciais. Mais de um comparou o quebra-quebra final dos macacos no filme com os distúrbios londrinos. A comparação, embora tentadora, é equivocada. O filme original, realizado não por acaso em 1968, tinha muito maior ênfase no aspecto racial, evocado até mesmo pela divisão entre os próprios símios. A versão recente ignora o aspecto quase que totalmente, e até coloca um afro-americano como um dos principais vilões (um capitalista apenas interessado no lucro, é claro). Chefe negro, namorada indiana: o mundo que está sendo destruído já é o mundo multicultural. 

Sim, o tema anticapitalista está presente, mas está longe de ser o pecado original que leva à perdição. A ciência sem ética tampouco parece ser a culpada da desgraça, e o cientista não é nenhum Dr. Frankenstein. Ele tem um motivo nobre: curar o Alzheimer e salvar o seu pai. Poderia haver melhores intenções?

Não, o recente filme é apenas mais um na longa lista que retrata a humanidade em geral como uma corja de parasitas que não merece sequer viver no planeta -- talvez o ápice dessa tendência misantrópica e fatalista possa ser vista no documentário "A vida após as pessoas", que celebra um mundo desprovido de seres humanos. 

Por sinal, ao contrário do filme original com sua impactante cena final, neste filme a vitória dos símios e mesmo a possibilidade de extinção humana são retratadas sem qualquer tipo de pathos, como se se tratasse de alguma outra espécie que não a nossa: assistindo ao filme, viramos macacos; estamos do lado deles. Os macacos somos nós.

O paradoxal é que é justamente o elemento o que nos faz ter empatia com César são as suas características humanas ou quase-humanas. Simpatizamos com o macaco porque ele tem sentimentos humanos -- e por isso apoiamos sua luta que fatalmente terminará com a submissão dos humanos aos orangotangos e chimpanzés.

É esse aspecto paradoxal o que torna o filme mais interessante do que uma mera fábula sobre a "libertação animal": é, afinal de contas, a história de um macaco que vira humano (e nesse sentido é um pouco parecido com o conto de Kafka "Informe a uma Academia"); e é pelos macacos serem "humanos" ou ao menos "quase-humanos" que o seu tratamento e seu desejo de rebeldia se tornam mais ambíguos.

sábado, 10 de setembro de 2011

Chega de igualdade!

No post anterior sobre educação, falou-se sobre crianças com graves deficiências mentais ou físicas que, em nome da "igualdade", são colocadas para estudar junto com criançs normais. É, na minha opinião, uma crueldade sem tamanho.

Uma criança especial precisa de cuidados e professores especiais. Numa sala de aula normal, não conseguirá acompanhar o ritmo dos outros alunos; por outro lado, os estudantes mais espertos tampouco poderão aprender tanto quanto deveriam (não que, nos dias de hoje, a escola ensine muito mais do que como colocar uma camisinha numa banana). É um problema também para os professores, muitos dos quais não tem treinamento específico para lidar com débeis menta... mongolói... er, pessoas mentalmente diferenciadas. E ainda existe o maior risco de bullying, a nova paranóia das classes progressistas.  

É, no fundo, a mesma idéia de Foucalt, esse maldito via..., hã, homossexual fã dos aiatolás, que dizia que os loucos mentalmente diferenciados não deveriam ser tratados, pois são iguais a todos nós. Não, caro Foucault, não somos todos iguais! 

O grande mal da era moderna é com certeza o igualitarismo. Liberdade e fraternidade, tudo bem. Agora, igualdade é uma quimera. Salvo a igualdade perante a lei, essa sim imprescindível, e uma relativa igualdade de oportunidades, o resto é impossível de obter. Não somos todos iguais, nem tudo é igual a tudo. E por que deveria ser? 

Se todas as religiões são iguais, por que alguns fanáticos religiosos se explodem freqüentemente e outros não? Se todas as etnias/povos são iguais, por que se notam tantas diferenças práticas entre os grupos humanos? Se todas as culturas são iguais, para que precisamos de "multiculturalismo"? Se todas as formas de relacionamento sexual são iguais, porque alguns conseguem se reproduzir biologicamente e outros não?

Mas nem importa que as pessoas sejam diferentes se forem tratadas de forma igual, mas não é isso o que acontece. O que se quer é alavancar uns e bloquear outros de modo a que o resultado entre eles seja igual. A "igualdade" de que falo aqui é a que quer impor cotas raciais ou estabelecer territórios para grupos étnicos específicos; é a que julga que criminosos devem ter mais direitos do que vítimas de crimes; a que quer que todos ganhem o mesmo independentemente do seu esforço ou talento; e assim por diante. 

É uma luta perdida. Os igualitaristas venceram. Está rolando pelos Facebooks da vida um vídeo em que um ator brasileiro que não conheço é acusado de "racista" por falar que Sammy Davis Jr. era negro, caolho e baixinho, e quando subia no palco virava um loiro alto de olhos azuis. Não entendi a tentativa de linchamento. O ator claramente admira Sammy, assim como eu. Se ele tivesse chamado o artista de "preto safado" até entenderia as acusações. Mas ele apenas fez um elogio, só que com uma comparação que dá a entender que é melhor ser alto, loiro e de olhos azuis do que ser preto, caolho e baixinho (só faltou lembrar que Sammy também era judeu, convertido). Bem, mas, se é por isso, talvez o ator também deva ser processado por "caolhismo", afinal claramente é prejudicado contra os caolhos...

O problema é que há tanta lavagem cerebral que até fazer um comentário ingênuo pode dar lugar a problemas. No outro dia, nos EUA, uma editora deu de presente a seus clientes um livro que continha citações bíblicas. Foi obrigada a mandar uma carta pedindo desculpas, pois o livro poderia ser considerado "ofensivo"... A loucura é tanta que já vi até tese de doutorado achando que "Will & Grace" era um seriado "homofóbico", por, hã, ter cenas de humor com personagens gays...

Chega dessa tirania politicamente correta e dessa falsa igualdade! Somos todos diferentes -- e isso é bom.

Pois há outro problema aí: estimular uma "igualdade de resultados" (ao invés de uma igualdade de oportunidades), tende-se a estimular uma série de problemas sociais. Pra que estudar? A ação afirmativa garante meu lugar. Pra que trabalhar? O bolsa-família sustenta meu lar. Pra que economizar até poder comprar uma propriedade? Tenho "direito" à terra, a ocupar casas dos outros, ou a construir meu barraco em qualquer lugar da cidade...

Liberdade, igualdade e fraternidade? Liberdade, sim, desde que com responsabilidade. Fraternidade? Sim, com aqueles que merecem. Igualdade? Apenas perante a lei.

sábado, 2 de julho de 2011

O Ocidente sobreviverá! (Or: How I learned to stop worrying and love decadence)

Por mais de duas semanas deixei propositadamente não apenas de postar como também de ler os meus blogs favoritos de direita. A esperança era a de sair da Internet e observar o mundo real, tentar ver se eu não estava tendo uma visão distorcida da realidade devido aos blogs que leio e dar um caráter mais empírico às minhas observações. Talvez, pensei comigo mesmo, o mundo não vá tão mal assim. 

Como primeiro trabalho de campo, saí de noite pelos bares da cidade para verificar se realmente os costumes estavam tão decadentes quanto pareciam. Na maior parte das vezes apenas observei com pesar que as tatuagens e o rap, antes apanágio exclusivo dos delinqüentes e dos vulgares, estão onipresentes mesmo entre os jovens das classes mais seletas. As mulheres se vestem como putas e ainda se orgulham, e os homens se vestem como viados ou imbecis. Os costumes também vão mal. Em duas noites diferentes, sem fazer tanto esforço, fiquei com duas garotas de 20 e poucos anos. Depois elas não telefonaram, não escreveram email, não quiseram nem ser amigas no Facebook. Cachorras. Fiquei desiludido. Será que as mulheres viraram homens, e os homens, mulheres? 

Fiquei pensando então que a vida hedonista não leva a lugar nenhum. Será que alguns minutos de prazer valem o risco de contrair clamídia, herpes, gonorréia e outras doenças sexotransmissíveis e todos os problemas físicos e psicológicos decorrentes de uma vida dissoluta?

Pensei também que apenas um despertar religioso de algum tipo salvará o Ocidente. Para acabar com o progressismo, não basta rejeitá-lo. É preciso propor uma visão em seu lugar. Um visão que renegue o caráter hedonista, materialista, coitadista e de curto-prazo da sociedade contemporânea, mas colocando algo em seu lugar. Que explique que as regras morais tem seus porquês e que afirme que há uma razão para a existência, negando o niilismo contemporâneo. Só assim se construirão novas catedrais e se esquecerão as "instalações artísticas" dos pós-modernos. A razão para o sucesso do progressismo é que as idéias políticas adolescentes da esquerda se combinam perfeitamente com o comportamento adolescente de 90% da população ocidental, eu incluído. (Às vezes é difícil resistir ao canto de sereia do modernismo com seu sexo fácil e seu hedonismo e seus ipads)

(Nesse ponto, aliás, divirjo tanto dos nacionalistas brancos como dos libertários pró-mercado livre. Embora tenha me convencido de que raça é um valor importante, não acredito que a mera raça seja suficiente para manter uma cultura ou uma sociedade, ou os brancos não estariam cometendo suicídio. E, embora considere o livre-mercado fundamental, acho que às vezes os interesses nacionais suplantam os conceitos da liberdade econômica global).   

Como segundo trabalho de campo, visitei vários lugares tomados pela imigração mexicana ilegal de mais baixa extração, observando (de longe) as onipresentes gangues, sujeira e degradação. Percebi que o problema da imigração vai muito além do debate atual sobre legalidade e ilegalidade. Um povo não muda de caráter simplesmente por cruzar uma fronteira, mas traz seus costumes consigo. Pode até mudar ao longo do tempo, mas mesmo assim não é um processo mágico, mas algo que leva décadas, talvez séculos. Uns EUA de maioria mexicana não são mais os EUA, é o México; uma Europa de maioria árabe não é mais a Europa, é o Oriente Médio. Inconcebível que tantos não entendam algo tão básico, e ainda recebam de braços abertos seus invasores, dando-lhes ainda uma mesada para que cresçam fortes e possam estuprar suas filhas.

Sou otimista, no entanto. O Ocidente sobreviverá.

Não me entendam mal, acho que a médio prazo Europa e EUA estão ferrados. Não saem dessa ao menos sem uma enorme crise econômica e maior ainda guerra civil ou mundial. Porém, não mais me preocupo. O Ocidente já enfrentou outras tempestades, como a peste negra ou as invasões mongóis. E, mesmo que o pior acontecer, não acabou também a civilização dos antigos gregos, que passaram a tocha ocidental para os romanos, e estes para os povos "bárbaros" cristianizados que terminaram por formar as modernas nações européias? É possível que os conhecimentos e tradições ocidentais sejam conduzidos agora pelos asiáticos, que estão estudando como loucos a música clássica e convertendo-se em massa ao cristianismo.

Mesmo quando a última igreja européia for convertida em uma mesquita, o Ocidente sobreviverá. Mesmo quando o último cristão for enforcado com as tripas do último homem branco, o Ocidente sobreviverá. (Mas notem que não acho que isso vá ocorrer de modo algum; a raça branca, o cristianismo e a cultura ocidental sobreviverão ainda por muito tempo). 

Talvez a decadência seja necessária. Talvez seja útil, de algum modo. 

Além disso, ainda que a catástrofe aconteça e a destruição definitiva do Ocidente venha a ocorrer, esta ao menos será ocasião para alegres momentos de schadenfraude. Não será hilariante ver os progressistas defensores dos "sin papeles" serem assaltados e seqüestrados pelos descendentes destes? Não será divertido ver os "homossexuais pela Palestina" terem as cabeças cortadas em praça pública pelos fundamentalistas islâmicos? Não será glorioso ver os petistas sendo caçados pelos criminosos drogados que ajudaram a gerar?

Vêm tempos duros pela frente. Como diria a Bette Davis, apertem os cintos, pois vai ser uma longa noite. Mas depois da noite, sempre chega o amanhecer.

O Ocidente sobreviverá!


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Devemos falar sobre raça?

Falar sobre raça é um tema desagradável. Há poucos temas mais difíceis de abordar sem ofender ninguém; talvez apenas religião se compare.

Eu realmente não sei se deveria falar sobre esse assunto, mas está tão presente nos blogs que costumo ler ultimamente que não é possível evitar.

Por exemplo, no outro dia uma tal ministra da "Igualdade Racial" (sic) no Brasil afirmou que "não podemos deixar que haja espaço reservado às pessoas brancas". Branco não entra! 

E, no último fim de semana, ocorreram dezenas de eventos nos EUA com violência de minorias que tornaram ainda mais atual a discussão.

No outro dia, houve um arrastão em plena Manhattan, no bairro bacana de Greenwhich Village. A notícia falava em "roubo em grupo realizado por adolescentes". Mas basta assistir o vídeo para observar que são todos negros.
Eles roubaram donuts e refrigerantes, atiraram cadeiras e destruíram uma máquina de café de 2.000 dólares. Tal comportamento não tem explicação. Pobreza? Ora, será que não tinham dinheiro nem para comprar um donut? Então como conseguiram dinheiro para comprar o celular da moda? Usam mochilas e roupas da marca, parecem estudantes. E por que precisavam demolir a loja? Será ainda ódio pela escravidão?

No feriado de Memorial Day, houve novas confusões raciais, em um festival de rap. A desculpa dos progressistas? Tinha polícia demais no evento, e isso "gerou tensão". Certo, tirem a polícia e vamos ver a calma que não vai ser...

Alguns acham que o preconceito contra os negros americanos do gueto seja devido à "cor da pele". Nada mais equivocado. O preconceito é devido a casos como os acima. Afinal, eventos assim estão longe de ser únicos, e parecem estar aumentando. Recentemente houve muitos arrastões similares (Neste aqui, curiosamente, tinha uma única garota branca participando também). Ou a constante violência entre gangues com tiroteios, que ocorre sempre que multidões de rapeiros se reúnem.

Não que outras raças ou povos não sejam violentos. Basta observar o México, onde a violência extrema entre gangues é corriqueira, com civis esquartejados e decapitados a torto e direito, e mesmo em Los Angeles as gangues mexicanas começam a aprontar. O brancos também podem ser violentos, não há dúvida. Eu mesmo, em Londres, escapei por pouco de ser espancado por um bando de hooligans bêbados brancos como a neve que acabavam de sair de uma partida de futebol e bateram minha carteira. E os jovens chavs estão por trás de grande parte do comportamento antisocial. Há nos EUA até gangues de vietnamitas (asiáticos são em geral o grupo menos violento). Mas casos como o acima, em que se destroem lojas ou atacam pessoas sem qualquer motivo, apenas por "diversão", parecem predominar em um único grupo.

Aliás, os próprios negros de classe média sabem que esse é um problema, e se envergonham. O Chris Rock fez até piada sobre a diferença entre "black people" e "niggas."

Confesso que não sei o que se deveria fazer a respeito. Sou fã da música americana negra dos anos 30-50. Não acho que fatos como esses nos devam levar ao preconceito contra todos os negros, pois há muitos que são gente boa. Mas que tudo isso causa depressão, causa. Pareceria que grupos de jovens como esse querem mesmo provocar, querem ser odiados e desprezados. Qual o sentido dessa violência insana?

E a grande mídia, em vez de falar às claras o que todo mundo sabe, fala em "jovens urbanos". Assim como chama de "jovens franceses" os muçulmanos que queimam carros em Paris, sem indicar jamais sua origem ou religião.

É verdade que a decadência é geral, e não devemos nos fixar num determinismo biológico. O relaxamento do sistema judiciário, a cultura do vale-tudo progressista, a degradação da sociedade, o fim da família (75% dos negros americanos crescem sem os pais!), a dependência estatal, a promoção do vitimismo e da irresponsabilidade, tudo isso tem causado um desastre de proporções calamitosas na sociedade como um todo, especialmente entre as classes mais baixas (de todas as raças e etnias).

Talvez a classe média e alta tenham se beneficiado com o progressismo, obtendo maior liberdade de comportamento. Este, no entanto, foi um verdadeiro desastre para as classes mais baixas, que se ferraram e afundaram de vez no crime, nas drogas, na dependência e na indolência.

Enquanto isso, Obama decide atacar, não o crime, mas os policiais que seriam preconceituosos contra negros e latinos, afinal há muito mais negros e latinos nas prisões...

O mais engraçado de tudo é que recentemente estudantes brancos (e um asiático!) foram suspensos numa escola americana por usar camisetas brancas. A acusação é que eram "nacionalistas brancos"...

Não está longe o dia em que os donos da OMO serão presos por vender um produto que "lava mais branco", e que ainda por cima parece fazer alusão aos homossexuais...


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pais idiotas, filhos tristes

No outro dia falamos sobre a questão dos nomes de bebês. Pois aqui há um caso ainda mais curioso: não apenas o bebê teve a infelicidade de receber o nome "Storm" (Tempestade), como ainda por cima seus pais decidiram que ele crescerá "sem gênero definido". Não dirão seu sexo nem a ele, nem a quem perguntar, para que ele "possa escolher por si mesmo".

A coisa vem de família. Os outros irmãos já se vestem como meninas. Um tem até trancinha.

Os pais? Hippies tardios, progressistas full-time, moram no Canadá mas estiveram no México com os zapatistas e em Cuba com os comunistas. Dizem que não querem interferir nas escolhas dos filhos, e que os pimpolhos devem decidir tudo por si mesmos, mesmo antes de aprender a falar.

Muitos progressistas vivem dizendo o que os outros devem fazer, mas são suficientemente espertos para não fazer experimentos com a própria vida ou a de seus filhos. Por exemplo, a colunista canadense de esquerda Heather Mallick, que comenta positivamente o caso admirando a "coragem" dos pais em transformar os próprios filhos em cobaias, faz uma curiosa admissão:
Moro em um bairro todo branco, onde as pessoas fazem abertamente comentários antisemitas, pasta é considerada uma comida estrangeira e o alcoolismo afoga o desespero. As crianças aqui seguem as regras.
Mallick, que é branca, WASP de alta classe (Paquistanesa muçulmana? Ver comentários), despreza os brancos com quem mora mas não se muda para um bairro "multicultural" nem a pau. A mesma colunista antes criticou Sarah Palin pelos nomes dados a seus filhos e chamou-a de "white trash". Curiosamente, ela acha Storm, Kio e Jazz nomes bonitos. Pelo jeito, se você foi a Cuba e morou entre os zapatistas, jamais será "white trash"...

Isso nos leva à velha discussão se os progressistas fazem o que fazem por status (para mostrar aos outros que são superiores, mais bondosos, etc.), ou se o fazem por realmente acreditar que suas atitudes idiotas nos levarão a um mundo melhor. Dirigir um carro híbrido, comprar em caros supermercados exclusivamente orgânicos e beber café de "comércio solidário" são claras marcas de status entre os brancos de classe média e média alta americana, mas outras atitudes mais suicidas não são tão praticadas.

Como eu disse antes, a maioria prega uma coisa e faz outra. Vez por outra, no entanto, alguns pais de QI menos elevado decidem que não basta dizer aos outros o que devem fazer, mas também participar. Foi o caso há alguns anos atrás do casal que matou o seu bebê forçando-o a uma dieta estritamente vegan.

Agora, Storm provavelmente levará uma vida sexualmente confusa, apanhará na escola, virará gay aos 15 e começara a usar drogas aos 16. Mas os pais poderão dizer ao mundo que lhes deram "toda a liberdade do mundo"...

E assim caminha a humanidade.


"Tô ferrado..."

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Super-Homem Global

Sei que é besteira, mas na Era de Obama, a força do globalismo transnacional em substituição ao nacionalismo americano pode ser bem ilustrada pela recente reviravolta na vida de um personagem clássico da história em quadrinhos.

Em uma discussão com alguém que parece Gilberto Gil, Super Homem faz discurso renunciando à cidadania americana, e aceita a ONU como sua nova mandante. Também Obama entrou na guerra na Líbia consultando a ONU mas não o Congresso Americano. É, de fato, bem simbólico: assim como o Governo Americano já não mais representa as vontades do "povo americano", mas sim do Poder Global, também o mais americano dos heróis está agora a serviço das elites globalistas. One World Government, now!


SUPER HOMEM: ...e é por isso que pretendo falar na ONU amanhã e informá-los que estou renunciando à minha cidadania americana
GILBERTO GIL: O quê?
SUPER HOMEM: Estou cansado de ter minhas ações construídas como instrumentos da política dos EUA. "Verdade, Justiça e o modo americano"... Não é mais suficiente.

domingo, 24 de abril de 2011

Justiça?

Alguns podem achar que o "casamento gay" seja uma questão sem importância, e que cada um deve ser livre para se relacionar com quem bem entender; mas um recente caso sobre o qual acabo de ler ilustra bem as confusões que tudo isso pode dar.

Resumindo: Lisa Miller e Janet Jenkins tinham uma união civil homossexual, e decidiram "ter um filho". Isto é, Lisa teve uma filha através da inseminação artificial com um doador de esperma anônimo. Meno de um ano depois, Lisa juntou-se a uma Igreja Batista e renunciou à vida homossexual. Separou-se de Janet e afastou-se do que considerava vício. A corte, no entanto, deu direitos legais de visitação à sua ex-parceira, que foram repetidamente negados por Lisa, que queria afastar a filha do que considerava "más influências homossexuais".

Assim, ocorreu o impensável: a corte deu o direito exclusivo de guarda da criança à ex-parceira homossexual. Não querendo abandonar sua filha, Lisa, a mãe biológica, fugiu, e está até hoje em paradeiro desconhecido. Um dos pastores da Igreja à qual Lisa pertencia foi acusado de auxiliar a sua fuga e foi preso hoje.

Quando o casamento gay for um fato consumado, confusões como esta serão a regra e não a exceção. E as cortes, cada vez mais repletas de juízes ativistas progressistas, darão o direito a pais não-biológicos homossexuais, como aliás já está acontecendo.

Este post nada tem a ver com o casamento homossexual, e tudo com a perseguição judicial aos que não seguem os ditames do politicamente correto. Seja qual for sua posição sobre o tema, o fato é que uma mãe biológica que não trata mal a filha corre o risco de perder a guarda da criança simplesmente porque não quer que ela veja alguém que, no fundo, não passa de uma ex-namorada que esteve apenas por um ano ao lado da criança.

O ativismo judicial é um fenômeno cada vez mais presente e preocupante. Vocês bem lembram a perseguição à família brasileira que queria educar seus filhos em casa. Vejam agora que um certo juiz Fux agora não só desconsidera completamente a opinião da maioria do povo brasileiro sobre o desarmamento, como pretende mesmo buscar armas dentro das casas das pessoas. Isto é, desarmar o cidadão de bem à força, deixando-o à mercê de bandidos cada vez mais selvagens, enquanto juízes (naturalmente!) continuam tendo seu porte de arma garantido por lei. 

A maioria das pessoas, exceção feita aos baderneiros profissionais esquerdistas, tende a acreditar que o certo é cumprir a Lei. Mas... e quando a Lei está errada, e vira-se contra você?

Quando a Justiça está contra a propriedade, o que fazer? Quando a Justiça protege os bandidos contra os inocentes, o que fazer? Quando a Justiça protege os vagabundos contra os trabalhadores, o que fazer? Quando a Justiça está contra a família e a favor dos que querem destruí-la, o que fazer? Quando a Justiça está contra a liberdade e a favor da tirania, o que fazer? Quando a Justiça está contra tudo o que é Justo, o que fazer então? 

Pensem nisso, enquanto eu digo: Boa Páscoa a todos...

sábado, 16 de abril de 2011

Cría cuervos

"Cria cuervos y te comerán los ojos," diz um velho ditado espanhol, que também inspirou um bom filme dos anos 70. A frase se adequa perfeitamente ao infeliz Vittorio Arrigoni, que foi para Gaza "ajudar os palestinos" e participar de operações contra Israel e terminou morto por... terroristas palestinos. Que o espancaram e o enforcaram sem piedade.

Em vez de contentar-se em ajudar as crianças italianas, o rapaz, certamente em busca de maior visibilidade midiática, meteu-se em um conflito que não podia compreender, e pagou com a vida. Não era apenas um "idiota útil", mas sim um comunista e ativista dos mais empenhados na causa. Ei-lo aqui abraçando o líder do Hamas.

O que é mais triste é que sua mãe está orgulhosa. Pior: é a prefeira de uma pequena cidade italiana, e no seu escritório tremula a bandeira palestina.

Nunca entendi essa obsessão dos europeus, e em especial dos italianos, pela "causa palestina". Anos atrás talvez fizesse sentido. Hoje, quando a Europa enfrenta seu próprio "problema muçulmano", torna-se cada vez mais grotesco e incongruente.

O que leva um sujeito como Arrigoni a dedicar a sua vida a uma atividade dessas, chegando a tatuar frases em árabe no braço, a decorar sua página do Facebook com cartuns anti-israelenses, a misturar-se em uma cultura e uma religião que nada tem a ver com a sua? Acho que são pessoas perdidas, que buscam algum sentido para suas vidas vazias. Há um filme, "O homem-urso", sobre um ativista ecológico com delírios de grandeza que foi morar com os ursos no Alaska. Terminou devorado por um deles. É um caso bem parecido ao de Arrigoni. A ingenuidade mata. 

Como eles, há muitos outros mártires do esquerdismo, religião estranha que realiza sacrifícios humanos e parece ter suplantado o cristianismo na Europa. E, de fato, será que isso tudo não se explica pela perda dos valores cristãos? Dizia Chesterton que quem não acredita em Deus, não é que passe a não acreditar em nada, mas, ao contrário, passa a acreditar em qualquer coisa. Na mesma Europa supostamente "iluminada" e "secular", o grande sucesso hoje é um curandeiro croata que cura as pessoas com a "força do olhar".

A isso retornamos: à superstição e aos vendedores de óleo de cobra! Não acredita-se mais em Deus: acredita-se em "energia cósmica" e "força espiritual". Em OVNIS e na "causa palestina". No "Calendário Maia" e no "Grande Ser"!

Enquanto os ajudantes dos palestinos são mortos por palestinos, também aqueles que ajudam outras minorias desavantajadas muitas vezes terminam mordidos:

Amy Biehl.

Angelo Frammartino.

Pippa Pasqualino.

São apenas alguns dos nomes dos sacrificados no altar da religião pós-moderna. Como culpá-los, se foram ensinados desde pequenos que lobos são apenas cordeiros mal-compreendidos?

A esquerda européia ajuda os imigrantes, e estes respondem queimando carros e igrejas. As feministas européias defendem "o direito de usar burca" e a imigração e terminam estupradas por clandestinos. No Brasil, esquerdistas ajudam traficantes e criminosos e terminam assaltados por estes. Cría cuervos...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sexo e morte

Um louco matou vários adolescentes ou mais bem pré-adolescentes em uma escola do Rio de Janeiro. Como já é norma nesta era de quinze minutos de fama para psicopatas, ele mandou para os jornais uma carta de caráter aparentemente religioso, mas que chama a atenção mais do que tudo pela aparente frustração sexual. O assassino era virgem e matou principalmente meninas, provavelmente de forma intencional: das 24 pessoas baleadas, 20 eram meninas com idade entre 9 e 14 anos.

A carta pode ser lida aqui na matéria do Globo a respeito. Um leitor observa que a letra da assinatura, mal desenhada, quase infantil, contrasta com as palavras até elaboradas utilizadas no texto, e questiona se ele teria mesmo escrito a carta de próprio punho. Realmente, o contraste é grande. Por outro lado, a carta denota grande confusão mental, e é possível que ele tenha copiado trechos de sítios online que costumava visitar. Nesse sentido, ele é parecido com o atirador americano que tentou matar a senadora Democrata no Arizona e que também escreveu um confuso manifesto, complexo na forma mas incoerente no conteúdo.

A frustração sexual pode ser um sentimento bastante poderoso. É certamente o que motiva muitos dos terroristas suicidas islâmicos, a maioria deles virgens que esperam conseguir 72 mulheres no paraíso (alguns chegam mesmo ao extremo de envolver seu pênis em metal para protegê-lo intacto da explosão). Na sociedade islâmica polígama, baseada no dote e nos casamentos arranjados, mas onde também a prostituição ou o sexo pré-conjugal são vistos como crimes, não é fácil para muitos jovens conseguir sexo. Isso, aliás, também explica o alto número de homossexuais nesses países, muito embora este tipo de relação também seja proibida pela onipresente religião.

Mas também no Ocidente a frustração sexual ocorre, e talvez de modo ainda maior, pois, ao contrário do que ocorre nas puritanas sociedades islâmicas, nos países ocidentais somos constantemente bombardeados com imagens eróticas, da propaganda de cerveja ao baile de Carnaval.

Também foi a frustração sexual o que motivou o atirador americano George Sodini a matar quatro mulheres desconhecidas em um ginásio, por não ter namorado ninguém nos últimos 5 anos. Também ele escreveu uma longa carta na qual explica em detalhes sua frustração por não pegar nenhuma mulher (acho que já fiz anteriormente um post sobre esse pobre imbecil).

Esses atiradores não tinham antecedentes criminais, e, embora fossem mentalmente perturbados, aparentemente o escondiam bem, sem ter manifestado atos de violência alarmante com antecedência. São monstros que cometeram atos monstruosos, e, embora sua ação psicopática seja incompreensível, pode-se comprender vagamente a força da frustração e da alienação. 

No caso do atirador brasileiro, que era pobre e feio e alvo de brincadeiras, em um primeiro momento pensou-se que fosse islâmico (aparentemente tinha Bin Laden como um de seus ídolos). Porém, agora a esquerda está deitando e rolando com o fato de que cite Deus e Jesus em sua carta: seria portanto um exemplo do famoso "fundamentalista cristão".

Não creio que seja o caso. Parece ser apenas um jovem transtornado que pegou idéias do ar, ou da Internet. Embora o cristianismo tenda para a repressão ou sublimação da sexualidade, seu objetivo é justamente o oposto: disciplinar o desejo, não exacerbá-lo. 

De qualquer modo, é um caso que provavelmente tem mais a ver mesmo com a influência das notícias de tiroteios similares nos EUA e em outros países do que com sexo, religião, ou qualquer pensamento profundo. As mentes simples imitam o que vêem na TV ou lêem na Internet.

Não sei o que poderia ser feito a respeito, além de melhorar a segurança nas escolas e tentar impedir os loucos de terem acesso a armas de fogo (e armar os sãos - mas é claro que a tragédia será utilizada para promover o desarmamento dos cidadãos de bem).

Doze crianças, doze famílias destruídas por um imbecil. Verdadeiramente lamentável!

domingo, 20 de março de 2011

Os Senhores da Guerra

Prometi a mim mesmo não blogar até segunda, mas o bombardeio da Líbia por forças americanas, francesas e britânicas me intriga e me perturba.

Obama, que tanto prometia ser o "presidente da paz", conseguiu deixar os EUA envolvidos em três conflitos ao mesmo tempo, um recorde: além das tropas que ainda estão no Iraque e no Afeganistão, agora interfere na Líbia.

Minha pergunta é: se era para bombardear algum país, então por que não o Irã? São eles que mais massacraram seu próprio povo (após a fraude eleitoral do ano passado); são eles que estão desenvolvendo armas nucleares; são eles os que recentemente mataram soldados americanos e seqüestraram soldados britânicos, são eles os que mais apoiam o terrorismo internacional. Ou por que não a Arábia Saudita? (Bem, nesse caso já sabemos por que não).

A Líbia? Sim, Kadafi não é flor que se cheire, mas tampouco representa uma grande ameaça internacional. Promoveu atentados nos anos 80 e 90, mas nas últimas décadas estava até quietinho. Pode até estar matando rebeldes em seu próprio país, mas e daí? No mundo pós-Guerra Fria, devem os países mais poderosos intervir em todos os conflitos ao redor do globo? No Sudão, houve matanças muito piores, mas nenhum país ocidental interveio (e olha que há petróleo também por lá). Na escaramuça entre Rússia e Georgia, ninguém foi maluco de se meter.

Sempre desconfio quando dizem que "a razão de tudo é o petróleo", mas neste caso talvez seja mesmo. Em tempos de crise, acreditar que há países que se mexem exclusivamente por "razões humanitárias" é algo que não é muito engolido pelo cínico que estou me tornando ultimamente. A zona ocupada pelos rebeldes, curiosamente, é a parte do país onde tem mais poços de petróleo.

E, no entanto, essa explicação tampouco me convence. De que forma o acesso ao petróleo ficaria mais fácil com os rebeldes no comando? Isso sem falar que, com a guerra, o preço tende a aumentar, o que beneficia ditadores e fundamentalistas árabes e não aos países ocidentais importadores.

O objetivo da ação militar parece ser apenas a de promover uma "zona de exclusão aérea" na parte ocupada pelos rebeldes. Isto é, evitar que eles sejam bombardeados por Kadafi. Ao mesmo tempo, segundo os últimos comunicados, as forças da coalizão não pretendem atacar diretamente Kadafi. Ou seja: estão organizando um "empate". Nem Kadafi vence, nem os rebeldes. A situação pode se alastrar por anos a fio. Quem sabe vire um novo conflito Israel-palestinos, que só existe mesmo porque idiotas de fora insistem em manter um inexistente "processo de paz".

Por falar nisso, quem são os "rebeldes" líbios? Procuro informações a respeito, e não acho. Provavelmente são tão ruins ou piores do que o Kadafi. Não entendo por que EUA, França e Inglaterra apoiam um grupo de pessoas que, claramente, seria ingenuidade acreditar que sejam democratas à maneira ocidental.

E os franceses? Por que os franceses, ou ao menos o Sarkozy, estão tão ansiosos em bombardear o Kadafi? Será que é por isto? Ou tem algo a ver com isto?

Como é que Obama conseguiu ordenar o uso de força militar sem pedir autorização ao Congresso americano? (Lembrem que esta foi necessária para invadir o Iraque, e demorou vários meses). Será que a autorização só é necessária quando soldados entram de fato no país?

Demasiadas perguntas, poucas respostas. Se me perguntarem se sou a favor dessa nova ação militar, digo que não. (Ainda que isso pareça me colocar do lado da esquerda chavista.) É que parece-me um desperdício de dinheiro, de tempo e de vidas, no momento mais equivocado possível. Mas deve haver muita coisa por trás de tudo isso que ainda não sabemos, ou ao menos que eu não sei.

Se alguém souber, me avise.


Esperemos que as famosas guarda-costas de Kadaffi não sejam atingidas.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Colonos judeus e nacionalistas brancos

O assassinato por um palestino de uma família de colonos israelenses a facadas, incluindo uma criancinha de três anos e um bebê de três meses, causou escândalo na comunidade internacional.

Não, que digo? Salvo um que outro editorial, causou bocejos nos EUA e Europa e comemorações em Gaza, com palestinos distribuindo doces. Os colonos israelenses, afinal, "ocupam território ilegalmente", são comumente comparados aos "nazistas", e portanto merecem morrer (aqui uma matéria sobre o massacre: aviso, há fotos gráficas das vítimas).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dissonância cognitiva

Continuam os protestos pelo mundo árabe. A bola da vez é o Barein, mas também já houve protestos nos últimos dias na Líbia, Argélia, Iêmen e até no Irã. 

Continuo, de minha parte, sem me emocionar. Será que tais movimentos realmente levarão à democracia, à liberdade de expressão, aos direitos humanos, à maior amizade com os países ocidentais? Ou, ao contrário, levarão a maiores belicosidades, a mais terrorismo, a mais ódio contra Israel, EUA e Europa, ao estabelecimento da lei da sha'ria e ao supremacismo muçulmano? Tudo ainda está em aberto, é claro, mas no que se refere a essa parte do mundo é sempre bom ficar com um pé atrás.

O fenômeno da dissonância cognitiva pode ser definido como a presença simultânea de duas idéias completamente opostas na cabeça. É o que ocorre com muitos progressistas, e é de fato estranho que as suas cabeças não explodam. Um exemplo claro é no que se refere ao Islã. Seu coração lhes diz que estrangeiros morenos seguidores de uma religião não-cristã só podem ser pessoas do bem. No entanto, seus olhos lhes mostram muçulmanos constantemente atacando mulheres, gays, ateus, e todas as demais minorias e valores tão prezados por eles. 

Estes dias saiu a notícia sobre uma repórter americana, loira, feminista, que estava cobrindo com júbilo as manifestaçõs do "heroico" povo egípcio, que "lutava pela democracia" quando foi agarrada, espancada e abusada sexualmente por uma massa de pessoas no mesmo meio dos protestos. Epa! Esse é o mesmo povo de "heróis" que (segundo a mídia) quer "democracia", "direitos humanos", "igualdade para as mulheres", ou é outro? Ou era apenas uma forma culturalmente diversa de celebrar a queda do odiado ditador? 

"You gonna get raped"