terça-feira, 8 de julho de 2008

O delírio da igualdade

Uma das mais curiosas obsessões da esquerda é sua obsessão com a igualdade. Estranhamente, tal busca de igualdade limita-se em geral à igualdade monetária: irrita e ofende a esquerda que alguns ganhem mais do que outros. Mas não há tanta preocupação com outras formas de desigualdade. Afinal, há pessoas mais bonitas, pessoas mais inteligentes, pessoas mais talentosas, pessoas que estudaram mais, etc. E isso se reflete (embora não sempre de modo tão direto, ou mesmo “justo”) nos diferentes ganhos que cada pessoa tem.

Mas talvez as “cotas raciais”, a lei “anti-homofobia” e outros programas de “discriminação positiva” sejam exatamente isso, uma tentativa de tornar as pessoas mais iguais, prejudicando os melhores, ou valorizando as “minorias” em detrimento das “maiorias”.

O escritor Kurt Vonnegut uma vez escreveu um conto de ficção científica no qual falava de uma sociedade totalmente igualitária, em todos os sentidos. As pessoas bonitas precisavam usar máscaras ou recebiam cicatrizes para ocultar ou deformar sua beleza. As pessoas fortes eram obrigadas a usar pesos nos pés para limitar sua locomoção. As pessoas inteligentes eram obrigadas a ter um chip instalado no cérebro que lhes enviava de vez em quando interferências sonoras que prejudicavam seu pensamento. E assim por diante. A história completa pode ser lida aqui.

É a utopia esquerdista. Quer dizer, não exatamente: no fundo, a esquerda deseja um mundo de ovelhas, mas comandadas por sábios. Os esquerdistas, naturalmente, seriam esses sábios que controlariam o mundo em troca de privilégios, e estariam acima da “igualdade geral”. George Orwell, em “A Revolução dos Bichos”, sintetizou melhor do que ninguém o profundo ideal da esquerda: “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Um dos grandes perigos da futura presidência Obama é sua visão de mundo anti-americana. Não anti-americana no sentido mais direto, de ódio aos EUA e suas políticas (embora isso também exista em grande parte dos seus fãs), mas no sentido de ser contrário à meritocracia e o individualismo, à busca de superação pelo talento ou pela garra, típicos da mentalidade americana. Obama está mais afinado com o discurso coletivista e igualitário. O colunista "Spengler" fala um pouco sobre isso aqui.


Uma ovelha indo pra direita em meio à multidão esquerdista.

6 comentários:

Anônimo disse...

HM... mesmo sendo contrário a lei anti-homofobia, pois a julgo redundante (discriminação JÁ É crime, não é?), receio que você está misturando as bolas...

A lei anti-homofobia, por estúpida que seja, visa justamente eliminar a discriminação;
As cotas, por outro lado, são o oposto: a institucionalização da discriminação por cor de pele, e mais: A oficialização da necessidade de uma tratamento diferenciado de acordo com esse critério.

Sou contra a lei da homofoobia porque, como já disse, é redundante, mas principalmente porque ela é meramente mais uma baboseira politicamente correto. Tenta-se censurar as palavras, no problema de fato ninguém mexe... é pura maquiagem (ui!). Brasil, o país da hipocrisia, demagogia.

Anônimo disse...

Jesus, quantos erros! Isso que dá escrever sem revisar! Culpa dessa ruiva aí em cima e suas generosas coxas.

Mr X disse...

Gunnar,
Não é exato, a lei anti-homofobia dá um tratamento privilegiado a uma minoria gay. Por que não a lei "anti-cristianismofobia", "anti-heterofobia", etc? Ninguém mais tem uma lei assim.

Anônimo disse...

As “cotas raciais”, a lei “anti-homofobia” acentuam ainda mais as diferenças... Leis hipócritas.

E agora, risco de perder a liberdade na internet...

A propósito, “A Revolução dos Bichos”, foi uma colocação perfeita.

Só para registrar, prefiro o mascarado da janela.

Anônimo disse...

eu qeuro uma lei que proiba piadas contra a Igreja Católica, tem aí?

Pax disse...

já eu quero uma que proíba os padres da Igreja Católica de comerem criancinhas, assim como os comunistas fazem.