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sábado, 5 de novembro de 2011

Quem é a minoria?

É curioso que chamem de "minorias" grupos que estão longe de ser minoritários. Talvez por que a moda tenha começado nos EUA onde, décadas atrás, até que era condizente com a realidade. No Brasil, a expressão sequer faz sentido: o país tem mais mulheres que homens, mais negros/mulatos e índios do que brancos e, a julgar pela última parada gay e pelo número de travestis brasileiros na Europa, mais homossexuais que heterossexuais. (Bom, chamar mulheres de "minorias" nunca fez sentido algum em lugar nenhum).

Quem é a "minoria" neste país?

Nos EUA, a nova maioria já são as "minorias", em especial, os latinos. Leio esta curiosa reportagem da BBC na qual se fala sobre o misterioso "gap" (lacuna ou diferença) na educação entre os filhos dos imigrantes latinos (muitos de origem ilegal) e os dos americanos nativos. Por algum motivo, que poderá ser pela cultura, pelo fato de serem pobres, pelo fato de falarem espanhol em casa, pelo fato de preferirem entrar em gangues do que estudar, pelo fato de costumarem engravidar aos 13 e abandonarem a escola, ou simplesmente pelo fato de serem um pouquinho mais burros, eles estão tendo mais dificuldade em aprender do que os americanos. Tudo bem, realmente é mais difícil você chegar num país estranho e tentar se adaptar!

Mas o curioso é o seguinte: a tônica da reportagem é que os EUA deveria se esforçar mais para ajudar os coitados a aprender, afinal, disso depende o futuro dos EUA. Ué. Se esses imigrantes causam tanto problema, não seria mais fácil simplesmente fechar a torneira da imigração? Que obrigação tem os EUA, ou qualquer nação, para com aqueles que nem entraram legalmente no país? Será que o Brasil também vai passar a dar cidadania plena e bolsa-família para os bolivianos? Será que eles vão me dar cidadania também aqui, ou eu primeiro preciso ser ilegal?

(Parêntese: até tenho simpatia pela população latina, afinal, segundo as estatísticas americanas, eu faria parte do mesmo grupo demográfico, embora jamais tenha me considerado "latino" -- eu sou é gaúcho, eh eh. Mas ilegal é ilegal. País nenhum pode aceitar tamanha invasão sem conseqüências. E, do jeito que a coisa vai, faria mais sentido eu ter ido fazer pós-graduação direto no México. É uma transformação sem precedentes, pela qual os EUA se arrependerão profundamente.)

(Novo parêntese: sério, nada contra os mexicanos. Nem contra os negros. A única minoria com que tive problemas aqui em L.A. foi a dos médio-orientais. Árabes, iranianos, armênios, turcos, palestinos: nunca conheci algum que não estivesse querendo te sacanear, te enganar, ou te vender vender gato por lebre. E as ucranianas/russas são todas prostitutas. Pronto! Eu disse!)

Bem, não entendo, mas fico tentando entender. Quando os brancocidentaiscristãos forem literalmente uma minoria nos EUA e na Europa, eles continuarão sendo os culpados por tudo o que acontece de ruim? Se, mesmo com ampla maioria latina, o desnível educacional continuar, o que deverão fazer os brancos e os asiáticos para equiparar o nível? Obrigar suas crianças a estudarem menos?

Aqui nos EUA chamam os Estados com maioria latina de "minority-majority." Ora, se são maioria, não podem ser minoria, certo? Sim, eu sei. O termo "minoria" não tem a ver com números, mas é utilizado por que, historicamente, nas relações de poder em uma conjuntura patriarcal injusta e imperialista, os ocidentais, enquanto coletividade de indivíduos, sempre oprimiram os pobres negros, índios, judeus, muçulmanos, gays, asiáticos... Epa! Mas espera aí. Os ocidentais jogaram até duas bombas atômicas nos asiáticos, fizeram guerra contra eles no Vietnã e na Coréia, mas eles não estão reclamando de opressão nenhuma, e continuam se destacando nas universidades americanas, mais até do que os próprios americanos, que preferem ficar assistindo American Idol. Ué! E agora, José? Como assim, Ching Ling?

Ora, ora! Fica claro que aqueles que inventaram o termo "minoria" querem mesmo é confundir, enganar, propositalmente. É, aliás, uma técnica de guerrilha psicológica conhecida, já mencionada mais de uma vez pelo Olavo de Carvalho. De um lado os progressistas defendem uma coisa; do outro, o seu oposto. Chamam às maiorias de "minorias", ao direito maior de alguns grupos de "igualdade", à ilegalidade de "opressão", ao criminoso de "vítima". Confundido com o bombardeio de tanta idéias contraditórias, a cabeça do sujeito explode!

(Outra palavra que detesto: "despossuídos." Pretende dar a idéia que os pobres antes possuíam algo que foi tirado deles à força. Mas se jamais possuíram nada!)

Minorias! Quando acabará esta história de minorias? Os negros e latinos de sucesso, como Herman Cain, Obama e Jennifer Lopez, são também "minorias"? Quando é que as minorias vão deixar finalmente de ser "minorias" e todos vão finalmente poder ser julgados, não pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter?

Ora, meus caros. Lamentavelmente, a única minoria neste planeta infernal aqui somos nós, que ainda conseguimos discutir sobre temas sérios de forma razoavelmente civilizada...


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Existe livre-arbítrio?

Neste blog que ainda tem uma frase lá embaixo sobre a liberdade, curiosamente jamais fiz um texto sobre a filosófica questão do livre-arbítrio, ou a capacidade de um indivíduo de decidir as próprias ações. Ele existe mesmo? 

Para os islâmicos, tudo, absolutamente tudo é resultado do desejo onipotente de Alá (inshallah), portanto o livre-arbítrio não existe. A religião cristã, me parece, conciliou melhor esse dilema, mas ainda assim é difícil distinguir o que seria resultado da ação divina do que seria meramente ação humana.

Para o budismo, somos escravos de nossos desejos. O desejo nos leva a sofrer, pois tudo é impermanente. Para obter a felicidade, precisamos eliminar o desejo. Ou seja, precisamos, na verdade, eliminar nossa própria individualidade. E o livre-arbítrio é só uma ilusão...

Mesmo para os que não acreditam em Deus, karma ou Destino, a questão é complicada. Afinal, de acordo com a teoria que você escolher, somos controlados por nossos instintos, nosso subconsciente, nossos genes ou nossa química cerebral. 

Dizem que o atirador de Realengo era psicótico. Isso quer dizer que não tinha controle sobre suas próprias ações? Pulsões obscuras e uma falta de equilíbrio químico em sua mente doentia o conduziram - e às suas vítimas - a um beco sem saída?

Não precisamos falar em psicopatas. Eu mesmo - como cada um de nós, certamente - já tive momentos em que me arrependi muito de ter feito certas coisas, e fiz outras sem entender bem o porquê. Destino, genes, desejos irrefreáveis, reações a nível molecular? 

É claro, de acordo com a maioria dos cientistas, o livre-arbítro não existe. Neste interessantíssimo artigo do New York Times sobre a questão, fala-se sobre um experimento científico no qual o indivíduo acredita ter livre-arbítrio, quando não tem: a decisão já tinha sido tomada antes, de forma inconsciente. O nosso cérebro estaria programado para nos fazer crer que temos livre-arbítrio, mesmo que não o tenhamos.

Um dos romances que trata sobre a questão é "A Laranja Mecânica" (O filme também é bom, mas o livro é melhor do que o filme). O jovem criminoso Alex é submetido ao "Tratamento Ludovico", uma nova técnica baseada nos reflexos condicionados que transforma o ultraviolento adolescente em um pacato cidadão de bem. Mas um padre, personagem importante do romance, é contrário ao tratamento: afirma que o homem deve ser livre para poder escolher entre o Bem e o Mal.

Mas e se essa escolha não fosse assim tão livre? Em 1971, por acidente, descobriram que a água na cidade de El Paso, retirada de poços subterrâneos, continha uma quantidade razoável de lítio, enquanto que a água utilizada na vizinha Dallas, tirada da superfície, não tinha. O lítio é um calmante e, segundo alguns estudiosos, era isso o que explicava que nível de crime violento em El Paso na época fosse bem inferior ao de Dallas. Era o calmante.

Claro, a diferença no crime poderia até ter outros fatores. Mas diga a verdade, se existisse uma droga pacificante que pudesse ser pulverizada por sobre todas as favelas do Brasil, e transformasse seus habitantes em mansos cordeirinhos, será que você não seria a favor? 

Ou se o método Ludovico funcionasse, será que não gostaríamos que ele fosse usado nos criminosos mais impenitentes, e dane-se o "livre-arbítrio" dessas bestas-feras?

O perigo, é claro, vem a seguir. Afinal, por que parar com o controle do comportamento criminoso? Se funciona, por que não controlar também o comportamento do cidadão comum? Já há cientistas que asseguram ser possível desenvolver uma pílula anti-racista. Certo, e depois disso, o quê? A pílula anti-homofóbica? A pílula para não discordar do governo? Tome uma no café da manhã, e não precisa mais se preocupar com pensamentos impuros ou politicamente incorretos...

Não duvide que um dia aconteça. Se eles podem colocar flúor na água para a nossa saúde dental, por que não fariam algo similar "para a nossa saúde mental"?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quem controla a mídia?

Ôuquei, este é um blog filosemita e filoisraelense, mas a questão apareceu aqui por estes dias na mídia americana e precisa ser discutida, ainda que possa terminar por chamar de novo alguns aloprados antisemitas aqui para o blog, o que seria lamentável.

Basicamente, o apresentador de televisão Rick Sanchez, cubano de nascença, ficou irritado com as piadinhas sobre ele realizadas pelo colega comediante (judeu secular) Jon Stewart. Além de acreditar estar sendo perseguido e discriminado por ser latino, Sanchez choramingou contra a CNN e afirmou ainda que os judeus estariam muito longe de ser uma minoria oprimida nos EUA, e que, de fato, praticamente controlariam não só a CNN como praticamente toda a televisão.

Pouco tempo depois, Sanchez receberia um bilhete da CNN dizendo "You are fired".

terça-feira, 8 de junho de 2010

Nem dinheiro nem igualdade trazem felicidade


Um leitor recentemente reclamou que aqui quase só coloco links para textos em inglês. É verdade, mas é que é difícil encontrar bons textos sobre os temas que me interessam em português. Hoje repito a dose, dando dois links em inglês -- ainda por cima britânico -- para recentes textos de Theodore Dalrymple: um deles falando sobre a relação entre o crescimento econômico e a felicidade, e outro falando sobre os problemas causados pela utopia da igualdade social.

A conclusão do bom doutor parece ser que, nem o dinheiro ou as conquistas materiais trazem felicidade, nem a igualdade social é um bem desejável ou possível - muito antes pelo contrário, costuma arruinar muitas sociedades.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que os judeus são de esquerda?

Como um leitor recentemente observou, há muitos judeus na esquerda radical, como Chomsky, Finkelstein, Frankenstein, etc. Curiosamente, esses judeus são até mesmo anti-Israel. Também são a favor da maioria dos ideais progreçistas, inclusive a imigração ilimitada de seus arquiinimigos muçulmanos. 75% dos judeus americanos votaram em Obama, não obstante apenas 5% dos judeus israelenses acharem que ele é bom para Israel.

É verdade que há uma diferença entre os judeus americanos e israelenses, ainda que também haja esquerda radical por lá (alguns até ajudaram a organizar um hilário protesto com palestinos fantasiados de "Avatars"). Também é verdade que a maioria dos "judeus" radicais de esquerda são, na verdade, ateus. Isto é, são judeus apenas por descendência. (O judaísmo é uma etnia ou uma religião? Ou ambas? Se renunciam à fé continuam sendo 'chosen people'?)

Em todo caso, não se sabe a causa desse esquerdismo. Alguns acreditam que tem a ver com fatores religiosos, outros com o fato de que a direita (uma certa direita) os tenha odiado até recentemente -- ainda que hoje o maior ódio contra eles venha justamente da esquerda e dos muçulmanos. Outros, bem, outros acham que os judeus secretamente controlam o mundo e estão tentando eliminar a raça branca para criar um governo global junto com os maçons. Como não tenho explicações para o fenômeno, nem tanto conhecimento assim, deixo vocês com um artigo interessante sobre o tema.

P. S. Na verdade, há também vários judeus conservadores ou republicanos de renome nos EUA, como Charles Krauthammer, Michael Leeden, Robert Weissberg, e até mesmo o nosso caro colega David Goldman, o genial Spengler. Então esse negócio de judeus de esquerda talvez seja mais um outro estereótipo. Pode ser mais correto dizer que os judeus estão na esquerda, na direita, no centro, acima e embaixo (da cama dos teóricos da conspiração).

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A política do wishful thinking

A Academia surpreendeu o mundo dando o Prêmio Nobel da Paz para Obama. Não que ele não fosse o candidato ideal para esse grupo de velhotes que já premiou criaturas obscenas como o terrorista Yasser Arafat e a picareta Rigoberta Menchu. Mas é que Obama, fora belos discursos, não fez ainda NADA digno de nota na sua administração. Zero, zilch, nulla, nada. O próprio Saturday Night Live, dominado por escritores esquerdistas, fez um esquete observando a curiosa falta de acomplishments do presidente-celebridade.

Qual famoso acordo de paz Obama celebrou em seus oito meses de governo? Qual ação de sua administração poderia ter sido usada como desculpa para o prêmio? E notem ainda que, de acordo com as próprias regras da Academia, as ações que contam para o prêmio teriam de ocorrer antes de 1 de fevereiro de 2009. Ou seja, para o comitê sueco norueguês (ao contrário dos outros Nobel, o prêmio da paz é escolhido por um comitê norueguês), a grande ação de paz de Obama foi mesmo se eleger presidente.

Como mesmo seus discursos - um no Egito bajulando o povo muçulmano, outro na Europa pedindo um mundo sem armas nucleares - tiveram resultados negativos, isto é, resultaram apenas em posturas mais agressivas de inimigos "países incompreendidos" como Coréia do Norte e Irã, só podemos concluir uma coisa: para o Comitê Nobel, resultados não contam. Nem mesmo acordos de paz contam. Contam só belos discursos, só o wishful thinking. Se eu amanhã subir em um caixote e disser em praça pública que desejo um mundo de paz em que todos vivam de mãos dadas, corro o sério risco de receber um Nobel na cabeça.

Isso é perigoso. É perigoso para Obama, pois gera expectativas que não serão cumpridas: temo que, daqui por diante, vai ser só ladeira abaixo para o rapaz.

É perigoso para o mundo, pois a idéia de que as palavras e as (supostas) boas intenções sejam mais importantes do que as ações, embora seja um firme dogma da esquerda, não funciona no mundo real. Em breve teremos um Irã com armas nucleares e uma possível proliferação por todo o Oriente Médio, e não há discurso de paz que possa resolver esse pepino.

Mas talvez o comitê tenha escolhido Obama agora justamente por essa razão: em um ano, quando a situação mundial pegar fogo, mísseis voarem e a popularidade do presidente estiver rastejando, será tarde.

Isso nos leva também a uma certa teoria da conspiração. Quer dizer, Obama é um mistério. Praticamente tudo o que ele conquistou foi menos por mérito do que por sorte ou indicação. Vejam bem: depois de ter feito um college medíocre e viver em meio a drogas e dissolução, de repente começou uma ascenção vertiginosa. Foi aceito em Harvard. (Não se sabe quais notas teve, pois ninguém divulga.) Ganhou um contrato para escrever duas autobiografias, sem ter escrito previamente um panfleto sequer (há quem diga que Bill Ayres seja o ghost-writer desses livros). Virou Senador antes de ter tido qualquer emprego. Foi eleito Presidente na base da esperança. E, agora, ganha o Nobel antes de ter feito qualquer coisa para merecê-lo.

Só há duas explicações: ou ele é apenas uma marionete de um poderoso grupo globalista internacional, ou ele é mesmo o Anticristo.

O villain, villain, smiling, damned villain!
My tables,—meet it is I set it down,
That one may smile, and smile, and be a villain;
(Hamlet, Act I, Scene V)



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Neda era cristã?

Surpresa: a moça assassinada pelo regime iraniano era, possivelmente, cristã. Há, de fato, cristãos no Irã. Alguns descendentes de antigas comunidades pré-islâmicas, mas muitos outros são jovens convertidos ao cristianismo, em número indefinido.

Um dia, a teocracia islâmica iraniana ruirá. E nem será um dia tão distante.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Teorias da conspiração


Não sou chegado a teorias da conspiração, mas concordo que às vezes é tentador procurar uma "teoria unificadora" que dê uma solução simples para eventos complexos ou misteriosos. Alguns exemplos recentes:

* Hillary Clinton vendeu todas as suas ações - no valor de 20 milhões de dólares - pouco antes da primeiro grande crash da bolsa de 2008. Será que os Democratas sabiam o que ia acontecer? Será que investidores Democratas manipularam propositalmente o mercado para iniciar uma crise que garantiria a eleição ao Partido Democrata?

* Hugo Chávez venceu o último referendo. As eleições usaram urnas eletrônicas da companhia americano-venezolana Smartmatic, cujo presidente é venezuelano e, segundo alguns, chavista. A mesma companhia comprou a companhia americana Sequoia Voting Systems, que está sendo investigada em relação a problemas nos EUA em três recentes eleições: nas presidenciais de 2000 e 2004 e nas eleições para o congresso de 2006. No ano passado, um dos sócios-fundadores da Smartmatic e um acionista da mesma morreram em um misterioso acidente de avião na Venezuela. O acionista era, curiosamente, parente direto do Ministro do Interior da Venezuela. Será que a Smartmatic está coligada com o governo chavista? Será que o resultado das eleições foi manipulado eletronicamente?

* E você, tem alguma teoria da conspiração para explicar os recentes eventos mundiais?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fake in China

Comunistas no espaçooo! O incrível vídeo abaixo mostra como os Chineses falsearam sua caminhada espacial. É tudo tão fake quanto os tênis "Ball Star".



P.S. Será? Aqui o vídeo chinês original. Fake ou não?

sábado, 31 de janeiro de 2009

A farsa das células-tronco

Assim como o "aquecimento global" é vendido em nome da ciência como o grande perigo, as "células-tronco" tem a missão oposta de representar a grande salvação. Vários milagres (futuros) foram já imputados a este novo Santo dos tempos modernos, que fará os paralíticos voltarem a andar e os cegos voltarem a enxergar.

Os próprios cientistas sabem que isso é bobagem, é claro. Não existe cura milagrosa.

Um dos pesquisadores do National Health Institute norte-americano, aliás, afirmou exatamente isso, mas ressaltando que não corrigiu as simplificações da mídia porque, segundo ele, "o povo precisa de um conto de fadas. Uma história que seja simples de entender".

A ciência independente acabou. Hoje, tudo é política.

Aleluia, irmãos!! Milagre, milagreeee!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A posse de Obama: Messias ou Anticristo?

Hoje aqui é o "Martin Luther King Day", ou simplesmente MLK Day, em homenagem ao maior líder da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA. Amanhã, o primeiro presidente de origem negra tomará as rédeas do poder no país. Não se pode negar que, nesse sentido, houve uma evolução e tanto. E só não dá pra dizer que os antepassados de Obama ainda estavam sentando no banco de trás do ônibus e tomando água em bebedor separado porque, bem, porque não estavam. Obama é filho de um queniano e de uma americana branca. Um legítimo afro-americano.

Não dá pra saber o que vai acontecer na presidência Obama. O que há sim, é uma enorme expectativa para o "inauguration day". Quase não assisto TV e me mantenho longe das multidões, mas mesmo assim dá para sentir a exacerbação das massas. A mídia, naturalmente, é Obama 24/7. Acho o fenômeno curioso. Será que as pessoas acreditam mesmo que a coisa vá mudar tanto? Ou é apenas o caráter simbólico do evento, "o primeiro presidente negro"? A alegria não pode durar para sempre. Obama não pode ser tudo para todos, e uma parte do público necessariamente se decepcionará. (Curiosamente, o pessoal mais decepcionado por enquanto é o da esquerda radical, que já pressente que a "mudança total" prometida não virá. Alguns - Idelber, é você? - já o acusam até de ser uma mera marionete sionista.)

Para Fouad Ajami, independentemente do que Obama venha a realizar, a má notícia é a própria exaltação massiva da sua figura. Segundo ele, o fenômeno das multidões delirantes em eventos políticos nunca foi uma coisa típica da política norte-americana: era tradicionalmente vista como uma coisa terceiro-mundista, ou de líderes fascistas europeus: Perón, Mussolini, Chávez, Nasser. O delírio das multidões com Obama, a desmesurada esperança que tantos depositam nele é, em si, o problema - e a prova da terceiromundização da política e da cultura americanas. Ou, talvez, de algo ainda mais sinistro: a mudança do sistema de governo americano de uma República para uma Democracia (ver este ótimo vídeo que explica a diferença, dica do Not Tupy).

Obama é um personagem complexo. Nascido no Havaí (hummm... será?), morou no Quênia, na Indonésia, em New York, mas o local onde se desenvolveu como político foi mesmo Chicago, cidade famosa pela corrupção de seus políticos. Em recente matéria sobre Obama, que não quer largar do seu Blackberry, apesar das óbvias preocupações com a segurança (seria fácil para espiões monitorarem seu aparelho), ele diz uma coisa engraçada:
"Se eu estiver fazendo algo estúpido, alguém em Chicago pode me mandar um email e dizer, 'O que você está fazendo?' "
Sei que não foi isso que Obama quis dizer, mas ficou parecendo que ele receberia instruções de algum manda-chuva de Chicago.

O que vai acontecer na presidência Obama ainda é, em grande parte, um mistério. Vamos aguardar. Não pretendo assistir à posse (possessão) do Messias (Anticristo), mas estarei aqui informando sobre os futuros eventos. Espero que o Apocalipse não seja um deles.

"Spare some change, mister?"

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Observações de um ecologista incompreendido

Há alguns que criticam a minha postura cética frente ao aquecimento global. Ora, não sou cientista e não sei se a Terra está mesmo aquecendo (parece que agora está esfriando) e se o "cerumâno" tem algo a ver com isso, e em qual proporção. Talvez ninguém saiba exatamente, pois não é algo que possa ser medido com régua nem com computador. Nem mesmo com robôs submarinos.

É certo que poluição, caça de espécies animais protegidas, desmatamento, crescimento das cidades, etc, são fatores que afetam negativamente o ambiente, e devem portanto ser combatidos com firmeza. Não sou nenhum anti-ecologista radical, ao contrário. Gosto de plantas e de animais. Não gosto de poluição. Acho que temos que preservar.

Mas eu escuto tantas teorias extremamente calamitosas sobre o aquecimento global (ou "mudança climática", como chamam agora), prometendo desgraça e destruição em poucos anos, que já não sei mais o que pensar. Uns afirmam que "bilhões irão morrer", outros falam em "suicídio do planeta" -- e essas mesmas pessoas estão andando de limusine e de avião para cá e para lá, falando em congressos e palestras mil, publicando livros e realizando documentários, ou criando esquemas de comércio de créditos de carbono.

Ora, cá pra nós: se a coisa fosse tão urgente, se tais calamidades fossem realmente acontecer em poucos anos, essas pessoas estariam é estocando alimentos enlatados e mudando-se para um bunker nas montanhas, não participando de tantos congressos ou tentando lucrar com fraude nos tais créditos de carbono.

Ou será que estou ficando velho e cínico?

domingo, 7 de dezembro de 2008

O certificado

Não me interessa muito a questão do certificado de nascimento de Obama. Acho estranho que o sujeito não tenha ainda mostrado o certificado original, é tudo.

Olavo de Carvalho responde ao artigo de Dória sobre o tema. Dória, em novo artigo, não cita mais Olavo mas insiste em dizer que: "Por mais que um documento tenha sido apresentado, quem decidiu por não acreditar continuará dizendo que quer documentos."

Mas o problema é justamente que o documento original não foi apresentado. Tudo o que foi apresentado foi uma versão online de um documento secundário (e, segundo alguns, manipulada digitalmente). Tivesse o documento original sido apresentado, e não existiria toda essa celeuma nem teorias conspiratórias em cima disso.