Alguns podem achar que o "casamento gay" seja uma questão sem importância, e que cada um deve ser livre para se relacionar com quem bem entender; mas um recente caso sobre o qual acabo de ler ilustra bem as confusões que tudo isso pode dar.
Resumindo: Lisa Miller e Janet Jenkins tinham uma união civil homossexual, e decidiram "ter um filho". Isto é, Lisa teve uma filha através da inseminação artificial com um doador de esperma anônimo. Meno de um ano depois, Lisa juntou-se a uma Igreja Batista e renunciou à vida homossexual. Separou-se de Janet e afastou-se do que considerava vício. A corte, no entanto, deu direitos legais de visitação à sua ex-parceira, que foram repetidamente negados por Lisa, que queria afastar a filha do que considerava "más influências homossexuais".
Assim, ocorreu o impensável: a corte deu o direito exclusivo de guarda da criança à ex-parceira homossexual. Não querendo abandonar sua filha, Lisa, a mãe biológica, fugiu, e está até hoje em paradeiro desconhecido. Um dos pastores da Igreja à qual Lisa pertencia foi acusado de auxiliar a sua fuga e foi preso hoje.
Quando o casamento gay for um fato consumado, confusões como esta serão a regra e não a exceção. E as cortes, cada vez mais repletas de juízes ativistas progressistas, darão o direito a pais não-biológicos homossexuais, como aliás já está acontecendo.
Este post nada tem a ver com o casamento homossexual, e tudo com a perseguição judicial aos que não seguem os ditames do politicamente correto. Seja qual for sua posição sobre o tema, o fato é que uma mãe biológica que não trata mal a filha corre o risco de perder a guarda da criança simplesmente porque não quer que ela veja alguém que, no fundo, não passa de uma ex-namorada que esteve apenas por um ano ao lado da criança.
O ativismo judicial é um fenômeno cada vez mais presente e preocupante. Vocês bem lembram a perseguição à família brasileira que queria educar seus filhos em casa. Vejam agora que um certo juiz Fux agora não só desconsidera completamente a opinião da maioria do povo brasileiro sobre o desarmamento, como pretende mesmo buscar armas dentro das casas das pessoas. Isto é, desarmar o cidadão de bem à força, deixando-o à mercê de bandidos cada vez mais selvagens, enquanto juízes (naturalmente!) continuam tendo seu porte de arma garantido por lei.
A maioria das pessoas, exceção feita aos baderneiros profissionais esquerdistas, tende a acreditar que o certo é cumprir a Lei. Mas... e quando a Lei está errada, e vira-se contra você?
Quando a Justiça está contra a propriedade, o que fazer? Quando a Justiça protege os bandidos contra os inocentes, o que fazer? Quando a Justiça protege os vagabundos contra os trabalhadores, o que fazer? Quando a Justiça está contra a família e a favor dos que querem destruí-la, o que fazer? Quando a Justiça está contra a liberdade e a favor da tirania, o que fazer? Quando a Justiça está contra tudo o que é Justo, o que fazer então?
Pensem nisso, enquanto eu digo: Boa Páscoa a todos...
domingo, 24 de abril de 2011
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12 comentários:
Mr X,
Não achei que a Lisa do caso citado tenha razão ao negar a visita de sua ex companheira. nem de fugir. Ela optou por ser lésbica e depois optou por não mais o ser. E isso deve afetar a relação da sua ex companheira com a criança para sempre? Acho que é problema dela (mãe biológica) ser agora batista e ter que aturar um homossexual em casa. Tendo fuigido, ela pasa a ser mãe biológica e criminosa, não somente mãe. E por isso os juizes devem julgá-la como mãe e também criminosa. Na verdade, esse tipo de caso acontece aos montes com casais heteros, em que a mãe não quer mais ver o pai nem pintado de ouro, por qualquer motivo, e impede a visita ou foge com a criança.
é, quando a pederastia for obrigatória vai ser aquela correria....
McCoil, há uma diferença quando o pai é biologicamente pai, esqueceu?
Esse é nitidamente um caso de obrigatoriedade de permanecer homossexual.
Talvez ela não tenha razão em ter negado a visita à ex-companheira, mas entendo o fato de ela fugir quando ameaçada de perder a criança e ter a filha entregue a uma ex-companheira sem laços biológicos com a criança. Um caso similar seria o de filhos adotivos, ou casais em que um dos pais não é o pai biológico. Sim, também há briga entre casais heterossexuais; o casamento homo e a reprodução in vitro só complicam a questão.
A analogia seria num casal heterossexual o padastro brigar pela posse da criança. Não ganha nem que a vaca tussa.
Em resposta às perguntas, o que resta a fazer é dar de ombros, sentar na poltrona com uma porção de pipoca, assistir à decadência da merda toda e dar muita risada disso tudo.
E ver no que dá, depois.
A questão da guarda é realmente absurda e provavelmente foi deferida pela opção sexual da ex parceira e não pelo bom senso do juiz. No entanto isso não apaga o que a mãe fez ao impedir a visita. Quanto à fuga, acho que qualquer pai faria o mesmo, com ou sem razão... Ainda mais com essa tendência fascista de defesa da "minoria".
Por que a ex-parceira teria algum direito a visita?
Sei que o juiz decidiu isto, mas do ponto de vista moral, teria ela este direito? Vocês acham isto certo?
Eu acho o direito de visita da parceira certo a partir do momento que foram consideradas casadas (mesmo sendo do mesmo sexo). Afinal de contas proibir a visita seria mudar a regra no meio do jogo. O que não me pareceu certo foi o apoio do judiciário aos GLBTS, criando precedentes pros padrastos, como bem disse o Chesterton.
Simplesmente não me parece tão claro assim.
Deixando de lado o ativismo judicial pró-gayzismo (que é um dos núcleos do post), e focando na questão da visita: tudo bem que elas tenham se "casado", mas tem esse "casamento" a MESMA validade de um casamento entre homem e mulher que tenha gerado uma criança?
O Mr. X colocou a questão em termos interessantes: por que a ex-parceira é algo além de uma mera ex-namorada? Só porque ambas resolveram escrever num papel, há algum tempo, que eram "casadas"? Dá para tratar questões como esta, que envolvem família, crianças, sentimentos, etc, como se trata qualquer outra relação comercial regida por contrato?
Acho que não.
As leis têm que ser discutidas sempre. Seja na forma de jurisprudência, seja pelo congresso ou quem quer que as aprove. Ainda assim, a lei é a lei. Se há algum furo nela, que se defenda a alteração com embasamento sério.
O sistema sempre será imperfeito, sempre haverá problemas com inocentes, sempre espertalhões serão esquecidos. O que é justo muitas vezes não é certo e vice versa. Para mim a política deveria servir justamente para isso: entender como desenvolver e cobrar que as leis sejam respeitadas de modo que todos os indivíduos de uma sociedade conheçam os limites da sua individualidade e possam se integrar e serem felizes.
Quanto à história da ex-lésbica: quem mandou inventar de casar formalmente? Agora aguente as conseqüências! Vida não é tatuagem que, à custa de mta dor, se apaga...
esse aí é um caso de um juiz porr@ louca, como há vários, de fato. se decisões como essa passarem a ser recorrentes os pais biológicos passarão a se prevenir.
nada que justifique negar ao homosexualismo o direito do reconhecimento legal da união.
outro dia eu soube de um caso do sujeito que descobriu, após exame de DNA, que não era o pai da criança amada, se separou da mulher mas pediu, e ganhou, direito a visitação ao guri, e o juiz ainda arbitrou um valor para ele pagar de pensão. detalhe: o pai biológico passou a viver com a mãe e a criança.
;^)
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