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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As notícias que sabemos e as que não

Lembram do acidente aéreo em Katyn, que matou toda a cúpula do governo polonês, justamente no aniversário do massacre soviético? Pois agora certas notícias indicam que os russos não estariam colaborando com as investigações -- ao contrário, estariam atrasando tudo e talvez tentando ocultar certos fatos.

O que aconteceu afinal? Não sabemos e talvez nunca saibamos. Como dizia Churchill, a Rússia é uma charada envolta em mistério dentro de um enigma. 

Isso me faz pensar sobre todos os eventos sobre os quais nada sabemos. Não é preciso ser um louco ou um teórico da conspiração para desconfiar das notícias que saem no jornal. É natural que estas atendam a certos interesses, e que os jornalistas são em sua grande maioria bocós que nada mais fazem do que reproduzir parcialmente os eventos sob a ótica da moda, que hoje é o progressismo politicamente correto. É ingenuidade acreditar em tudo o que se lê no jornal.

Ao mesmo tempo, os sites de teorias da conspiração tampouco são confiáveis, e portanto ficamos num limbo, sem poder acreditar no que lemos na Grande Mídia mas tampouco sem ter respostas alternativas verificáveis. Corremos o risco de querer usar um tin foil hat e passar a acreditar em teorias conspiratórias sobre planos para destruir a humanidade com o "vírus da gripe suína", que na realidade sumiu das notícias e matou menos do que uma gripe comum.  

Lembram do terrorista líbio acusado do ataque de Lockerbie, solto pelas autoridades por "piedade", já que estava com câncer e "morreria em três meses"? Já faz mais de um ano, e ele não só ainda está vivo como os médicos garantem que deve viver mais de uma década (se o Mossad não o pegar); é possível que nem mesmo tenha câncer. A explicação agora é que teria havido um acordo do governo britânico e da British Petroleum com a Líbia para a exploração de petróleo no país árabe, e uma das condições dos líbios era a liberdade do seu "herói". Conspiração ou realidade?

As teorias da conspiração surgem quando temos pouca informação a respeito de certos assuntos, ou quando a informação oficial contradiz os fatos visíveis. Por exemplo, há muitas teorias de conspiração sobre Obama -- mas qual a razão? Obama jamais revelou grande parte da documentação sobre sua vida, dando margem a todo tipo de especulação. Quem chega a questionar alguns desses mistérios é acusado de "birther" ou paranóico, mas quem gerou o mistério foi o próprio Obama e seus amigos ao não divulgar a informação. A mídia chama de loucos ou ignorantes os 20% de americanos que acreditam que Obama seja muçulmano (apenas 34% acreditam que seja cristão, na sua posse eram 43%). Mas comparem o que ele fala sobre o Islã e o que ele fala sobre o Cristianismo, e vejam se parece um cristão falando.

No Brasil, a promíscua relação entre PT, Farc, Cuba e demais comunistas do continente latinoamericano também dá margem a supostas "teorias da conspiração", mas na verdade os fatos indicam que realmente há uma grande coordenação da esquerda a nível continental, e a presença de Zelaya no mais recente encontro do Foro de São Paulo é apenas a última prova. Quando é que uma conspiração torna-se verdade, quando sai no jornal?

Voltando ao acidente na Polônia, o que sabemos é que a causa oficial é de falha do piloto causada pela neblina. A transcrição oficial do diálogo dos pilotos parece confirmar o problema. No entanto, um avião repleto de jornalistas teria pousado no mesmo aeroporto apenas 40 minutos antes sem problemas. Um estranho vídeo amador supostamente realizado minutos após o acidente parece mostrar uma execução de sobreviventes. Para falar a verdade, parece-me fake. Achei o vídeo confuso e não consegui ver nada claramente, mas os tiros podem ser ouvidos. Há rumores de que o autor do vídeo teria sido assassinado a facadas dias depois.

O vídeo é fake ou real? Foi mesmo assassinado seu autor? O que realmente aconteceu no dia 10 de abril de 2010?

Não sabemos. Nunca saberemos. Chamem os agentes Mulder e Scully. Ou pelo menos a Scully.

The truth is out there.

domingo, 21 de junho de 2009

The Revolution will not be Twitterized?




Enquanto a obrigatoriedade de diploma para jornalistas é apenas agora abolida no Brasil, no resto do mundo a preocupação nem é se jornalistas devem ou não ter diploma - mas sim, jornalistas são ainda necessários?

O regime iraniano proibiu a cobertura jornalística, mas isso não impediu que o mundo tivesse acesso a vídeos e informações através do Twitter, Facebook, Blogger, Youtube.

Uma narrativa desconjuntada, é verdade, mas talvez por isso mesmo mais real.

Nem todos concordam, é claro. Eu pessoalmente, embora veja a sua utilidade, considero o Twitter (que não utilizo) algo dispersivo e confuso, com mais rumores e spam do que informação verdadeira.

Já um interessante artigo do Times of India diz que os Twitteiros, apesar das boas intenções, são irrelevantes na desigual luta contra o regime: nada vai mudar. A Revolução não será twitterizada. Ou será? Mas é uma Revolução, ou é o quê?
(Uma das poucas coisas indiscutíveis que pode-se concluir por enquanto é que as mulheres iranianas estão entre as mais bonitas do mundo. Não dá para entender porque os malditos mulás as querem cobrir da cabeça aos pés.)

Algumas das melhores informações e comentários sobre o assunto vêm dos blogs, mesmo na mídia brasileira. O do Pedro Doria (que é jornalista), mas também blogs de não-jornalistas como Bruno (não o personagem do Sacha Baron Cohen, mas o blogueiro do Milliway's Lounge), que afirma:
No Irã, os protestos já há muito trancenderam a disputa politica entre duas vertentes do regime. Há uma proto-revolução no ar (os revolucionarios não sabem ainda que são revolucionarios). Ela não é secular, mas é antitotalitaria. A principio, tudo sugere que está fadada ao fracasso; mas após a votação tudo sugeria que os protestos seriam limitados ao relativamente abastado norte de Teerã; que não durariam mais que um ou dois dias; que seriam esquecidos pelo mundo quando a imprensa internacional fosse impedida de transmiti-los pela televisão; e que seriam superados pelo poder de mobilização da mídia e logística estatais. Mas apesar de tudo, os iranianos continuam marchando. Os protestos continuam, e o regime dá mostras de nervosismo.

De qualquer maneira, tais imponderáveis não importam no cálculo moral. Quando, dia após dia, milhares de pessoas saem às ruas pacificamente para para exigir o direito de escolher seus governantes, correndo os riscos inerentes ao enfrentamene com um regime autoritário, elas merecem apoio, seja sua causa quixotesca ou não.

Por outro lado, um outro blogueiro europeu que descobri agora, mais pessimista, compara os protestos atuais com outras situações históricas como Hungria, Romênia, República Tcheca, e prevê que Ahmadinejad e Khamenei vão vencer a parada, por um motivo muito simples: têm as armas na mão.

A conferir ainda o sempre interessante Spengler bem como o Richard Fernandez do Belmont Club.

De qualquer modo, é fato que o modo de transmitir informações mudou radicalmente, e deve mudar ainda mais. O jornalista tradicional é uma figura tão arcaica quanto o escriba após a invenção de Gutenberg.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A imprensa é de esquerda?

Uma discussão lá no blog do Pedro Doria reflete sobre a credibilidade da imprensa brasileira, que estaria sendo "lentamente minada". Não estou por dentro dessa história da Petrobrás que motivou o post e, para mim, a imprensa brasileira jamais teve grande credibilidade mesmo. Mas aí em um parágrafo o Pedro Doria (PD) escreve o seguinte:

Isso aconteceu aqui nos EUA alguns anos atrás e marcou o início da crise da indústria. Aqui foi igual, mas trocaram os sinais: a imprensa era acusada de estar a serviço da esquerda – the liberal media – e os cães de ataque do governo Bush, no rádio e na Internet, fizeram de tudo para derrubá-la.

O que responder a isso? A imprensa americana e mundial desancou o Bush por anos a fio. Hoje, a mesma imprensa incensa Obama de maneira quase pornográfica - em alguns casos, por fazer exatamente a mesma coisa do que George W. Bush. Mas para Pedro Doria, o "início da crise da indústria" foi quando direitistas malvados acusaram a mídia (imparcial?) de ser esquerdista...

E aí o PD ainda diz que "cães de ataque de Bush no rádio e na Internet" fizeram de tudo para derrubar a grande mídia... Ora, o rádio e a Internet são - ainda - mídia alternativa: o PD está admitindo, ainda que indiretamente, que a TV e os jornalões são controlados pelos Democratas ou seus simpatizantes. Se os conservadores usam o rádio e a Internet, é só porque - fora a Fox News - foi o único espaço que lhes restou (ao menos até Obama não aprovar a Fairness Doctrine).

Fica a questão, a mídia americana é esquerdista (ou liberal, como chamam aqui, ou melhor ainda, librul, na pronúncia dos rednecks)?

Acho que não há dúvidas quanto a isso. A mídia é quase uma extensão do Partido Democrata, basta ver as fotos de Obama que estampam ainda quase todos os jornais e revistas do país. Mas não há conspiração alguma aí. O que ocorre são dois fenômenos interligados: um, os jornalistas, por natureza da própria profissão, são quase todos simpatizantes Democratas, quando não marxistas radicais ou coisa pior. Dois, para o esquerdista, ser de esquerda é ser imparcial. Quer dizer, o jornalista librul não se vê como librul, mas se vê como absolutamente imparcial, pois todo o universo no qual ele vive é librul. Para ele, o conservadorismo é uma aberração, eu diria até uma alucinação.

O próprio PD, aliás, é um dos melhores exemplos disso - embora, ao contrário de "certos" outros blogueiros, seja honesto: seu único problema é ser de esquerda. O parágrafo que ele escreveu citado acima demonstra claramente uma visão esquerdista sobre os fatos, embora ele não pareça sempre se dar conta disso. Acredita estar sendo absolutamente imparcial...

Agora, quanto à "crise da indústria" dos grandes jornais e da TV, esta tem outros motivos. Em parte é, sim, causada pela perda de credibilidade, que aliás aumentou muito depois da eleição de Obama e do modo extremamente parcial em que a imprensa o retratou (ver pesquisa aqui), mas em grande parte é simplesmente devido a que a Internet está largamente substituindo os jornais e os noticiários de TV como meio de adquirir informação. Poucos estudantes lêem jornal de papel. Muitos jovens tampouco têm TV em casa, embora não lhes falte a Internet e o celular.

Contra essa mudança, pouco há o que fazer. Também a invenção de Gutenberg desempregou muita gente, e mudou o modo de transmitir informação.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quando a ciência vira marketing

A Ciência é idolatrada hoje em dia quase como um Deus. É o grande Oráculo, pai da Verdade Objetiva.

Não me entendam mal, sou pró-Ciência. Li Carl Sagan desde criancinha e sempre quis ser astrônomo. Talvez devesse ter seguido os conselhos do meu pai e ter virado cientista, ou vá lá, ao menos engenheiro. Acredito na Ciência. Acredito que seja mesmo a única forma de conhecimento objetivo sobre o mundo que nos cerca.

Mas o que acontece quando os cientistas mentem?

Tomemos a questão do "aquecimento global". O que sabemos ser verdade ou mentira nessa história? Alguns dos próprios cientistas envolvidos na pesquisa admitiram mentir ou exagerar para chamar a atenção. Alguns, alegando razões nobres - "é para salvar o planeta!" - outros, confessando abertamente que é para obter mais verbas. Eis a carta de uma cientista ao New York Times:

It is no secret that a lot of climate-change research is subject to opinion, that climate models sometimes disagree even on the signs of the future changes (e.g. drier vs. wetter future climate). The problem is, only sensational exaggeration makes the kind of story that will get politicians’ — and readers’ — attention. So, yes, climate scientists might exaggerate, but in today’s world, this is the only way to assure any political action and thus more federal financing to reduce the scientific uncertainty.

MONIKA KOPACZ
Applied Mathematics and Atmospheric Sciences

Outro exemplo: há grande hype hoje em torno da descoberta de um fóssil que, supostamente, indicaria a descoberta do famigerado "elo perdido" entre o homem e os primatas inferiores. Até o Google está comemorando o evento. Mas, se você ler o artigo e as reportagens com atenção, verá que na realidade, a descoberta não tem nada de miraculoso ou mesmo de tão inovador. O próprio cientista responsável admite ter criado o hype para obter verbas milionárias e até um acordo com um programa de TV.

No artigo acadêmico sério, é claro que os cientistas fazem questão de esclarecer que não existe "elo perdido" nenhum. Mas na reportagem para o New York Times, deixam passar as maiores exagerações para o ignorante público leigo, apenas para obter promoção:
"Qualquer banda pop está fazendo a mesma coisa", disse Jorn H. Hurum, um cientista na Universidade de Oslo que adquiriu o fóssil e reuniu o grupo de cientistas que o estudou. "Qualquer atleta está fazendo a mesma coisa. Precisamos começar a pensar do mesmo modo na ciência."
Quando a ciência vira marketing, boa coisa não é. Corre-se o risco de repetir o vexame do Homem de Piltdown.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Milagre brasileiro

Enquanto o Coturno Noturno se despede, desesperançado com a situação brasileira, sai uma reportagem delirante na Newsweek falando sobre Brasil, "the crafty superpower". Segundo a reportagem, o Brasil é uma nova superpotência com instituições estáveis, democracia de livre-mercado consolidada, puro liberalismo econômico e poder judicial intacto.

Nunca sei se os jornalistas levam a sério aquilo que escrevem.

Lembrou-me que, lá pelo ano 2000, o presidente argentino Carlos Menem foi capa da mesma Newsweek. A reportagem falava sobre o renascimento da Argentina e seu incrível crescimento econômico. Poucos meses depois, ocorria a crise de 2000-2001.

O jornalista Mac Margolis vive há 21 anos no Brasil, portanto não é possível atribuir seus comentários à mera ignorância.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

É tudo mentira!

Alguns ingenuamente acreditam que a missão do jornalismo seja informar o público. O Pedro Doria anda preocupado porque a imprensa parece estar perdendo credibilidade em todo o mundo. Ora, é natural. Na realidade, o objetivo do jornalismo atual é quase exclusivamente mentir e confundir. Ou seja, justamente ENCOBRIR a verdade.

Não acreditam? Pois vejam as dezenas de notícias sobre "vândalos" ou "jovens arruaceiros" na Europa, onde jamais é mencionada a nacionalidade ou religião dos mesmos, ainda que todos saibam muito bem qual é.

Vejam o caso de Geert Wilders, que vive cercado por seguranças 24 horas por dia para não morrer, sendo acusado de ser um "fomentador do ódio" que está apenas "em busca de publicidade" (como se não houvessem modos muito mais fáceis de obter publicidade que não exigem o risco de decapitação).

Vejam Israel, que segundo os jornais jamais é atacado, mas sempre ataca, como nesta notícia recente da BBC onde a notícia de um míssil atirado contra Israel é dada asssim: "Israel responde a ataque do Líbano".

Vejam o "aquecimento global", anunciado em tons apocalípticos dia após dia, em total contradição com a realidade observável e mesmo com o crescente ceticismo da maioria dos cientistas. (Estou convencido que o tal "climate change" não passa de um esquema milionário para ganhar uma grana preta, já que - não sei se você percebeu - sempre falam nas catástrofes que ocorrerão se mais dinheiro não for investido em grupos como o "Painel Intergovernamental de Mudança Climática", que inclui famosos cientistas de "Bangladesh, Índia, Cuba e Zimbabwe" - gente, parece até scam nigeriano isto aqui!)

Vejam o pacote de Obama, um dos maiores gastos públicos de toda a história dos EUA, sendo anunciado como "o fim da mamata com o dinheiro público".

Não, amigos. O jornalismo não tem pretensão alguma de contar verdades, mas apenas de encobri-las, de propagar ideologia e crucificar todo aquele que ouse mostrar os fatos como eles são. Jornalistas de todo o mundo, envergonhai-vos.

terça-feira, 15 de julho de 2008

O jornalismo da mentira

O jornalismo, ontem uma variação da antiga crônica histórica, hoje virou uma poderosa forma de manipulação popular, pouco interessada na informação, e muito na ideologia.

O aquecimento global, as eleições nos EUA, o Oriente Médio. Tudo é noticiado com base a mentiras, pura e simplesmente mentiras.

Leio agora um artigo do Clarín que informa que na Argentina, "para cada dois nascimentos há um aborto". Os números são absurdos. De fato, não há explicação nenhuma sobre como estes dados foram obtidos, diz apenas que o estudo:

incluyó la estimación de la cantidad de abortos inducidos que se llevan a cabo en nuestro país, con base en dos metodologías internacionales que sólo se aplican en países donde el aborto no está legalizado.

Hummm... Metodologias internacionais... Comunidade internacional... Sempre que usam esses termos, fico com um pé atrás. Com mais pé atrás fico ao saber que os dados, capa do jornal de esquerda Clarín, foram publicados pelo INDEC, órgão governamental famoso por ter manipulado completamente os números da inflação.

E chamam isso de jornalismo.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Breve nota sobre os "especialistas"

Tenho uma dúvida. Os jornais vivem citando frases como "de acordo com especialistas", ou "segundo experts". Muitas vezes tais especialistas (em quê?) nem mesmo são nomeados. A dúvida é: será que essas pessoas existem mesmo, ou o jornalista entrevista o primeiro idiota que encontra e chama de "especialista", ou são simplesmente invenções do repórter para dar maior credibilidade ao seu artigo?

No artigo abaixo sobre o Knut, ao menos um dos "especialistas" é citado: o zoólogo Peter Arras, que chamou o urso polar de psicopata e ainda disse que jamais vai poder se reproduzir, pois, "como não teve o carinho de uma mãe, não vai saber o que fazer quando colocado na frente de uma ursa". Talvez nosso amigo Arras devesse consultar algum especialista freudiano, em vez de falar bobagem aos jornais...

Mas em muitos outros casos os tais especialistas ficam sem ser nomeados mesmo. Aqui algumas das maiores bobagens já ditas por especialistas:

* O ano de 2008 vai ser o mais frio desde 1998, confirmando uma tendência de diminuição da temperatura nos últimos dez anos; no entanto, "de acordo com especialistas", isso não significa que o planeta esteja esfriando, mas sim que está esquentando.

* "De acordo com especialistas", mulheres sob intoxicação alcoólica (i.e. bêbadas) tem mais chances de ser estupradas (ou de correr riscos sexuais como transar sem camisinha) do que homens bêbados.

* "De acordo com experts", fazer sexo com o bem-amado é uma das maiores expressões de amor e desejo.

* "De acordo com especialistas", muitos norte-americanos tem uma visão hostil do Islã pois curiosamente o associam com eventos negativos como o 9/11, a crise dos reféns no Irã, atentados e decapitações.

sábado, 5 de abril de 2008

A realidade, ainda existe?

No outro dia, o KCT informou que a foto que publiquei dias atrás era provavelmente uma montagem feita no Photoshop.


Nos tempos do velho Stalin, modificar a realidade era um pouco mais complicado, envolvia recortes e manipulações no quarto escuro fotográfico, bem como alguns fuzilamentos de testemunhas incômodas.



Hoje em dia, qualquer um com um mínimo de noções de informática e manipulação digital pode alterar aquilo que vemos no jornal ou na web, como os "pneus" do Sarkozy.


A diferença também é que hoje, não são mais tiranos os que manipulam as fotografias, mas os próprios jornalistas e editores, com base em suas próprias crenças ideológicas.

Vejam por exemplo esta grosseira Photoshopagem realizada pela Associated Press durante a última escaramuça de Israel contra o Hizballah no Líbano. O efeito cloning foi usado com absoluta falta de critério para aumentar a fumaça dos bombardeios.


Mas o Photoshop não é o único modo de manipular a realidade. As vezes basta um recorte esperto, isolando um detalhe do contexto. Ou então, adicionando objetos que não estavam lá. Vejam esta série de fotos mostrando uma série de bichos de pelúcia nos mesmos bombardeios no Líbano. Curiosamente, os bichos de pelúcia estão limpinhos e aparecem sobre os detritos, não em meio a eles.


A encenação é outro método comum de manipular fotografias, só que, no caso, antes de apertar o botão. Mesmo fotos famosas, como a dos soldados americanos em Iwo Jima, foram encenadas. Usar "atores", ou figurantes fingindo de feridos ou mortos, é uma tática bastante comum entre os palestinos, basta assistir ao filme Pallywood, ou, melhor ainda, aos documentários de Pierre Rehov sobre Jenin.

Aqui mais alguns exemplos de manipulação fotográfica ao longo da história.