Na Espanha, minha visita coincidiu com a do Papa e com a do encontro mundial da juventude católica. Jovens de vários países diferentes cantando e celebrando a fé. Um espectáculo bonito de se ver. Curiosamente, depois li num jornal espanhol que houve "conflito entre jovens e polícia durante a visita do Papa". Fiquei imaginando jovens católicos enraivecidos estrangulando policiais com rosários e espancando pedestres com crucifixos. Mas depois li a matéria com mais atenção. Apesar da manchete enganadora, os que protestavam (e que entraram em conflito com a polícia) eram um bando de homossexuais e ateus contrários à visita papal. Sempre a mesma história. É como quando os jornais anunciam: "conflito entre muçulmanos e cristãos", quando se sabe perfeitamente bem que são muçulmanos massacrando cristãos, sem qualquer violência da parte cristã.
No front imigratório, más notícias. A julgar pelo que vi nar ruas, a Espanha está tomada por mestiços latino-americanos, chineses e paquistaneses. A Alemanha continua com seus turcos. Mas o choque maior é no país gaulês. A França está inundada de negros e árabes. Juro: vi mais negros africanos puros na França do que na Bahia. Por outro lado, os negros europeus são mais sofisticados do que os negros americanos, da mesma forma que a população europeia em geral tende a ser ligeiramente mais sofisticada do que a americana (em termos superficiais, é claro). Uma coisa que surpreenderá muito os ocasionais leitores nazistas ou nacionalistas brancos do blog é que vi vários negros lendo livros. Sim, acredite: negros podem ler livros. Vi até um afro-europeu que era a cara do Samuel L. Jackson em "Pulp Fiction" lendo "Se isto é um homem", do Primo Levi. Penso que ele notou que eu o estava encarando; em um momento achei que ele fosse se levantar com uma pistola na mão: "Primo Levi, motherfucker! Do you read it?"
(Não que eu não acredite nas diferenças étnicas, ou que ache que tudo é a mesma coisa, ao contrário. Tampouco sou um igualitário. Acredito na genética e nas diferenças entre os povos, que são físicas mas também psicológicas e mentais. Mas também acredito na força do aspecto cultural. Sei que há uma luta, mesmo aqui no blog, entre culturalistas e geneticistas. Porém, em um sentido mais profundo, não importa se a diferença entre as etnias tem um motivo cultural ou genético. Penso por exemplo nos ciganos: um povo dedicado por séculos ao seu modo de vida: nomadismo, boemia, misticismo, e vivendo em muitos casos do roubo, da mendicância e da exploração de crianças (recentemente li um artigo sobre ciganos que traficam crianças para alugá-las como mendigas em várias capitais europeias). É cultural? É genético? Não acredito que exista um gene do nomadismo ou da mendicância. Mas por que será que nunca houve um cigano que disse, chega dessa vida, vou é estudar muito e trabalhar muito e virar o novo Bill Gates? Em centenas de anos na Europa, os ciganos, como grupo, nunca mudaram. Continuam mantendo suas tradições, boas e más. Da mesma forma, é um delírio querer que africanos e islâmicos se "assimilem" e virem de um dia para o outro europeus da gema; mesmo que o quisessem, quem sabe se realmente o poderiam fazer? A cultura, como os genes, é transmitida de pais para filhos; e se mantém forte mesmo depois de muitas gerações.)
Outro fato curioso que certamente horrorizará os leitores neonazistas: os franceses, e especialmente as francesas, adoram se miscigenar. Vi muitíssimas francesas loiras casadas com africanos ou com árabes. Aliás, foi um destes africanos casados com francesas (encontrei o casal num museu e passamos a conversar) quem decretou, com uma tristeza que parecia sincera: "não há mais franceses em Paris!". De fato, os lugares bons foram todos comprados pela máfia russa, e o aluguel aumentou, expulsando os franceses. Já nos bairros pobres, só se vêem imigrantes e descendentes da racaille.
Há alguns exemplos de boa integração de latinos e africanos, conforme pude testemunhar. Não é o caso da maioria dos árabes e demais muçulmanos, que continuam se vestindo à moda de seu país e praticando sua insana religião. (Assimilação é piada. Os muçulmanos europeus praticam sua religião de origem, vestem-se como em seu pais de origem, falam a língua de seu país de origem, ensinam a seus filhos o idioma e religião de origem; cortam o clitóris de suas filhas e as vestem com burcas. Para que vêm à Europa então?)
Já na Alemanha, tive algumas experiências negativas, não com os imigrantes, mas com o povo nativo. Os funcionários de trens, hotéis e de atendimento aos turistas em geral foram muito antipáticos e não apenas muitas vezes se recusavam a falar inglês, mesmo entendendo o idioma, como pareciam ter viva antipatia aos turistas, e aos norte-americanos em particular. (Aliás, há muito anti-americanismo na Europa, e por motivos políticos, o que é curioso: eles acham que os EUA são "de direita". Mal sabem eles que os EUA são o centro do progressismo mundial!)
Confesso que os turcos de Berlim foram em média mais simpáticos do que os alemães nativos, não obstante eu abomine a sua religião, suas vestimentas, seu idioma e sua mania de não se assimilar. Mas estou sendo um pouco injusto. É claro que também houve experiências boas com alemães nativos, e os jovens em geral me parece que são bem mais simpáticos. Mas as pessoas de maior idade, especialmente os funcionários que atendem estrangeiros, tendem a uma rudeza e arrogância sem par. Após uma dessas experiências, até lamentei que os americanos tivessem jogado a bomba atômica no Japão em vez de na Alemanha. Perguntei-me se o espírito hitleriano não estaria ainda vigente em algumas pessoas, ou se, na realidade, fizesse parte do caráter do povo local. É verdade; hoje a Alemanha é ulta-esquerdista, ultra-ecológica e de um regime ultra-politicamente correto que dista muito do nazismo, mas também Hitler era vegetariano. Não seria o que há hoje um fanatismo no sentido contrário? Não cheguei a presenciar, mas parece que em Berlim e Hamburgo são bem comuns os protestos violentos de grupos de esquerda, que queimam carros (à moda árabe), quebram vitrinas e entram em confronto com a polícia. E a Alemanha, claro, é o principal motor da União Europeia. O que Hitler não conseguiu, os alemães estão conseguindo com a UE: dominar a Europa.
No meio do inferno multicultural, um oásis: um fim de semana na casa de campo de uma tradicional família francesa. Vinhos e comidas típicas, e esse ritmo de vida mais tranquilo que tanto faz falta nos EUA. É triste que isso tudo esteja por acabar, graças à imigração. Para alguns, o fim da Europa é motivo de discussão política, mas para mim é pessoal. Também eu, tempos atrás, quase fiz parte de uma família europeia, e poderia hoje estar vivendo na Europa, não fossem os percalços da vida. A Europa agora é para mim um paraíso perdido; em breve, o será para todos. Aliás, a família francesa entendia o problema da imigração e em particular do islamismo, mas tinha uma atitude fatalista que observei em muitos europeus. Vacas ao matadouro.
De fato, acho que a conclusão da viagem é que, salvo milagre papal, revolução, ou algum outro fato imprevisto, o destino do Velho Mundo está mais ou menos traçado. Resta apenas saber se a Europa vai virar um imenso favelão latino-americano (temo que esse vá ser o futuro da Espanha), ou um novo califado islâmico. Ah sim: há também a opção de uma ou várias guerras civis eclodindo aqui e ali, uma espécie de neo-feudalismo com europeus encastelados defendendo-se dos bárbaros, ou então novas tiranias gerando novos holocaustos. Quem sabe até um ressurgimento do nazismo alemão? Pela minha experiência por lá, isso não está de todo descartado. "Primo Levi, motherfucker. Did you read it?"