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quarta-feira, 28 de março de 2012

A verdadeira tragédia da América negra

(Eu tinha tirado este post do ar por não estar muito satisfeito com ele -- demasiado prolixo, demasiado enrolado e sem dizer a que veio. Queria modificá-lo, mas realmente não tenho tempo. Porém, a pedidos, recoloco-o no ar assim como está.)

A histeria está tomando conta dos EUA devido ao caso de um jovem negro desarmado que foi morto por um vigia residencial latino. A princípio veiculado como um caso de racismo e violência gratuita, de um jovem negro morto walking while black, novas informações parecem mostrar uma situação mais complexa.

sábado, 15 de outubro de 2011

Machado de Assis era branco ou negro?

Machado de Assis era branco ou negro? Um polêmico comercial levantou de novo a questão. A primeira versão do comercial, com um branco de aparência claramente européia no papel do escritor, foi duramente criticada por muitos espectadores, que acusaram o comercial de "racista", já que Machado era mulato.

Em seguida, o governo brasileiro entrou em ação mais uma vez (parece que a especialidade do governo Dilma é a propaganda!). Sob pressão do público e da Secretaria da Igualdade Racial, o comercial foi retirado e substituído por um outro em que o velho Machadão é interpretado por um ator mais escuro do que o Muçum. Se foi um erro colocar Machado no comercial como caucasiano, também acho que o segundo ator foi uma escolha equivocada, que acentua demais a cor da pele. Era tão difícil encontrar um mulato claro que atuasse decentemente?  

Confesso: na escola, para mim, Machado sempre tinha sido "branco", ou, ao menos, ninguém tinha chamado a atenção para a sua composição racial. Essa moda começou bem depois, quando eu já estava na universidade e o "politicamente correto" funcionava a todo vapor. Era então necessário chamar a atenção para a raça dos escritores, talvez até mais do que para a sua literatura. (Pergunto-me se algum desses críticos leu algum livro do Machado. Será que a própria secretária de inclusão racial já o leu?)

Machado de Assis era português por parte da mãe (50% branco), e seu pai era pelo menos metade branco, se não mais. Digamos que fosse meio-meio, o que daria 25% para Machado de Assis. Portanto, Machado de Assis era ao menos 75% branco, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos, já que não sabemos muito sobre o seu pai. Isso importa? Provavelmente não. Gênio é gênio e é raro em qualquer raça ou país. Abaixo está a foto de Machado de Assis que encontrei na qual ele parece mais "afro". Se não poderia ser confundido com o Pelé, tampouco é europeu.

O curioso é o seguinte: embora a sociedade do período fosse mais "racista", isto é, acreditasse abertamente em diferenças raciais (leiam "Os Sertões", por exemplo, ou Silvio Romero), Machado de Assis chegou ao topo da sociedade de seu tempo. Autodidata e pobre, subiu na vida por seu próprio esforço e tornou-se um homem extremamente bem-sucedido, um intelectual reconhecido e celebrado por todos, podemos mesmo dizer que um membro da elite (ao menos intelectual) do período.

Paradoxalmente, hoje ninguém o faria esquecer que era "negro". Estudaria pelo sistema de cotas ou seria convidado a morar em um quilombo. Talvez, ao invés de escrever romances inspirados no melhor da literatura inglesa e francesa do período, se dedicasse a criar letras de funk e rap (inspirado no que se faz nos EUA, é claro). 

Talvez o verdadeiro problema então seja mesmo a incrível decadência dos ideais e da cultura brasileira (e mundial, pois somos apenas macaquitos copiões). Na época havia outros talentosos escritores mestiços: Lima Barreto, Mario de Andrade, Cruz e Sousa. Hoje, o que temos?

Mesmo se ficarmos na cultura popular, até há poucas décadas tínhamos pessoas como o Cartola, sambista que apesar da baixa instrução escreveu letras sentimentais primorosas (outro exemplo seria o Lupicínio Rodrigues). Hoje? O grande sucesso no Brasil das classes baixas e nem tão baixas é uma canção que, pelo que entendo, se chama "Dou o c* até de cabeça para baixo". Tem inclusive uma dança associada, como se pode ver no vídeo, que ainda celebra a harmonia multiracial políticamente correta, com uma garota branca e outra japonesa realizando a "performance". É o Brasil atual! 

Dentro do seu túmulo, Brás Cubas sorri feliz: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria!" 

domingo, 28 de agosto de 2011

Notas do Velho Mundo

Nesta minha vida de playboy internacional, estive recentemente na Europa, mais precisamente Espanha, Alemanha e França. Narro aqui, sem nenhuma ordem particular, um pouco do que presenciei por ali.

Na Espanha, minha visita coincidiu com a do Papa e com a do encontro mundial da juventude católica. Jovens de vários países diferentes cantando e celebrando a fé. Um espectáculo bonito de se ver. Curiosamente, depois li num jornal espanhol que houve "conflito entre jovens e polícia durante a visita do Papa". Fiquei imaginando jovens católicos enraivecidos estrangulando policiais com rosários e espancando pedestres com crucifixos. Mas depois li a matéria com mais atenção. Apesar da manchete enganadora, os que protestavam (e que entraram em conflito com a polícia) eram um bando de homossexuais e ateus contrários à visita papal. Sempre a mesma história. É como quando os jornais anunciam: "conflito entre muçulmanos e cristãos", quando se sabe perfeitamente bem que são muçulmanos massacrando cristãos, sem qualquer violência da parte cristã.  

No front imigratório, más notícias. A julgar pelo que vi nar ruas, a Espanha está tomada por mestiços latino-americanos, chineses e paquistaneses. A Alemanha continua com seus turcos. Mas o choque maior é no país gaulês. A França está inundada de negros e árabes. Juro: vi mais negros africanos puros na França do que na Bahia. Por outro lado, os negros europeus são mais sofisticados do que os negros americanos, da mesma forma que a população europeia em geral tende a ser ligeiramente mais sofisticada do que a americana (em termos superficiais, é claro). Uma coisa que surpreenderá muito os ocasionais leitores nazistas ou nacionalistas brancos do blog é que vi vários negros lendo livros. Sim, acredite: negros podem ler livros. Vi até um afro-europeu que era a cara do Samuel L. Jackson em "Pulp Fiction" lendo "Se isto é um homem", do Primo Levi. Penso que ele notou que eu o estava encarando; em um momento achei que ele fosse se levantar com uma pistola na mão: "Primo Levi, motherfucker! Do you read it?"

(Não que eu não acredite nas diferenças étnicas, ou que ache que tudo é a mesma coisa, ao contrário. Tampouco sou um igualitário. Acredito na genética e nas diferenças entre os povos, que são físicas mas também psicológicas e mentais. Mas também acredito na força do aspecto cultural. Sei que há uma luta, mesmo aqui no blog, entre culturalistas e geneticistas. Porém, em um sentido mais profundo, não importa se a diferença entre as etnias tem um motivo cultural ou genético. Penso por exemplo nos ciganos: um povo dedicado por séculos ao seu modo de vida: nomadismo, boemia, misticismo, e vivendo em muitos casos do roubo, da mendicância e da exploração de crianças (recentemente li um artigo sobre ciganos que traficam crianças para alugá-las como mendigas em várias capitais europeias). É cultural? É genético? Não acredito que exista um gene do nomadismo ou da mendicância. Mas por que será que nunca houve um cigano que disse, chega dessa vida, vou é estudar muito e trabalhar muito e virar o novo Bill Gates? Em centenas de anos na Europa, os ciganos, como grupo, nunca mudaram. Continuam mantendo suas tradições, boas e más. Da mesma forma, é um delírio querer que africanos e islâmicos se "assimilem" e virem de um dia para o outro europeus da gema; mesmo que o quisessem, quem sabe se realmente o poderiam fazer? A cultura, como os genes, é transmitida de pais para filhos; e se mantém forte mesmo depois de muitas gerações.)

Outro fato curioso que certamente horrorizará os leitores neonazistas: os franceses, e especialmente as francesas, adoram se miscigenar. Vi muitíssimas francesas loiras casadas com africanos ou com árabes. Aliás, foi um destes africanos casados com francesas (encontrei o casal num museu e passamos a conversar) quem decretou, com uma tristeza que parecia sincera: "não há mais franceses em Paris!". De fato, os lugares bons foram todos comprados pela máfia russa, e o aluguel aumentou, expulsando os franceses. Já nos bairros pobres, só se vêem imigrantes e descendentes da racaille.

Há alguns exemplos de boa integração de latinos e africanos, conforme pude testemunhar. Não é o caso da maioria dos árabes e demais muçulmanos, que continuam se vestindo à moda de seu país e praticando sua insana religião. (Assimilação é piada. Os muçulmanos europeus praticam sua religião de origem, vestem-se como em seu pais de origem, falam a língua de seu país de origem, ensinam a seus filhos o idioma e religião de origem; cortam o clitóris de suas filhas e as vestem com burcas. Para que vêm à Europa então?) 

Já na Alemanha, tive algumas experiências negativas, não com os imigrantes, mas com o povo nativo. Os funcionários de  trens, hotéis e de atendimento aos turistas em geral foram muito antipáticos e não apenas muitas vezes se recusavam a falar inglês, mesmo entendendo o idioma, como pareciam ter viva antipatia aos turistas, e aos norte-americanos em particular. (Aliás, há muito anti-americanismo na Europa, e por motivos políticos, o que é curioso: eles acham que os EUA são "de direita". Mal sabem eles que os EUA são o centro do progressismo mundial!)

Confesso que os turcos de Berlim foram em média mais simpáticos do que os alemães nativos, não obstante eu abomine a sua religião, suas vestimentas, seu idioma e sua mania de não se assimilar. Mas estou sendo um pouco injusto. É claro que também houve experiências boas com alemães nativos, e os jovens em geral me parece que são bem mais simpáticos. Mas as pessoas de maior idade, especialmente os funcionários que atendem estrangeiros, tendem a uma rudeza e arrogância sem par. Após uma dessas experiências, até lamentei que os americanos tivessem jogado a bomba atômica no Japão em vez de na Alemanha. Perguntei-me se o espírito hitleriano não estaria ainda vigente em algumas pessoas, ou se, na realidade, fizesse parte do caráter do povo local. É verdade; hoje a Alemanha é ulta-esquerdista, ultra-ecológica e de um regime ultra-politicamente correto que dista muito do nazismo, mas também Hitler era vegetariano. Não seria o que há hoje um fanatismo no sentido contrário? Não cheguei a presenciar, mas parece que em Berlim e Hamburgo são bem comuns os protestos violentos de grupos de esquerda, que queimam carros (à moda árabe), quebram vitrinas e entram em confronto com a polícia. E a Alemanha, claro, é o principal motor da União Europeia. O que Hitler não conseguiu, os alemães estão conseguindo com a UE: dominar a Europa.

No meio do inferno multicultural, um oásis: um fim de semana na casa de campo de uma tradicional família francesa. Vinhos e comidas típicas, e esse ritmo de vida mais tranquilo que tanto faz falta nos EUA. É triste que isso tudo esteja por acabar, graças à imigração. Para alguns, o fim da Europa é motivo de discussão política, mas para mim é pessoal. Também eu, tempos atrás, quase fiz parte de uma família europeia, e poderia hoje estar vivendo na Europa, não fossem os percalços da vida. A Europa agora é para mim um paraíso perdido; em breve, o será para todos. Aliás, a família francesa entendia o problema da imigração e em particular do islamismo, mas tinha uma atitude fatalista que observei em muitos europeus. Vacas ao matadouro.

De fato, acho que a conclusão da viagem é que, salvo milagre papal, revolução, ou algum outro fato imprevisto, o destino do Velho Mundo está mais ou menos traçado. Resta apenas saber se a Europa vai virar um imenso favelão latino-americano (temo que esse vá ser o futuro da Espanha), ou um novo califado islâmico. Ah sim: há também a opção de uma ou várias guerras civis eclodindo aqui e ali, uma espécie de neo-feudalismo com europeus encastelados defendendo-se dos bárbaros, ou então novas tiranias gerando novos holocaustos. Quem sabe até um ressurgimento do nazismo alemão? Pela minha experiência por lá, isso não está de todo descartado. "Primo Levi, motherfucker. Did you read it?"

The rape of Europa

sábado, 13 de agosto de 2011

Negros Racistas e o Estado de Mal-Estar

Atualização: Apaguei uma pequena parte do post que parece ter sido mal-interpretada. Explicação nos comentários. Sem tempo para editar o texto de forma melhor, que já foi escrito de forma meio apressada e portanto tem alguns defeitos. 

Durante muito tempo os brancos foram acusados de racistas e de maltratarem os negros. Hoje em dia, no entanto, se há quem odeie ou despreze os negros, este desprezo raramente se traduz em violência. (Às vezes acontece. Eis um raro caso aqui de um redneck imbecil que matou um inocente trabalhador negro). Mas, em geral, o pessoal racista se limita a fazer comentários na Internet, ou quem sabe, nos casos mais extremos, olhar torto para um grupo de afro-descendentes.

Bem mais comum é o ódio do negro contra o branco. Como eu já falei aqui, pessoalmente até agora não tive problemas com os afro-americanos (ou mesmo africanos) que conheci por aqui, sejam funcionários, trabalhadores, taxistas, etc. E, no ambiente universitário, conheci pelo menos duas pessoas negras de caráter fenomenal.

Mas é fato que existe uma subclasse negra nos EUA que pode ser extremamente violenta -- e que odeia brancos. Como jurava que era uma coisa cultural americana (segundo os esquerdistas ligada ao ressentimento gerado pela escravidão e segregação), não achei que o mesmo pudesse ocorrer no Reino Unido. Mas o recente quebra-quebra dá o que pensar.

Sim, os distúrbios em Londres foram cometidos por negros, brancos chavs (i.e. Council Housing and Violent, jovens de classe baixa e famílias desestruturadas dependentes do welfare) e paquistaneses. Assim como é exagerado atribuir tudo ao fator racial ou étnico, tampouco é sábio ignorá-lo completamente. Os negros são apenas 2% da população londrina. Pelas imagens, eram pelo menos 70% dos participantes. Há algo de errado aí.

Independentemente do que você pense sobre a existência ou não de diferenças raciais, é fato que os negros cometem em média mais crime do que outros grupos étnicos. Isso pode ser verificado por estatísticas de qualquer cidade americana e, pelo que vemos, agora também européia (onde eles existam em número expressivo). Sim, há muitos imigrantes negros pacíficos. Mas muitos outros que não. (Assim como há muçulmanos pacíficos que defenderam as suas lojas, mas outros que participaram de saqueios). Qual é o motivo? Não sei. Mas é fato.

Também é fato de que muitos desses negros agem motivados pelo racismo, isto é, o ódio aos brancos. Na Irlanda, recentemente, uma gangue de negros atacou violentamente um grupo de brancos. O motivo foi "ódio racial". Nos EUA, durante as "flash mobs" (versão local dos arrastões brazucas), os negros gritavam palavras de ordem como "morte aos brancos" e "morram crackers" (gíria negra para homem branco).

Por que os negros do gueto odeiam os brancos? Há várias explicações. Sentimento de inferioridade, vingança contra aqueles que vêem como opressores, ou mera questão de desejo de posses materiais: vêem os brancos como uma presa fácil e com mais dinheiro e bens de consumo do que eles. 

[corte]

O fato é que muitas minorias étnicas não gostam muito dos brancos. Não acredita? Faça a experiência. Convide um negro para passear às 2 da manhã no bairro mais branco de Los Angeles, e convide um branco para passear no mesmo horário no bairro mais negro da cidade. Qual dos dois você acha que sobreviverá? (O mesmo vale para alguns bairros mexicanos de Los Angeles e os bairros árabes europeus. Os bairros asiáticos são a exceção. Por outro lado, há bairros multiétnicos de gente rica que são pacíficos, como Beverly Hills.)
Por outro lado, além da questão étnico-racial e da imigração de desqualificados, um dos outros fatores ignorados pela mídia durante os eventos na Inglaterra foi o "welfare". Para a esquerda, a explicação universal para tudo é a pobreza. Assim, é natural que tentassem também atribuir à pobreza o acontecido em Londres. Mas, desta vez, não colou: eles estavam roubando lojas de tênis e aparelhos eletrônicos, não supermercados. 

Uma explicação mais plausível para os eventos é justamente a ajuda estatal aos "pobres" e às minorias. O que têm em comum os jovens negros, chavs e paquistaneses que participaram dos distúrbios? Todos eram grupos favorecidos por diversas medidas de ajuda estatal. Ao ajudar famílias desestruturadas, mães solteiras com filhos de sete pais diferentes, desempregados e drogados, o que o Estado está fazendo é exatamente subsidiar esse tipo de comportamento. Quando ser vagabundo dá mais dinheiro do que trabalhar, é ridículo tentar ser um cidadão de bem.  

Os eventos em Londres foram coordenados por telefones Blackberry, aparentemente os mais populares entre a comunidade negra inglesa. Sabe quanto custa um Blackberry? Eu não tenho um, aliás meu celular é do tempo do onça e meu plano custa 30 dólares por mês (Em compensação, um plano de Blackberry deve custar pelo menos 100 dólares mensais).

Pois bem, você sabe quanto ganha um vagabundo inglês dependente do welfare para não fazer nada? Cerca de 1400 libras esterlinas por mês (Três mil e seiscentos reais). Não, minto. O valor de 1400 libras por mês é o novo limite que o incompetente David Cameron quer impor. Hoje em dia os vagabundos ganham mais. Tudo saído do bolso do contribuinte.

Esse sim seria um bom motivo para os brancos ingleses saírem pelas ruas destruindo e saqueando tudo o que encontrarem pelo caminho...  


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Afro-americanos e afro-brasileiros

Os americanos, como já observei há algum tempo atrás, são obcecados com a questão racial, e este blog, um pouco por influência disso, começou a tratar do problemático e politicamente incorretíssimo tema. Sei que no Brasil isso dá até cadeia, mas fazer o quê?

Muitos, mesmo na direita, prefeririam nem tocar nesse espinhoso tema. Porém, como os próprios leitores em recente pesquisa pediram para o Blog do Mr X "ser ainda mais politicamente incorreto e chutar o pau da barraca", vou nessa direção. (Já adivinho o Bitt me acusando de racista, reacionário e canalha, dane-se: 60% dos leitores não podem estar errados.)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quilombos no lombo

Alguém me explica qual é a dos quilombos?

Nem me preocupa aqui a questão do estímulo à divisão racial, ou mesmo à questão da expropriação de terras perfeitamente legítimas em nome de origens quilombescas bastante duvidosas.

Mas parecem-me que são um pouco inúteis, porque não ajudam nem mesmo aos negros.

Observem: nos tais neo-quilombos, nenhum indivíduo tem a posse da terra: são comunidades forçadamente coletivas. A terra não pode ser negociada. O sujeito que quiser não pode nem vender seu terreninho. Ou fica, ou perde tudo. É claro que para alguns é uma vantagem, como diz este texto do Movimento de Mestiços-Pardos Brasileiros (é, existe isso) que luta contra a instalação de um quilombo em antigo parque natural na Amazônia:
A esperança em melhorar de vida, ter casas boas, energia e telefone estimularam a comunidade a se reconhecer como quilombola diante do governo. Mas, na região, volta e meia há quem se declare ‘carambola’ ou ‘calhambola’, por não estar familiarizado com o termo quilombola. Conforme informações do ICMBio, das 15 famílias da vila, pelo menos 10 estão envolvidas com tráfico de animais silvestres, e muitas já foram multadas.