(Depois dessa operação em Honduras, claramente articulada pelo Brasil em conjunto com Venezuela e Nicarágua, se alguém ainda duvidava da articulação continental do Foro de São Paulo, deve engolir o seu chapéu.)
Mas pergunto-me outra coisa agora. Pergunto-me como é que pode o socialismo - entendendo aqui o socialismo no seu sentido amplo, de um estatismo não necessariamente total - ser tão popular na América Latina, mesmo tendo tido resultados tão pífios na prática? Quer dizer, não faltará por aqui um troll soviético para defender os massacres de Stalin e Mao, mas duvido que mesmo nosso troll residente possa defender Fidel Castro e seu ridículo regime bananeiro, que nem ao nível de uma miserável Albânia chegou. Então, porque ainda tanto apoio ao socialismo por estas bandas? (Mesmo que seja chamado de outro nome, socialismo é sempre socialismo, tem sempre o mesmo fedor)
Acho que a explicação é uma só: somos preguiçosos. Pegando o gancho de uma coisa que o Fábio Marton comentou, de que muita gente no Brasil é de esquerda por puro conformismo e acomodação, eu iria ainda mais longe, e diria que é por preguiça tropical mesmo.
Os miseráveis gostam do socialismo porque este promete farinha e outros benefícios de graça. Os medíocres gostam do socialismo porque podem fazer seu concurso e ter seu emprego de funcionário público garantido. Os intelectuais gostam do socialismo porque podem se sentir importantes sem fazer droga nenhuma. Os estudantes gostam do socialismo porque agitar bandeiras e cantar hinos é melhor do que estudar.
A maior mentira do mundo é que o socialismo crie uma sociedade mais igualitária. Iguala a ralé, é verdade, e reduz o contingente dos privilegiados a uma pequena casta. Mas cria claramente uma sociedade de duas classes: os Comandantes (ligados ao poder ou amigos deste) e os Comandados (o restante da população). Perceba que a classe média, nesses sistemas, tende a desaparecer, como está já desaparecendo na Venezuela. Sempre que políticas socialistas são realizadas, o resultado tende a ser o mesmo. Até na Califórnia.
Uma Elite e uma Subclasse. É isso o que o sistema socialista nos traz, sempre. É uma organização social vantajosa para os membros da Elite, é claro - mas também, de certo modo, para a miserável e preguiçosa Subclasse, que prefere viver de ajuda estatal do que trabalhar. Quem perde é a classe média, não por acaso o bode expiatório de todos esses nefastos regimes - e quem paga o preço de tudo, com altos impostos e, quando já não dá, confisco.
Depois desta palhaçada em Honduras, estou pensando seriamente em parar de blogar, pois está ficando ridículo. Agora é esperar para ver como Obama, o socialista moreno, vai reagir, com tudo, coincidentemente, ocorrendo na prévia da Assembléia Geral da ONU, a mãe de todas as ONGs.
