Mostrando postagens com marcador direitos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador direitos. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Direitos desumanos

Houve um tempo em que eu tinha grande respeito por organizações como Amnesty International, Human Rights Watch, Greenpeace, Cruz Vermelha, etc etc etc. Acreditava ingenuamente que eles realmente lutavam por um mundo melhor, com maior respeito à natureza e contra o sofrimento humano.

Talvez tenha sido assim algum dia.

Lamentavelmente, a ideologia corrompeu várias dessas organizações, e muitos dos principais membros essas organizações se revelaram radicais em pele de cordeiro. Em outros casos, digladiam-se mais em lutas internas e políticas do que em efetivamente promover a luta contra os abusos de poder. E algumas vezes parecem estar mais preocupados com os direitos humanos de criminosos e terroristas do que com o das pessoas comuns, que podem ser assaltadas, mortas e estupradas em cada esquina.

Vejam o caso da Amnesty International, que andou apoiando um fanático talibã, só porque este teria sido preso em Guantánamo. Ora, a prisão em Guantánamo pode ou não ter sido um abuso (eu acho que foi até pouco), mas, será que isso torna os que estiveram ali, todos inocentes? Afinal, sabemos todos como os talibãs são a favor dos direitos humanos, não é mesmo?

O fato é que Gita Sahgal, da ala feminista da Amnesty, protestou contra essa ligação com marmanjos que gostam de colocar burka em mulheres e obrigar meninas a casar aos dez anos. Como resultado, terminou demitida.

Também houve o caso de ambulâncias da Cruz Vermelha e ONU utilizadas para transportar, não doentes, mas munições e guerrilheiros do Hamas.

No Brasil, então, nem se fala. Qualquer lei mais forte contra criminosos é logo bombardeada por estes grupos, que no entanto não parecem preocupar-se com a vida e os direitos das cerca de 50 mil vítimas anuais de assassinato no Brasil.

O problema é que o próprio conceito de "direitos humanos" terminou sendo deturpado, podendo significar tudo e qualquer coisa - na maior parte das vezes, alguma coisa associada à ideologia esquerdista. Está aí o "Programa Nacional de Direitos Humanos" que não me deixa mentir, promovendo os "direitos humanos" do aborto, do casamento gay e da invasão de terras...

A situação lembra o famoso diálogo entre Alice e Humpty Dumpty em Alice através do espelho:

"When I use a word," Humpty Dumpty said in a rather a scornful tone, "it means just what I choose it to mean – neither more nor less."

"The question is," said Alice, "whether you can make words mean so many different things."

"The question is," said Humpty Dumpty, "which is to be master – that's all."

Quem decide o significado das palavras, manda.


Atualização (dica do leitor Meneses): em mais um caso que mostra o absurdo que se tornaram essas organizações, um dos assassinos de João Hélio já está na Suiça com a família "para recomeçar vida nova", graças ao apoio do governo brasileiro e de uma ONG chamada "Projeto Legal". Interessados em manifestar sua opinião a esses incentivadores do crime hediondo podem escrever para projetolegal@projetolegal.org.br

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"Tortura mas não mata?"

Preciso falar uma coisa sobre a tortura, e todo esse blablablá do Obama sobre os EUA recuperarem a "estatura moral", e a crítica e perseguição ao governo Bush, que teria usado "tortura", ou ao menos waterboarding para extrair confissões.

Não sou de modo algum a favor da tortura, e a princípio concordaria com a proibição obamística do seu uso, mas devemos admitir - a tortura existe.

Existe na Jordânia, existe na Arábia Saudita, existe no Brasil, existe nos EUA, existe na Europa, existe em todo o mundo.

Às vezes, como nos países do Oriente Médio acima mencionados, a tortura é realizada por funcionários do Estado, militares ou policiais, seja seguindo ordens diretas ou não. Em outros países, a tortura é na maior parte das vezes realizada por entidades não-estatais de bandidos, traficantes, terroristas, guerrilheiros, rebeldes e criminosos. Mas é tortura, e tem o mesmo objetivo de extrair confissões.

Segundo ponto: a tortura funciona. Se não funcionasse, ninguém a usaria.

Então o dilema moral é: se é urgentemente necessário obter informação de um criminoso / terrorista / seqüestrador para salvar a vida de um ou de milhares (milhões?) de pessoas, é permissível usar a tortura?

Richard Fernandez escreveu um ótimo post a respeito, questionando os vários aspectos da questão. E ele pergunta: embora hoje todo mundo seja naturalmente contrário à tortura de prisioneiros da Al-Qaeda, será que se amanhã uma bomba nuclear explodisse em NY, todos seriam ainda da mesma opinião? Se alguém tivesse um filho seqüestrado, e fosse possível torturar um cúmplice do seqüestrador para reavê-lo, será que todos seriam tão contrários à tortura assim?

E ainda: não é lícito torturar, mas bombardear pode? Afinal, o governo Obama segue mandando pelos ares alguns talibãs. O que pode e o que não pode? O que é moral e o que não é?

São questões sérias.

O moralismo esquerdista resume-se em dar o máximo de proteção aos maiores criminosos, torturadores e assassinos, desde que estes não sejam "de direita" (aí podem ser até fuzilados). O próprio ato de querer perseguir mais a CIA e o Bush do que os terroristas (chegando até a publicar memos secretos, pondo em risco à nação) dá a medida dos verdadeiros inimigos da esquerda.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao controle de armas. Para o progressista, que um cidadão tenha o direito de se defender de criminosos é errado, por isso as leis de controle de armas. Mas tal controle, embora tire a proteção armada do cidadão respeitador da lei, não a tira do criminoso, já que este está se lixando para a lei - não respeita a lei da propriedade, porque deveria respeitar a lei do controle de armas? Sendo assim, as leis de controle armamentista têm um único resultado - desarmar o sujeito que pretende apenas defender sua família e propriedade, e armar aquele que quer roubá-lo.

Do mesmo modo, as leis que protegem o terrorista da tortura (ou mesmo que transformam em "tortura" todo tipo de questionamento mais árduo), que dão direitos excepcionais e proteção da convenção de Genebra a bandidos e terroristas que não respeitam qualquer convenção e que operam fora de qualquer respeito aos direitos humanos, que dão a piratas somalis o direito de ser julgados sob um sistema sob o qual eles não tem cidadania - tudo isso, embora nobre, talvez tenda a um único resultado a longo prazo: aumentar o número a selvageria dos terroristas e criminosos, aos quais a tortura é permitida já que não perdem direito nenhum com isso, e enfraquecer o cidadão comum.

Bandidos que não respeitam a convenção de Genebra não têm direito à sua proteção.

E tem outra coisa: é fácil falar uma coisa e fazer outra. Lembram do "ninguém é mais ético do que o PT" ao mesmo tempo em que se roubava? Da mesma forma, o governo Obama diz frases nobres sobre moral e ética, ao mesmo tempo em que faz exatamente o contrário, como mostra aqui Victor Davis Hanson.

Por ora, em relativa segurança, é fácil pontificar sobre nobres ideais. Mas, se houver um novo ataque fulminante aos EUA que ameace sua própria sobrevivência, aposto que o governo Obama vai ser o primeiro a torturar terroristas, ainda que chame de outra coisa e não de "tortura".

terça-feira, 3 de março de 2009

Máfia Sem Terra

Antes era:
Dê a um homem um peixe e o alimentará por um dia, ensine-o a pescar e o alimentará por toda a vida.

Agora é:
Dê a um homem um peixe e ele vai pedir batatas fritas e molho tártaro (*), vai querer ser alimentado por toda a vida e ainda insistir que é seu direito básico enquanto cidadão, e dê logo esse peixe seu burguês maldito se não quer que esta vara de pesca seja enfiada você sabe onde.

(*) Parafraseando Thomas Sowell

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O restaurante da vida

Muitos consideram um horror que o homem mate industrialmente vacas, galinhas e ovelhas para se alimentar. "Se os matadouros fossem de vidro, todos seríamos vegetarianos", disse alguém certa vez.

Mas mesmo tirando o homem de fora da jogada, observamos que a morte de um ser por outro é uma constante. Assistimos compungidos aos documentários da National Geographic em que um inocente filhote de zebra é brutalmente atacado por leões - ou melhor, leoas - selvagens, e devorado na frente dos nossos olhos. "A Natureza é um grande restaurante", disse Woody Allen certa vez.

Por que Deus - ou vá lá, a Evolução - criou este mundo tão cruel, onde a vida se alimenta da vida, onde a vida mata constantemente a vida e o peixe maior come o peixe menor (salvo os raros casos em que o peixe menor tenta comer o maior)?

Por que, enfim, todo ser tem que tirar sua fonte de energia de outros seres? Não podíamos viver todos de energia solar? Da água e do ar? Do CO2, quem sabe?

Aí aparecem Peter Singer e outros supostos bioeticistas que dizem que usar os outros animais para nossos próprios nefastos fins seria "especiecismo". Que não somos diferentes do resto das espécies animais e que todos, homem, rato ou verme, temos exatamente os mesmos "direitos".

Mas é um raciocínio contraditório: afinal, se somos animais iguais aos outros, então, como eles, justamente nos devemos alimentar de outros animais para viver. Fazemos parte da grande cadeia do restaurante da vida. Se fôssemos diversos, se fôssemos especiais, apenas aí estaria justificado que agíssemos de algum modo diverso.

Além disso, o que o malucão do Singer e os ecologistas radicais fazem é considerar a "dor" como principio de igualdade geral. Aparentemente, só podemos comer as plantas porque estas não sentem "dor", já que não têm o sistema nervoso. No entanto, não significa que não sofram. Uma planta murcha ou seca, por acaso não indica que está sofrendo? Enquanto escrevo, já há uma comissao da ONU e da União Européia trabalhando em prol do direito das árvores. Não estou brincando: há mesmo. (Já comentei o assunto outra vez).

Mas o que nos diferencia dos outros animais (e vegetais) não é a capacidade de sentir dor, mas a consciência da própria existência como seres humanos. Isto é, sabemos que somos homens, temos consciência da Natureza e damos nomes aos outros animais, podemos estudar a nós mesmos como se estivéssemos fora da nossa própria espécie. Nenhum outro animal tem essa capacidade. Não há exemplos de tigres que tenham se tornado vegetarianos.

Aqueles que nos igualam com as galinhas e as pitangueiras nos diminuem. No fundo, talvez seja esse mesmo o objetivo. Não amam os animais: apenas odeiam os humanos e especialmente a civilização. E desse modo justificam a morte e a desgraça: quando Singer argumenta que a matança de galinhas é um "genocídio", está dizendo na verdade que o massacre de milhões de humanos é tao irrelevante quanto comer uma galinha ao molho pardo no jantar.

A vida humana é mais importante do que a das galinhas? Queremos crer que sim. Nem que seja pelo fato de sermos homens e não galinhas. Talvez quando as galinhas evoluirem e se tornarem seres superiores, poderemos discutir a respeito de uma forma mais democrática.

Enquanto isso, que os eco-malucos vão pastar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Os ativistas profissionais

Uma das coisas mais irritantes dos tempos atuais são os ativistas profissionais. Imbecis que se auto-promovem em nome de uma causa. Pode ser a causa palestina, a desigualdade social, o aquecimento global, os direitos humanos dos bandidos, não importa desde que seja uma causa politicamente correta. O importante é se auto-promover.

A cunhada do Tony Blair, idiota útil e ativista profissional, está em Gaza. Chama aquilo lá de "campo de concentração". Pois eis uma foto da moça no tal "campo de concentração". É o primeiro campo de concentração com supermercado que vejo. Aliás, bem mais fornido do que o da esquina aqui de casa:


Se burrice matasse, teríamos um genocídio... Outra notícia, esta publicada no jornal O Globo:
A organização de defesa de direitos humanos Projeto Legal entrou nesta quarta-feira, na Vara de Infância e Juventude, com uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra o governo estadual para exigir que os adolescentes infratores atendidos pelo Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) sejam identificados somente por seus nomes. Segundo a entidade, atualmente, os jovens são chamados por números, o que resultaria em danos psicológicos.
Pois eu digo que ler notícias sobre ativistas de "direitos humanos" de organizações com nomes imbecis, que em geral só protegem traficantes, ladrões ou terroristas, está me causando sérios danos psicológicos. A quem será que posso recorrer?

domingo, 14 de setembro de 2008

Horrores da China

Assisti as Olimpíadas chinesas e nada tenho contra o povo chinês. Porém, o Partido Comunista que os governa é realmente abominável.

Uma das políticas mais criminosas deste é a tal "one-child policy", que decreta que cada casal só pode ter um filho, sob pena de multa, perda de emprego, prisão ou até seqüestro da criança. Não apenas é uma afronta à liberdade das pessoas (cadê os "direitos reprodutivos"?), mas tem centenas de efeitos demolidores.

Um deles: como na cultura local os filhos homens são mais valorizados, o resultado é que grande parte das mulheres que nascem são imediatamente abortadas. Assim como na Índia, ocorre um verdadeiro "fetocídio" de milhões de mulheres, causando inclusive desequilíbrio entre os gêneros.

Algumas não são abortadas, mas têm um destino talvez pior: são abandonadas e terminam em orfanatos estatais chineses como os do vídeo abaixo (visto no blog do Conde), onde bebês são amarrados ou presos em bancos que lembram instrumentos de tortura para escravos. Assistam e chorem.

Mais: como mostra estre outro vídeo aqui, as crianças com defeitos físicos são imediatamente abortadas por ordem do Estado sem que a mãe tenha qualquer tipo de escolha. Isso tem um nome: eugenia. Os nazistas já faziam. Certos esquerdistas radicais querem fazer também.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Educação sexual


A educação sexual nas escolas serve para alguma coisa? Pesquisas indicam que tanto os jovens que tiveram aulas de educação sexual quanto os que não tiveram têm o mesmo nível de gravidez adolescente e o mesmo nível de conhecimento sobre uso de camisinha, DSTs e métodos anti-concepcionais. Se moças continuam engravidando, em geral não é por não saber a história das abelhas e das flores. Sexo sempre se aprende, não necessariamente na escola.

Mas alguns desses famosos "especialistas" argumentam que o problema é que a educação sexual começa tarde demais, e deveria ser ministrada a crianças de cinco anos. Estranho, nunca soube de crianças de cinco anos grávidas. De nove, acho que sim.

O curioso é que há dois approaches de educação sexual - o que promove a abstinência, favorecido pelos conservadores, e o chamado "comprehensive sex education", que promove os anti-concepcionais, favorecido pelos liberais - mas nenhum parece funcionar muito. As garotas continuam engravidando e os garotos continuam pegando doenças. Na verdade, os programas pró-abstinência até reduzem por um período a atividade sexual, embora seu efeito não seja muito duradouro. É algo melhor do que o método "comprehensive" (abrangente), que não tem efeito nenhum.

E o mais curioso de tudo: a maioria dos jovens americanos é a favor dos programas pró-abstinência e acredita que eles funcionam... Ué!

A perereca da professora.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Se não me matarem, me suicido

Um jovem gravemente doente quis ter seu "direito de morrer" reconhecido pelo governo, e pediu para que seu tratamento médico fosse interrompido. Como seu pedido foi negado, suicidou-se.

Não aconteceu em Portugal, mas na França.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Matou a família namorada e foi ao cinema ao show da Mulher Melancia

No Brasil, um goiano chamado Mohamed (epa!) dos Santos matou e esquartejou sua namorada inglesa de 17 anos, e depois foi a um show da Mulher Melancia. Tirou fotos do corpo com seu celular, depois colocou os pedaços em uma mala e jogou no rio.

Na Argentina, um homem atropelou uma menina de 10 anos, colocou-a no carro prometendo levá-la ao hospital, mas em vez disso a levou a um descampado onde a estuprou e depois ainda molhou seu corpo com gasolina e ateou fogo. A menina conseguiu sobreviver, mas está com 60% do corpo queimado e provavelmente fique desfigurada para o resto da vida.

No Canadá, um passageiro de ônibus de viagem esfaqueou e decapitou o passageiro ao lado, um garoto de 20 anos, aparentemente sem conhecê-lo e sem ter motivo algum. Depois calmamente depositou a cabeça no chão ao lado dos passageiros chocados.

Todos esses três criminosos deveriam morrer, mas em nenhum desses países existe a pena de morte.

Muitos acreditam que a punição criminal existe para "recuperar" os criminosos, ou então para "desestimular" futuros criminosos. Na verdade, não é bem assim. A verdade é que a cadeia raramente recupera alguém, e criminosos sempre vão agir por mais terríveis que sejam as penas a eles impostas.

A punição criminal pelo Estado existe principalmente para impedir que cada indivíduo faça justiça com as próprias mãos. Se Fulano mata a filha de Ciclano, Ciclano e sua família matam Fulano para se vingar. Ainda funciona assim nas sociedades tribais.

Nas sociedades ditas modernas, o cidadão abdica do direito de se vingar do assassino dando esse direito ao Estado, após um julgamento para estabelecer que ele realmente seja o culpado. Porém, isso só funciona quando a punição realmente ocorre. Quando os assassinos são liberados em poucos anos (o estuprador da menina, por exemplo, já havia sido preso outra vez por abuso de menores e liberado), ou quando em certos casos nem mesmo são punidos, a fé na capacidade punitiva do Estado acaba, e tende-se novamente ao vigilantismo.

É por isso os liberais que defendem penas cada vez mais brandas para os criminosos estão equivocados. Fazendo isso, apenas estimulam o ressurgimento do "cada um por si".

Atualização: Sei que é um tema algo mórbido para uma sexta-feira à noite, mas enfim... Um breve adendo. Os filmes de Hollywood e os romances policiais nos fizeram acreditar que os assassinos em série são pessoas inteligentes e sofisticadas. Na verdade, está muito longe disso. Acho que foi o Nabokov quem disse que os assassinos são, quase sempre, rematados imbecis.

Vejam o Mohammed D'Ali dos Santos. Como não bastasse o nome infeliz, segundo o depoimento, ele matou a garota (com quem tinha um casamento arranjado para obter a residência em Londres) por que esta poderia dizer a sua mãe que ele cheirava cocaína... Portanto, para esconder que era um cocainômano, virou um esquartejador. E depois dizem que as drogas não fazem mal ao cérebro...

sábado, 31 de maio de 2008

Admirável mundo novo


Não sou cientista e portanto a minha opinião é de um leigo. Mas devo dizer que me deixam algo espantado todos os milagres (não-comprovados) que são atribuídos às tais células-tronco. Um pouco mais e parece que poderiam fazer com que os mortos se levantassem e andassem. Ou como diz o Cláudio:
A única coisa que me deixa bolado nisso tudo é o fato de boa parte da galera "a favor" soar como aqueles pastores de Igrejas evangélicas que prometem fazer cego enxergar, surdo ouvir e aleijado andar.
A outra coisa, que leio no mesmo blog, é que, enquanto os fetos e embriões não são considerados "humanos" ou mesmo "seres vivos", já há quem queira considerar os macacos como pessoas.

E continuando com as novidades biotecnológicas, na Inglaterra decidiram que os pais homens não são mais necessários. Um casal de lésbicas ou mesmo uma mãe solteira pode fazer fecundação in vitro a partir de um banco de esperma sem que haja legalmente qualquer pai.

Se isso é bom ou não para a criança, evidentemente, não é levado em consideração. Como no aborto, o que importa é o direito das "mães solteiras" e das "lésbicas" a "não serem discriminadas", a criança é apenas a manifestação material de sua liberdade de escolha.

Admirável mundo novo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Os direitos das plantas

Aproveitando que temos ao menos três leitores vegetarianos neste blog, ou seja, mais de 50%, vai aqui uma pequena provocação.

O "Comitê Federal Suiço de Ética na Biotecnologia em Não-Humanos" acaba de publicar um relatório sobre os "direitos das plantas", segundo o qual "decapitar flores" propositalmente é imoral, e que "toda planta individual" tem sua "dignidade intrínseca".

Os suiços, que ainda têm ouro nazista em seus bancos e estão fazendo acordos bilionários com um Irã que promete genocídio nuclear, estão, quem diria, preocupados com as inocentes plantinhas.

Argumenta Wretchard, do Belmont Club (possivelmente o melhor blog em língua inglesa do mundo), que na verdade os burocratas suiços não estão tão preocupados com as plantas como em criar novas comissões, leis e impostos que lhes dêem emprego e dinheiro. Se alguém desrespeitou os direitos de um pé de alface, naturalmente deverá pagar uma multa. Para cortar uma árvore, as pessoas precisarão pedir autorização a uma comissão que se ocupará exclusivamente disso (aliás, no Brasil já é assim: para cortar uma árvore, mesmo que seja uma árvore dentro da sua propriedade, que você mesmo plantou, você deve ter autorização expressa das secretarias ambientais).

Acredito que com o "aquecimento global" ocorra a mesma coisa: independentemente de se solucionar o problema ou não, é um ótimo esquema para gerar mais impostos, comissões de estudo, créditos de carbono e quetais.

No mais, até concordo que o vegetarianismo seja uma escolha válida de vida, e sou, naturalmente, contra a violência e o abuso contra animais. Mas fica a pergunta: e as plantas, têm direitos?