terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Dentro da mente palestina

Um dos melhores artigos já escritos sobre o conflito entre Israel e os árabes palestinos está aqui: "Por que odiamos nosso vizinho e temos que matá-lo". Escrito na forma de uma parábola, o artigo explica melhor do que nenhum outro a mentalidade suicida palestina, e a razão pela permanência eterna do conflito. O final é de arrepiar:

Alguns, que não vivem na nossa vizinhança e não sabem como as coisas funcionam por aqui, ocasionalmente perguntam: "Por que vocês continuam a provocá-lo, se sabem que ele vai reagir tão ferozmente?" A pergunta prova que são ignorantes sobre a nossa vizinhança. O fazemos porque é o significado de nossa vida. Nosso vizinho, assassino de profetas, nos humilha apenas por estar ali. A honra de nosso avô vale a vida de nossos filhos e netos. Não temos futuro enquanto ele continuar vivendo em paz e prosperidade. É por isso que não podemos pensar em mais nada. Nenhum de nós pode construir nada enquanto sua casa continuar de pé.

Um pouco mais longe na nossa vizinhança temos um amigo que secretamente nos entrega pedras e coquetéis Molotov. Ele está trabalhando em uma grande bomba que vai reduzir nosso vizinho a um miserável amontoado de átomos em uma fração de segundos. Essa bomba vai nos matar também - esse pensamento infernal é quase erótico. Nosso vizinho vai queimar, e nós também, mas ao menos uma coisa é certa: não nos sentiremos mais inferiores; finalmente o teremos vencido, na morte - que nós não tememos, mas ele, sim.

A esquerda não entende, nunca entendeu, e jamais vai entender esse conflito. O que é curioso já que, a seu modo, os esquerdistas são tão vitimistas, ressentidos e autodestrutivos quanto os islamistas. Ou, talvez - lamentável, mas possível - a esquerda também prefira ver o circo pegar fogo (com bombas nucleares). Afinal, é apenas na morte coletiva que realiza-se o sonho socialista: todos são finalmente iguais.

12 comentários:

Anônimo disse...

Brilhante:
"Afinal, é apenas na morte coletiva que realiza-se o sonho socialista: todos são finalmente iguais".

Anônimo disse...

Melhor, impossível

Madeleine

O Fantasma de Bastiat disse...

X, o teu blog é atualmente o melhor blog sobre política escrito por um brasileiro, disparado na frente. Está bem melhor que o Reinaldo Azevedo, que tem exagerado no "clipping" e na carolice (embora também seja bom escritor).

O Fantasma de Bastiat disse...

Ah, e um comentário sobre o texto: os fanáticos muçulmanos dizem "gostar" da morte, mas os terroristas do Hamas não sairam dos buracos construídos embaixo de hospitais e escolas enquanto durou a ofensiva israelense.
Talvez alá esteja encontrando dificuldade para achar virgens...

Anônimo disse...

Os fanáticos muçulmanos dizem gostar da morte, mas sempre que se defrontam com ela molham as calças.
Lembram-se das guerras do golfo, a primeira e a segunda? Diziam que os americanos iriam se dar mal ao enfrentar a "destemida e implacável" guarda de Saddam. O que vimos foi esses implacáveis guerreiros se ajoelhando aos pés dos invasores, beijando suas mãos e suas botas, enquanto os soldados americanos tentavam se desvencilhar da constrangedora situação.

Nei

Mr X disse...

Obrigado pelos elogios, algo exagerados.

De fato, o pessoal do Hamas jura não temer a morte, mas na hora da guerra os líderes mandam jovens adolescentes para a luta e se escondem em hospitais ou atrás de crianças. Depois, ainda tem a cara-de-pau de cantar vitória. Faz parte do delírio. É uma peça de teatro na qual cada um tem seu papel.

Tenho uma teoria que é a seguinte: mesmo que os palestinos tenham um dia seu estado independente ao lado de Israel, temo que nunca encontrem a paz. E temo que seja porque, ao igual que outros países árabes, mesmo com a independência os palestinos provavelmente não serão ricos e bem-sucedidos como Israel. Isso por uma série de motivos culturais que outra hora discuto.

Então, não conseguindo a "igualdade" com Israel, teimam em destruí-lo, e alguns teimarão mesmo tendo o Estado independente e soberano.

Anônimo disse...

Um provável futuro?

Muito boa a animação!

Anônimo disse...

Bem, melhor que o Reinaldão ainda não. Certo, o blog aqui tem a vantagem da concisão, mas o RA tem uma mente muito ágil. Eu fui o primeiro a dizer que o Mr X tinha encontrado o caminho certo e que seria em breve um dos blogs de maior credibilidade em português, e por isso repito: " eu não disse?" rsrsr
Agora o Nemerson, pô, porque parar? Parar porque? Deixa em banho maria.

Anônimo disse...

HOW TO STAY AWAKE IN MEETINGS:

Do you keep falling asleep in meetings and seminars? What about those long and boring conference calls? Here's a way to change all of that.

1. Before (or during) your next meeting, seminar, or conference call,prepare yourself by drawing a square. I find that 5"x 5" is a good size. Divide the
card into columns-five across and five down. That will give you 25 one-inch blocks.

2. Write one of the following words/phrases in each block:
* synergy
* strategic fit
* core competencies
* best practice
* bottom line
* revisit
* expeditious
* to tell you the truth (or "the truth is")
* 24/7
* out of the loop
* benchmark
* value-added
* proactive
* win-win
* think outside the box
* fast track
* result-driven
* empower (or empowerment)
* knowledge base
* at the end of the day
* touch base
* mindset
* client focus(ed)
* paradigm
* game plan
* leverage

3. Check off the appropriate block when you hear one of those words/phrases.

4. When you get five blocks horizontally, vertically, or diagonally, stand up and shout "BULLSHIT!"

MariEdy disse...

Ches,
GENIAL!!
Ainda bem que não participo mais de reuniões, mas vai para o meu arquivinho de "maldades".
Serve também para cotejar o papo furado de jornalistas experts em política internacional, economia e outras inutilidades do gênero.
SHALOM!!

Stefano di Pastena disse...

Nunca é demais mostrar as gritantes incongruências do "pensamento" esquerdoso, qual amontoado de clichês ordinários para preguiçosos mentais, obtusos, invejosos e ignorantes, em geral.

Junto-me ao coro dos admiradores do Mr.X: o cara está afiadíssimo.

Anônimo disse...

Cade o ombudsman do blog?