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sábado, 13 de agosto de 2011

Negros Racistas e o Estado de Mal-Estar

Atualização: Apaguei uma pequena parte do post que parece ter sido mal-interpretada. Explicação nos comentários. Sem tempo para editar o texto de forma melhor, que já foi escrito de forma meio apressada e portanto tem alguns defeitos. 

Durante muito tempo os brancos foram acusados de racistas e de maltratarem os negros. Hoje em dia, no entanto, se há quem odeie ou despreze os negros, este desprezo raramente se traduz em violência. (Às vezes acontece. Eis um raro caso aqui de um redneck imbecil que matou um inocente trabalhador negro). Mas, em geral, o pessoal racista se limita a fazer comentários na Internet, ou quem sabe, nos casos mais extremos, olhar torto para um grupo de afro-descendentes.

Bem mais comum é o ódio do negro contra o branco. Como eu já falei aqui, pessoalmente até agora não tive problemas com os afro-americanos (ou mesmo africanos) que conheci por aqui, sejam funcionários, trabalhadores, taxistas, etc. E, no ambiente universitário, conheci pelo menos duas pessoas negras de caráter fenomenal.

Mas é fato que existe uma subclasse negra nos EUA que pode ser extremamente violenta -- e que odeia brancos. Como jurava que era uma coisa cultural americana (segundo os esquerdistas ligada ao ressentimento gerado pela escravidão e segregação), não achei que o mesmo pudesse ocorrer no Reino Unido. Mas o recente quebra-quebra dá o que pensar.

Sim, os distúrbios em Londres foram cometidos por negros, brancos chavs (i.e. Council Housing and Violent, jovens de classe baixa e famílias desestruturadas dependentes do welfare) e paquistaneses. Assim como é exagerado atribuir tudo ao fator racial ou étnico, tampouco é sábio ignorá-lo completamente. Os negros são apenas 2% da população londrina. Pelas imagens, eram pelo menos 70% dos participantes. Há algo de errado aí.

Independentemente do que você pense sobre a existência ou não de diferenças raciais, é fato que os negros cometem em média mais crime do que outros grupos étnicos. Isso pode ser verificado por estatísticas de qualquer cidade americana e, pelo que vemos, agora também européia (onde eles existam em número expressivo). Sim, há muitos imigrantes negros pacíficos. Mas muitos outros que não. (Assim como há muçulmanos pacíficos que defenderam as suas lojas, mas outros que participaram de saqueios). Qual é o motivo? Não sei. Mas é fato.

Também é fato de que muitos desses negros agem motivados pelo racismo, isto é, o ódio aos brancos. Na Irlanda, recentemente, uma gangue de negros atacou violentamente um grupo de brancos. O motivo foi "ódio racial". Nos EUA, durante as "flash mobs" (versão local dos arrastões brazucas), os negros gritavam palavras de ordem como "morte aos brancos" e "morram crackers" (gíria negra para homem branco).

Por que os negros do gueto odeiam os brancos? Há várias explicações. Sentimento de inferioridade, vingança contra aqueles que vêem como opressores, ou mera questão de desejo de posses materiais: vêem os brancos como uma presa fácil e com mais dinheiro e bens de consumo do que eles. 

[corte]

O fato é que muitas minorias étnicas não gostam muito dos brancos. Não acredita? Faça a experiência. Convide um negro para passear às 2 da manhã no bairro mais branco de Los Angeles, e convide um branco para passear no mesmo horário no bairro mais negro da cidade. Qual dos dois você acha que sobreviverá? (O mesmo vale para alguns bairros mexicanos de Los Angeles e os bairros árabes europeus. Os bairros asiáticos são a exceção. Por outro lado, há bairros multiétnicos de gente rica que são pacíficos, como Beverly Hills.)
Por outro lado, além da questão étnico-racial e da imigração de desqualificados, um dos outros fatores ignorados pela mídia durante os eventos na Inglaterra foi o "welfare". Para a esquerda, a explicação universal para tudo é a pobreza. Assim, é natural que tentassem também atribuir à pobreza o acontecido em Londres. Mas, desta vez, não colou: eles estavam roubando lojas de tênis e aparelhos eletrônicos, não supermercados. 

Uma explicação mais plausível para os eventos é justamente a ajuda estatal aos "pobres" e às minorias. O que têm em comum os jovens negros, chavs e paquistaneses que participaram dos distúrbios? Todos eram grupos favorecidos por diversas medidas de ajuda estatal. Ao ajudar famílias desestruturadas, mães solteiras com filhos de sete pais diferentes, desempregados e drogados, o que o Estado está fazendo é exatamente subsidiar esse tipo de comportamento. Quando ser vagabundo dá mais dinheiro do que trabalhar, é ridículo tentar ser um cidadão de bem.  

Os eventos em Londres foram coordenados por telefones Blackberry, aparentemente os mais populares entre a comunidade negra inglesa. Sabe quanto custa um Blackberry? Eu não tenho um, aliás meu celular é do tempo do onça e meu plano custa 30 dólares por mês (Em compensação, um plano de Blackberry deve custar pelo menos 100 dólares mensais).

Pois bem, você sabe quanto ganha um vagabundo inglês dependente do welfare para não fazer nada? Cerca de 1400 libras esterlinas por mês (Três mil e seiscentos reais). Não, minto. O valor de 1400 libras por mês é o novo limite que o incompetente David Cameron quer impor. Hoje em dia os vagabundos ganham mais. Tudo saído do bolso do contribuinte.

Esse sim seria um bom motivo para os brancos ingleses saírem pelas ruas destruindo e saqueando tudo o que encontrarem pelo caminho...  


domingo, 24 de abril de 2011

Justiça?

Alguns podem achar que o "casamento gay" seja uma questão sem importância, e que cada um deve ser livre para se relacionar com quem bem entender; mas um recente caso sobre o qual acabo de ler ilustra bem as confusões que tudo isso pode dar.

Resumindo: Lisa Miller e Janet Jenkins tinham uma união civil homossexual, e decidiram "ter um filho". Isto é, Lisa teve uma filha através da inseminação artificial com um doador de esperma anônimo. Meno de um ano depois, Lisa juntou-se a uma Igreja Batista e renunciou à vida homossexual. Separou-se de Janet e afastou-se do que considerava vício. A corte, no entanto, deu direitos legais de visitação à sua ex-parceira, que foram repetidamente negados por Lisa, que queria afastar a filha do que considerava "más influências homossexuais".

Assim, ocorreu o impensável: a corte deu o direito exclusivo de guarda da criança à ex-parceira homossexual. Não querendo abandonar sua filha, Lisa, a mãe biológica, fugiu, e está até hoje em paradeiro desconhecido. Um dos pastores da Igreja à qual Lisa pertencia foi acusado de auxiliar a sua fuga e foi preso hoje.

Quando o casamento gay for um fato consumado, confusões como esta serão a regra e não a exceção. E as cortes, cada vez mais repletas de juízes ativistas progressistas, darão o direito a pais não-biológicos homossexuais, como aliás já está acontecendo.

Este post nada tem a ver com o casamento homossexual, e tudo com a perseguição judicial aos que não seguem os ditames do politicamente correto. Seja qual for sua posição sobre o tema, o fato é que uma mãe biológica que não trata mal a filha corre o risco de perder a guarda da criança simplesmente porque não quer que ela veja alguém que, no fundo, não passa de uma ex-namorada que esteve apenas por um ano ao lado da criança.

O ativismo judicial é um fenômeno cada vez mais presente e preocupante. Vocês bem lembram a perseguição à família brasileira que queria educar seus filhos em casa. Vejam agora que um certo juiz Fux agora não só desconsidera completamente a opinião da maioria do povo brasileiro sobre o desarmamento, como pretende mesmo buscar armas dentro das casas das pessoas. Isto é, desarmar o cidadão de bem à força, deixando-o à mercê de bandidos cada vez mais selvagens, enquanto juízes (naturalmente!) continuam tendo seu porte de arma garantido por lei. 

A maioria das pessoas, exceção feita aos baderneiros profissionais esquerdistas, tende a acreditar que o certo é cumprir a Lei. Mas... e quando a Lei está errada, e vira-se contra você?

Quando a Justiça está contra a propriedade, o que fazer? Quando a Justiça protege os bandidos contra os inocentes, o que fazer? Quando a Justiça protege os vagabundos contra os trabalhadores, o que fazer? Quando a Justiça está contra a família e a favor dos que querem destruí-la, o que fazer? Quando a Justiça está contra a liberdade e a favor da tirania, o que fazer? Quando a Justiça está contra tudo o que é Justo, o que fazer então? 

Pensem nisso, enquanto eu digo: Boa Páscoa a todos...

terça-feira, 1 de março de 2011

Por que ninguém gosta dos ricos?

"Os ricos são diferentes", dizia Francis Scott Fitzgerald. Será mesmo?

Olavo de Carvalho, quem diria, recentemente atacou o neoliberalismo. E não é a primeira vez. Segundo ele, o liberalismo econômico, quando afastado de regras morais da tradição religiosa e das normas civilizadas de conduta, não significa nada e pode até mesmo piorar a situação.

Vou ter que concordar, com ressalvas. Embora eu seja totalmente favorável ao livre-mercado e ao Estado mínimo, tenho para mim que o liberalismo econômico é apenas um dos ingredientes que fazem o bolo civilizatório. Há muito mais nessa receita, por mais que gritem e gemam algumas polianas liberais.

E há um tema que tem causado bastante polêmica ultimamente, seja aqui no blog, seja nas discussões políticas em geral, que tem a ver com a influência cada vez maior das elites de mega-bilionários na política, seja através de lobbies, seja através de financiamento aos partidos, seja através da boa e velha corrupção.

Existe uma elite globalista, formada por milionários que usam trabalhadores chineses e telemarketers indianos para vender produtos a latinos. Eles estão pouco se lixando para a classe média local que está perdendo seu emprego ou sua casa. Os mega-ricos, seja de que país forem, têm mais em comum entre si do que com o resto da população de seus respectivos países.

No paraíso dos ultra-ricos globais, não há preconceitos políticos. Os bilionários brasileiros são petistas, os bilionários americanos são Democratas. Há entremuitos a ilusão de que os ricaços não gostem do estatismo. Besteira: se isto os beneficia, gostam sim. Economia de livre-mercado é coisa de pobre, lucra-se mesmo é nas ditaduras e nas repúblicas sindicalistas. Basta dar propina para os bolsos corretos.

No paraíso dos ultra-ricos globais, tampouco há espaço para a "islamofobia" ou o racismo. Milionários árabes andam de mãos dadas com bilionários americanos. E o que dizer da figura deste negão playboy, Teodorin Nguema Obiang, um ministro da miserável Guiné Equatorial, que tem dezenas de carros e uma mansão de fazer inveja a Xanadu? Não obstante a população de seu país viva quase toda na miséria e ele em teoria receba apenas 5 mil dólares por mês, a descoberta do petróleo permitiu o surgimento de alguns novos ricos bem conectados.

Os ricos costumam ser odiados. Em muitos casos por inveja, é certo, mas também em parte porque muitos os vêem desconectados do resto da população. Não vivem o que eles vivem; não sofrem o que eles sofrem.

Espremida entre os pobres que despreza e os ricos que inveja, quem sofre mesmo sempre é a classe média, que ainda por cima é quem termina pagando a conta, já que os pobres precisam ser sustentados e os ricos guardam bem seu dinheirinho em paraísos fiscais.

O seguinte diálogo (na verdade, segundo descobri, saído de uma peça teatral, o que não tira sua força) entre Jules Mazarin, cardeal e primeiro-ministro da França, e o seu ministro de estado Jean Baptiste Colbert, explica bem a situação:

Colbert: Para arrecadar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria que me explicasse como é que é possível continuar a gastar, quando já se está endividado até ao pescoço…
Mazarin: Se é um simples mortal, lógico, quando ele está coberto de dívidas, vai parar na prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah, sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarin: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarin: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
 Mazarin: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
 Colbert: Então como havemos de fazer?
 Mazarin: Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos, mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável!

Por que ninguém gosta dos pobres?

Um artigo interessante fala sobre os moradores de um subúrbio de classe média de Detroit que ficaram incomodados quando, devido à queda de preços nas casas em bancarrota, o gueto começou a se mudar em peso para lá. 

Detalhe: não há racismo aqui. Ambos os grupos são negros. São os negros de classe média que não querem que os negros do gueto vão para lá. Mas por quê?

Simples. O cara rala toda a vida para sair do gueto e comprar uma casa em um bairro mais razoável epoder dar uma educação melhor às suas crianças, e aí alguém compra uma casa por um preço irrisório logo ao lado da sua. Só isso já seria suficiente para irritar o cristão, mas não é o principal problema. O problema é que, com os habitantes do gueto, costuma vir o comportamento do gueto. Lixo jogado nas ruas, pessoas gritando às três da manhã, bebida, drogas, gangues, e finalmente tiroteio. Logo logo, já está na hora de se mudar de novo.

A mesma coisa acontece no Brasil, com as pessoas que moram próximas a favelas. Conheci uma petista que exigia a remoção de uma favela que estava iniciando a formar-se perto da sua casa de três quartos com piscina. "Ué, mas você não é petista, não gosta de pobre?" Desconversou. 

É isso o que os esquerdistas não entendem, ou fingem não entender. Pobreza é muitas vezes conseqüência, não causa. A idéia do blogueiro Sakamoto para resolver a pobreza é dar a eles "moradia digna", em apartamentos no centro da cidade, cujo aluguel seria pago pelo contribuinte de classe média. É receita para o desastre. É a mesma idéia que foi realizada aqui nos EUA com o que se chama Section 8: pobres que têm apartamentos pagos pelo Estado em zonas nobres da cidade. Como inquilinos, são um inferno: raramente podem ser despejados, portanto eles usam e abusam. Não pagam nada, então tampouco valorizam a propriedade. Não tendo e muitas vezes nem mesmo trabalho, terminam utilizando o novo lar como ponto de venda de drogas. 

Pobreza não é mera questão de recursos materiais, mas de comportamento. Se você quer eliminar a pobreza (se é que isso é possível), precisa primeiro modificar certos tipos de comportamento. Mas isso é bem mais difícil do que dar bolsa-esmola por toda a vida.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Feios, sujos e malvados

Gosto do filme de Ettore Scola que dá título a este post. Acho que a razão que gosto mais deste filme do que outros filmes neorealistas (embora haja vários filmes bons nesse período também) é que ali os pobres não são representados como criaturas santas, dignas de pena ou identificação simplesmente por virtude de sua pobreza. Não: são mostrados muitas vezes como avaros, gananciosos, preguiçosos, alcólatras, malandros e, como o próprio título informa, feios, sujos e malvados. Porém, o filme tampouco os desumaniza, ao contrário: nos identificamos com seus personagens justamente por eles serem mais reais. Têm defeitos iguais aos do resto da população, se não piorados devido à falta de educação e recursos materiais.

Nem todos têm essa percepção, tudo bem. Mas há muitos que utilizam a pobreza dos outros como mero pedestal para exibir a própria benevolência. Eis por exemplo um artigo do jornalista da Folha Leonardo Sakamoto, que lamenta que a cidade de São Paulo construa seus espaços públicos de modo a tentar impedir a presença de mendigos e marginais. Prédios com grades; bancos de paradas de ônibus que não permitem que alguém se deite; prédios sem marquises ou com sistemas de jatos de água automáticos que afugentam dorminhocos e drogados: para Sakamoto, tudo isso são absurdos arquitetônicos: temos é que "aceitar que, se há pessoas que querem viver no espaço público por algum motivo, elas têm direito a isso. A cidade também é deles, por mais que doa ao senso estético ou moral de alguém."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A faca de dois (le)gumes do progressismo

Nunca sei se chamar o pessoal mais à esquerda de "liberais" (como fazem nos EUA), de "esquerdistas" ou de "progressistas", como é moda agora.

Acho que vou chamar de progreçistas mesmo, pois a idéia fixa deles é com o "progresso", que na verdade é um progreço com cê cedilha. A idéia deles é que, assim como há um progresso tecnológico, também haveria um progresso social. A sociedade iria progredindo e haveria cada vez mais direitos (e menos deveres). Negros, brancos, asiáticos e índios esqueceriam os ódios e viveriam para sempre em paz; seria aceito o casamento de gays e travestis, e quem sabe um dia de pedófilos também (basta achar um nome mais politicamente correto para eles, tipo, "amantes da infância"), todos poderiam viver sem sofrer discriminação por sua raça, sua cor, sua nação ou sua preferência sexual. Não haveria mais ricos e pobres, todos seriam iguais. A "justiça social" avançaria até termos um mundo igualitário em que ninguém brigaria com ninguém e todos viveriam felizes sob o arco-íris.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sem-terra, com-diploma

Ainda bem que acabou a obrigatoriedade do diploma para jornalistas. Deu no Estadão (via blog do R.A.):


A Universidade Federal do Ceará (UFC) vai oferecer, a partir de janeiro, o primeiro curso de jornalismo no Brasil voltado para estudantes ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST). O curso, segundo a professora Márcia Vidal Nunes, coordenadora de pós-graduação da área de comunicação social da universidade, já foi aprovado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.


Que tal, em vez disso, ensinar essa gente a plantar batatas?

Tal projeto parece-me simplesmente a mais direta confissão já feita de que essa gente não está nem um pouco interessada na agricultura, mas sim na agitação política e cultural.

Por sinal, os tais "sem-terra" são na verdade os maiores latifundiários do país.

terça-feira, 21 de julho de 2009

O que é "justiça social"?

Muitos hoje em dia falam em "justiça social"; alguns chegam mesmo a alegar que seja alguma espécie de direito humano imprescindível. Mas o que significa essa tal "justiça social"?

O próprio termo é equívoco, invertendo a ordem natural das coisas. Afinal, o termo "justiça" pareceria indicar que atualmente ocorre uma "injustiça" - que a distribuição supostamente natural eqüitativa dos recursos teria sido deturpada por capitalistas ávidos e/ou plutocratas malvados e/ou a classe média egoísta, de modo que alguns sempre ganhem injustamente mais do que outros. De acordo com os apólogos da tal "justiça social", os recursos deveriam ser distribuídos de modo mais igualitário entre todos os cidadãos de um país, ou, nos casos mais extremos, entre todos os habitantes do mundo.

Porém, ao contemplar o conceito, observamos rapidamente duas coisas: a primeira é que a ordem natural do mundo não é nem nunca foi a distribuição igualitária de recursos, mas exatamente o contrário. A ordem natural é a desigualdade. Isso pode ser considerado bom ou ruim dependendo da ideologia de cada um, mas é um fato. Nunca, em nenhum momento da História humana, houve uma distribuição igualitária de recursos materiais: mesmo no Neolítico certamente os mais fortes tinham maiores vantagens na obtenção de alimentos ou de fêmeas. (Aliás, o próprio conceito de "distribuição de riquezas" é absurdo, já que a riqueza é um valor dinâmico, criado a todo momento: não há um número X de recursos a serem distribuídos igualmente entre todos, como notas do Banco Imobiliário).

A segunda coisa que observamos é que a tal "justiça social", se aplicada na prática, seria na verdade extremamente injusta. Por que a distribuição de recursos deveria ser completamente desligada de qualquer esforço ou mérito? Por que deveria alguém que estudou ou trabalhou por anos a fio, à custa de imenso esforço pessoal, ser igual a alguém cujo curriculum vitae se resumiu a matar aula, roubar, beber cachaça e assaltar ou mendigar pelas ruas? Na União Soviética um operário (categoria celebrada pelo regime, ao menos no momento inicial) sem grande formação ganhava o mesmo ou mais do que um médico com anos de estudo. Era isso mais justo?

Evidentemente, não estou querendo dizer que os ricos sejam ricos exclusivamente por mérito ou talento; em grande parte dos casos, não é assim (ou depende do que se considere "talento"). Tampouco é verdade que a maioria dos pobres o seja por escolha (embora, em muitos casos, isso ocorra, ainda que sejam escolhas inconscientes). Mas, mesmo que consideremos tal distribuição "injusta", é o modo em que as coisas ocorrem. Quem é a elite esclarecida que deve decidir o que é socialmente "justo" e o que não é? Uma redistribuição igualitária forçada da renda não seria ainda mais "injusta", ao menos para quem perde seu rico dinheirinho?

"De cada um conforme sua habilidade, a cada um conforme sua necessidade" é a resposta marxista, o ditado que tornou-se lei para a inteligentsia internacional. Mas esta é na verdade uma receita infalível para produzir a degradação social. Distribuir de acordo com a mera necessidade, sem qualquer contrapartida, apenas aumenta o problema. Uma redistribuição de recursos que não leva em conta qualquer tipo de mérito, educação ou esforço, que tira do "rico" (isto é, na verdade, da classe média, já que o rico deposita em paraísos fiscais ou passa a conta ao consumidor) para dar ao "pobre" (pobreza é sempre relativa, lembrem-se) apenas para manter uma menor desigualdade social pode tornar-se, na verdade, extremamente prejudicial para a sociedade como um todo e gerar a perpetuação dos mesmos males que pretende combater.

É curioso que os esquerdistas, tão críticos do capitalismo, sejam na verdade as pessoas mais materialistas do mundo. Para eles, felicidade ou infelicidade parecem resumir-se exclusivamente à posse de recursos materiais. Além disso, a questão moral evade-os completamente. Tanto faz um pobre ser criminoso, pedinte, estudioso ou trabalhador: o que importa é que tenha os mesmos recursos do rico ou da classe média, não importando a origem do dinheiro. Não espanta que os mais radicais cheguem a ver o crime meramente como uma forma de obter a tão sonhada "justiça social". Os fins justificam os meios: seja o roubo governamental (impostos, nacionalização) ou privado (assalto a mão armada), o importante é redistribuir.

Estou lendo "Life at the Bottom", do freqüentemente citado aqui Theodore Dalrymple. É um livro que deveria urgentemente ser traduzido ao português. Embora se refira ao caso britânico, é impressionante observar como muitas das patologias referidas aplicam-se, em proporção ainda maior, ao caso brasileiro. Neste link pode ser lido um dos ensaios do livro, que trata justamente da questão da pobreza, ou da suposta pobreza de certas camadas da população inglesa (já que sua "pobreza" em nada se iguala à brasileira), e dos malefícios do welfare estate, o qual acaba com a (sempre relativa) pobreza material, ao mesmo tempo em que prende os seus recipientes em um círculo vicioso de dependência do qual poucos sairão.

Uma das coisas mais importantes que o livro mostra é como pobreza, felicidade e escolhas morais estão intimamente ligadas, e que a tentativa de dissociar completamente a obtenção de bens materiais ou benefícios públicos de qualquer mérito ou esforço termina por promover aquilo mesmo que quer evitar.

Dalrymple observa como, ao dar casas gratuitas para "pessoas-problema" como mães solteiras, alcoólatras, violentos, criminosos e drogados, o Estado inglês está na verdade promovendo (e os números comprovam) o aumento de mães solteiras, de alcóolatras, de violentos, de criminosos e de drogados. Afinal, todas essas atividades compensam. Trabalhar ou ser um bom cidadão compensa bem menos, já que estes não recebem ajuda. Em muitas cidades da Inglaterra e algumas dos Estados Unidos, por exemplo, é mais conveniente viver do seguro-desemprego do que trabalhar. De fato, esforçar-se para procurar emprego e trabalhar resulta antieconômico, já que ganha-se a mesma coisa.

Mas assim também acaba-se com a ambição e a conseqüente mobilidade social: para que estudar ou trabalhar se é melhor viver confortavelmente sustentado pelo Estado? O bolsa-família (que é ainda o menor dos problemas) e outros processos assistencialistas mais negativos (por não exigirem qualquer dever) e tão típicos da América Latina, geram um processo similar de dependência e imobilidade social. Melhor uma sociedade de classes com alta mobilidade, ou uma sociedade supostamente mais igualitária mas com castas imóveis das quais é praticamente impossível sair?

Mas mais nociva ainda - particularmente no caso latinoamericano - é a relação entre o crime e a falta de responsabilidade individual (todos querem direitos; poucos querem deveres) gerada pelo coitadismo, outra gritante patologia moderna que deveria ser analisada em detalhe. Falarei sobre esse tema mais adiante.

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Deixa o homem trabalhar"

Pax insiste que eu deixe o Obama trabalhar. Bem, eu estou deixando, nada faço para impedir sua presidência, só comento as besteiras que ele faz. Aliás, devo até louvá-lo hoje, pois ele anunciou um corte de despesas de cem milhões de dólares. Bravo! Pena que, em comparação com os trilhões que o "homem" planeja gastar, não passem de um mísero grão de areia...


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O capitalismo não cria miséria, mas sim inveja

O que vou dizer é algo meio óbvio mas, como nesta época tantos ainda continuam acreditando que "o capitalismo e/ou o neo-liberalismo criam miséria", deve ser repetido de quando em quando.

O fato é o seguinte. O capitalismo e/ou o neoliberalismo não criam miséria por um motivo muito simples: a miséria já está lá, é anterior ao capitalismo. A criancinha africana que morre de fome hoje morria de fome também nos tempos Bíblicos (bem, não a mesma criancinha, é claro, mas vocês entendem o que quero dizer). Aliás, graças ao capitalismo provavelmente há bem menos gente morrendo de fome hoje do que em tempos anteriores. Ainda assim, a desigualdade permanece. Alguns nascem pobres, outros nascem ricos. Sempre foi assim. Mesmo no Comunismo, havia os privilegiados (membros do Partidão) e os não-privilegiados que eram mandados para a Sibéria. Pode não ser ideal, mas é o jeito que a vida é.

Não: o capitalismo não cria miséria, cria riqueza. O problema é justamente esse. Dá a oportunidade a algumas pessoas - e não necessariamente as mais inteligentes ou talentosas - de ficarem ricas, muito ricas. Assim, a pobreza dos "have-not" fica mais aparente frente à exuberância dos "have".

Então o capitalismo não cria pobreza, mas cria um outro problema bastante grave: a inveja. E os esquerdistas (entre outros) apropriam-se dessa má característica humana para os seus próprios fins.

No outro dia, Paris Hilton foi censurada por alguns esquerdistas australianos por ter gasto mais de 5.000 dólares em vestidos em sua breve visita ao país. "Com esse dinheiro poderia ter alimentado trezentas criancinhas africanas", disseram. "Nesta época de crise e desemprego, é obsceno."

Curiosamente, não ter gasto os 5.000 dólares (que, francamente, nem são tanto dinheiro assim) provavelmente colaboraria mais para aumentar a crise e o desemprego. Não consta que os lojistas tenham reclamado, ao menos.

Paris Hilton não tem mesmo peito, ops, digo, jeito.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Distribuição de renda

Pequena fábula. Um sujeito estava sentado em um desses cafés com mesinhas na calçada; passou ao seu lado um mendigo pedindo trocado. O garçom, um jovem estudante que usava um adereço da campanha Obama na sua lapela, acabara de trazer a conta.

O cliente pagou a conta no valor exato e então disse ao jovem garçom, "olha só, não vou te dar a gorjeta, vou distribuir a renda e dá-la diretamente ao nosso amigo aqui". E, dito isso, deu o resto do dinheiro ao mendigo.

Inexplicavelmente, o garçom obamista ficou fulo da vida.

(Moral da história: "Distribuição de renda" é sempre com o dinheiro dos outros; talvez isso explique porque o conceito é tão popular na teoria, e tão pouco popular na prática.)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Irmão rico, irmão pobre: a família Hussein Obama

Um acaba de ser coroado candidato a Imperador do Mundo, ganha várias centenas de milhares de dólares por ano e acredita que os EUA não são um país justo. O outro mora em uma favela do Quênia e sobrevive com menos de um dólar por mês. São Barack Hussein Obama e seu meio-irmão, George Hussein Obama.

Cara de um...

...focinho de outro.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Matou a família namorada e foi ao cinema ao show da Mulher Melancia

No Brasil, um goiano chamado Mohamed (epa!) dos Santos matou e esquartejou sua namorada inglesa de 17 anos, e depois foi a um show da Mulher Melancia. Tirou fotos do corpo com seu celular, depois colocou os pedaços em uma mala e jogou no rio.

Na Argentina, um homem atropelou uma menina de 10 anos, colocou-a no carro prometendo levá-la ao hospital, mas em vez disso a levou a um descampado onde a estuprou e depois ainda molhou seu corpo com gasolina e ateou fogo. A menina conseguiu sobreviver, mas está com 60% do corpo queimado e provavelmente fique desfigurada para o resto da vida.

No Canadá, um passageiro de ônibus de viagem esfaqueou e decapitou o passageiro ao lado, um garoto de 20 anos, aparentemente sem conhecê-lo e sem ter motivo algum. Depois calmamente depositou a cabeça no chão ao lado dos passageiros chocados.

Todos esses três criminosos deveriam morrer, mas em nenhum desses países existe a pena de morte.

Muitos acreditam que a punição criminal existe para "recuperar" os criminosos, ou então para "desestimular" futuros criminosos. Na verdade, não é bem assim. A verdade é que a cadeia raramente recupera alguém, e criminosos sempre vão agir por mais terríveis que sejam as penas a eles impostas.

A punição criminal pelo Estado existe principalmente para impedir que cada indivíduo faça justiça com as próprias mãos. Se Fulano mata a filha de Ciclano, Ciclano e sua família matam Fulano para se vingar. Ainda funciona assim nas sociedades tribais.

Nas sociedades ditas modernas, o cidadão abdica do direito de se vingar do assassino dando esse direito ao Estado, após um julgamento para estabelecer que ele realmente seja o culpado. Porém, isso só funciona quando a punição realmente ocorre. Quando os assassinos são liberados em poucos anos (o estuprador da menina, por exemplo, já havia sido preso outra vez por abuso de menores e liberado), ou quando em certos casos nem mesmo são punidos, a fé na capacidade punitiva do Estado acaba, e tende-se novamente ao vigilantismo.

É por isso os liberais que defendem penas cada vez mais brandas para os criminosos estão equivocados. Fazendo isso, apenas estimulam o ressurgimento do "cada um por si".

Atualização: Sei que é um tema algo mórbido para uma sexta-feira à noite, mas enfim... Um breve adendo. Os filmes de Hollywood e os romances policiais nos fizeram acreditar que os assassinos em série são pessoas inteligentes e sofisticadas. Na verdade, está muito longe disso. Acho que foi o Nabokov quem disse que os assassinos são, quase sempre, rematados imbecis.

Vejam o Mohammed D'Ali dos Santos. Como não bastasse o nome infeliz, segundo o depoimento, ele matou a garota (com quem tinha um casamento arranjado para obter a residência em Londres) por que esta poderia dizer a sua mãe que ele cheirava cocaína... Portanto, para esconder que era um cocainômano, virou um esquartejador. E depois dizem que as drogas não fazem mal ao cérebro...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O socialismo funciona!

Devo retirar o que escrevi num dos artigos anteriores. Descobri que as políticas socialistas, comprovadamente, funcionam e enriquecem as nações.

O país com maior número de trilionários do mundo não são os EUA, mas - quem diria! - o Zimbábue, que seguiu à risca as políticas marxistas de "tirar dos ricos para dar aos pobres". Hoje há centenas, milhares de trilionários no país.

Seus trilhões são em dólares - mas, infelizmente para eles, em dólares zimbabuanos. Graças à incrível hiperinflação do país, hoje com um trilhão de dólares zimbabuanos compra-se um prato de arroz com bife.

Isto é, se alguém o encontrar, pois também faltam alimentos por lá.

Mais dinheiro que Daniel Dantas jamais viu na vida.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O delírio da igualdade

Uma das mais curiosas obsessões da esquerda é sua obsessão com a igualdade. Estranhamente, tal busca de igualdade limita-se em geral à igualdade monetária: irrita e ofende a esquerda que alguns ganhem mais do que outros. Mas não há tanta preocupação com outras formas de desigualdade. Afinal, há pessoas mais bonitas, pessoas mais inteligentes, pessoas mais talentosas, pessoas que estudaram mais, etc. E isso se reflete (embora não sempre de modo tão direto, ou mesmo “justo”) nos diferentes ganhos que cada pessoa tem.

Mas talvez as “cotas raciais”, a lei “anti-homofobia” e outros programas de “discriminação positiva” sejam exatamente isso, uma tentativa de tornar as pessoas mais iguais, prejudicando os melhores, ou valorizando as “minorias” em detrimento das “maiorias”.

O escritor Kurt Vonnegut uma vez escreveu um conto de ficção científica no qual falava de uma sociedade totalmente igualitária, em todos os sentidos. As pessoas bonitas precisavam usar máscaras ou recebiam cicatrizes para ocultar ou deformar sua beleza. As pessoas fortes eram obrigadas a usar pesos nos pés para limitar sua locomoção. As pessoas inteligentes eram obrigadas a ter um chip instalado no cérebro que lhes enviava de vez em quando interferências sonoras que prejudicavam seu pensamento. E assim por diante. A história completa pode ser lida aqui.

É a utopia esquerdista. Quer dizer, não exatamente: no fundo, a esquerda deseja um mundo de ovelhas, mas comandadas por sábios. Os esquerdistas, naturalmente, seriam esses sábios que controlariam o mundo em troca de privilégios, e estariam acima da “igualdade geral”. George Orwell, em “A Revolução dos Bichos”, sintetizou melhor do que ninguém o profundo ideal da esquerda: “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Um dos grandes perigos da futura presidência Obama é sua visão de mundo anti-americana. Não anti-americana no sentido mais direto, de ódio aos EUA e suas políticas (embora isso também exista em grande parte dos seus fãs), mas no sentido de ser contrário à meritocracia e o individualismo, à busca de superação pelo talento ou pela garra, típicos da mentalidade americana. Obama está mais afinado com o discurso coletivista e igualitário. O colunista "Spengler" fala um pouco sobre isso aqui.


Uma ovelha indo pra direita em meio à multidão esquerdista.