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terça-feira, 6 de abril de 2010

Tempos confusos

"Se você não está confuso, é porque não está prestando atenção" - disse certa vez um executivo americano. Acho que o mesmo se aplica à política internacional atual.

Recentemente, Obama afirmou que os EUA não utilizariam a bomba atômica como recurso de defesa nem mesmo se fossem atacados massivamente com armas químicas ou biológicas.

Não dá para entender o objetivo de tal fala de Obama. A que serve? A convencer o Irã a abandonar a produção de armas nucleares -- e investir pesadamente em um programa de armas químicas e biológicas? A estimular terroristas a atacarem os EUA? Ou é uma mera manobra de distração para continuar com o projeto de saquear o contribuinte americano enquanto todos discutem outra coisa?

Obama parece ter uma fixação em desinventar as armas nucleares, o que seria até compreensível se não fosse completamente delirante. Os EUA poderão até acabar com o seu arsenal. Não quer dizer que russos, chineses, paquistaneses, indianos, israelenses, iranianos etc farão o mesmo. Aliás, o mais provável é o efeito oposto. Se os EUA diminuírem seu arsenal, pode apostar que todos os outros vão se armar, de europeus a asiáticos, até ditadores africanos.

Mais preocupante é a total falta de reação de Obama a um hipotético ataque com armas químicas e biológicas, as quais, pessoalmente, parecem-me mais terríveis do que as bombas nucleares. Um ataque biológico pode matar mais do que um ataque nuclear, dependendo como for realizado. Obama fala como se tratasse de uma brincadeira de crianças travessas.

Evidentemente, não há - não pode haver! - interesse de Obama e da elite esquerdista-chique americana em sofrer devastantes ataques ao próprio país. Afinal, não só eles próprios poderiam morrer, como isso seria péssimo para os negócios. Portanto, deve haver algo por trás disso além da mera ingenuidade pacifista. Ou será que não?

Acho que as teorias da conspiração estão na moda hoje em dia por uma razão muito simples: das políticas insanas de imigração à economia global, existem simplesmente muitas coisas que acontecem hoje em dia que não parecem fazer sentido algum. (Há comerciais bizarros japoneses que fazem mais sentido.)

É natural que as pessoas procurem explicações esotéricas, misteriosas, ou que vejam os invisíveis tentáculos de uma organização secreta controlando tudo. Faria mais sentido do que muita coisa que se vê por aí.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Bye bye Miss American pie



O Obamacare passou, ao menos no voto inicial. Os Democratas celebram, mas mal sabem eles (ou sabem e não se importam) que estão praticamente assegurando o fim dos EUA como superpotência mundial. It's over, è finito, c'est fini.

O país está à beira da bancarrota, e este trambolho que acaba de passar vai custar mais alguns trilhões. Não haverá dinheiro para inovação em tecnologia médica, e muitas companhias de seguro médico irão falir, deixando o caminho livre para o futuro monopólio estatal, que encherá o bolso de alguns políticos, mas custará mais para todos os outros a uma qualidade cada vez pior.

Naturalmente, a saúde "gratuita" beneficiará prioritariamente aqueles que vivem no welfare, os que recebem pouco e não pagam imposto de renda, e os ilegais. A saúde de todos estes grupos será paga pela classe média que trabalha, graças a um fenomenal aumento de impostos. O aumento de impostos gerará mais desemprego, o que colocará mais pessoas no welfare, o que gerará maiores impostos, etc.

Depoi de ferrar com a saúde, o próximo passo de Obama será aprovar o plano "antiaquecimento global", que vai ferrar com a economia, e o plano de "reforma de imigração", permitindo a legalização imediata de vinte milhões de ilegais no país - o que, em tempos de desemprego, também não vai ser muito bem recebido pela classe média. O que não importa, já que os agradecidos novos legalizados votarão nos Democratas, e a fraude fará o resto.

Os EUA se tornarão um país de minoria branca, com uma maioria formada por uma maioria desunida de todos os credos e cores. E, assim, ao desemprego se juntará o ressentimento étnico e racial. Aos altos impostos se juntarão a inflação e a desvalorização da moeda, garantindo a pobreza de milhões. Os EUA deixarão de investir em tecnologia militar e limitarão enormemente os gastos com a defesa, deixando o país à mercê de ataques, que, cedo ou tarde, acontecerão, causando ainda maior caos e crise econômica. A China cobrará suas dívidas e tomará o lugar anteriormente ocupado pelo colosso americano, ou talvez o controle passe para a tal Nova Ordem Global.

Depois disso, é possível até mesmo uma guerra civil e a secessão do país em diversos novos Estados, como sugeriu há algum tempo um maluco russo que já não parece tão maluco assim.

Naturalmente, tudo isso não acontecerá imediatamente, mas aos poucos, ao longo de várias décadas. Mas é o caminho que foi escolhido pelos Democratas.

Há mais de dois mil anos atrás, Marco Túlio Cícero advertia os romanos:
O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas devem ser reduzidas. A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem, novamente, aprender a trabalhar, em vez de viver da assistência pública.
Roma não ouvi os conselhos, e caiu. Seguirão os EUA pelo mesmo caminho?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Life's but a walking shadow

Em tempos em que ninguém mais parece preocupar-se com o Irã, e os EUA obâmicos já admitem aceitar a realidade de um Irã atômico - é bacana ler a incrível história de Totsumo Yamaguchi, o homem que sobreviveu a DOIS ataques nucleares. Sim: ele estava em Hiroshima em uma viagem de negócios no dia 6 de agosto de 1945. Surpreendido pela bomba americana, sofreu apenas queimaduras leves, e depois de ser tratado retornou no dia seguinte para sua cidade natal - Nagasaki.

Totsumo também sobreviveu ao segundo bombardeio - embora desde então reclamasse de uma ligeira surdez - e viveu até os 94 anos. Morreu recém agora em janeiro de 2010.

Se estão corretas as previsões de que ao menos uma bomba nuclear vai explodir em algum lugar do planeta nos próximos dez anos, é bom saber de alguém que sobreviveu não apenas a um, como a dois ataques.

Destino? Sorte (ou azar) incrível? Ou desígnio de Deus?

Existe também a história de Juliane Köpcke, única sobrevivente de um avião que explodiu em pleno ar ao ser atingido por um raio. O avião, que então sobrevoava a floresta amazônica, partiu-se em vários pedaços. A moça, ainda presa ao assento, caiu de uma altura de mais de três mil metros. No entanto, de modo inexplicável, sofreu apenas ligeiras escoriações, a quebra da clavícula, e um ferimento no braço que terminou infectado por larvas. Depois disso, ainda teve que caminhar durante dez dias pela selva amazônica, sem comida, até encontrar um povoado. Perdeu a família no acidente, mas está ainda viva e trabalha em um zoológico.

Há os que achem que a História seja apenas um acúmulo de eventos sem sentido. E há os que, no caos, tentam adivinhar algum tipo de ordem secreta.

Talvez as nossas mentes estejam criadas (ou tenham evoluído) para procurar um sentido em tudo, e por isso nos custa tanto aceitar que a vida não tenha - ou tem? - sentido algum.

Há os que acham que nada serve a coisa nenhuma. E há os que acreditam que tudo tem algum papel no Universo, até mesmo a menor das pedrinhas.

Tendo as duas possibilidades, prefiro - à maneira de Pascal - acreditar nessa segunda hipótese. Mas eu realmente não sei.

domingo, 21 de junho de 2009

The Revolution will not be Twitterized?




Enquanto a obrigatoriedade de diploma para jornalistas é apenas agora abolida no Brasil, no resto do mundo a preocupação nem é se jornalistas devem ou não ter diploma - mas sim, jornalistas são ainda necessários?

O regime iraniano proibiu a cobertura jornalística, mas isso não impediu que o mundo tivesse acesso a vídeos e informações através do Twitter, Facebook, Blogger, Youtube.

Uma narrativa desconjuntada, é verdade, mas talvez por isso mesmo mais real.

Nem todos concordam, é claro. Eu pessoalmente, embora veja a sua utilidade, considero o Twitter (que não utilizo) algo dispersivo e confuso, com mais rumores e spam do que informação verdadeira.

Já um interessante artigo do Times of India diz que os Twitteiros, apesar das boas intenções, são irrelevantes na desigual luta contra o regime: nada vai mudar. A Revolução não será twitterizada. Ou será? Mas é uma Revolução, ou é o quê?
(Uma das poucas coisas indiscutíveis que pode-se concluir por enquanto é que as mulheres iranianas estão entre as mais bonitas do mundo. Não dá para entender porque os malditos mulás as querem cobrir da cabeça aos pés.)

Algumas das melhores informações e comentários sobre o assunto vêm dos blogs, mesmo na mídia brasileira. O do Pedro Doria (que é jornalista), mas também blogs de não-jornalistas como Bruno (não o personagem do Sacha Baron Cohen, mas o blogueiro do Milliway's Lounge), que afirma:
No Irã, os protestos já há muito trancenderam a disputa politica entre duas vertentes do regime. Há uma proto-revolução no ar (os revolucionarios não sabem ainda que são revolucionarios). Ela não é secular, mas é antitotalitaria. A principio, tudo sugere que está fadada ao fracasso; mas após a votação tudo sugeria que os protestos seriam limitados ao relativamente abastado norte de Teerã; que não durariam mais que um ou dois dias; que seriam esquecidos pelo mundo quando a imprensa internacional fosse impedida de transmiti-los pela televisão; e que seriam superados pelo poder de mobilização da mídia e logística estatais. Mas apesar de tudo, os iranianos continuam marchando. Os protestos continuam, e o regime dá mostras de nervosismo.

De qualquer maneira, tais imponderáveis não importam no cálculo moral. Quando, dia após dia, milhares de pessoas saem às ruas pacificamente para para exigir o direito de escolher seus governantes, correndo os riscos inerentes ao enfrentamene com um regime autoritário, elas merecem apoio, seja sua causa quixotesca ou não.

Por outro lado, um outro blogueiro europeu que descobri agora, mais pessimista, compara os protestos atuais com outras situações históricas como Hungria, Romênia, República Tcheca, e prevê que Ahmadinejad e Khamenei vão vencer a parada, por um motivo muito simples: têm as armas na mão.

A conferir ainda o sempre interessante Spengler bem como o Richard Fernandez do Belmont Club.

De qualquer modo, é fato que o modo de transmitir informações mudou radicalmente, e deve mudar ainda mais. O jornalista tradicional é uma figura tão arcaica quanto o escriba após a invenção de Gutenberg.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Bumpy night

Pacote do Paulson rejeitado no Congresso. Por 40% dos Democratas e 60% dos Republicanos. A Nancy Pelosi, house speaker, fez antes da votacao um discurso irado criticando o Bush e os Republicanos, e os Republicanos nao gostaram nem um pouco. A crise beneficia os Democratas: alegria de palhaco e' ver o circo pegar fogo.

Dolar subindo, petroleo descendo.

A bolsa ja depencou e vai despencar mais.

McCain caindo, Obama subindo.

(Pareceria ilogico que em um momento de crise os americanos queiram colocar no poder alguem que tem tanta experiencia em economia quanto eu em bale' aquatico. Mas na hora do aperto, o pessoal parece preferir quem promete almoco gratis).

Fasten your seatbelts, it's going to be a bumpy night...