Não tenho tempo de postar adequadamente sobre o tema, que é interessante. Lula está em Israel e já deu suas cartadas de "estadista internacional": recusou-se a colocar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo moderno; criticou o muro anti-terrorismo e a posse de armas nucleares (por Israel, não pelo Irã); e ainda se dispôs a mediar a paz entre as nações... Deve estar treinando para Presidente da ONU.
Enquanto isso as relações entre EUA e Israel se desgastam com a ordem de construção de casas em Jerusalém Oriental, e os palestinos lançam um "Dia de Fúria" devido à inauguração de uma sinagoga reconstruída na mesma parte da cidade (eles não querem sinagogas, mas a sua famosa mesquita permanece no ponto mais importante de Jerusalém). E o Irã continua calmamente construindo sua bomba, enquanto reprime protestos.
As coisas estão esquentando, o que, nessa região do mundo, nunca é bom sinal.
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terça-feira, 16 de março de 2010
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Neda era cristã?

Um dia, a teocracia islâmica iraniana ruirá. E nem será um dia tão distante.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Sem moral
Idelber, que não fez UM ÚNICO POST SOBRE AS ATROCIDADES NO IRÃ, está apavorado com o que está ocorrendo em Honduras, onde nenhum manifestante pró-Zelaya foi morto ou sequer ferido. Aliás a imensa maioria dos manifestantes são pacíficos e contrários a Zelaya: vejam fotos de tais manifestações pró-"golpe" em dois interessantes blogs hondurenhos, este e este. Violência? Se houve, está bem escondida pela "mídia golpista".
Já Lula, que elogiou a democracia iraniana, desconversou a fraude e disse que o massacre era mero fla x flu, agora pede "democracia" em Honduras. Ao lado de Khadafi, que está há meros... 40 anos no poder.

Por que deveríamos dar ouvidos a essa gente? Que moral eles têm para falar?
Já Lula, que elogiou a democracia iraniana, desconversou a fraude e disse que o massacre era mero fla x flu, agora pede "democracia" em Honduras. Ao lado de Khadafi, que está há meros... 40 anos no poder.

Por que deveríamos dar ouvidos a essa gente? Que moral eles têm para falar?
terça-feira, 23 de junho de 2009
Paz, só a dos cemitérios
Enquanto os basijis iranianos davam pau na garotada, Obama só fez tímidos pronunciamentos e disse que não queria se intrometer nos assuntos internos do Irã, país soberano e tal. No entanto, o mesmo presidente mete-se toda hora nos assuntos internos de Israel. Agora afirma que os israelenses não podem mais construir casas para judeus em Jerusalém. Hein?
Mas é isso mesmo. É por essas e outras que segundo recente pesquisa, apenas 6% dos israelenses acreditam que Obama seja pró-Israel. É o nível mais baixo em qualquer administração americana na História do Universo.
Enquanto isso, mesmo depois da morte de Neda e dezenas de outros estudantes nas mãos dos aiatolás, Obama manteve o convite para diplomatas do tirânico regime iraniano assistirem aos desfiles de 4 de julho em embaixadas americanas, pela primeira vez em 30 anos. (Não esqueçamos que os iranianos já aprontaram poucas e boas em uma certa embaixada americana.)
O que Obama espera obter?
Qual o sentido de comprar uma inimizade com Israel, sem ganhar em troca qualquer amizade com os países árabes e o Irã? Afinal, o Ahmadinejad já afirmou que não vai aceitar os EUA no seu "círculo de amizades"; os americanos continuam sendo odiados na maioria do mundo árabe, e mesmo os palestinos têm uma visão negativa do país. Não há como contentar esse pessoal. Ressentidos nunca agradecem.
Talvez seja o momento de esclarecer alguns mitos, isto é, de repetir obviedades.
1) Israel é um país minúsculo, menor do que o Sergipe (menor estado brasileiro), e cercado de inimigos vinte vezes maiores. Não representa qualquer ameaça à "paz mundial". Quando luta, é para sobreviver.
2) Muitos - inclusive muitos israelenses, e grande parte dos judeus americanos - acreditam que a paz entre Israel e palestinos seja uma espécie de "Holy Grail" que vai trazer a resolução total de todos os conflitos entre Ocidente e Islã, entre países árabes e resto do mundo. Lamento afirmar, mas é bullshit. A questão palestina é irrelevante, irresolvível e inútil. Mesmo que se crie um "Estado Palestino", não vai trazer paz para o mundo, não vai trazer paz entre países islâmicos e Ocidente, e não vai nem mesmo trazer paz entre o tal "Estado Palestino" e Israel. Aliás, vai ser mesmo contraproducente, só vai aumentar ainda mais os conflitos. É como disse algum sábio cujo nome não lembro, se não existe paz nem mesmo entre árabes e árabes, como esperar que haja paz entre árabes e judeus? Nunca vai haver. Não neste milênio, ao menos. Desculpem o pessimismo, mas é isso mesmo. Paz no Oriente Médio, só a dos cemitérios.
3) No entanto, como a crise econômica é um problema tão irresolvível quanto, todo presidente americano que quer desviar a atenção do povo para problemas externos termina metendo-se de uma forma ou outra no conflito. E claro, todo presidente americano, de Carter a Bush, acredita que vai ser O Cara que finalmente vai trazer a Paz entre Israel e palestinos, para sua grande glória de estadista. Obama não é diferente: já prometeu que a criação do Estado Palestino ocorrerá em um ano. Vamos aguardarsentados deitados, pois de pé cansa.
4) Mas por que tanta ênfase contra Israel e tão pouca contra o Irã? Uma das explicações possíveis é que Obama, sendo um esquerdista criado no colo de Frank Marshall Davis e Saul Alinski, como todo esquerdista admira a violência e a repressão dos tiranos. E isso explica também porque a esquerda admira o Islã. Como bem explica aqui Lee Smith, não é que o gay comunista Foucault estivesse "equivocado" ao apoiar a Revolução Islâmica de Khomeini que iria matar tantos comunistas e tantos gays: ao contrário, apoiou Khomeini porque esquerdista tem fascinação por violência e tirania, especialmente se for antiocidental. É a mesma razão, aliás, pela qual Idelber e cia adoram os homens-bomba palestinos, e os fanáticos religiosos do Hamas que odeiam gays. Tudo o que é violentamente antiocidental, é bom. É o "grito dos excluídos".
5) A outra explicação, é claro, é que Obama seja um muçulmano enrustido, que prefira o Irã dos aiatolás ao Israel dos judeus, e queira mesmo assistir de camarote à destruição do maldito estado sionista.
Mas é isso mesmo. É por essas e outras que segundo recente pesquisa, apenas 6% dos israelenses acreditam que Obama seja pró-Israel. É o nível mais baixo em qualquer administração americana na História do Universo.
Enquanto isso, mesmo depois da morte de Neda e dezenas de outros estudantes nas mãos dos aiatolás, Obama manteve o convite para diplomatas do tirânico regime iraniano assistirem aos desfiles de 4 de julho em embaixadas americanas, pela primeira vez em 30 anos. (Não esqueçamos que os iranianos já aprontaram poucas e boas em uma certa embaixada americana.)
O que Obama espera obter?
Qual o sentido de comprar uma inimizade com Israel, sem ganhar em troca qualquer amizade com os países árabes e o Irã? Afinal, o Ahmadinejad já afirmou que não vai aceitar os EUA no seu "círculo de amizades"; os americanos continuam sendo odiados na maioria do mundo árabe, e mesmo os palestinos têm uma visão negativa do país. Não há como contentar esse pessoal. Ressentidos nunca agradecem.
Talvez seja o momento de esclarecer alguns mitos, isto é, de repetir obviedades.
1) Israel é um país minúsculo, menor do que o Sergipe (menor estado brasileiro), e cercado de inimigos vinte vezes maiores. Não representa qualquer ameaça à "paz mundial". Quando luta, é para sobreviver.
2) Muitos - inclusive muitos israelenses, e grande parte dos judeus americanos - acreditam que a paz entre Israel e palestinos seja uma espécie de "Holy Grail" que vai trazer a resolução total de todos os conflitos entre Ocidente e Islã, entre países árabes e resto do mundo. Lamento afirmar, mas é bullshit. A questão palestina é irrelevante, irresolvível e inútil. Mesmo que se crie um "Estado Palestino", não vai trazer paz para o mundo, não vai trazer paz entre países islâmicos e Ocidente, e não vai nem mesmo trazer paz entre o tal "Estado Palestino" e Israel. Aliás, vai ser mesmo contraproducente, só vai aumentar ainda mais os conflitos. É como disse algum sábio cujo nome não lembro, se não existe paz nem mesmo entre árabes e árabes, como esperar que haja paz entre árabes e judeus? Nunca vai haver. Não neste milênio, ao menos. Desculpem o pessimismo, mas é isso mesmo. Paz no Oriente Médio, só a dos cemitérios.
3) No entanto, como a crise econômica é um problema tão irresolvível quanto, todo presidente americano que quer desviar a atenção do povo para problemas externos termina metendo-se de uma forma ou outra no conflito. E claro, todo presidente americano, de Carter a Bush, acredita que vai ser O Cara que finalmente vai trazer a Paz entre Israel e palestinos, para sua grande glória de estadista. Obama não é diferente: já prometeu que a criação do Estado Palestino ocorrerá em um ano. Vamos aguardar
4) Mas por que tanta ênfase contra Israel e tão pouca contra o Irã? Uma das explicações possíveis é que Obama, sendo um esquerdista criado no colo de Frank Marshall Davis e Saul Alinski, como todo esquerdista admira a violência e a repressão dos tiranos. E isso explica também porque a esquerda admira o Islã. Como bem explica aqui Lee Smith, não é que o gay comunista Foucault estivesse "equivocado" ao apoiar a Revolução Islâmica de Khomeini que iria matar tantos comunistas e tantos gays: ao contrário, apoiou Khomeini porque esquerdista tem fascinação por violência e tirania, especialmente se for antiocidental. É a mesma razão, aliás, pela qual Idelber e cia adoram os homens-bomba palestinos, e os fanáticos religiosos do Hamas que odeiam gays. Tudo o que é violentamente antiocidental, é bom. É o "grito dos excluídos".
5) A outra explicação, é claro, é que Obama seja um muçulmano enrustido, que prefira o Irã dos aiatolás ao Israel dos judeus, e queira mesmo assistir de camarote à destruição do maldito estado sionista.
domingo, 21 de junho de 2009
The Revolution will not be Twitterized?


Enquanto a obrigatoriedade de diploma para jornalistas é apenas agora abolida no Brasil, no resto do mundo a preocupação nem é se jornalistas devem ou não ter diploma - mas sim, jornalistas são ainda necessários?
O regime iraniano proibiu a cobertura jornalística, mas isso não impediu que o mundo tivesse acesso a vídeos e informações através do Twitter, Facebook, Blogger, Youtube.
Uma narrativa desconjuntada, é verdade, mas talvez por isso mesmo mais real.
Nem todos concordam, é claro. Eu pessoalmente, embora veja a sua utilidade, considero o Twitter (que não utilizo) algo dispersivo e confuso, com mais rumores e spam do que informação verdadeira.
Já um interessante artigo do Times of India diz que os Twitteiros, apesar das boas intenções, são irrelevantes na desigual luta contra o regime: nada vai mudar. A Revolução não será twitterizada. Ou será? Mas é uma Revolução, ou é o quê?
(Uma das poucas coisas indiscutíveis que pode-se concluir por enquanto é que as mulheres iranianas estão entre as mais bonitas do mundo. Não dá para entender porque os malditos mulás as querem cobrir da cabeça aos pés.)
Algumas das melhores informações e comentários sobre o assunto vêm dos blogs, mesmo na mídia brasileira. O do Pedro Doria (que é jornalista), mas também blogs de não-jornalistas como Bruno (não o personagem do Sacha Baron Cohen, mas o blogueiro do Milliway's Lounge), que afirma:
No Irã, os protestos já há muito trancenderam a disputa politica entre duas vertentes do regime. Há uma proto-revolução no ar (os revolucionarios não sabem ainda que são revolucionarios). Ela não é secular, mas é antitotalitaria. A principio, tudo sugere que está fadada ao fracasso; mas após a votação tudo sugeria que os protestos seriam limitados ao relativamente abastado norte de Teerã; que não durariam mais que um ou dois dias; que seriam esquecidos pelo mundo quando a imprensa internacional fosse impedida de transmiti-los pela televisão; e que seriam superados pelo poder de mobilização da mídia e logística estatais. Mas apesar de tudo, os iranianos continuam marchando. Os protestos continuam, e o regime dá mostras de nervosismo.
De qualquer maneira, tais imponderáveis não importam no cálculo moral. Quando, dia após dia, milhares de pessoas saem às ruas pacificamente para para exigir o direito de escolher seus governantes, correndo os riscos inerentes ao enfrentamene com um regime autoritário, elas merecem apoio, seja sua causa quixotesca ou não.
Por outro lado, um outro blogueiro europeu que descobri agora, mais pessimista, compara os protestos atuais com outras situações históricas como Hungria, Romênia, República Tcheca, e prevê que Ahmadinejad e Khamenei vão vencer a parada, por um motivo muito simples: têm as armas na mão.
A conferir ainda o sempre interessante Spengler bem como o Richard Fernandez do Belmont Club.
De qualquer modo, é fato que o modo de transmitir informações mudou radicalmente, e deve mudar ainda mais. O jornalista tradicional é uma figura tão arcaica quanto o escriba após a invenção de Gutenberg.

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Morte à tirania!
A imagem de Neda Soltani corre o mundo. O pior é que a moça nem ao menos participava ativamente dos protestos: apenas assistia, ao lado do pai. Foi alvejada por um basij.
Só há uma resposta possível a isso. Morte a Khamenei. Morte à tirania dos aiatolás. Pela liberdade do povo iraniano!
Obama condenou a violência, mas do seu modo neutro, calculador. Falou em "comunidade internacional". Você já ouviu algum outro presidente americano que fale tanto em "comunidade internacional"? Preste atenção. Ele raramente fala em nome dos EUA ou da América. Fala em nome de si mesmo ou da "comunidade internacional". Como se fosse presidente do mundo. Observe ainda que seus pronunciamentos foram todos feitos de acordo com as notícias que iam chegando. Primeiro celebrou o "robusto debate" da eleição. Mesmo quando a fraude já era óbvia, ainda assim falou que estaria disposto a dialogar com o vencedor. Somente quando a brutalidade da repressão começou a ficar óbvia demais é que fez um pronunciamento contrário à violência, mas, mesmo assim, um pronunciamento morno, que nem ao menos foi lido pessoalmente. Um presidente com princípios teria agido de modo diferente, mas Obama tem princípios? Acredita na democracia? Acredita nos EUA? Francamente, não sei.
Amahdinejad, de qualquer modo, respondeu com desprezo. Criticou EUA e Inglaterra (?) e falou que quem critica o Irã não será incluído no seu "círculo de amizade". Como se alguém quisesse amizade com um assassino de adolescentes.
Enquanto espanca o próprio povo, a corja no poder do Irã planeja um exercício militar ousado a partir de segunda-feira, com os olhos voltados para Israel. Como se nada estivesse acontecendo no próprio país.
Os protestos continuam. A filha de Rafsanjani foi presa. A população continua sento atacada a tiros e gás. Mais jovens foram mortos hoje.
Só há uma resposta a isso. Não é o "diálogo" com assassinos. Não é a "paz" com torturadores. Não é a "amizade" com canalhas.
Pelo fim do regime islâmico no Irã! Morte à tirania! Morte a Khamenei e Ahmadinejad! Liberdade para o povo persa!

Só há uma resposta possível a isso. Morte a Khamenei. Morte à tirania dos aiatolás. Pela liberdade do povo iraniano!
Obama condenou a violência, mas do seu modo neutro, calculador. Falou em "comunidade internacional". Você já ouviu algum outro presidente americano que fale tanto em "comunidade internacional"? Preste atenção. Ele raramente fala em nome dos EUA ou da América. Fala em nome de si mesmo ou da "comunidade internacional". Como se fosse presidente do mundo. Observe ainda que seus pronunciamentos foram todos feitos de acordo com as notícias que iam chegando. Primeiro celebrou o "robusto debate" da eleição. Mesmo quando a fraude já era óbvia, ainda assim falou que estaria disposto a dialogar com o vencedor. Somente quando a brutalidade da repressão começou a ficar óbvia demais é que fez um pronunciamento contrário à violência, mas, mesmo assim, um pronunciamento morno, que nem ao menos foi lido pessoalmente. Um presidente com princípios teria agido de modo diferente, mas Obama tem princípios? Acredita na democracia? Acredita nos EUA? Francamente, não sei.
Amahdinejad, de qualquer modo, respondeu com desprezo. Criticou EUA e Inglaterra (?) e falou que quem critica o Irã não será incluído no seu "círculo de amizade". Como se alguém quisesse amizade com um assassino de adolescentes.
Enquanto espanca o próprio povo, a corja no poder do Irã planeja um exercício militar ousado a partir de segunda-feira, com os olhos voltados para Israel. Como se nada estivesse acontecendo no próprio país.
Os protestos continuam. A filha de Rafsanjani foi presa. A população continua sento atacada a tiros e gás. Mais jovens foram mortos hoje.
Só há uma resposta a isso. Não é o "diálogo" com assassinos. Não é a "paz" com torturadores. Não é a "amizade" com canalhas.
Pelo fim do regime islâmico no Irã! Morte à tirania! Morte a Khamenei e Ahmadinejad! Liberdade para o povo persa!


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sexta-feira, 19 de junho de 2009
A esquerda e o Irã

Mousavi é de esquerda e Ahamadinejad é de direita, ou é o contrário? Khamenei é "conservador" e o pessoal que protesta é "liberal"? Por que a esquerda em peso apóia Ahmadinejad, que segundo a mídia seria "conservador" e "de direita"? Por que Chávez e Lula foram enfáticos ao apoiar o regime vigente e afirmar que "não houve fraude", e por que os comentaristas de esquerda apoiam em peso a soturna figura de Ahmadinejad?
A resposta é simples, mas exige uma compreensão do que realmente significa "ser de esquerda", pois mesmo muitos esquerdistas não tem essa compreensão. Consideram-se "de esquerda" sem saber exatamente a que carroça estão atrelados.
A esquerda quer a destruição do Ocidente tradicional e seus valores, simples assim. Esse é e sempre foi seu objetivo, ontem através da luta de classes, hoje através do ressentimento racial, ontem através da luta armada, hoje através da infiltração gramsciana, mas o objetivo é o mesmo sempre - destruir o odiado Ocidente tradicional e suas patéticas tradições "burguesas", "imperialistas", "racistas" e "patriarcais".
Desse modo, Ahmadinejad e Khamenei são "conservadores", mas conservadores do sistema teocrático islâmico e, portanto, inimigos declarados do Ocidente. O que eles querem "conservar" não é de modo algum o que os conservadores ocidentais querem conservar.
Isso explica por que a esquerda apóia os mulás mais radicais - simplesmente porque são os que tem o discurso mais agressivo contra o Ocidente.
Como diz um comentarista lá no blog do PD:
Pedro Dória, o lider iraniano é a esquerda nacionalista. Acorda, camarada! A cãodidato derrotado pelo Islã e pelos que entendem a necessidade manter o satatu quo, são a direita porque estão atrelados ao jogo do capital sem pátria. É muito simples. Estamos em guerra, Pedro!Quer saber? Ele tem razão.

terça-feira, 16 de junho de 2009
Teorias sobre o Irã
O que está realmente acontecendo no Irã? Algumas teorias.
1) Uma disputa interna entre duas facções de mulás pelo poder, cujo resultado é irrelevante para o público em geral. Mousavi, afinal, não é nenhum revolucionário, nem mesmo o "reformista" vendido pela mídia, é "um antigo primeiro-ministro de Kohmeini, responsável pela execução maciça de opositores políticos na década de 80 (20 mil? 30 mil?)", ou seja, é tão parte do sistema quanto Amadinehjad. Trata-se apenas de uma briga pelas benesses e dinheiro que o poder político trazem. Nessa hipótese, os protestos da população urbana, cansada do regime, são apenas um efeito colateral indesejado.
2) Um truque ilusionista de proporções mundiais: na verdade, a idéia dos mulás é colocar no poder Mousavi. A fraude e os conseqüentes protestos foram orquestrados pelos próprios mulás, de modo a garantir a Mousavi sua imagem de "herói do povo" e líder popular contrário ao "truculento" Amahdinejad. Após uma falsa recontagem de votos, Mousavi assumiria o poder, visto como um candidato reformista provado nas ruas, mas que na realidade representa a continuidade do mesmo regime, com mudanças meramente cosméticas. Esta teoria, no entanto, suporia que os mulás tem pleno controle sobre todas as suas facções, o que não é de modo algum certo.
3) Uma luta real entre "reformistas" e "conservadores", como nos informa o Pedro Doria. Parece-me a menos provável das hipóteses. O grande problema da imprensa ocidental é que tende a enxergar tudo sob olhos ocidentais, como se as eleições em Teerã fossem como as de Washington ou São Paulo. Não são, não. O regime é que decide quem pode se candidatar e quem não; o Líder Supremo em teoria pode até ignorar o resultado dos votos e nomear quem ele achar melhor; e os próprios conceitos do que significa "conservador" ou "reformista" por lá não são os mesmos dos nossos. Segundo notícias, vários próprios jovens que protestam "contra o regime" levam fotos de Khomeini e gritam "Alá Ackbar". Ou seja, com Mousavi ou Amadinehjad, vai continuar a mesma droga, ao menos até o caráter "islâmico" do regime não ser destruído.
4) (Atualização) Faltou uma teoria: "tudo é culpa de Israel."® Na verdade, não houve fraude alguma, trata-se apenas de um maquiavélico plano Sionista de utilizar o Twitter para desestabilizar o Irã. Sério.
1) Uma disputa interna entre duas facções de mulás pelo poder, cujo resultado é irrelevante para o público em geral. Mousavi, afinal, não é nenhum revolucionário, nem mesmo o "reformista" vendido pela mídia, é "um antigo primeiro-ministro de Kohmeini, responsável pela execução maciça de opositores políticos na década de 80 (20 mil? 30 mil?)", ou seja, é tão parte do sistema quanto Amadinehjad. Trata-se apenas de uma briga pelas benesses e dinheiro que o poder político trazem. Nessa hipótese, os protestos da população urbana, cansada do regime, são apenas um efeito colateral indesejado.
2) Um truque ilusionista de proporções mundiais: na verdade, a idéia dos mulás é colocar no poder Mousavi. A fraude e os conseqüentes protestos foram orquestrados pelos próprios mulás, de modo a garantir a Mousavi sua imagem de "herói do povo" e líder popular contrário ao "truculento" Amahdinejad. Após uma falsa recontagem de votos, Mousavi assumiria o poder, visto como um candidato reformista provado nas ruas, mas que na realidade representa a continuidade do mesmo regime, com mudanças meramente cosméticas. Esta teoria, no entanto, suporia que os mulás tem pleno controle sobre todas as suas facções, o que não é de modo algum certo.
3) Uma luta real entre "reformistas" e "conservadores", como nos informa o Pedro Doria. Parece-me a menos provável das hipóteses. O grande problema da imprensa ocidental é que tende a enxergar tudo sob olhos ocidentais, como se as eleições em Teerã fossem como as de Washington ou São Paulo. Não são, não. O regime é que decide quem pode se candidatar e quem não; o Líder Supremo em teoria pode até ignorar o resultado dos votos e nomear quem ele achar melhor; e os próprios conceitos do que significa "conservador" ou "reformista" por lá não são os mesmos dos nossos. Segundo notícias, vários próprios jovens que protestam "contra o regime" levam fotos de Khomeini e gritam "Alá Ackbar". Ou seja, com Mousavi ou Amadinehjad, vai continuar a mesma droga, ao menos até o caráter "islâmico" do regime não ser destruído.
4) (Atualização) Faltou uma teoria: "tudo é culpa de Israel."® Na verdade, não houve fraude alguma, trata-se apenas de um maquiavélico plano Sionista de utilizar o Twitter para desestabilizar o Irã. Sério.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O Irã e a Internet
Os protestos continuam no Irã, já com ao menos um morto, ou, segundo outras fontes, com dezenas. Fotos dos protestos ao vivo de Teerã aqui. O Bruno Mota tem dois excelentes artigos sobre o tema, em "Nunca compre uma rifa de um Aiatolá". De qualquer modo, a prova mais coerente para a existência de fraude me parece a seguinte - cadê os manifestantes pró-Amahdinejad celebrando nas ruas a "vitória"? Só se vê a polícia e o governo contra os manifestantes.
Que houve fraude ou algum outro tipo de manipulação é bastante claro. A grande dúvida é por que os mulás determinaram - ao custo de conflito interno e repercussão negativa externa - a vitória do polêmico Ahmadinejad, quando um falso moderado como Mousavi poderia tornar mais fácil o falso diálogo com Washington e a aquisição de armas nucleares e, por extensão, a permanência eterna do regime? Alguns acreditam que se trate de uma disputa interna entre dois grupos de mulás, ou entre os mulás tradicionais e os "neo-mulás", isto e, entre as lideranças religiosas tradicionais e a Guarda Revolucionária. Spengler tem outra teoria, que relaciona os eventos em Teerã com os eventos em Islamabad e no grande contexto de sunitas versus xiitas no mundo islâmico.
Idiolber, enquanto isso, fala sobre... música popular. O único momento em que menciona o Irã é com um link, "A reeleição de Amahdinejad e a hipocrisia de Israel". Não li, mas o título basta. É impressionante! Esse pessoal não consegue criticar os fanáticos islâmicos e/ou Amahdinejad. Não só isso, como ainda aproveita o evento para criticar Bush, Israel, o "capitalismo", etc. E depois ainda têm coragem de criticar a ditadura brasileira e exigir bolsa...
As declarações de Lula de que "É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, então, são de doer. Poucas vezes um presidente de qualquer país do mundo disse tanta besteira junta. Obama chegou perto: mas, depois de celebrar o "robusto debate" das eleições iranianas, preferiu ficar calado. Por ora, não saiu uma única crítica do seu governo à violenta repressão dos mulás.
Surpreende - ou não - a grande participação das mulheres nos protestos.
Do meu modesto ponto de vista, de certa forma, quanto pior melhor. Mesmo que os protestos terminem nos próximos dias, a disputa interna enfraquece o regime dos aiatolás e apressa o seu fim.
Que houve fraude ou algum outro tipo de manipulação é bastante claro. A grande dúvida é por que os mulás determinaram - ao custo de conflito interno e repercussão negativa externa - a vitória do polêmico Ahmadinejad, quando um falso moderado como Mousavi poderia tornar mais fácil o falso diálogo com Washington e a aquisição de armas nucleares e, por extensão, a permanência eterna do regime? Alguns acreditam que se trate de uma disputa interna entre dois grupos de mulás, ou entre os mulás tradicionais e os "neo-mulás", isto e, entre as lideranças religiosas tradicionais e a Guarda Revolucionária. Spengler tem outra teoria, que relaciona os eventos em Teerã com os eventos em Islamabad e no grande contexto de sunitas versus xiitas no mundo islâmico.
Idiolber, enquanto isso, fala sobre... música popular. O único momento em que menciona o Irã é com um link, "A reeleição de Amahdinejad e a hipocrisia de Israel". Não li, mas o título basta. É impressionante! Esse pessoal não consegue criticar os fanáticos islâmicos e/ou Amahdinejad. Não só isso, como ainda aproveita o evento para criticar Bush, Israel, o "capitalismo", etc. E depois ainda têm coragem de criticar a ditadura brasileira e exigir bolsa...
As declarações de Lula de que "É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, então, são de doer. Poucas vezes um presidente de qualquer país do mundo disse tanta besteira junta. Obama chegou perto: mas, depois de celebrar o "robusto debate" das eleições iranianas, preferiu ficar calado. Por ora, não saiu uma única crítica do seu governo à violenta repressão dos mulás.
Surpreende - ou não - a grande participação das mulheres nos protestos.
Do meu modesto ponto de vista, de certa forma, quanto pior melhor. Mesmo que os protestos terminem nos próximos dias, a disputa interna enfraquece o regime dos aiatolás e apressa o seu fim.

domingo, 14 de junho de 2009
Poema do domingo
Acorda... e olha como o sol em seu regresso
vai apagando as estrelas do campo da noite;
do mesmo modo ele vai desvanecer
as grandes luzes da soberba torre do Sultão.
Omar Khayyam (1048-1123)
vai apagando as estrelas do campo da noite;
do mesmo modo ele vai desvanecer
as grandes luzes da soberba torre do Sultão.
Omar Khayyam (1048-1123)
sábado, 13 de junho de 2009
Eleições no Irã e a "vontade do povo"
Amadinehjad foi "reeleito", quase certamente com a ajuda de uma pequena fraude, e o Irã está literalmente pegando fogo.
A administração Obama está num dilema. Queria negociar com o Irã. Porém, com censura e estudantes levando pancada na rua, fica mais difícil fingir que o sujeito é "moderado" e só quer "dialogar". Obama vai ter que endurecer, ou passar por otário. Talvez prefira passar por otário, mas o resto do mundo não vai acompanhar - nem mesmo os países árabes sunitas, que estão cada vez mais preocupados com a beligerância persa xiita.
Ao contrário do que poderia parecer, talvez a situação seja melhor para Israel também. Um falso moderado (não existem reformistas reais no Irã, já que quem manda mesmo é o Ali Khamenei e seus 40 aiatolás) deixaria o mundo menos preocupado com os iranianos e suas bombas nucleares. Do jeito que está, com a ditadura escancarada mesmo para o mais ardente esquerdista, justifica-se cada vez mais um ataque preventivo às instalações nucleares ou, quem sabe, ao próprio governo dos aiatolás (não custa sonhar).
Outra opção seria uma revolução popular no Irã, mas é pouco possível que esta funcione. Quem detém as armas detém o poder (e é por essa razão que uma das primeiras coisas que os ditadores fazem ao tomar o poder é tirar as armas da população). Além disso, a maioria dos descontentes são o pessoal que mora na cidade (e por isso todo o conflito centra-se em Teerã), mas nas zonas rurais miseráveis o regime ainda tem apoio (faz lembrar um outro longínquo país...).
O que é espantoso, mesmo, é o apoio irrestrito que Amadinehjad tem entre os esquerdistas. Só com esse público Amadinehjad é unânime. Fico impressionado. Prova de que tem gente que gosta mesmo é de um ditador, seja de que tipo for.
Agora, uma coisa que é preciso dizer é o seguinte: mesmo que não tivesse havido fraude, e a vitória de Amadinehjad representasse a real "vontade do povo", isso não mudaria tanto as coisas. Muitas pessoas acreditam que democracia significa apenas respeitar a vontade da maioria, independentemente do que esta vontade significar. Assim, segundo estes "esclarecidos", se a maioria do povo iraniano quiser apedrejar suas mulheres, ou enforcar suas crianças, ou tirar o dinheiro de uma minoria e escravizá-la, ou matar judeus, ou detonar uma bomba atômica em Tel Aviv, tudo bem, "devemos respeitar".
Errado. Ditadura (ou imoralidade) da maioria continua sendo ditadura (ou imoralidade).
A administração Obama está num dilema. Queria negociar com o Irã. Porém, com censura e estudantes levando pancada na rua, fica mais difícil fingir que o sujeito é "moderado" e só quer "dialogar". Obama vai ter que endurecer, ou passar por otário. Talvez prefira passar por otário, mas o resto do mundo não vai acompanhar - nem mesmo os países árabes sunitas, que estão cada vez mais preocupados com a beligerância persa xiita.
Ao contrário do que poderia parecer, talvez a situação seja melhor para Israel também. Um falso moderado (não existem reformistas reais no Irã, já que quem manda mesmo é o Ali Khamenei e seus 40 aiatolás) deixaria o mundo menos preocupado com os iranianos e suas bombas nucleares. Do jeito que está, com a ditadura escancarada mesmo para o mais ardente esquerdista, justifica-se cada vez mais um ataque preventivo às instalações nucleares ou, quem sabe, ao próprio governo dos aiatolás (não custa sonhar).
Outra opção seria uma revolução popular no Irã, mas é pouco possível que esta funcione. Quem detém as armas detém o poder (e é por essa razão que uma das primeiras coisas que os ditadores fazem ao tomar o poder é tirar as armas da população). Além disso, a maioria dos descontentes são o pessoal que mora na cidade (e por isso todo o conflito centra-se em Teerã), mas nas zonas rurais miseráveis o regime ainda tem apoio (faz lembrar um outro longínquo país...).
O que é espantoso, mesmo, é o apoio irrestrito que Amadinehjad tem entre os esquerdistas. Só com esse público Amadinehjad é unânime. Fico impressionado. Prova de que tem gente que gosta mesmo é de um ditador, seja de que tipo for.
Agora, uma coisa que é preciso dizer é o seguinte: mesmo que não tivesse havido fraude, e a vitória de Amadinehjad representasse a real "vontade do povo", isso não mudaria tanto as coisas. Muitas pessoas acreditam que democracia significa apenas respeitar a vontade da maioria, independentemente do que esta vontade significar. Assim, segundo estes "esclarecidos", se a maioria do povo iraniano quiser apedrejar suas mulheres, ou enforcar suas crianças, ou tirar o dinheiro de uma minoria e escravizá-la, ou matar judeus, ou detonar uma bomba atômica em Tel Aviv, tudo bem, "devemos respeitar".
Errado. Ditadura (ou imoralidade) da maioria continua sendo ditadura (ou imoralidade).

sábado, 16 de maio de 2009
Perfis da Perfídia
Acho que vou inaugurar uma nova seção: Perfis da Perfídia. Para celebrar amargamente as personalidades que se esforçam diariamente em transformar o mundo em um lugar pior.
A personalidade de hoje é o Nobel da Paz Mohammed El-Baradei.
Que o sujeito seja Nobel, já é algo para ser visto com desconfiança, já que quase sempre o mérito tem algum viés político. Quase não há escritor Nobel que não seja de esquerda, por exemplo.
Nobel da Paz, então, é ainda pior. Em nove entre dez casos, trata-se de um reverendíssimo filho da puta, quando não um perigoso facínora que deveria estar atrás das grades.
Tomemos o El-Baradei. Nominalmente líder de uma comissão que tem o objetivo de controlar a proliferação de armas atômicas, faz todo o possível para os países muçulmanos terem a Bomba. Recentemente, ele afirmou que a proliferação de armas nucleares no Oriente Médio é incontrolável, e ocorrerá em breve - a não ser que as grandes potências eliminem o seu arsenal.
É o velho argumento: o vilão diz ao mocinho, tudo bem, você me entrega o microfilme Y, e eu juro que não destruo o mundo. Aí o mocinho entrega o microfilme, e o vilão não só continua com seus planos de destruir o mundo, como ainda tranca o herói e sua garota no porão, onde serão mortos através de um complicado sistema de raios laser e serras giratórias.
Ah, El-Baradei é assim-assim com os iranianos.
A personalidade de hoje é o Nobel da Paz Mohammed El-Baradei.
Que o sujeito seja Nobel, já é algo para ser visto com desconfiança, já que quase sempre o mérito tem algum viés político. Quase não há escritor Nobel que não seja de esquerda, por exemplo.
Nobel da Paz, então, é ainda pior. Em nove entre dez casos, trata-se de um reverendíssimo filho da puta, quando não um perigoso facínora que deveria estar atrás das grades.
Tomemos o El-Baradei. Nominalmente líder de uma comissão que tem o objetivo de controlar a proliferação de armas atômicas, faz todo o possível para os países muçulmanos terem a Bomba. Recentemente, ele afirmou que a proliferação de armas nucleares no Oriente Médio é incontrolável, e ocorrerá em breve - a não ser que as grandes potências eliminem o seu arsenal.
É o velho argumento: o vilão diz ao mocinho, tudo bem, você me entrega o microfilme Y, e eu juro que não destruo o mundo. Aí o mocinho entrega o microfilme, e o vilão não só continua com seus planos de destruir o mundo, como ainda tranca o herói e sua garota no porão, onde serão mortos através de um complicado sistema de raios laser e serras giratórias.
Ah, El-Baradei é assim-assim com os iranianos.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Brasil, Irã e Israel, ou: nem tudo é antisemitismo
Vou dizer agora uma coisa que parece o oposto do que eu acabei de dizer, mas não é.
Nem tudo é antisemitismo. Acho que todo mundo pode ter o direito de criticar Israel, e nem toda crítica ao país é necessariamente "antisemita".
Nem tenho certeza que a postura do Brasil lulista ao receber Amadinehjad seja "antisemita", embora seja claramente uma tentativa de chute na canela de Israel. Mas acho que, no fundo, é apenas a mesma postura ideológica tradicional petista de se associar preferencialmente a republiquetas de ditadores latinos ou africanos, pois é com essa gente que Lula e os petistas, no fundo, se identificam.
A pergunta é: o que tem a ganhar o Brasil ao se associar com o Irã, e em especial com o polêmico presidente iraniano? A idéia que a Petrobras possa explorar petróleo no Irã é pouco provável, já que eles tem sua própria empresa estatal que controla tudo. Acordos comerciais que beneficiem o Brasil também são pouco prováveis, já que o Irã encontra-se em grave crise econômica, salvo que o Brasil decida passar aos mulás sua tecnologia nuclear. De acordo com esta notícia:
Estamos feitos! O Brasil vai imitar a regulação financeira do Irã, baseada na sha'ria. Não seria mais útil realizar novos acordos de cooperação tecnológica com Israel, líder inovador nessa área? Mesmo países que nominalmente apóiam o Irã, como China e Rússia, vendem sistemas velhos aos iranianos e compram tecnologia e armas modernas de Israel.
Então, nem sei com certeza se receber o malucão do Amadinehjad no Brasil configura antisemitismo ou não. O que sei é que é burrice, em nome de uma ideologia torta.
Nem tudo é antisemitismo. Acho que todo mundo pode ter o direito de criticar Israel, e nem toda crítica ao país é necessariamente "antisemita".
Nem tenho certeza que a postura do Brasil lulista ao receber Amadinehjad seja "antisemita", embora seja claramente uma tentativa de chute na canela de Israel. Mas acho que, no fundo, é apenas a mesma postura ideológica tradicional petista de se associar preferencialmente a republiquetas de ditadores latinos ou africanos, pois é com essa gente que Lula e os petistas, no fundo, se identificam.
A pergunta é: o que tem a ganhar o Brasil ao se associar com o Irã, e em especial com o polêmico presidente iraniano? A idéia que a Petrobras possa explorar petróleo no Irã é pouco provável, já que eles tem sua própria empresa estatal que controla tudo. Acordos comerciais que beneficiem o Brasil também são pouco prováveis, já que o Irã encontra-se em grave crise econômica, salvo que o Brasil decida passar aos mulás sua tecnologia nuclear. De acordo com esta notícia:
Em entrevista coletiva após o encontro, Amorim disse que uma das propostas com repercussão mais concreta e imediata foi feita com o Banco Central brasileiro. O intuito é que haja um acordo entre os bancos centrais dos dois países para troca de informações sobre regulação do sistema financeiro.
Estamos feitos! O Brasil vai imitar a regulação financeira do Irã, baseada na sha'ria. Não seria mais útil realizar novos acordos de cooperação tecnológica com Israel, líder inovador nessa área? Mesmo países que nominalmente apóiam o Irã, como China e Rússia, vendem sistemas velhos aos iranianos e compram tecnologia e armas modernas de Israel.
Então, nem sei com certeza se receber o malucão do Amadinehjad no Brasil configura antisemitismo ou não. O que sei é que é burrice, em nome de uma ideologia torta.
terça-feira, 24 de março de 2009
Heróis e vilões
Um jovem blogueiro iraniano acusado de insultar o Aiatolá Supremo do Irã e criticar o apoio dos mulás ao Hezbollah foi suicidado na prisão, possivelmente após sofrer tortura. Há vários outros blogueiros presos, incluindo Hoder Darakshan, considerado o pai da blogosfera iraniana. Ele está preso por traição por ter visitado Israel, "crime" que no Irã é passível de execução. (Esse é o governo com o qual os obamistas querem dialogar, e que os esquerdistas querem que tenha armas nucleares). Repercussão internacional? Zero.
Li a notícia no Times londrino. Enquanto isso, na seção "fotos do dia" do mesmo jornal, das nove fotos internacionais publicadas, três - um terço das imagens consideradas mais relevantes no mundo todo pela editoria do jornal! - são dedicadas aos palestinos, vítimas dos malvados sionistas. Fotos que, aliás, não se referem a qualquer fato importante acontecido, apenas mostram criancinhas palestinas sorrindo em meio às ruinas ou na suposta miséria.
Não é tanto que a mídia supervalorize os palestinos. É que desvaloriza todos os outros seres humanos.
Li a notícia no Times londrino. Enquanto isso, na seção "fotos do dia" do mesmo jornal, das nove fotos internacionais publicadas, três - um terço das imagens consideradas mais relevantes no mundo todo pela editoria do jornal! - são dedicadas aos palestinos, vítimas dos malvados sionistas. Fotos que, aliás, não se referem a qualquer fato importante acontecido, apenas mostram criancinhas palestinas sorrindo em meio às ruinas ou na suposta miséria.
Não é tanto que a mídia supervalorize os palestinos. É que desvaloriza todos os outros seres humanos.
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terça-feira, 3 de março de 2009
Malditos pacifistas!
Acho que foi o Ambrose Bierce quem disse que os maiores provocadores de guerras são os pacifistas.
Em um ótimo post recente, Fábio Marton observou:
De fato, o pacifista é, muitas vezes, um covarde que celebra as humilhações impostas pelo inimigo, desde que pareçam um "acordo". Ao aceitar as mais ultrajantes pretensões de igual para igual, o pacifista fica à mercê de qualquer tirano ou agressor.
O verdadeiro pacifista não é aquele que cede a tudo em nome da paz, é o que deixa claros os limites e tem a força ao seu lado.
Mas nossa época é única ao ter, não apenas pacifistas covardes, como "pacifistas preventivos". Antes de que qualquer guerra estoure, lá estão eles entregando de bandeja todos os seus mais preciosos bens, em nome da "paz".
Na guerra do Irã contra o Iraque, o governo iraniano importou 500.000 chaves de plástico de Taiwan. Os mulás entregaram as chaves a equivalente número de crianças e disseram a elas que eram as chaves do paraíso. Logo as mandaram caminhar por campos minados. Como as crianças explodiam em mil pedaços, os mulás logo determinaram que estas primeiro se enrolassem em lençóis, para que as partes não se espalhassem e elas pudessem ser enterradas sem perda de tempo.
Pois foi com esse grupo de assassinos de crianças que, recentemente, um grupo de atores Hollywoodianos quis dialogar. A comitiva foi a Teerã a mando de Obama, justamente com o intuito de celebrar o "diálogo cultural entre os povos". A reação dos mulás foi de desprezo e rejeição. Exigiram que antes de querer dialogar com o Irã, Hollywood pedisse desculpas pelos "abjetos" filmes "300" (onde os persas sao derrotados pelos gregos) e "The Wrestler" (onde há um lutador chamado "Aiatolá" e uma bandeira iraniana é rasgada).
Mas o mais curioso de tudo é mesmo ver como o pacifismo mais johnlennoniano se transforma rapidamente em brutal sede de sangue humano. No blog do Orlando Tambosi, um comentarista anônimo irritado com o "genocídio em Gaza" afirma:
Em um ótimo post recente, Fábio Marton observou:
[P]acifismo é apenas a ilusão infantil, mimada, de que não existem inimigos verdadeiros e não existe derrota, uma ilusão que depende de jamais se estabelecer um limite para até onde se pode ceder, que há as coisas que podem ser negociadas e coisas que não podem. "Átila quer nossas irmãs e sobrinhas? Hmm... pode ser só as irmãs mais velhas?". Como várias outras idéias fracas mas populares, o pacifismo é tomado por sabedoria porque é o caminho de menor esforço aos moralmente preguiçosos.
De fato, o pacifista é, muitas vezes, um covarde que celebra as humilhações impostas pelo inimigo, desde que pareçam um "acordo". Ao aceitar as mais ultrajantes pretensões de igual para igual, o pacifista fica à mercê de qualquer tirano ou agressor.
O verdadeiro pacifista não é aquele que cede a tudo em nome da paz, é o que deixa claros os limites e tem a força ao seu lado.
Mas nossa época é única ao ter, não apenas pacifistas covardes, como "pacifistas preventivos". Antes de que qualquer guerra estoure, lá estão eles entregando de bandeja todos os seus mais preciosos bens, em nome da "paz".
Na guerra do Irã contra o Iraque, o governo iraniano importou 500.000 chaves de plástico de Taiwan. Os mulás entregaram as chaves a equivalente número de crianças e disseram a elas que eram as chaves do paraíso. Logo as mandaram caminhar por campos minados. Como as crianças explodiam em mil pedaços, os mulás logo determinaram que estas primeiro se enrolassem em lençóis, para que as partes não se espalhassem e elas pudessem ser enterradas sem perda de tempo.
Pois foi com esse grupo de assassinos de crianças que, recentemente, um grupo de atores Hollywoodianos quis dialogar. A comitiva foi a Teerã a mando de Obama, justamente com o intuito de celebrar o "diálogo cultural entre os povos". A reação dos mulás foi de desprezo e rejeição. Exigiram que antes de querer dialogar com o Irã, Hollywood pedisse desculpas pelos "abjetos" filmes "300" (onde os persas sao derrotados pelos gregos) e "The Wrestler" (onde há um lutador chamado "Aiatolá" e uma bandeira iraniana é rasgada).
Mas o mais curioso de tudo é mesmo ver como o pacifismo mais johnlennoniano se transforma rapidamente em brutal sede de sangue humano. No blog do Orlando Tambosi, um comentarista anônimo irritado com o "genocídio em Gaza" afirma:
Espero que o Irã desenvolva logo sua bomba atômica, pois só assim a região finalmente terá paz. A paz atômica. (*)
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Israel não vai a lugar nenhum
Imagine que chegasse na terra um alienígena do planeta Vulcano ou Tralfamador e, sem saber nada do conflito entre israelenses e palestinos, se pusesse a observar as respectivas manifestações.
Em uma veria bandeiras queimadas, pessoas armadas, quebra-quebra, gritos pedindo a "morte" de um grupo étnico-religioso, conflitos com a polícia, intimidação.
Na outra, veria gente tranqüila, cantando, erguendo cartazes sem provocações excessivas, e no final indo embora sem qualquer briga com os policiais.
O que ele pensaria do conflito, apenas vendo tais passeatas?
Mas outra diferença que o nosso amigo alienígena perceberia seria que, nas manifestações pacíficas, misturadas às bandeiras israelenses, haveria muitas bandeiras norte-americanas, francesas ou inglesas, isto é, bandeiras do próprio país. Do outro lado, não haveria qualquer bandeira nativa: apenas bandeiras palestinas e de organizações terroristas estrangeiras como Hamas ou Hizballah.
Lamento informar ao Al-Idelber e todos os que torcem pelo Hamas que Israel não vai a lugar nenhum. Leia aqui (em inglês) um excelente artigo explica que o Hamas e seus apoiadores se enganam ao acreditar que poderão expulsar os judeus com seus foguetinhos e sua ONU e sua mídia. Israel foi muito além do vitimismo, é um país moderno e bem armado. Pode aceitar os palestinos ao seu lado se estes decidirem viver em paz, mas, se eles continuarem com a violência, vão ter o troco. Está na hora, diz o artigo, dospalestinos muçulmanos deixarem de lado seus sonhos terroristas de aniquilação total, e simplesmente fazerem o que deviam ter feito há 60 anos: aceitar a existência de Israel. O país não vai sumir do mapa só porque alguns querem.
(Aqui um artigo do argentino Marcos Aguinis em tons parecidos; mas o artigo acima é melhor.)
Na verdade, este conflito entre Israel e palestinos teria acabado muito tempo antes se não fosse a esquerda. É a esquerda que dá alento ao Hamas, Hizballah, Irã e demais facínoras. É a esquerda, com seu apoio a terroristas em pleno Ocidente, que lhes dá a ilusão de que seus delirantes planos de genocídio podem ser levados a cabo. É a esquerda imbecil, falando nos "pontos positivos" do Hamas e de como apenas "são um grupo terrorista em estrito senso" que lhes fazem acreditar que seus objetivos delirantes são possíveis.
A esquerda hoje é o idiota útil do Islã. Idelber, Bourdokan e seus "caros amigos" fariam bem em ler a história da Revolução Islâmica Iraniana e o que aconteceu com os aliados comunistas dos aiatolás depois que estes tomaram o poder. Talvez ficassem com um pé atrás ao descobrir que poderiam perder a cabeça...
Mas há ainda outra razão para acreditar que Israel se manterá onde está, apesar do choro dos esquerdistas e dos sonhos genocidas dos muçulmanos. É que Israel, ainda que de um modo torto, joga um papel fundamental na bizarra política do Oriente Médio. Perceba, por exemplo, que o Irã latiu, mas não mordeu. O Hizballah diz ter "vencido a guerra", mas apesar de ter se rearmado não lançou um único foguetinho desde 2006 (Bem, na verdade, houve um foguete do Líbano, mas enviado por palestinos). A Síria também ficou em silêncio. Já o Egito, com medo do Irã e da Irmandade Muçulmana, apoiou o ataque contra o Hamas. De um lado, sunitas. Do outro, xiitas. De um lado, árabes. Do outro, persas. Odeiam Israel, é certo. Mas o que fariam sem Israel ali, se não se atacar diretamente uns aos outros? O conflito Israel vs. "palestinos" é apenas o reflexo de outros conflitos maiores, assim como a Guerra do Vietnã era uma luta entre EUA e URSS.
E a violência dos manifestantes muçulmanos barbarizando em cidades ocidentais em nome de Gaza só serviu para deixar seus habitantes nativos cada vez mais desconfiados desse pessoal.
Em uma veria bandeiras queimadas, pessoas armadas, quebra-quebra, gritos pedindo a "morte" de um grupo étnico-religioso, conflitos com a polícia, intimidação.
Na outra, veria gente tranqüila, cantando, erguendo cartazes sem provocações excessivas, e no final indo embora sem qualquer briga com os policiais.
O que ele pensaria do conflito, apenas vendo tais passeatas?
Mas outra diferença que o nosso amigo alienígena perceberia seria que, nas manifestações pacíficas, misturadas às bandeiras israelenses, haveria muitas bandeiras norte-americanas, francesas ou inglesas, isto é, bandeiras do próprio país. Do outro lado, não haveria qualquer bandeira nativa: apenas bandeiras palestinas e de organizações terroristas estrangeiras como Hamas ou Hizballah.
Lamento informar ao Al-Idelber e todos os que torcem pelo Hamas que Israel não vai a lugar nenhum. Leia aqui (em inglês) um excelente artigo explica que o Hamas e seus apoiadores se enganam ao acreditar que poderão expulsar os judeus com seus foguetinhos e sua ONU e sua mídia. Israel foi muito além do vitimismo, é um país moderno e bem armado. Pode aceitar os palestinos ao seu lado se estes decidirem viver em paz, mas, se eles continuarem com a violência, vão ter o troco. Está na hora, diz o artigo, dos
(Aqui um artigo do argentino Marcos Aguinis em tons parecidos; mas o artigo acima é melhor.)
Na verdade, este conflito entre Israel e palestinos teria acabado muito tempo antes se não fosse a esquerda. É a esquerda que dá alento ao Hamas, Hizballah, Irã e demais facínoras. É a esquerda, com seu apoio a terroristas em pleno Ocidente, que lhes dá a ilusão de que seus delirantes planos de genocídio podem ser levados a cabo. É a esquerda imbecil, falando nos "pontos positivos" do Hamas e de como apenas "são um grupo terrorista em estrito senso" que lhes fazem acreditar que seus objetivos delirantes são possíveis.
A esquerda hoje é o idiota útil do Islã. Idelber, Bourdokan e seus "caros amigos" fariam bem em ler a história da Revolução Islâmica Iraniana e o que aconteceu com os aliados comunistas dos aiatolás depois que estes tomaram o poder. Talvez ficassem com um pé atrás ao descobrir que poderiam perder a cabeça...
Mas há ainda outra razão para acreditar que Israel se manterá onde está, apesar do choro dos esquerdistas e dos sonhos genocidas dos muçulmanos. É que Israel, ainda que de um modo torto, joga um papel fundamental na bizarra política do Oriente Médio. Perceba, por exemplo, que o Irã latiu, mas não mordeu. O Hizballah diz ter "vencido a guerra", mas apesar de ter se rearmado não lançou um único foguetinho desde 2006 (Bem, na verdade, houve um foguete do Líbano, mas enviado por palestinos). A Síria também ficou em silêncio. Já o Egito, com medo do Irã e da Irmandade Muçulmana, apoiou o ataque contra o Hamas. De um lado, sunitas. Do outro, xiitas. De um lado, árabes. Do outro, persas. Odeiam Israel, é certo. Mas o que fariam sem Israel ali, se não se atacar diretamente uns aos outros? O conflito Israel vs. "palestinos" é apenas o reflexo de outros conflitos maiores, assim como a Guerra do Vietnã era uma luta entre EUA e URSS.
E a violência dos manifestantes muçulmanos barbarizando em cidades ocidentais em nome de Gaza só serviu para deixar seus habitantes nativos cada vez mais desconfiados desse pessoal.
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sábado, 25 de outubro de 2008
Repressão no Irã
Esha Momeni, estudante da Califórnia de origem iraniana, cidadã americana e iraniana, feminista, foi ao Irã para visitar sua família e para relizar uma pesquisa sobre a opressão das mulheres no Irã.
Sua pesquisa não passou desaparecebida das autoridades locais. Foi acusada de, hã, "violar as leis do trânsito ao ultrapassar um carro", e está agora presa e incomunicada na prisão de Erin em Teerã. Não tem acesso a advogados.
A prisão de Erin é onde a fotógrafa iraniano-canadense Zahra Kazemi foi estuprada, espancada e morta em 2003.
Não sei se celebrar a coragem ou lamentar a ingenuidade dessas mulheres. Parecem não se dar conta que o Irã não é como os EUA ou o Canadá, países onde você pode protestar contra o governo sem que nada aconteça com você. Lá, amigos, a coisa é séria.
Zahra Kazemi, por exemplo, foi ao Oriente Médio para "documentar a ocupação norte-americana do Iraque". Depois foi ao Irã e tirou fotos da prisão de Erin, o que era proibido. Terminou sendo ela mesma recolhida à prisão.
Já Esha foi ao Irã para entrevistar mulheres feministas iranianas para a sua tese de mestrado. Talvez não soubesse, mas foi monitorada desde que chegou ao país. Foi presa menos de dois meses depois.
Seus colegas e professores, que provavelmente a incentivaram nessa insanidade, estão chocados. Afirmam que não conseguem entender porque a moça foi presa.
Estão no momento organizando um abaixo-assinado...
Sua pesquisa não passou desaparecebida das autoridades locais. Foi acusada de, hã, "violar as leis do trânsito ao ultrapassar um carro", e está agora presa e incomunicada na prisão de Erin em Teerã. Não tem acesso a advogados.
A prisão de Erin é onde a fotógrafa iraniano-canadense Zahra Kazemi foi estuprada, espancada e morta em 2003.
Não sei se celebrar a coragem ou lamentar a ingenuidade dessas mulheres. Parecem não se dar conta que o Irã não é como os EUA ou o Canadá, países onde você pode protestar contra o governo sem que nada aconteça com você. Lá, amigos, a coisa é séria.
Zahra Kazemi, por exemplo, foi ao Oriente Médio para "documentar a ocupação norte-americana do Iraque". Depois foi ao Irã e tirou fotos da prisão de Erin, o que era proibido. Terminou sendo ela mesma recolhida à prisão.
Já Esha foi ao Irã para entrevistar mulheres feministas iranianas para a sua tese de mestrado. Talvez não soubesse, mas foi monitorada desde que chegou ao país. Foi presa menos de dois meses depois.
Seus colegas e professores, que provavelmente a incentivaram nessa insanidade, estão chocados. Afirmam que não conseguem entender porque a moça foi presa.
Estão no momento organizando um abaixo-assinado...

sábado, 20 de setembro de 2008
De inveja feminina e instinto suicida
Hillary Clinton e Sarah Palin foram convidadas para uma marcha contra a presença do presidente iraniano genocida em Nova York (ele vai fazer um discurso nas Nações Unidas). Hillary, despeitada, recusou-se a participar ao lado de Sarah Palin. Assim, os organizadores, por pressão Democrata, desconvidaram Sarah Palin, pois afinal sua presença isolada poderia "politizar" a marcha. (Curioso, a marcha só se politiza se políticos conservadores participam...)
Enquanto isso, pacifistas partidários de Obama querem oferecer um suntuoso jantar ao genocida iraniano, em plena Nova York, palco dos maiores atentados islâmicos jamais realizados na história do universo...
...e ativistas de esquerda na Alemanha impedem com fogo, pedras e violência a realização de uma manifestação contra a construção de uma mesquita. Os "fascistas" foram considerados aqueles que apanharam e foram impedidos de se manifestar.
Às vezes acho que os progressistas não têm tanto uma idelogia quanto pulsões suicidas. Querem morrer. O problema é que querem levar todos juntos nessa.
Enquanto isso, pacifistas partidários de Obama querem oferecer um suntuoso jantar ao genocida iraniano, em plena Nova York, palco dos maiores atentados islâmicos jamais realizados na história do universo...
...e ativistas de esquerda na Alemanha impedem com fogo, pedras e violência a realização de uma manifestação contra a construção de uma mesquita. Os "fascistas" foram considerados aqueles que apanharam e foram impedidos de se manifestar.
Às vezes acho que os progressistas não têm tanto uma idelogia quanto pulsões suicidas. Querem morrer. O problema é que querem levar todos juntos nessa.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
O Photoshop do Irã
O Irã fez um teste balístico no outro dia, com mísseis de longo alcance que poderiam atingir não apenas Israel como a Europa. O que é curioso, já que por um lado alega que a busca de energia nuclear é para "fins pacíficos", e pelo outro alega que Israel será destruído em breve.
O engraçado é que nas imagens divulgadas pelo Irã para a mídia, foi usado Photoshop para incrementar a ação. Ao menos um míssil a mais foi incluído no pacote. Talvez dois:

De fato, nos vídeos divulgados aparecem apenas três mísseis, sendo que somente um deles é acompanhado na sua trajetória pelos céus.
É tudo, naturalmente, parte da guerra psicológica entre EUA, Israel e Irã. No outro dia, por exemplo, Israel fez um exercício aéreo na Grécia com dezenas de aviões. A operação chamou-se "Gloriosa Sparta", em referência aos espartanos que resistiram ao ataque da antiga Pérsia...
Manobra de propaganda também, e sinal claro de que o ataque contra as instalações nucleares contra o Irã, se ocorrer, ocorrerá de outro modo.
Outra possibilidade é que a estratégia do Irã com todas as ameaças e testes militares que vem realizando é simplesmente a de gerar mais cortina de fumaça para continuar seu projeto nuclear, e causar tensão mundial para aumentar o preço do petróleo, o que beneficiaria sua problemática economia. Pena (para o Irã) que o mercado esteja se habituando: com o último teste, o preço do barril subiu apenas dois dólares, e depois voltou a cair.
(Tirado do LGF, especialistas em desmascarar imagens photoshopadas...)
Atualização: a foto real, aqui: a manipulação foi para encobrir um dos mísseis que falhou.
O engraçado é que nas imagens divulgadas pelo Irã para a mídia, foi usado Photoshop para incrementar a ação. Ao menos um míssil a mais foi incluído no pacote. Talvez dois:

De fato, nos vídeos divulgados aparecem apenas três mísseis, sendo que somente um deles é acompanhado na sua trajetória pelos céus.
É tudo, naturalmente, parte da guerra psicológica entre EUA, Israel e Irã. No outro dia, por exemplo, Israel fez um exercício aéreo na Grécia com dezenas de aviões. A operação chamou-se "Gloriosa Sparta", em referência aos espartanos que resistiram ao ataque da antiga Pérsia...
Manobra de propaganda também, e sinal claro de que o ataque contra as instalações nucleares contra o Irã, se ocorrer, ocorrerá de outro modo.
Outra possibilidade é que a estratégia do Irã com todas as ameaças e testes militares que vem realizando é simplesmente a de gerar mais cortina de fumaça para continuar seu projeto nuclear, e causar tensão mundial para aumentar o preço do petróleo, o que beneficiaria sua problemática economia. Pena (para o Irã) que o mercado esteja se habituando: com o último teste, o preço do barril subiu apenas dois dólares, e depois voltou a cair.
(Tirado do LGF, especialistas em desmascarar imagens photoshopadas...)
Atualização: a foto real, aqui: a manipulação foi para encobrir um dos mísseis que falhou.

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