Se é verdade que "os sionistas controlam a mídia", como se explica que esta seja tão fanaticamente anti-Israel? Nenhum outro país é tão vigiado, tão vilipendiado, tão acusado. Se os "sionistas" de fato controlam os meios de comunicação, estão fazendo um péssimo serviço.
Há uma guerra civil no Congo que dura até hoje e que já matou mais de cinco milhões de pessoas em poucos anos. É a guerra com maior número de vítimas desde a II Guerra mundial. Ninguém se importa. Ninguém vai levar medicamentos, água ou comida para esses pobres desgraçados. Não vai haver nenhuma "frota da paz" nessa direção. Ninguém vai comentar em blogs.
Putin matou duzentos mil muçulmanos chechenos. Houve uma única jornalista que protestou, e terminou suicidada com dois tiros. Quanto ao resto da mídia, silêncio.
Os jordanianos mataram em um só mês (Setembro Negro) dez vezes mais palestinos do que os israelenses em 40 anos. Mesmo hoje, morrem mais muçulmanos nos conflitos sunitas versus xiitas do que no conflito com Israel. Mas se árabe mata árabe, ninguém se importa.
Há menos de um mês, um barco sul-coreano foi torpedeado e morreram 46 pessoas, e ninguém está "indignado".
Por que alguns mortos valem mais do que outros?
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terça-feira, 1 de junho de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Israel, EUA, Irã... e Brasil
Não tenho tempo de postar adequadamente sobre o tema, que é interessante. Lula está em Israel e já deu suas cartadas de "estadista internacional": recusou-se a colocar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo moderno; criticou o muro anti-terrorismo e a posse de armas nucleares (por Israel, não pelo Irã); e ainda se dispôs a mediar a paz entre as nações... Deve estar treinando para Presidente da ONU.
Enquanto isso as relações entre EUA e Israel se desgastam com a ordem de construção de casas em Jerusalém Oriental, e os palestinos lançam um "Dia de Fúria" devido à inauguração de uma sinagoga reconstruída na mesma parte da cidade (eles não querem sinagogas, mas a sua famosa mesquita permanece no ponto mais importante de Jerusalém). E o Irã continua calmamente construindo sua bomba, enquanto reprime protestos.
As coisas estão esquentando, o que, nessa região do mundo, nunca é bom sinal.
Enquanto isso as relações entre EUA e Israel se desgastam com a ordem de construção de casas em Jerusalém Oriental, e os palestinos lançam um "Dia de Fúria" devido à inauguração de uma sinagoga reconstruída na mesma parte da cidade (eles não querem sinagogas, mas a sua famosa mesquita permanece no ponto mais importante de Jerusalém). E o Irã continua calmamente construindo sua bomba, enquanto reprime protestos.
As coisas estão esquentando, o que, nessa região do mundo, nunca é bom sinal.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Licença para matar
Esta é para aqueles que gostam de histórias de espionagem. Um importante terrorista do Hamas, um certo Al-Mahoub, que estaria envolvido no contrabando de armas do Irã para Gaza, foi encontrado morto em um hotel em Dubai.
Descobriu-se posteriormente que os participantes da operação, em número de onze, teriam utilizado passaportes falsos para entrar no país, executado o serviço em vinte minutos e deixado o país em menos de duas horas. A TV árabe acusou imediatamente Israel e colocou um vídeo da câmera de segurança do hotel mostrando os supostos assassinos. Eles usaram peruca e bigodes falsos para se disfarçar. Também utilizaram passaportes britânicos e irlandeses alterados, o que está gerando uma crise diplomática entre vários países. (Curiosamente, também Mabhou usava passaporte falso, o que não parece ter criado controvérsia).
Estaria o famigerado Mossad por trás do ato? Segundo um artigo do Telegraph, sim. Embora controverso, o artigo não deixa de ser fascinante, mostrando que as histórias de espiões ainda não acabaram de todo. (Bem, a KGB também está bem ativa, assassinando um ativista com polônio aqui, uma jornalista polêmica acolá; só a CIA parece estar decadente, tendo virado mera oficina de burocratas que não conseguem nem impedir a entrada de um terrorista nigeriano trapalhão no país).
É claro, o autor da operação pode não ter sido o serviço secreto israelense: terroristas costumam ter muitos inimigos. Alguns deles mesmo dentro de sua própria organização. Fala-se de um acordo de entrega de armas não cumprido; nesse caso, os assassinos poderiam ser mafiosos, ou mesmo rivais terroristas: ao menos dois palestinos foram presos em Dubai em relação com o assassinato; um deles pareceria ser do Fatah, inimigos mortais do Hamas. Mas - convenhamos - a sofisticação do ataque parece indicar uma operação de Israel: fosse um agente islâmico, provavelmente teria explodido o hotel inteiro, com a sutileza típica dos terroristas.
Entretanto, vários elementos da história causam dúvida. Por que Mahoub foi a Dubai? Acredita-se que estaria envolvido em alguma negociação de armas, tinha viagem marcada para a China também. Mas por que estaria hospedado sem seus guarda-costas? E porque o uso de nomes de cidadãos reais de Israel na operação, descuido do Mossad, ou despiste proposital? E eram necessários onze para matar um, ou isso também foi despiste? Alguns dizem que ocorreram erros demais para ser uma operação do Mossad.
Israel - ou, como diz nosso amigo Tiago, "o opressor sionista" (que, curiosamente, foi apoiado pela União Soviética de Stalin no seu início) - nega rotundamente qualquer envolvimento. O silêncio só deixa os inimigos mais paranóicos. Segundo o Ministro de Relações Exteriores, no que se refere a operações de segurança, "Israel jamais responde, jamais nega, jamais confirma."
Mas afinal, foi o Mossad ou não?
Bem, como disse alguém certa vez em um filme de James Bond: "I could tell you, but I'd have to kill you."
Descobriu-se posteriormente que os participantes da operação, em número de onze, teriam utilizado passaportes falsos para entrar no país, executado o serviço em vinte minutos e deixado o país em menos de duas horas. A TV árabe acusou imediatamente Israel e colocou um vídeo da câmera de segurança do hotel mostrando os supostos assassinos. Eles usaram peruca e bigodes falsos para se disfarçar. Também utilizaram passaportes britânicos e irlandeses alterados, o que está gerando uma crise diplomática entre vários países. (Curiosamente, também Mabhou usava passaporte falso, o que não parece ter criado controvérsia).
Estaria o famigerado Mossad por trás do ato? Segundo um artigo do Telegraph, sim. Embora controverso, o artigo não deixa de ser fascinante, mostrando que as histórias de espiões ainda não acabaram de todo. (Bem, a KGB também está bem ativa, assassinando um ativista com polônio aqui, uma jornalista polêmica acolá; só a CIA parece estar decadente, tendo virado mera oficina de burocratas que não conseguem nem impedir a entrada de um terrorista nigeriano trapalhão no país).
É claro, o autor da operação pode não ter sido o serviço secreto israelense: terroristas costumam ter muitos inimigos. Alguns deles mesmo dentro de sua própria organização. Fala-se de um acordo de entrega de armas não cumprido; nesse caso, os assassinos poderiam ser mafiosos, ou mesmo rivais terroristas: ao menos dois palestinos foram presos em Dubai em relação com o assassinato; um deles pareceria ser do Fatah, inimigos mortais do Hamas. Mas - convenhamos - a sofisticação do ataque parece indicar uma operação de Israel: fosse um agente islâmico, provavelmente teria explodido o hotel inteiro, com a sutileza típica dos terroristas.
Entretanto, vários elementos da história causam dúvida. Por que Mahoub foi a Dubai? Acredita-se que estaria envolvido em alguma negociação de armas, tinha viagem marcada para a China também. Mas por que estaria hospedado sem seus guarda-costas? E porque o uso de nomes de cidadãos reais de Israel na operação, descuido do Mossad, ou despiste proposital? E eram necessários onze para matar um, ou isso também foi despiste? Alguns dizem que ocorreram erros demais para ser uma operação do Mossad.
Israel - ou, como diz nosso amigo Tiago, "o opressor sionista" (que, curiosamente, foi apoiado pela União Soviética de Stalin no seu início) - nega rotundamente qualquer envolvimento. O silêncio só deixa os inimigos mais paranóicos. Segundo o Ministro de Relações Exteriores, no que se refere a operações de segurança, "Israel jamais responde, jamais nega, jamais confirma."
Mas afinal, foi o Mossad ou não?
Bem, como disse alguém certa vez em um filme de James Bond: "I could tell you, but I'd have to kill you."
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terça-feira, 23 de junho de 2009
Paz, só a dos cemitérios
Enquanto os basijis iranianos davam pau na garotada, Obama só fez tímidos pronunciamentos e disse que não queria se intrometer nos assuntos internos do Irã, país soberano e tal. No entanto, o mesmo presidente mete-se toda hora nos assuntos internos de Israel. Agora afirma que os israelenses não podem mais construir casas para judeus em Jerusalém. Hein?
Mas é isso mesmo. É por essas e outras que segundo recente pesquisa, apenas 6% dos israelenses acreditam que Obama seja pró-Israel. É o nível mais baixo em qualquer administração americana na História do Universo.
Enquanto isso, mesmo depois da morte de Neda e dezenas de outros estudantes nas mãos dos aiatolás, Obama manteve o convite para diplomatas do tirânico regime iraniano assistirem aos desfiles de 4 de julho em embaixadas americanas, pela primeira vez em 30 anos. (Não esqueçamos que os iranianos já aprontaram poucas e boas em uma certa embaixada americana.)
O que Obama espera obter?
Qual o sentido de comprar uma inimizade com Israel, sem ganhar em troca qualquer amizade com os países árabes e o Irã? Afinal, o Ahmadinejad já afirmou que não vai aceitar os EUA no seu "círculo de amizades"; os americanos continuam sendo odiados na maioria do mundo árabe, e mesmo os palestinos têm uma visão negativa do país. Não há como contentar esse pessoal. Ressentidos nunca agradecem.
Talvez seja o momento de esclarecer alguns mitos, isto é, de repetir obviedades.
1) Israel é um país minúsculo, menor do que o Sergipe (menor estado brasileiro), e cercado de inimigos vinte vezes maiores. Não representa qualquer ameaça à "paz mundial". Quando luta, é para sobreviver.
2) Muitos - inclusive muitos israelenses, e grande parte dos judeus americanos - acreditam que a paz entre Israel e palestinos seja uma espécie de "Holy Grail" que vai trazer a resolução total de todos os conflitos entre Ocidente e Islã, entre países árabes e resto do mundo. Lamento afirmar, mas é bullshit. A questão palestina é irrelevante, irresolvível e inútil. Mesmo que se crie um "Estado Palestino", não vai trazer paz para o mundo, não vai trazer paz entre países islâmicos e Ocidente, e não vai nem mesmo trazer paz entre o tal "Estado Palestino" e Israel. Aliás, vai ser mesmo contraproducente, só vai aumentar ainda mais os conflitos. É como disse algum sábio cujo nome não lembro, se não existe paz nem mesmo entre árabes e árabes, como esperar que haja paz entre árabes e judeus? Nunca vai haver. Não neste milênio, ao menos. Desculpem o pessimismo, mas é isso mesmo. Paz no Oriente Médio, só a dos cemitérios.
3) No entanto, como a crise econômica é um problema tão irresolvível quanto, todo presidente americano que quer desviar a atenção do povo para problemas externos termina metendo-se de uma forma ou outra no conflito. E claro, todo presidente americano, de Carter a Bush, acredita que vai ser O Cara que finalmente vai trazer a Paz entre Israel e palestinos, para sua grande glória de estadista. Obama não é diferente: já prometeu que a criação do Estado Palestino ocorrerá em um ano. Vamos aguardarsentados deitados, pois de pé cansa.
4) Mas por que tanta ênfase contra Israel e tão pouca contra o Irã? Uma das explicações possíveis é que Obama, sendo um esquerdista criado no colo de Frank Marshall Davis e Saul Alinski, como todo esquerdista admira a violência e a repressão dos tiranos. E isso explica também porque a esquerda admira o Islã. Como bem explica aqui Lee Smith, não é que o gay comunista Foucault estivesse "equivocado" ao apoiar a Revolução Islâmica de Khomeini que iria matar tantos comunistas e tantos gays: ao contrário, apoiou Khomeini porque esquerdista tem fascinação por violência e tirania, especialmente se for antiocidental. É a mesma razão, aliás, pela qual Idelber e cia adoram os homens-bomba palestinos, e os fanáticos religiosos do Hamas que odeiam gays. Tudo o que é violentamente antiocidental, é bom. É o "grito dos excluídos".
5) A outra explicação, é claro, é que Obama seja um muçulmano enrustido, que prefira o Irã dos aiatolás ao Israel dos judeus, e queira mesmo assistir de camarote à destruição do maldito estado sionista.
Mas é isso mesmo. É por essas e outras que segundo recente pesquisa, apenas 6% dos israelenses acreditam que Obama seja pró-Israel. É o nível mais baixo em qualquer administração americana na História do Universo.
Enquanto isso, mesmo depois da morte de Neda e dezenas de outros estudantes nas mãos dos aiatolás, Obama manteve o convite para diplomatas do tirânico regime iraniano assistirem aos desfiles de 4 de julho em embaixadas americanas, pela primeira vez em 30 anos. (Não esqueçamos que os iranianos já aprontaram poucas e boas em uma certa embaixada americana.)
O que Obama espera obter?
Qual o sentido de comprar uma inimizade com Israel, sem ganhar em troca qualquer amizade com os países árabes e o Irã? Afinal, o Ahmadinejad já afirmou que não vai aceitar os EUA no seu "círculo de amizades"; os americanos continuam sendo odiados na maioria do mundo árabe, e mesmo os palestinos têm uma visão negativa do país. Não há como contentar esse pessoal. Ressentidos nunca agradecem.
Talvez seja o momento de esclarecer alguns mitos, isto é, de repetir obviedades.
1) Israel é um país minúsculo, menor do que o Sergipe (menor estado brasileiro), e cercado de inimigos vinte vezes maiores. Não representa qualquer ameaça à "paz mundial". Quando luta, é para sobreviver.
2) Muitos - inclusive muitos israelenses, e grande parte dos judeus americanos - acreditam que a paz entre Israel e palestinos seja uma espécie de "Holy Grail" que vai trazer a resolução total de todos os conflitos entre Ocidente e Islã, entre países árabes e resto do mundo. Lamento afirmar, mas é bullshit. A questão palestina é irrelevante, irresolvível e inútil. Mesmo que se crie um "Estado Palestino", não vai trazer paz para o mundo, não vai trazer paz entre países islâmicos e Ocidente, e não vai nem mesmo trazer paz entre o tal "Estado Palestino" e Israel. Aliás, vai ser mesmo contraproducente, só vai aumentar ainda mais os conflitos. É como disse algum sábio cujo nome não lembro, se não existe paz nem mesmo entre árabes e árabes, como esperar que haja paz entre árabes e judeus? Nunca vai haver. Não neste milênio, ao menos. Desculpem o pessimismo, mas é isso mesmo. Paz no Oriente Médio, só a dos cemitérios.
3) No entanto, como a crise econômica é um problema tão irresolvível quanto, todo presidente americano que quer desviar a atenção do povo para problemas externos termina metendo-se de uma forma ou outra no conflito. E claro, todo presidente americano, de Carter a Bush, acredita que vai ser O Cara que finalmente vai trazer a Paz entre Israel e palestinos, para sua grande glória de estadista. Obama não é diferente: já prometeu que a criação do Estado Palestino ocorrerá em um ano. Vamos aguardar
4) Mas por que tanta ênfase contra Israel e tão pouca contra o Irã? Uma das explicações possíveis é que Obama, sendo um esquerdista criado no colo de Frank Marshall Davis e Saul Alinski, como todo esquerdista admira a violência e a repressão dos tiranos. E isso explica também porque a esquerda admira o Islã. Como bem explica aqui Lee Smith, não é que o gay comunista Foucault estivesse "equivocado" ao apoiar a Revolução Islâmica de Khomeini que iria matar tantos comunistas e tantos gays: ao contrário, apoiou Khomeini porque esquerdista tem fascinação por violência e tirania, especialmente se for antiocidental. É a mesma razão, aliás, pela qual Idelber e cia adoram os homens-bomba palestinos, e os fanáticos religiosos do Hamas que odeiam gays. Tudo o que é violentamente antiocidental, é bom. É o "grito dos excluídos".
5) A outra explicação, é claro, é que Obama seja um muçulmano enrustido, que prefira o Irã dos aiatolás ao Israel dos judeus, e queira mesmo assistir de camarote à destruição do maldito estado sionista.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Fracasso anunciado
Um dos mais tristes e patéticos espetáculos da política internacional é assistir a presidente americano após presidente americano meter a colher no conflito Israel vs. palestinos, esperando sair com um acordo de paz que lhe trará glória eterna - e inevitavelmente fracassando.
Obama não é diferente. Lá vai ele com seu carisma messiânico, dialogando hoje com Netanyahu, amanhã com o Hamas. Vai fracassar. Pior: dadas as atuais circunstâncias, corre o risco de gerar uma hecatombe nuclear na região que vai dar saudade imensa das guerrinhas em Gaza.
Primeiro, nunca entendo o que os EUA tem a ver com a história toda. Se americanos (e europeus) se metessem menos, o conflito teria terminado há muito tempo, de modo mais satisfatório para ambos os lados. A eterna negociação só acrescenta lenha à fogueira.
Segundo, a situação é mais simples do que parece. Os palestinos não querem tanto um Estado, quando o fim de Israel. Se quisessem um Estado, já o teriam. Spengler, que tem agora novo e excelente blog, dá a letra.
Obama não é diferente. Lá vai ele com seu carisma messiânico, dialogando hoje com Netanyahu, amanhã com o Hamas. Vai fracassar. Pior: dadas as atuais circunstâncias, corre o risco de gerar uma hecatombe nuclear na região que vai dar saudade imensa das guerrinhas em Gaza.
Primeiro, nunca entendo o que os EUA tem a ver com a história toda. Se americanos (e europeus) se metessem menos, o conflito teria terminado há muito tempo, de modo mais satisfatório para ambos os lados. A eterna negociação só acrescenta lenha à fogueira.
Segundo, a situação é mais simples do que parece. Os palestinos não querem tanto um Estado, quando o fim de Israel. Se quisessem um Estado, já o teriam. Spengler, que tem agora novo e excelente blog, dá a letra.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Brasil, Irã e Israel, ou: nem tudo é antisemitismo
Vou dizer agora uma coisa que parece o oposto do que eu acabei de dizer, mas não é.
Nem tudo é antisemitismo. Acho que todo mundo pode ter o direito de criticar Israel, e nem toda crítica ao país é necessariamente "antisemita".
Nem tenho certeza que a postura do Brasil lulista ao receber Amadinehjad seja "antisemita", embora seja claramente uma tentativa de chute na canela de Israel. Mas acho que, no fundo, é apenas a mesma postura ideológica tradicional petista de se associar preferencialmente a republiquetas de ditadores latinos ou africanos, pois é com essa gente que Lula e os petistas, no fundo, se identificam.
A pergunta é: o que tem a ganhar o Brasil ao se associar com o Irã, e em especial com o polêmico presidente iraniano? A idéia que a Petrobras possa explorar petróleo no Irã é pouco provável, já que eles tem sua própria empresa estatal que controla tudo. Acordos comerciais que beneficiem o Brasil também são pouco prováveis, já que o Irã encontra-se em grave crise econômica, salvo que o Brasil decida passar aos mulás sua tecnologia nuclear. De acordo com esta notícia:
Estamos feitos! O Brasil vai imitar a regulação financeira do Irã, baseada na sha'ria. Não seria mais útil realizar novos acordos de cooperação tecnológica com Israel, líder inovador nessa área? Mesmo países que nominalmente apóiam o Irã, como China e Rússia, vendem sistemas velhos aos iranianos e compram tecnologia e armas modernas de Israel.
Então, nem sei com certeza se receber o malucão do Amadinehjad no Brasil configura antisemitismo ou não. O que sei é que é burrice, em nome de uma ideologia torta.
Nem tudo é antisemitismo. Acho que todo mundo pode ter o direito de criticar Israel, e nem toda crítica ao país é necessariamente "antisemita".
Nem tenho certeza que a postura do Brasil lulista ao receber Amadinehjad seja "antisemita", embora seja claramente uma tentativa de chute na canela de Israel. Mas acho que, no fundo, é apenas a mesma postura ideológica tradicional petista de se associar preferencialmente a republiquetas de ditadores latinos ou africanos, pois é com essa gente que Lula e os petistas, no fundo, se identificam.
A pergunta é: o que tem a ganhar o Brasil ao se associar com o Irã, e em especial com o polêmico presidente iraniano? A idéia que a Petrobras possa explorar petróleo no Irã é pouco provável, já que eles tem sua própria empresa estatal que controla tudo. Acordos comerciais que beneficiem o Brasil também são pouco prováveis, já que o Irã encontra-se em grave crise econômica, salvo que o Brasil decida passar aos mulás sua tecnologia nuclear. De acordo com esta notícia:
Em entrevista coletiva após o encontro, Amorim disse que uma das propostas com repercussão mais concreta e imediata foi feita com o Banco Central brasileiro. O intuito é que haja um acordo entre os bancos centrais dos dois países para troca de informações sobre regulação do sistema financeiro.
Estamos feitos! O Brasil vai imitar a regulação financeira do Irã, baseada na sha'ria. Não seria mais útil realizar novos acordos de cooperação tecnológica com Israel, líder inovador nessa área? Mesmo países que nominalmente apóiam o Irã, como China e Rússia, vendem sistemas velhos aos iranianos e compram tecnologia e armas modernas de Israel.
Então, nem sei com certeza se receber o malucão do Amadinehjad no Brasil configura antisemitismo ou não. O que sei é que é burrice, em nome de uma ideologia torta.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
61

Muitos anos de vida.
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sábado, 11 de abril de 2009
O mundo pós-americano
Caroline Glick fala sobre o novo mundo em que os EUA não mais são a grande potência garantidora da paz mundial. De fato, pode-se confiar em um país que, apesar de toda a superioridade militar, tem dificuldade em lidar com meros piratas?
Já comentei há algum tempo atrás sobre a curiosa preferência dos esquerdistas pelos direitos dos criminosos, pândegos, terroristas, assassinos, estupradores e ladrões sobre os do cidadão comum.
Podem acrescentar piratas à lista.
Os piratas somalis tem ainda em seu poder um capitão norte-americano, e agora seqüestraram também um barco italiano, com 16 reféns. O governo Obama, paralisado, hesita em intervir. Está negociando um pagamento (bailout?) de alguns milhões de dólares.
Um governo que tem medo de piratas somalis não pode, naturalmente, enfrentar o Irã. De fato, o vice americano Joe Biden já avisou Israel que não tolerará ataques militares ao Irã. Sim, vocês ouviram bem: são os EUA protegendo o Irã contra Israel, e não o contrário.
O governo Obama, em sua ânsia de fazer paz com os inimigos, está apenas conseguindo irritar os aliados. Outro país que começa a incomodar-se é a Índia, inimiga mortal do Paquistão, país ao qual os EUA tentam seduzir com - o que mais? - bilhões em ajuda econômica. Para o governo Obama, parece que dar dinheiro a todos é a melhor solução. O grande problema dessa estratégia é que um dia o dinheiro acaba.
Nesse contexto, Caroline Glick sugere a possibilidade de outras alianças. Índia e Israel, por exemplo, tem trabalhado conjuntamente no lançamento de satélites; poderiam eventualmente ter uma maior colaboração militar também.
Quanto aos EUA: quem tenta seduzir os inimigos à custa dos amigos acaba, em geral, apenas ganhando mais inimigos.
Já comentei há algum tempo atrás sobre a curiosa preferência dos esquerdistas pelos direitos dos criminosos, pândegos, terroristas, assassinos, estupradores e ladrões sobre os do cidadão comum.
Podem acrescentar piratas à lista.
Os piratas somalis tem ainda em seu poder um capitão norte-americano, e agora seqüestraram também um barco italiano, com 16 reféns. O governo Obama, paralisado, hesita em intervir. Está negociando um pagamento (bailout?) de alguns milhões de dólares.
Um governo que tem medo de piratas somalis não pode, naturalmente, enfrentar o Irã. De fato, o vice americano Joe Biden já avisou Israel que não tolerará ataques militares ao Irã. Sim, vocês ouviram bem: são os EUA protegendo o Irã contra Israel, e não o contrário.
O governo Obama, em sua ânsia de fazer paz com os inimigos, está apenas conseguindo irritar os aliados. Outro país que começa a incomodar-se é a Índia, inimiga mortal do Paquistão, país ao qual os EUA tentam seduzir com - o que mais? - bilhões em ajuda econômica. Para o governo Obama, parece que dar dinheiro a todos é a melhor solução. O grande problema dessa estratégia é que um dia o dinheiro acaba.
Nesse contexto, Caroline Glick sugere a possibilidade de outras alianças. Índia e Israel, por exemplo, tem trabalhado conjuntamente no lançamento de satélites; poderiam eventualmente ter uma maior colaboração militar também.
Quanto aos EUA: quem tenta seduzir os inimigos à custa dos amigos acaba, em geral, apenas ganhando mais inimigos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009
Pierre Rehov
Pierre Rehov é um documentarista francês que realizou vários filmes sobre o conflito entre judeus e palestinos. Aqui o seu canal no Youtube, com vários trechos de vídeos interessantes sobre o fanatismo islâmico. E aqui um artigo recém-saído do forno sobre ele.
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
Foi Khaled quem disse
Assisti anteontem a uma palestra do jornalista palestino e muçulmano Khaled Abu Toameh, que está de visita na Califórnia. Entre outras coisas, ele disse:
- Arafat era um corrputo(*) safado que torrou bilhões de ajuda internacional para seu uso pessoal;
- É praticamente inútil dar dinheiro aos governantes palestinos, vai terminar sendo usado para terrorismo ou em corrupção;
- Também é praticamente inútil um acordo de paz agora: não há com quem negociar, o melhor que os israelenses podem fazer é deixar tudo como está;
- Hamas e Fatah são duas caras da mesma moeda, e se Israel sair da Cisjordânia o Hamas vai tomar conta e começar a lançar foguetes no dia seguinte;
- A ONU mantém o status quo palestino e portanto colabora com o terrorismo;
- A maioria dos esquerdistas autodeclarados "pró-palestinos" não tem a menor idéia do que ocorre em Gaza ou na Cisjordânia, são apenas tolos que acreditam em simplismos como "israelenses armados maus, palestinos pobrezinhos bons";
O que acrescentar? Depois dessa, nem preciso mais comentar aqui sobre o conflito no Oriente Médio. Agora que um palestino e muçulmano falou - com muito maior conhecimento de causa - quase as mesmas coisas que eu já falava há séculos aqui e no blog do PD, talvez o pessoal comece a acreditar?
(*) Era pra ter escrito "corrupto", mas o erro de digitação tornou-se ainda mais preciso, já que Arafat também era gay.
- Arafat era um corrputo(*) safado que torrou bilhões de ajuda internacional para seu uso pessoal;
- É praticamente inútil dar dinheiro aos governantes palestinos, vai terminar sendo usado para terrorismo ou em corrupção;
- Também é praticamente inútil um acordo de paz agora: não há com quem negociar, o melhor que os israelenses podem fazer é deixar tudo como está;
- Hamas e Fatah são duas caras da mesma moeda, e se Israel sair da Cisjordânia o Hamas vai tomar conta e começar a lançar foguetes no dia seguinte;
- A ONU mantém o status quo palestino e portanto colabora com o terrorismo;
- A maioria dos esquerdistas autodeclarados "pró-palestinos" não tem a menor idéia do que ocorre em Gaza ou na Cisjordânia, são apenas tolos que acreditam em simplismos como "israelenses armados maus, palestinos pobrezinhos bons";
O que acrescentar? Depois dessa, nem preciso mais comentar aqui sobre o conflito no Oriente Médio. Agora que um palestino e muçulmano falou - com muito maior conhecimento de causa - quase as mesmas coisas que eu já falava há séculos aqui e no blog do PD, talvez o pessoal comece a acreditar?
(*) Era pra ter escrito "corrupto", mas o erro de digitação tornou-se ainda mais preciso, já que Arafat também era gay.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O futuro de Israel
Benjamim Netanyahu foi confirmado o novo primeiro-ministro israelense, faltando apenas saber se vai governar com um governo de coalizão (caso a Livni aceite) ou com maioria reduzida.
Enquanto isso, Obama e seus aliados europeus estão preocupados, pois temem que o "processo de paz" possa ser prejudicado. Por "processo de paz", naturalmente, entenda-se a destruição de Israel. Afinal, os terroristas podem continuar atacando à vontade, é apenas Israel quem deve ceder a todas as suas demandas, sem receber nada em troca além de vagas promessas que jamais foram cumpridas.
O mais estranho de tudo isto é o seguinte: Israel, bem ou mal, é um aliado de EUA e Europa. Quer dizer, não representa ameaça militar alguma aos países civilizados. Os países muçulmanos, ao contrário, representam cada vez mais uma séria ameaça, ainda mais agora que parece estar ocorrendo uma corrida nuclear na região iniciada pelo Irã. E, no entanto, por algum motivo que escapa ao meu entendimento - salvo que seja devido aos petrodólares, mas nenhum político seria tão venal, ou seria? - americanos e europeus negam apoio a Israel e querem porque querem puxar o saco dos árabes. Em meio de uma crise terrível, EUA e Europa conseguem achar algunsmilhões bilhões de dólares DO CONTRIBUINTE para dar aos palestinos.
O futuro de Israel é preocupante. Afinal, com amigos assim, quem precisa de inimigos?
Enquanto isso, Obama e seus aliados europeus estão preocupados, pois temem que o "processo de paz" possa ser prejudicado. Por "processo de paz", naturalmente, entenda-se a destruição de Israel. Afinal, os terroristas podem continuar atacando à vontade, é apenas Israel quem deve ceder a todas as suas demandas, sem receber nada em troca além de vagas promessas que jamais foram cumpridas.
O mais estranho de tudo isto é o seguinte: Israel, bem ou mal, é um aliado de EUA e Europa. Quer dizer, não representa ameaça militar alguma aos países civilizados. Os países muçulmanos, ao contrário, representam cada vez mais uma séria ameaça, ainda mais agora que parece estar ocorrendo uma corrida nuclear na região iniciada pelo Irã. E, no entanto, por algum motivo que escapa ao meu entendimento - salvo que seja devido aos petrodólares, mas nenhum político seria tão venal, ou seria? - americanos e europeus negam apoio a Israel e querem porque querem puxar o saco dos árabes. Em meio de uma crise terrível, EUA e Europa conseguem achar alguns
O futuro de Israel é preocupante. Afinal, com amigos assim, quem precisa de inimigos?
P.S. Por outro lado, a situação não é exatamente novidade para Israel. Em 1983, Bob Dylan cantava em "Neighborhood bully" sobre como Israel é SEMPRE o culpado. Aqui.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Quantos morreram em Gaza?
De acordo com o jornalista italiano Lorenzo Cremonesi, que cobriu os eventos desde Gaza para o Corriere della Sera, os mortos na recente operação não seriam mais de 600. Segundo o que ele observou em hospitais e entrevistas com familiares das vítimas, um número maior do que esse seria impossível.
Não posso saber, talvez nunca saibamos ao certo, mas acho que faz sentido. Os palestinos tendem sempre a exagerar os números (lembrem de Jenin, de Qana) para efeitos de propaganda. O número de mortos em qualquer conflito Israel vs. palestinos (ou EUA vs. muçulmanos) pode ser calculado pela seguinte fórmula, que acabei de inventar:
Nr = (Np - Nidf) / D
Onde Nr é o numero real de mortos, Np o número inicial alegado pelas fontes palestinas, Nidf o número inicial alegado pelo Exército Israelense, e D o número de dias que durou o conflito. Colocando nossa fórmula à prova em relação à batalha de Jenin, temos:
Nr = (500 - 45) / 8 = 455 / 8 = 56 mortos.
Bingo. Quero meu Prêmio Nobel.
Não posso saber, talvez nunca saibamos ao certo, mas acho que faz sentido. Os palestinos tendem sempre a exagerar os números (lembrem de Jenin, de Qana) para efeitos de propaganda. O número de mortos em qualquer conflito Israel vs. palestinos (ou EUA vs. muçulmanos) pode ser calculado pela seguinte fórmula, que acabei de inventar:
Nr = (Np - Nidf) / D
Onde Nr é o numero real de mortos, Np o número inicial alegado pelas fontes palestinas, Nidf o número inicial alegado pelo Exército Israelense, e D o número de dias que durou o conflito. Colocando nossa fórmula à prova em relação à batalha de Jenin, temos:
Nr = (500 - 45) / 8 = 455 / 8 = 56 mortos.
Bingo. Quero meu Prêmio Nobel.
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Quando a esquerda amava Israel
Existe um grande mito de que Israel seja uma criação dos EUA: uma estaca do "imperialismo americano" implantada no coração do mundo árabe-muçulmano.
Nada mais falso.
Como mostra este interessante artigo, quem ajudou Israel na Guerra de 1948, quando o país foi invadido pelos árabes logo após sua declaração de independência, foram os comunistas. O apoio soviético e as armas tchecas foram fundamentais para a vitória de Israel. Os EUA nada fizeram.
Além disso, o Sionismo na época tinha um certo caráter socialista, quase hippie - os kibbutz e tal - e portanto tinha o apoio absoluto da esquerda internacional. Vejam vocês como as coisas mudam... Hoje a esquerda vive apoiando o mais bárbaro terrorismo islâmico: aqui um belo e triste artigo de Judea Pearl, pai do jornalista Daniel Pearl (brutalmente assassinado pelos talibãs), fala sobre a absurda situação atual.
Hoje os EUA de Obama provavelmente tampouco farão muito por Israel. Talvez Israel deva procurar o apoio da China...
Nada mais falso.
Como mostra este interessante artigo, quem ajudou Israel na Guerra de 1948, quando o país foi invadido pelos árabes logo após sua declaração de independência, foram os comunistas. O apoio soviético e as armas tchecas foram fundamentais para a vitória de Israel. Os EUA nada fizeram.
Além disso, o Sionismo na época tinha um certo caráter socialista, quase hippie - os kibbutz e tal - e portanto tinha o apoio absoluto da esquerda internacional. Vejam vocês como as coisas mudam... Hoje a esquerda vive apoiando o mais bárbaro terrorismo islâmico: aqui um belo e triste artigo de Judea Pearl, pai do jornalista Daniel Pearl (brutalmente assassinado pelos talibãs), fala sobre a absurda situação atual.
Hoje os EUA de Obama provavelmente tampouco farão muito por Israel. Talvez Israel deva procurar o apoio da China...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Duas histórias de Gaza
Ontem maniqueísmo, hoje nuance.
HISTÓRIA A
No que parece ter sido um trágico erro do exército israelense, três das filhas do médico palestino Dr. Ezzeldeen Abu al-Aish foram mortas no penúltimo dia da operação em Gaza, quando um tanque atirou contra morteiros vizinhos, atingindo erroneamente a sua casa. O médico, que trabalhava em um hospital em Israel, e que costumeiramente passava boletins à TV israelense sobre os feridos de Gaza, ligou desesperado para o canal de televisão israelense e a ligação foi transmitida ao vivo. Um dos jornalistas conseguiu autorização para entrar em Gaza e, evento inédito nas circunstâncias, uma ambulância palestina foi admitida a cruzar a fronteira. Os familiares feridos sobreviventes foram levados para um hospital em Israel. O dramático vídeo desta tragédia humana pode ser visto no Youtube (reportagem da Al-Jazira aqui, vídeo apenas com o registro do evento ao vivo na TV israelense aqui). Morreram três de suas filhas de 22, 15 e 14 anos e mais uma sobrinha de 14 anos. Outras duas filhas estão sendo tratadas em um hospital em Tel Aviv. O pobre homem está, naturalmente, revoltado.
Em seu blog, Idelber comenta: "Se alguém se julga em condições morais de julgar este pai caso ele decida se converter em homem-bomba, por favor, envie cartas para a redação."
Idelber não costuma responder cartas para a redação, mas, de qualquer modo, não acredito que o bom doutor vire um "homem-bomba". Engana-se Idelber ao pensar que os homens-bomba são vítimas movidas pela "dor" ou pelo "desespero". São movidos pela "glória" ou pelo ódio inculcado e, ao contrário do doutor, são em geral jovens entre 15 e 25 anos.
Em matéria da BBC de 18 de julho de 2001, portanto antes da saída de Gaza e antes mesmo dos ataques de 9/11, há um interessante artigo sobre as "escolas de homens-bomba" na então ocupada Gaza. Um trechinho:
HISTÓRIA B
Em 2 de maio de 2004, o carro da assistente social Tali Hatuel, que auxiliava israelenses vítimas do terror e morava na então colônia de Gush Katif, em Gaza, foi alvejado por terroristas palestinos logo após ela ter pego as crianças na escola. O carro saiu da estrada. Os terroristas palestinos aproximaram-se e mataram todos os ocupantes do veículo: Tali, que estava grávida de oito meses, bem como suas outras quatro filhas, de 11, 9, 7 e 2 anos. Os jovens palestinos foram celebrados como heróis em Gaza. Não houve uma única voz palestina oficial criticando publicamente os assassinos.
O marido de Tali, David Tahuel, ficou sabendo do evento pouco depois. Poderia ter reagido atacando árabes com uma metralhadora. Poderia, como pensou, ter se suicidado. Mas escolheu a vida: embora as marcas da tragédia ainda estejam presentes, ele casou-se novamente e tem hoje uma filha de um ano.
MORAL
Há alguma moral da história? Não sei. São duas vidas de civis inocentes, pessoas simples e - quero acreditar - fundamentalmente boas, cujas vidas foram praticamente destruídas pela tragédia de um conflito.
São histórias iguais? Não, não são iguais, mas a diferença não está tanto na reação das vítimas, como naquela das respectivas sociedades (falo mais sobre isso mais adiante).
Não sei quais lições se podem tirar do episódio, se é que se pode tirar alguma. Mas não acredito que a exaltação do "homem-bomba" seja uma delas.
(Nota adicional: as vítimas do conflito árabe-israelense desde 1950 equivalem a 0,06 % das mortes em conflitos em todo o mundo no mesmo período. Se nos limitarmos ao número de muçulmanos mortos por Israel, verificamos que seu número equivale a 0,3% dos muçulmanos mortos em conflitos nesse período. Quem matou os outros 99,7 %?).
HISTÓRIA A
No que parece ter sido um trágico erro do exército israelense, três das filhas do médico palestino Dr. Ezzeldeen Abu al-Aish foram mortas no penúltimo dia da operação em Gaza, quando um tanque atirou contra morteiros vizinhos, atingindo erroneamente a sua casa. O médico, que trabalhava em um hospital em Israel, e que costumeiramente passava boletins à TV israelense sobre os feridos de Gaza, ligou desesperado para o canal de televisão israelense e a ligação foi transmitida ao vivo. Um dos jornalistas conseguiu autorização para entrar em Gaza e, evento inédito nas circunstâncias, uma ambulância palestina foi admitida a cruzar a fronteira. Os familiares feridos sobreviventes foram levados para um hospital em Israel. O dramático vídeo desta tragédia humana pode ser visto no Youtube (reportagem da Al-Jazira aqui, vídeo apenas com o registro do evento ao vivo na TV israelense aqui). Morreram três de suas filhas de 22, 15 e 14 anos e mais uma sobrinha de 14 anos. Outras duas filhas estão sendo tratadas em um hospital em Tel Aviv. O pobre homem está, naturalmente, revoltado.
Em seu blog, Idelber comenta: "Se alguém se julga em condições morais de julgar este pai caso ele decida se converter em homem-bomba, por favor, envie cartas para a redação."
Idelber não costuma responder cartas para a redação, mas, de qualquer modo, não acredito que o bom doutor vire um "homem-bomba". Engana-se Idelber ao pensar que os homens-bomba são vítimas movidas pela "dor" ou pelo "desespero". São movidos pela "glória" ou pelo ódio inculcado e, ao contrário do doutor, são em geral jovens entre 15 e 25 anos.
Em matéria da BBC de 18 de julho de 2001, portanto antes da saída de Gaza e antes mesmo dos ataques de 9/11, há um interessante artigo sobre as "escolas de homens-bomba" na então ocupada Gaza. Um trechinho:
Uma nova geração de crianças, garotos palestinos de 12 a 15 anos, está crescendo no meio do conflito e da violência. Os garotos são informados que não apenas é bom morrer, como também matar.A reportagem conclui que, apesar das críticas de Israel a essa propagação do ódio,
Mohammed, um garoto de 14 anos, se desenha a si mesmo com explosivos atados ao seu corpo, pronto para se explodir se isso significa matar judeus. "Sim", ele responde quando lhe perguntam se quer ser um homem bomba. "Quero liberar a Palestina e ser parte da revolução". Os garotos são ensinados que dando suas vidas terão garantido um lugar no céu. E ser um homem-bomba é uma das maiores formas de martírio.
o povo de Gaza insiste que trata-se de uma resposta direta à ocupação israelense e que quando os israelenses deixarem o território palestino, as crianças não mais serão incentivadas à violência nem sonharão em tornar-se homens-bomba.(Israel saiu de Gaza em 2005, mas a propagação do ódio só aumentou.)
HISTÓRIA B
Em 2 de maio de 2004, o carro da assistente social Tali Hatuel, que auxiliava israelenses vítimas do terror e morava na então colônia de Gush Katif, em Gaza, foi alvejado por terroristas palestinos logo após ela ter pego as crianças na escola. O carro saiu da estrada. Os terroristas palestinos aproximaram-se e mataram todos os ocupantes do veículo: Tali, que estava grávida de oito meses, bem como suas outras quatro filhas, de 11, 9, 7 e 2 anos. Os jovens palestinos foram celebrados como heróis em Gaza. Não houve uma única voz palestina oficial criticando publicamente os assassinos.
O marido de Tali, David Tahuel, ficou sabendo do evento pouco depois. Poderia ter reagido atacando árabes com uma metralhadora. Poderia, como pensou, ter se suicidado. Mas escolheu a vida: embora as marcas da tragédia ainda estejam presentes, ele casou-se novamente e tem hoje uma filha de um ano.
MORAL
Há alguma moral da história? Não sei. São duas vidas de civis inocentes, pessoas simples e - quero acreditar - fundamentalmente boas, cujas vidas foram praticamente destruídas pela tragédia de um conflito.
São histórias iguais? Não, não são iguais, mas a diferença não está tanto na reação das vítimas, como naquela das respectivas sociedades (falo mais sobre isso mais adiante).
Não sei quais lições se podem tirar do episódio, se é que se pode tirar alguma. Mas não acredito que a exaltação do "homem-bomba" seja uma delas.
(Nota adicional: as vítimas do conflito árabe-israelense desde 1950 equivalem a 0,06 % das mortes em conflitos em todo o mundo no mesmo período. Se nos limitarmos ao número de muçulmanos mortos por Israel, verificamos que seu número equivale a 0,3% dos muçulmanos mortos em conflitos nesse período. Quem matou os outros 99,7 %?).
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Dentro da mente palestina
Um dos melhores artigos já escritos sobre o conflito entre Israel e os árabes palestinos está aqui: "Por que odiamos nosso vizinho e temos que matá-lo". Escrito na forma de uma parábola, o artigo explica melhor do que nenhum outro a mentalidade suicida palestina, e a razão pela permanência eterna do conflito. O final é de arrepiar:
A esquerda não entende, nunca entendeu, e jamais vai entender esse conflito. O que é curioso já que, a seu modo, os esquerdistas são tão vitimistas, ressentidos e autodestrutivos quanto os islamistas. Ou, talvez - lamentável, mas possível - a esquerda também prefira ver o circo pegar fogo (com bombas nucleares). Afinal, é apenas na morte coletiva que realiza-se o sonho socialista: todos são finalmente iguais.
Alguns, que não vivem na nossa vizinhança e não sabem como as coisas funcionam por aqui, ocasionalmente perguntam: "Por que vocês continuam a provocá-lo, se sabem que ele vai reagir tão ferozmente?" A pergunta prova que são ignorantes sobre a nossa vizinhança. O fazemos porque é o significado de nossa vida. Nosso vizinho, assassino de profetas, nos humilha apenas por estar ali. A honra de nosso avô vale a vida de nossos filhos e netos. Não temos futuro enquanto ele continuar vivendo em paz e prosperidade. É por isso que não podemos pensar em mais nada. Nenhum de nós pode construir nada enquanto sua casa continuar de pé.
Um pouco mais longe na nossa vizinhança temos um amigo que secretamente nos entrega pedras e coquetéis Molotov. Ele está trabalhando em uma grande bomba que vai reduzir nosso vizinho a um miserável amontoado de átomos em uma fração de segundos. Essa bomba vai nos matar também - esse pensamento infernal é quase erótico. Nosso vizinho vai queimar, e nós também, mas ao menos uma coisa é certa: não nos sentiremos mais inferiores; finalmente o teremos vencido, na morte - que nós não tememos, mas ele, sim.
A esquerda não entende, nunca entendeu, e jamais vai entender esse conflito. O que é curioso já que, a seu modo, os esquerdistas são tão vitimistas, ressentidos e autodestrutivos quanto os islamistas. Ou, talvez - lamentável, mas possível - a esquerda também prefira ver o circo pegar fogo (com bombas nucleares). Afinal, é apenas na morte coletiva que realiza-se o sonho socialista: todos são finalmente iguais.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Anti-boicote a Israel
A Naomi Klein (Judia! Convenhamos, os judeus são às vezes seus piores inimigos) e outros "luminares do pensamento" querem organizar um boicote contra Israel. Eu, de minha parte, há algum tempo organizei um anti-boicote.
Explico. Aqui perto de casa tem um mercadinhoiraniano persa que vende muitos produtos israelenses. (Os iranianos persas que moram por aqui vieram quase todos fugidos da Revolução Islâmica e não tem grande amor pelos mulás; além disso, negócios são negócios). Aí quando vou ali sempre compro algum produto israelense. Já comprei molho de tomate (quase tão bom quanto o italiano), uma creme de passar no pão à base de cacau e caruba (interessante), azeitonas (muito boas), chocolate (hã, nisso ainda precisam melhorar), café (mediano, mas certamente melhor do que o americano), hummus (ótimo, não confundir com Hamas).
Explico. Aqui perto de casa tem um mercadinho
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A mídia contra Israel
Um bom artigo sobre a atual guerra mundial contra Israel (leiam que vocês vão entender). Idelber, naturalmente, odiou. (Mas enfim, esqueçamos nosso amigo acadêmico, não mais o citarei por aqui já que não está interessado no diálogo.)
O artigo em questão, de qualquer modo, esclarece algumas coisas importantes, notadamente:
a) A palavra "Palestinos" sempre designou tanto árabes quanto judeus, já que não tinha conotação nacional. A Palestina era (é) uma região geográfica, não uma nação, nunca foi. Antes da independência, o jornal "Jerusalem Post" chamava-se "Palestine Post".
b) A maioria dos que são hoje chamados de "refugiados palestinos" são pessoas que vieram de fora, de outros países árabes vizinhos, em busca de emprego na região. Como já mostrei aqui mesmo no blog, Mark Twain visitou a região em 1860 e declarou-a desolada e quase desabitada. Entre seus habitantes encontravam-se árabes, turcos, judeus, cristãos ortodoxos gregos, etc. "Palestino" só virou sinônimo de árabe após 1967, por ordens da KGB.
c) A campanha midiática contra Israel não tem nada de casual. É um plano que tem o objetivo de desmantelar o país mesmo. Aqui o artigo é polêmico, mas acho que tem razão. Por que nunca vemos na televisão imagens de Ruanda, do Sudão, do Zimbabwe, da Somália, da Chechênia, da Geórgia, de todos os países onde ocorrem massacres milhares de vezes maiores do que os supostamente cometidos por Israel? Por que jamais vemos imagens de Sderot ou outras cidades israelenses quando são atacadas, mas apenas Israel reage vira notícia 24 horas por dia? O articulista argumenta que a idéia é justamente deslegitimizar Israel, mais ou menos como o nazismo tentou deslegitimizar o povo judeu como "raça inferior". O atual "anti-sionismo" é assim, literalmente, o "anti-semitismo" dos nazistas, com a única diferença é que antes a "raça judaica" é que não tinha o direito de existir. Agora é o Estado judeu que não tem esse direito. Como o conceito de "racismo" hoje pega mal, mudou-se a ênfase para o "nacionalismo": mudou o recipiente, mas não o conteúdo.
d) A grande mídia banaliza ou destrói propositalmente o significado de palavras como "genocídio", "campo de concentração", "nazismo" ou "apartheid", aplicando-as ao caso de Israel e palestinos, onde a situação é ridiculamente diversa. Idiotas comparam Israel ao "nazismo". Ora, os nazistas em 3 anos mataram 6 milhões de judeus; os judeus, em 60 anos, mataram talvez alguns milhares de árabes, sendo que os árabes também mataram um número grande de judeus (sem falar que os próprios árabes mataram mais árabes do que os judeus jamais mataram ou matarão). O número de nazistas mortos por judeus na II Guerra é, naturalmente, quase inexistente.
e) O último parágrafo já se adentra no terreno das suposições, e parece conspiratório demais, mesmo para o meu gosto. Embora acredite mesmo que possa existir uma conspiração da ala globalista aliada ao islamismo, e que realmente esteja em curso uma campanha para a eliminação de Israel, algumas de suas conclusões parecem-me algo irreais. Vai depender do que fizer Obama. Logo vai ficar claro de que lado ele está.
O artigo em questão, de qualquer modo, esclarece algumas coisas importantes, notadamente:
a) A palavra "Palestinos" sempre designou tanto árabes quanto judeus, já que não tinha conotação nacional. A Palestina era (é) uma região geográfica, não uma nação, nunca foi. Antes da independência, o jornal "Jerusalem Post" chamava-se "Palestine Post".
b) A maioria dos que são hoje chamados de "refugiados palestinos" são pessoas que vieram de fora, de outros países árabes vizinhos, em busca de emprego na região. Como já mostrei aqui mesmo no blog, Mark Twain visitou a região em 1860 e declarou-a desolada e quase desabitada. Entre seus habitantes encontravam-se árabes, turcos, judeus, cristãos ortodoxos gregos, etc. "Palestino" só virou sinônimo de árabe após 1967, por ordens da KGB.
c) A campanha midiática contra Israel não tem nada de casual. É um plano que tem o objetivo de desmantelar o país mesmo. Aqui o artigo é polêmico, mas acho que tem razão. Por que nunca vemos na televisão imagens de Ruanda, do Sudão, do Zimbabwe, da Somália, da Chechênia, da Geórgia, de todos os países onde ocorrem massacres milhares de vezes maiores do que os supostamente cometidos por Israel? Por que jamais vemos imagens de Sderot ou outras cidades israelenses quando são atacadas, mas apenas Israel reage vira notícia 24 horas por dia? O articulista argumenta que a idéia é justamente deslegitimizar Israel, mais ou menos como o nazismo tentou deslegitimizar o povo judeu como "raça inferior". O atual "anti-sionismo" é assim, literalmente, o "anti-semitismo" dos nazistas, com a única diferença é que antes a "raça judaica" é que não tinha o direito de existir. Agora é o Estado judeu que não tem esse direito. Como o conceito de "racismo" hoje pega mal, mudou-se a ênfase para o "nacionalismo": mudou o recipiente, mas não o conteúdo.
d) A grande mídia banaliza ou destrói propositalmente o significado de palavras como "genocídio", "campo de concentração", "nazismo" ou "apartheid", aplicando-as ao caso de Israel e palestinos, onde a situação é ridiculamente diversa. Idiotas comparam Israel ao "nazismo". Ora, os nazistas em 3 anos mataram 6 milhões de judeus; os judeus, em 60 anos, mataram talvez alguns milhares de árabes, sendo que os árabes também mataram um número grande de judeus (sem falar que os próprios árabes mataram mais árabes do que os judeus jamais mataram ou matarão). O número de nazistas mortos por judeus na II Guerra é, naturalmente, quase inexistente.
e) O último parágrafo já se adentra no terreno das suposições, e parece conspiratório demais, mesmo para o meu gosto. Embora acredite mesmo que possa existir uma conspiração da ala globalista aliada ao islamismo, e que realmente esteja em curso uma campanha para a eliminação de Israel, algumas de suas conclusões parecem-me algo irreais. Vai depender do que fizer Obama. Logo vai ficar claro de que lado ele está.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Israel não vai a lugar nenhum
Imagine que chegasse na terra um alienígena do planeta Vulcano ou Tralfamador e, sem saber nada do conflito entre israelenses e palestinos, se pusesse a observar as respectivas manifestações.
Em uma veria bandeiras queimadas, pessoas armadas, quebra-quebra, gritos pedindo a "morte" de um grupo étnico-religioso, conflitos com a polícia, intimidação.
Na outra, veria gente tranqüila, cantando, erguendo cartazes sem provocações excessivas, e no final indo embora sem qualquer briga com os policiais.
O que ele pensaria do conflito, apenas vendo tais passeatas?
Mas outra diferença que o nosso amigo alienígena perceberia seria que, nas manifestações pacíficas, misturadas às bandeiras israelenses, haveria muitas bandeiras norte-americanas, francesas ou inglesas, isto é, bandeiras do próprio país. Do outro lado, não haveria qualquer bandeira nativa: apenas bandeiras palestinas e de organizações terroristas estrangeiras como Hamas ou Hizballah.
Lamento informar ao Al-Idelber e todos os que torcem pelo Hamas que Israel não vai a lugar nenhum. Leia aqui (em inglês) um excelente artigo explica que o Hamas e seus apoiadores se enganam ao acreditar que poderão expulsar os judeus com seus foguetinhos e sua ONU e sua mídia. Israel foi muito além do vitimismo, é um país moderno e bem armado. Pode aceitar os palestinos ao seu lado se estes decidirem viver em paz, mas, se eles continuarem com a violência, vão ter o troco. Está na hora, diz o artigo, dospalestinos muçulmanos deixarem de lado seus sonhos terroristas de aniquilação total, e simplesmente fazerem o que deviam ter feito há 60 anos: aceitar a existência de Israel. O país não vai sumir do mapa só porque alguns querem.
(Aqui um artigo do argentino Marcos Aguinis em tons parecidos; mas o artigo acima é melhor.)
Na verdade, este conflito entre Israel e palestinos teria acabado muito tempo antes se não fosse a esquerda. É a esquerda que dá alento ao Hamas, Hizballah, Irã e demais facínoras. É a esquerda, com seu apoio a terroristas em pleno Ocidente, que lhes dá a ilusão de que seus delirantes planos de genocídio podem ser levados a cabo. É a esquerda imbecil, falando nos "pontos positivos" do Hamas e de como apenas "são um grupo terrorista em estrito senso" que lhes fazem acreditar que seus objetivos delirantes são possíveis.
A esquerda hoje é o idiota útil do Islã. Idelber, Bourdokan e seus "caros amigos" fariam bem em ler a história da Revolução Islâmica Iraniana e o que aconteceu com os aliados comunistas dos aiatolás depois que estes tomaram o poder. Talvez ficassem com um pé atrás ao descobrir que poderiam perder a cabeça...
Mas há ainda outra razão para acreditar que Israel se manterá onde está, apesar do choro dos esquerdistas e dos sonhos genocidas dos muçulmanos. É que Israel, ainda que de um modo torto, joga um papel fundamental na bizarra política do Oriente Médio. Perceba, por exemplo, que o Irã latiu, mas não mordeu. O Hizballah diz ter "vencido a guerra", mas apesar de ter se rearmado não lançou um único foguetinho desde 2006 (Bem, na verdade, houve um foguete do Líbano, mas enviado por palestinos). A Síria também ficou em silêncio. Já o Egito, com medo do Irã e da Irmandade Muçulmana, apoiou o ataque contra o Hamas. De um lado, sunitas. Do outro, xiitas. De um lado, árabes. Do outro, persas. Odeiam Israel, é certo. Mas o que fariam sem Israel ali, se não se atacar diretamente uns aos outros? O conflito Israel vs. "palestinos" é apenas o reflexo de outros conflitos maiores, assim como a Guerra do Vietnã era uma luta entre EUA e URSS.
E a violência dos manifestantes muçulmanos barbarizando em cidades ocidentais em nome de Gaza só serviu para deixar seus habitantes nativos cada vez mais desconfiados desse pessoal.
Em uma veria bandeiras queimadas, pessoas armadas, quebra-quebra, gritos pedindo a "morte" de um grupo étnico-religioso, conflitos com a polícia, intimidação.
Na outra, veria gente tranqüila, cantando, erguendo cartazes sem provocações excessivas, e no final indo embora sem qualquer briga com os policiais.
O que ele pensaria do conflito, apenas vendo tais passeatas?
Mas outra diferença que o nosso amigo alienígena perceberia seria que, nas manifestações pacíficas, misturadas às bandeiras israelenses, haveria muitas bandeiras norte-americanas, francesas ou inglesas, isto é, bandeiras do próprio país. Do outro lado, não haveria qualquer bandeira nativa: apenas bandeiras palestinas e de organizações terroristas estrangeiras como Hamas ou Hizballah.
Lamento informar ao Al-Idelber e todos os que torcem pelo Hamas que Israel não vai a lugar nenhum. Leia aqui (em inglês) um excelente artigo explica que o Hamas e seus apoiadores se enganam ao acreditar que poderão expulsar os judeus com seus foguetinhos e sua ONU e sua mídia. Israel foi muito além do vitimismo, é um país moderno e bem armado. Pode aceitar os palestinos ao seu lado se estes decidirem viver em paz, mas, se eles continuarem com a violência, vão ter o troco. Está na hora, diz o artigo, dos
(Aqui um artigo do argentino Marcos Aguinis em tons parecidos; mas o artigo acima é melhor.)
Na verdade, este conflito entre Israel e palestinos teria acabado muito tempo antes se não fosse a esquerda. É a esquerda que dá alento ao Hamas, Hizballah, Irã e demais facínoras. É a esquerda, com seu apoio a terroristas em pleno Ocidente, que lhes dá a ilusão de que seus delirantes planos de genocídio podem ser levados a cabo. É a esquerda imbecil, falando nos "pontos positivos" do Hamas e de como apenas "são um grupo terrorista em estrito senso" que lhes fazem acreditar que seus objetivos delirantes são possíveis.
A esquerda hoje é o idiota útil do Islã. Idelber, Bourdokan e seus "caros amigos" fariam bem em ler a história da Revolução Islâmica Iraniana e o que aconteceu com os aliados comunistas dos aiatolás depois que estes tomaram o poder. Talvez ficassem com um pé atrás ao descobrir que poderiam perder a cabeça...
Mas há ainda outra razão para acreditar que Israel se manterá onde está, apesar do choro dos esquerdistas e dos sonhos genocidas dos muçulmanos. É que Israel, ainda que de um modo torto, joga um papel fundamental na bizarra política do Oriente Médio. Perceba, por exemplo, que o Irã latiu, mas não mordeu. O Hizballah diz ter "vencido a guerra", mas apesar de ter se rearmado não lançou um único foguetinho desde 2006 (Bem, na verdade, houve um foguete do Líbano, mas enviado por palestinos). A Síria também ficou em silêncio. Já o Egito, com medo do Irã e da Irmandade Muçulmana, apoiou o ataque contra o Hamas. De um lado, sunitas. Do outro, xiitas. De um lado, árabes. Do outro, persas. Odeiam Israel, é certo. Mas o que fariam sem Israel ali, se não se atacar diretamente uns aos outros? O conflito Israel vs. "palestinos" é apenas o reflexo de outros conflitos maiores, assim como a Guerra do Vietnã era uma luta entre EUA e URSS.
E a violência dos manifestantes muçulmanos barbarizando em cidades ocidentais em nome de Gaza só serviu para deixar seus habitantes nativos cada vez mais desconfiados desse pessoal.
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sábado, 10 de janeiro de 2009
O novo velho antissemitismo
Após a ofensiva em Gaza, vários cidadãos judeus foram atacados com violência na Inglaterra, França, Bélgica e Holanda. Lembre disso da próxima vez que lhe disserem que "anti-sionismo" não é a mesma coisa que "anti-semitismo".
O time de basquete israelense quase foi linchado na Turquia. Na Noza Zelândia, uma tenista israelense foi impedida de jogar. Lembre disso quando lhe falarem que "o esporte une as nações".
Mark Steyn fala aqui sobre o vergonhoso anti-semitismo que varre hoje a Europa, e que é surpreendentemente parecido ao velho. Invadidos por hordas de muçulmanos, os europeus conseguem culpar... os judeus. Em ecos das "leis raciais", um diretor sueco chegou a afirmar que crianças judias não poderiam mais matricular-se na sua escola.
Isso chegou ao Brasil também (ou sempre esteve). A jornalista brasileira Renata Malkes foi atacada por filhos da puta que a acusam de ser "agente sionista".
A Cora Rónai escreveu um ótimo artigo resumindo tudo:
Alguém certa vez observou que o anti-semitismo (antissemisismo, segundo a nova ortografia) é uma espécie de termômetro da insanidade mundial. Quando aumenta, é porque tem coisa errada. Estamos ficando próximos da temperatura dos anos 1930... E tudo em nome da "paz".

Atualização: Em defesa dos europeus, observe-se que também houve algumas manifestações pró-Israel em cidades européias, então não é tudo preto-e-branco. De fato, as manifestações anti-Israel são freqüentadas especialmente por imigrantes (de onde? adivinhem...) e esquerdistas, anarquistas, etc. Curiosamente, as marchas anti-Israel terminaram em violência, pancadaria, coquetéis molotov, carros queimados e lojas roubadas. As manifestações pró-Israel terminaram em paz...
O time de basquete israelense quase foi linchado na Turquia. Na Noza Zelândia, uma tenista israelense foi impedida de jogar. Lembre disso quando lhe falarem que "o esporte une as nações".
Mark Steyn fala aqui sobre o vergonhoso anti-semitismo que varre hoje a Europa, e que é surpreendentemente parecido ao velho. Invadidos por hordas de muçulmanos, os europeus conseguem culpar... os judeus. Em ecos das "leis raciais", um diretor sueco chegou a afirmar que crianças judias não poderiam mais matricular-se na sua escola.
Isso chegou ao Brasil também (ou sempre esteve). A jornalista brasileira Renata Malkes foi atacada por filhos da puta que a acusam de ser "agente sionista".
A Cora Rónai escreveu um ótimo artigo resumindo tudo:
Por ser um país desenvolvido cercado de vizinhos em diferentes estágios de "civilização", Israel paga, guardadas as devidas proporções, o preço que a classe média paga, aqui, em relação aos tantos movimentos de "descamisados", do MST aos arrastões. Os verdadeiros culpados por eventuais desigualdades, lá como cá, não são mencionados nem en passant -- e, ainda que o fossem, continuariam onde sempre estiveram. Nem aí.
Ao mesmo tempo, os líderes mundiais que hoje se declaram contra a "reação desproporcional" de Israel pouco estão se lixando para o sofrimento das vítimas. Se a sua preocupação fosse de fato humanitária, o Sudão, por exemplo, não sairia das manchetes; mas as vítimas do Sudão não dão ibope. Quando a China entrou de sola no Tibete, ainda outro dia, ouviram-se, no máximo, ligeiros resmungos protocolares -- e, ainda assim, só porque o Dalai Lama é um véinho carismático, com bom transito em Hollywood.
Isso sem falar no antissemitismo que, invariavelmente, aproveita para dar as caras quando tem a ótima desculpa de uma guerra para acobertá-lo. "Israelense" e "judeu" não são sinônimos; há incontáveis cidadãos israelenses que não são judeus, como há milhões de judeus que não são israelenses. Ainda assim, os dois termos se equivalem para efeitos de noticiário, de artigos, de posts enfurecidos em blogs. Seria até compreensível se a mesma equivalência servisse para "palestinos" e "muçulmanos", mas esta é sempre cuidadosamente evitada.
Às vezes, o uso (ou a omissão) das palavras revela muito mais do que o seu significado.
Apoiar os palestinos, o Hamas, o Hezbollah e os países árabes de modo geral é chique, bacana e garantia de popularidade. Israel não terá o apoio da intelligentzia -- que em geral é de uma extrema covardia e ignorantzia -- nem se for completamente aniquilado, como quer o Hamas. Aí ainda vamos ouvir o "fizeram por onde" que tanto se disse em relação ao ataque ao WTC; as Nações Unidas vão fazer tsk, tsk, o Papa vai condenar vagamente o exagero -- e estaremos conversados.
Alguém certa vez observou que o anti-semitismo (antissemisismo, segundo a nova ortografia) é uma espécie de termômetro da insanidade mundial. Quando aumenta, é porque tem coisa errada. Estamos ficando próximos da temperatura dos anos 1930... E tudo em nome da "paz".

Atualização: Em defesa dos europeus, observe-se que também houve algumas manifestações pró-Israel em cidades européias, então não é tudo preto-e-branco. De fato, as manifestações anti-Israel são freqüentadas especialmente por imigrantes (de onde? adivinhem...) e esquerdistas, anarquistas, etc. Curiosamente, as marchas anti-Israel terminaram em violência, pancadaria, coquetéis molotov, carros queimados e lojas roubadas. As manifestações pró-Israel terminaram em paz...
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Exército israelense mata coelho gigante
Que matem terroristas, tudo bem. Que alguns civis morram, é tristemente inevitável. Mas quando o exército israelense começa a alvejar coelhos gigantes, é sinal que a coisa está passando dos limites.

Mais um pavoroso crime de guerra de Israel. Mataram Assud, o coelho gigante comedor de judeus do Hamas. Vingança!
Atualização: Um vídeo bacana de uma garota de Sderot:
Atualização 2: Novo artigo, este do João Pereira Coutinho, via Orlando Tambosi. Hoje só links.
Mais um pavoroso crime de guerra de Israel. Mataram Assud, o coelho gigante comedor de judeus do Hamas. Vingança!
Atualização: Um vídeo bacana de uma garota de Sderot:
Atualização 2: Novo artigo, este do João Pereira Coutinho, via Orlando Tambosi. Hoje só links.
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Islamismo,
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