Um post polêmico, ainda que de outra ordem. Faz algumas semanas, a blogosfera (bem, a limitadíssima blogosfera bizarra que leio) explodiu com comentários sobre a diminuição do número de estudantes judeus na escola mais prestigiosa de New York. A surpresa nem é essa, mas sim outra: que a grande maioria dos estudantes nessa escola agora são asiáticos.
O mesmo se dá em grandes universidades, especialmente aquelas na costa leste do país. Berkeley, Stanford e outras têm absoluta maioria de asiáticos -- de 60% a 70%, e até 80% em algumas carreiras de ciências exatas. Os judeus ainda se dão bem, sem dúvida, mas seus números estão se reduzindo. Em parte pelo desinteresse de uma geração já distante da pobreza de seus antepassados, em parte pelo casamento fora do judaísmo (muitos judeus, aliás, estão casando com asiáticas!), em parte por outros motivos, como mudança para o subúrbio ou crescimento dos judeus ortodoxos e diminuição dos seculares.
Bem, mas este post não é sobre os judeus, mas sobre os asiáticos! Estariam eles se tornando a nova elite americana? Certamente o seu número cresceu muito, e sua influência começa a se fazer sentir. São inteligentes e estudam, suplantando os branquelos e branquelas que parecem mais interessados em demandar anticoncepcionais gratuitos na faculdade do que em estudar!
Alguns criticam os asiáticos, eu tenho simpatia por eles, embora para ser sincero me causa espanto o seu número crescente. Eles são meio esquisitos! Os chineses inventaram a pólvora e o macarrão, mas também comem comidas estranhas e gostam de fazer animais sofrer. Os japoneses inventaram o walkman, fazem ótimos carros e desenhos animados e vem fazendo importantes avanços na área da robótica, mas tem uns fetiches sexuais meio estranhos! (*)
Por outro lado, os asiáticos são muito inteligentes e parecem determinados a conquistar os EUA e tornar-se sua nova elite. Quem é que poderá impedi-los?
(*) Não levem este post a sério demais. Isto é uma piadinha/provocação. Gosto dos japas, com exceção do Sakamoto!
Mostrando postagens com marcador China. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador China. Mostrar todas as postagens
domingo, 4 de março de 2012
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
As mães chinesas e o "perigo amarelo"
Lembram quando se falava em "perigo amarelo"?
Pois o crescimento da China a potência mundial, hoje, é uma realidade, como ficou evidenciado pelo encontro entre Obama e Hu Jintao, onde o presidente americano implorou para o chinês valorizar o yuan, respeitar Taiwan, etc, tudo enquanto Jintao segurava alguns trilhões de dívida americana.
O paleoconservador Pat Buchanan argumenta que a China hoje nada mais repete do que os EUA do século 19, crescendo sem se importar com "direitos humanos", "acordos comerciais" ou outras delicadezas. Querem é crescer e não pedem licença a ninguém, e não tem motivo de aceitar os pedidos dos EUA.
Também na mídia brasileira, um artigo de Carlos Sanderberg diz:
De fato, a China não tem solidariedade com ninguém, nem no câncer. Porém, o artigo que mais gerou discussão na Internet sobre a China foi um que saiu no Wall Street Journal recentemente, argumentando que "As mães chinesas são superiores".
Comparando as mãs chinesas com as mães ocidentais, Amy Huan acusou estas últimas de preguiçosas, medrosas e pouco exigentes. As mães ocidentais têm medo de dizer não aos seus filhos, aceitam notas medíocres, não os forçam a estudar, emagrecer ou progredir. As mãe chinesas, como Amy, a "tiger mom"? Proíbem televisão, videogame e dormir na casa de amiguinhos/as; obrigam seus filhos a praticar piano ou violino cinco horas por dia; os obrigam a estudar e se eles não tirarem as melhores notas de toda a turma, são duramente castigados.
Amy é na verdade chinesa-americana, casada com um judeu-americano, e alguns acreditam que ela exagere. Quando uma das filhas recusou-se a continuar tocando piano, ela ameaçou colocar fogo em todos os seus bichos de pelúcia e doar sua casinha de bonecas à caridade. Quando outra filha, de quatro anos, lhe deu um cartão de aniversário criado por ela, a mãe o jogou no lixo e disse para fazer melhor.
O artigo gerou pavor nos pais americanos, e uma onda de discussão na Internet. Seriam as mães chinesas mesmo superiores? Seriam elas o novo "perigo amarelo", criando um planeta sob dominação chinesa total?
Não percam os próximos capítulos.
Pois o crescimento da China a potência mundial, hoje, é uma realidade, como ficou evidenciado pelo encontro entre Obama e Hu Jintao, onde o presidente americano implorou para o chinês valorizar o yuan, respeitar Taiwan, etc, tudo enquanto Jintao segurava alguns trilhões de dívida americana.
O paleoconservador Pat Buchanan argumenta que a China hoje nada mais repete do que os EUA do século 19, crescendo sem se importar com "direitos humanos", "acordos comerciais" ou outras delicadezas. Querem é crescer e não pedem licença a ninguém, e não tem motivo de aceitar os pedidos dos EUA.
Também na mídia brasileira, um artigo de Carlos Sanderberg diz:
Mais difícil é saber como tratar a questão política, ditadura e desrespeito aos direitos humanos. Muitos dizem que não há o que fazer além de criticar, marcar posição e, paciência, esperar que o regime chinês evolua internamente para uma coisa mais próxima da democracia.
Como se vê, não se trata de uma disputa tipo EUA x União Soviética. Agora, estão todos no capitalismo, discutindo moeda, comércio e investimentos.
E o Brasil da presidente Dilma? Para começar, poderia enterrar essa bobagem da Era Lula de achar que a China é nossa parceira estratégica na diplomacia Sul-Sul, de pobres x ricos. A China é a segunda potência, quer ser rica, e pronto. Tem mais tendências imperialistas do que para solidariedade com o Terceiro Mundo.
De fato, a China não tem solidariedade com ninguém, nem no câncer. Porém, o artigo que mais gerou discussão na Internet sobre a China foi um que saiu no Wall Street Journal recentemente, argumentando que "As mães chinesas são superiores".
Comparando as mãs chinesas com as mães ocidentais, Amy Huan acusou estas últimas de preguiçosas, medrosas e pouco exigentes. As mães ocidentais têm medo de dizer não aos seus filhos, aceitam notas medíocres, não os forçam a estudar, emagrecer ou progredir. As mãe chinesas, como Amy, a "tiger mom"? Proíbem televisão, videogame e dormir na casa de amiguinhos/as; obrigam seus filhos a praticar piano ou violino cinco horas por dia; os obrigam a estudar e se eles não tirarem as melhores notas de toda a turma, são duramente castigados.
Amy é na verdade chinesa-americana, casada com um judeu-americano, e alguns acreditam que ela exagere. Quando uma das filhas recusou-se a continuar tocando piano, ela ameaçou colocar fogo em todos os seus bichos de pelúcia e doar sua casinha de bonecas à caridade. Quando outra filha, de quatro anos, lhe deu um cartão de aniversário criado por ela, a mãe o jogou no lixo e disse para fazer melhor.
O artigo gerou pavor nos pais americanos, e uma onda de discussão na Internet. Seriam as mães chinesas mesmo superiores? Seriam elas o novo "perigo amarelo", criando um planeta sob dominação chinesa total?
Não percam os próximos capítulos.
Etiquetas:
China,
decadência ocidental,
família,
vida
sábado, 17 de julho de 2010
África para os Chineses
Neocolonialismo ou mera globalização? Os chineses estão invadindo e tomando controle da África, continente cheio de recursos subaproveitados. Há centenas de empresas chinesas e milhares de trabalhadores chineses investindo em países como Uganda, Congo, Botswana, etc.
Acho a notícia boa por um lado, e preocupante por outro. Quer dizer, é possível que os chineses sejam uma boa influência para a África, auxiliando no crescimento de um continente subaproveitado. Por outro lado, está claro que o interesse da China não é na população africana, mas nos minérios e outras riquezas naturais do continente. Sabendo que os chineses não preocupam-se demasiado com a ecologia ou os direitos humanos, é possível que isso termine por gerar uma devastação maior. Veremos.
Será a China a grande potência do século 21? Alguns apostam na Índia, embora o país tenha grandes problemas. Outros continuam apostando na supremacia americana, apesar de sua relativa decadência, e outros apostam no ressurgimento da União Européia. Há quem acredite num pouco provável ressurgimento do Japão, e mesmo quem pense que o Brasil finalmente chegue lá, afinal brasileiro não desiste nunca.
Seja como for, os chineses são os que mais estão expandindo sua influência por todo o planeta, do Oiapoque a Washington D.C. Eu apostaria neles.
Acho a notícia boa por um lado, e preocupante por outro. Quer dizer, é possível que os chineses sejam uma boa influência para a África, auxiliando no crescimento de um continente subaproveitado. Por outro lado, está claro que o interesse da China não é na população africana, mas nos minérios e outras riquezas naturais do continente. Sabendo que os chineses não preocupam-se demasiado com a ecologia ou os direitos humanos, é possível que isso termine por gerar uma devastação maior. Veremos.
Será a China a grande potência do século 21? Alguns apostam na Índia, embora o país tenha grandes problemas. Outros continuam apostando na supremacia americana, apesar de sua relativa decadência, e outros apostam no ressurgimento da União Européia. Há quem acredite num pouco provável ressurgimento do Japão, e mesmo quem pense que o Brasil finalmente chegue lá, afinal brasileiro não desiste nunca.
Seja como for, os chineses são os que mais estão expandindo sua influência por todo o planeta, do Oiapoque a Washington D.C. Eu apostaria neles.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Enquanto isso, no Sri Lanka
Alguém lembra dos Tigres do Tamil, grupo terrorista nacionalista-hindu-marxista que teve a dúbia honra de ter inventado o homem-bomba, e que há 25 anos realiza uma campanha sem trégua contra o governo budista do Sri Lanka?
Pois bem, sob o silêncio quase universal da mídia, o grupo terrorista, junto com uma pá de civis, está sendo militarmente derrotado pelas forças do Sri Lanka. O líder do grupo acaba de ser morto. A maioria dos outros militantes se suicidaram ou renderam.
O Richard Fernandez do Belmont Club escreveu uma série de artigos bem interessantes sobre o tema. Três questões especialmente chamam a atenção:
a) O silêncio dos "pró-palestinos". Afinal, morreram milhares de tamis na operação, e o sonho dos tamis de terem um estado independente foi definitivamente frustrado. Os paralelos com a questão palestrina são vários. Cadê o Idelber?!? Por que só Israel é condenado, porque só lá se fala eternamente em "processo de paz"?
b) A idéia de que "as guerrilhas e o terrorismo não podem ser derrotados por forças convencionais" está definitivamente sepultada. Podem, sim. Basta querer.
c) O apoio da China. O Sri Lanka só pode concluir a campanha por ter apoio maciço militar e econômico dos chineses, interessados em expandir sua influência na África, Ásia e Oriente Médio. É a China avançando e os EUA recuando. Ou, como disse alguém, os chineses jogam xadrez, os americanos jogam damas. Se eu fosse Israel, olharia mais para a China e menos para os vacilantes EUA de Obama. Amigos, amigos, negócios à parte.
Pois bem, sob o silêncio quase universal da mídia, o grupo terrorista, junto com uma pá de civis, está sendo militarmente derrotado pelas forças do Sri Lanka. O líder do grupo acaba de ser morto. A maioria dos outros militantes se suicidaram ou renderam.
O Richard Fernandez do Belmont Club escreveu uma série de artigos bem interessantes sobre o tema. Três questões especialmente chamam a atenção:
a) O silêncio dos "pró-palestinos". Afinal, morreram milhares de tamis na operação, e o sonho dos tamis de terem um estado independente foi definitivamente frustrado. Os paralelos com a questão palestrina são vários. Cadê o Idelber?!? Por que só Israel é condenado, porque só lá se fala eternamente em "processo de paz"?
b) A idéia de que "as guerrilhas e o terrorismo não podem ser derrotados por forças convencionais" está definitivamente sepultada. Podem, sim. Basta querer.
c) O apoio da China. O Sri Lanka só pode concluir a campanha por ter apoio maciço militar e econômico dos chineses, interessados em expandir sua influência na África, Ásia e Oriente Médio. É a China avançando e os EUA recuando. Ou, como disse alguém, os chineses jogam xadrez, os americanos jogam damas. Se eu fosse Israel, olharia mais para a China e menos para os vacilantes EUA de Obama. Amigos, amigos, negócios à parte.

Etiquetas:
China,
EUA,
guerra,
tamis,
terrorismo
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Fake in China
Comunistas no espaçooo! O incrível vídeo abaixo mostra como os Chineses falsearam sua caminhada espacial. É tudo tão fake quanto os tênis "Ball Star".
P.S. Será? Aqui o vídeo chinês original. Fake ou não?
P.S. Será? Aqui o vídeo chinês original. Fake ou não?
domingo, 14 de setembro de 2008
Horrores da China
Assisti as Olimpíadas chinesas e nada tenho contra o povo chinês. Porém, o Partido Comunista que os governa é realmente abominável.
Uma das políticas mais criminosas deste é a tal "one-child policy", que decreta que cada casal só pode ter um filho, sob pena de multa, perda de emprego, prisão ou até seqüestro da criança. Não apenas é uma afronta à liberdade das pessoas (cadê os "direitos reprodutivos"?), mas tem centenas de efeitos demolidores.
Um deles: como na cultura local os filhos homens são mais valorizados, o resultado é que grande parte das mulheres que nascem são imediatamente abortadas. Assim como na Índia, ocorre um verdadeiro "fetocídio" de milhões de mulheres, causando inclusive desequilíbrio entre os gêneros.
Algumas não são abortadas, mas têm um destino talvez pior: são abandonadas e terminam em orfanatos estatais chineses como os do vídeo abaixo (visto no blog do Conde), onde bebês são amarrados ou presos em bancos que lembram instrumentos de tortura para escravos. Assistam e chorem.
Mais: como mostra estre outro vídeo aqui, as crianças com defeitos físicos são imediatamente abortadas por ordem do Estado sem que a mãe tenha qualquer tipo de escolha. Isso tem um nome: eugenia. Os nazistas já faziam. Certos esquerdistas radicais querem fazer também.
Uma das políticas mais criminosas deste é a tal "one-child policy", que decreta que cada casal só pode ter um filho, sob pena de multa, perda de emprego, prisão ou até seqüestro da criança. Não apenas é uma afronta à liberdade das pessoas (cadê os "direitos reprodutivos"?), mas tem centenas de efeitos demolidores.
Um deles: como na cultura local os filhos homens são mais valorizados, o resultado é que grande parte das mulheres que nascem são imediatamente abortadas. Assim como na Índia, ocorre um verdadeiro "fetocídio" de milhões de mulheres, causando inclusive desequilíbrio entre os gêneros.
Algumas não são abortadas, mas têm um destino talvez pior: são abandonadas e terminam em orfanatos estatais chineses como os do vídeo abaixo (visto no blog do Conde), onde bebês são amarrados ou presos em bancos que lembram instrumentos de tortura para escravos. Assistam e chorem.
Mais: como mostra estre outro vídeo aqui, as crianças com defeitos físicos são imediatamente abortadas por ordem do Estado sem que a mãe tenha qualquer tipo de escolha. Isso tem um nome: eugenia. Os nazistas já faziam. Certos esquerdistas radicais querem fazer também.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Olimpíadas do Faustão
Confesso que estou me divertindo assistindo as Olimpíadas. Minhas atletas preferidas, pelo talento e a beleza, são a nadadora americana Dara Torres e a incrível russa do salto com vara, Elena Isinbayeva.
Mas diversão à parte é assistir os atletas brasileiros. Um caiu na prova de ginástica, outra pisou fora do tablado, outro quase é esmagado pelo próprio halteres na prova de halterofilismo, e a outra conseguiu até perder a própria vara. Tá certo, isso pode ser culpa das autoridades chinesas, que certamente tiveram a sua dose de falhas e até falsificaram a certidão de nascimento de algumas mini-atletas da ginástica. De qualquer modo, é um mistério. Onde foi parar a vara da moça?
Claro, todos choraram. Chora quem perde, chora quem ganha. Brasileiro adora chorar e ver choro. A nossa mídia é particularmente atraída pelo pranto. Talvez seja influência das telenovelas, não sei. O fato é que se o sujeito não chora na frente das câmeras, tem algo errado com ele.
Divertidas também são as desculpas dos atletas brasileiros ao perder. A maratonista brasileira, que chegou em 51, reclamou do calor. Ué, a Tomescu não sentiu calor por acaso? Outra, desclassificada no vôlei de praia, disse que "a gente não conseguiu se classificar, mas conseguiu um respeito mútuo". Parabéns.
Não sou como esses que torcem pelo fracasso dos atletas brasileiros. Ao contrário, espero que os atletas do país tenham sucesso, afinal todos sabemos que praticar esportes de elite não é nada fácil. Mas que está divertido pra quem torce contra, até que está.
Mas diversão à parte é assistir os atletas brasileiros. Um caiu na prova de ginástica, outra pisou fora do tablado, outro quase é esmagado pelo próprio halteres na prova de halterofilismo, e a outra conseguiu até perder a própria vara. Tá certo, isso pode ser culpa das autoridades chinesas, que certamente tiveram a sua dose de falhas e até falsificaram a certidão de nascimento de algumas mini-atletas da ginástica. De qualquer modo, é um mistério. Onde foi parar a vara da moça?
Claro, todos choraram. Chora quem perde, chora quem ganha. Brasileiro adora chorar e ver choro. A nossa mídia é particularmente atraída pelo pranto. Talvez seja influência das telenovelas, não sei. O fato é que se o sujeito não chora na frente das câmeras, tem algo errado com ele.
Divertidas também são as desculpas dos atletas brasileiros ao perder. A maratonista brasileira, que chegou em 51, reclamou do calor. Ué, a Tomescu não sentiu calor por acaso? Outra, desclassificada no vôlei de praia, disse que "a gente não conseguiu se classificar, mas conseguiu um respeito mútuo". Parabéns.
Não sou como esses que torcem pelo fracasso dos atletas brasileiros. Ao contrário, espero que os atletas do país tenham sucesso, afinal todos sabemos que praticar esportes de elite não é nada fácil. Mas que está divertido pra quem torce contra, até que está.
Etiquetas:
Brasil,
China,
esportes,
Olimpíadas
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Mozart made in China

Enquanto a música clássica definha cada vez mais no Ocidente, suplantada por Britney Spears, Eminem e seus diversos clones, na China seu estudo e apreciação cresce cada vez mais.
Segundo o artigo do NYT, há trinta milhões de estudantes de piano clássico na China; outros dez milhões estudam violino.
O Partido Comunista, que há meras três décadas estava tentando extirpar a "nociva música ocidental" do país, hoje a vê como um componente essencial para a criação de uma "alta cultura" para tornar o país um verdadeiro líder mundial.O cristianismo também aumenta na China, tendo hoje mais de 100 milhões de seguidores e crescendo a um ritmo alucinante. (Há quem acredite que o futuro do cristianismo, que hoje desaparece da Europa, esteja na China.)
Talvez os dois fatos estejam relacionados, já que historicamente a música clássica é basicamente uma criação do cristianismo europeu (quase todos os grandes compositores escreveram música para a igreja). Talvez não.
De qualquer modo, é um fenômeno interessante.
Etiquetas:
China,
futuro,
música clássica,
religiões
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Superpotência Made in China
É mais ou menos já senso comum que a China vai ser a grande potência deste século. Alguns discordam, como o pensador francês Guy Sorman. De fato, ainda há muitos entraves no caminho chinês.
Mas minha dúvida é a seguinte: comprei uma caneta chinesa, durou dois dias e já está falhando. Comprei um MP3 player chinês, era ruim, durou um mês, estragou. O país vai virar superpotência com esse nível de qualidade de produtos? Aí fiquei me perguntando, será que os mísseis nucleares chineses também são produzidos da mesma forma precária, por crianças e mulheres trabalhando doze horas por dia?
P.S. Na verdade, descobri que há várias empresas ocidentais ensinando o "western style quality management" nas fábricas chinesas. A Apple, por exemplo, manda uma equipe de engenheiros para supervisar a produção de seus computadores que são montados lá. Outras empresas vão lá exclusivamente para ensinar técnicas de controle de qualidade e produção. (Aqui um interessante artigo, com vídeos incluídos, sobre tudo isso). Enquanto intelectuais ocidentais colocam a culpa de tudo e mais um pouco na própria "cultura branca ocidental greco romana judaico cristã", os espertos chineses estão aprendendo com o Ocidente.
No mais, a maioria das pessoas prefere comprar barato e ruim do que caro e bom. O que explica o sucesso dos produtos chineses.
Mas minha dúvida é a seguinte: comprei uma caneta chinesa, durou dois dias e já está falhando. Comprei um MP3 player chinês, era ruim, durou um mês, estragou. O país vai virar superpotência com esse nível de qualidade de produtos? Aí fiquei me perguntando, será que os mísseis nucleares chineses também são produzidos da mesma forma precária, por crianças e mulheres trabalhando doze horas por dia?
P.S. Na verdade, descobri que há várias empresas ocidentais ensinando o "western style quality management" nas fábricas chinesas. A Apple, por exemplo, manda uma equipe de engenheiros para supervisar a produção de seus computadores que são montados lá. Outras empresas vão lá exclusivamente para ensinar técnicas de controle de qualidade e produção. (Aqui um interessante artigo, com vídeos incluídos, sobre tudo isso). Enquanto intelectuais ocidentais colocam a culpa de tudo e mais um pouco na própria "cultura branca ocidental greco romana judaico cristã", os espertos chineses estão aprendendo com o Ocidente.
No mais, a maioria das pessoas prefere comprar barato e ruim do que caro e bom. O que explica o sucesso dos produtos chineses.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Os yankees chineses estão chegando
China busca terras na América Latina
Por Jamil Anderlini, no Financial Times, na Folha:
Empresas chinesas serão encorajadas a adquirir terras aráveis no exterior, especialmente na África e na América do Sul, a fim de ajudar a garantir a segurança alimentar da China, nos termos de um plano que está em estudos em Pequim.
"Não deve haver problema na aprovação desta política. O problema poderia vir de governos estrangeiros que estejam indispostos a abrir mão de grandes áreas de terra", disse um funcionário.
A Amazônia era nossa, mas agora é das ONGs, e será um dia dos chineses?

Etiquetas:
América Latina,
China
Assinar:
Postagens (Atom)