O time de basquete israelense quase foi linchado na Turquia. Na Noza Zelândia, uma tenista israelense foi impedida de jogar. Lembre disso quando lhe falarem que "o esporte une as nações".
Mark Steyn fala aqui sobre o vergonhoso anti-semitismo que varre hoje a Europa, e que é surpreendentemente parecido ao velho. Invadidos por hordas de muçulmanos, os europeus conseguem culpar... os judeus. Em ecos das "leis raciais", um diretor sueco chegou a afirmar que crianças judias não poderiam mais matricular-se na sua escola.
Isso chegou ao Brasil também (ou sempre esteve). A jornalista brasileira Renata Malkes foi atacada por filhos da puta que a acusam de ser "agente sionista".
A Cora Rónai escreveu um ótimo artigo resumindo tudo:
Por ser um país desenvolvido cercado de vizinhos em diferentes estágios de "civilização", Israel paga, guardadas as devidas proporções, o preço que a classe média paga, aqui, em relação aos tantos movimentos de "descamisados", do MST aos arrastões. Os verdadeiros culpados por eventuais desigualdades, lá como cá, não são mencionados nem en passant -- e, ainda que o fossem, continuariam onde sempre estiveram. Nem aí.
Ao mesmo tempo, os líderes mundiais que hoje se declaram contra a "reação desproporcional" de Israel pouco estão se lixando para o sofrimento das vítimas. Se a sua preocupação fosse de fato humanitária, o Sudão, por exemplo, não sairia das manchetes; mas as vítimas do Sudão não dão ibope. Quando a China entrou de sola no Tibete, ainda outro dia, ouviram-se, no máximo, ligeiros resmungos protocolares -- e, ainda assim, só porque o Dalai Lama é um véinho carismático, com bom transito em Hollywood.
Isso sem falar no antissemitismo que, invariavelmente, aproveita para dar as caras quando tem a ótima desculpa de uma guerra para acobertá-lo. "Israelense" e "judeu" não são sinônimos; há incontáveis cidadãos israelenses que não são judeus, como há milhões de judeus que não são israelenses. Ainda assim, os dois termos se equivalem para efeitos de noticiário, de artigos, de posts enfurecidos em blogs. Seria até compreensível se a mesma equivalência servisse para "palestinos" e "muçulmanos", mas esta é sempre cuidadosamente evitada.
Às vezes, o uso (ou a omissão) das palavras revela muito mais do que o seu significado.
Apoiar os palestinos, o Hamas, o Hezbollah e os países árabes de modo geral é chique, bacana e garantia de popularidade. Israel não terá o apoio da intelligentzia -- que em geral é de uma extrema covardia e ignorantzia -- nem se for completamente aniquilado, como quer o Hamas. Aí ainda vamos ouvir o "fizeram por onde" que tanto se disse em relação ao ataque ao WTC; as Nações Unidas vão fazer tsk, tsk, o Papa vai condenar vagamente o exagero -- e estaremos conversados.
Alguém certa vez observou que o anti-semitismo (antissemisismo, segundo a nova ortografia) é uma espécie de termômetro da insanidade mundial. Quando aumenta, é porque tem coisa errada. Estamos ficando próximos da temperatura dos anos 1930... E tudo em nome da "paz".
Atualização: Em defesa dos europeus, observe-se que também houve algumas manifestações pró-Israel em cidades européias, então não é tudo preto-e-branco. De fato, as manifestações anti-Israel são freqüentadas especialmente por imigrantes (de onde? adivinhem...) e esquerdistas, anarquistas, etc. Curiosamente, as marchas anti-Israel terminaram em violência, pancadaria, coquetéis molotov, carros queimados e lojas roubadas. As manifestações pró-Israel terminaram em paz...
20 comentários:
fdp´s
A Cora Ronai compara a situação de Israel à da classe média carioca? Peralá! A classe média carioca sistematicamente vota em comunistinhas chiques que colaboraram - e continuam colaborando - bastante para o Rio chegar neste ponto em que chegou. Não lembro de Israel ter feito algo parecido no Oriente Médio.
O que fizeram naquela cloaca é pura calúnia e difamação! Que crime!
Li os posts que eles citam, e não encontrei absolutamente nada que desabone a moça! Mas que absurdo sem limites!
Isso lá é verdade, hehe. Por outro lado, acredite ou não, Israel também tem um pessoal de classe média que se veste de branco e sai marchando pela "paz":
http://www.daylife.com/photo/07z335y5mJ18y/gaza
Ops, minha resposta acima era ao Cláudio.
Cohen,
É assim mesmo, esse pessoal não tem vergonha na cara. E depois ainda acusam os outros de "racistas" e sei lá o que mais.
Assistir à Globonews ta dificil. Fico desacoçoado com o tom francamente anti-israel da emissora, e acabo mudando de canal pra não passar nervoso. Os apresentadores fazem caras e bocas de reprovação quando mencionam o nome de Israel. Até aquela apresentadora judia (Sterenberg é sobrenome judeu, né?) parece pouco á vontade lá. É um rolo compressor. Nem a Al-Jazeera faria melhor.
Nei
Tem razão, é burrice demais para ser verdade.
Acompanho o blog da Renata desde os tempos do Balagan, e nunca vi nada de "racista" ali. Ao contrário, ela é super equilibrada e até bastante pró-árabe, bem mais do que eu.
O que eu acho engraçado (se não fosse trágico) é que o pessoal de esquerda pró-Hamas fala as maiores barbaridades sobre os judeus, e passa sem problemas. Mas ai se alguém fizer uma piadinha inocente sobre árabes, os caras caem em cima.
Vejam o que o panaca do Idlbleargh diz:
Quem faz essa acusação de racismo, caro leitor, é o blogueiro que assina o Biscoito – talvez o blog que mais abertamente, junto com o LLL, discutiu questões raciais no Brasil nos últimos anos. Este blogueiro jamais, ao longo de 4 anos, milhões de visitas, centenas de discussões e dezenas de milhares de comentários, jamais, jamais acusou alguém de racista, de ter ponto de vista racista, de escrever algo racista. Com a autoridade de quem jamais fez isso, eu acuso agora.
Ah ah ah! Narcisismo pouco é bobagem. Sabemos onde ele pode enfiar a sua "autoridade"...
Por que será que não me surpreendo nem um pouco com as relações quase surubais entre comunistas, islamistas e neonazistas? Eles são filhos trigêmeos do mesmo pai assaltante e da mesma mãe prostituta.
Aqui vai outra piadinha. Esta é "racista" contra russos, italianos, alemães, israelenses e palestinos:
This joke explains all you need to know about Israeli-Palestinian politics:
What happens when a fly falls into a coffee cup?
The Italian - throws the cup, breaks it, and walks away in a fit of rage.
The German - carefully washes the cup, sterilizes it and makes a new
cup of coffee.
The Frenchman - takes out the fly, and drinks the coffee.
The Chinese - eats the fly and throws away the coffee.
The Russian - Drinks the coffee with the fly, since it was extra with no charge.
The Israeli - sells the coffee to the Frenchman, the fly to the
Chinese, drinks tea and uses the extra money to invent a device that
prevents flies from falling into coffee.
The Palestinian - blames the Israeli for the fly falling in his
coffee, protests the act of aggression to the UN, takes a loan from
the European Union to buy a new cup of coffee, uses the money to
purchase explosives and then blows up the coffee house where the
Italian, the Frenchman, the Chinese, the German and the Russian are
all trying to explain to the Israeli that he should give away his cup
of tea to the Palestinian.
Não me surpreendo em nada também com o Idelbosta. Aquilo ali é um caso perdido.
Cláudio, falou e disse: não há brasileiro mais atrasado politicamente do que o carioca. Não há civilização que resista a tipos como Brizola, Saturnino Braga, Garotinhos, Benedita e afins.
Sobre o Idelbosta, vamos combinar: tem de ser muito imbecil, obtuso e cínico (esquerdista, em suma) para ler aquele amontoado de merda onde nada, absolutamente nada, se salva.
essa piada é séria...
Um bom artigo aqui:
http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1231167317192&pagename=JPost%2FJPArticle%2FShowFull
Falando em antissemitismo, leiam o que está escrito aqui e vejam se não é de se revoltar:
http://entretenimento.br.msn.com/famosidades/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=16692291
Mas onde o anti-semitismo campeia mesmo é no blog do emir sader. Impressionante o nível de certos comentários deixados lá(e já pedindo perdão por citar tão torpe figura).
ótimos textos sobre o conflito no Oriente Médio, Mr. X. Sempre os leio.
Ah: o antigo blog de Renata Malkes (que eu também lia de vez em quando) era quase que inteiramente escrito em inglês (meio macarrônico, é verdade...), e também não me lembro de ter lido nada considerado racista ou antiárabe. Ou seja, concluo que os caras traduziram criminosamente as mensagens (ela disse na sua resposta que grande parte dos textos foi manipulado).
Ops, perdão: grande parte dos textos foi manipuladA.
Ontem teve manifestação palestina em NYC, parecia passeata do MST.
No mesmo horário aconteceu uma manifestação pró-Israel, todos muito serenos e calmos.
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