quinta-feira, 2 de junho de 2011

Devemos falar sobre raça?

Falar sobre raça é um tema desagradável. Há poucos temas mais difíceis de abordar sem ofender ninguém; talvez apenas religião se compare.

Eu realmente não sei se deveria falar sobre esse assunto, mas está tão presente nos blogs que costumo ler ultimamente que não é possível evitar.

Por exemplo, no outro dia uma tal ministra da "Igualdade Racial" (sic) no Brasil afirmou que "não podemos deixar que haja espaço reservado às pessoas brancas". Branco não entra! 

E, no último fim de semana, ocorreram dezenas de eventos nos EUA com violência de minorias que tornaram ainda mais atual a discussão.

No outro dia, houve um arrastão em plena Manhattan, no bairro bacana de Greenwhich Village. A notícia falava em "roubo em grupo realizado por adolescentes". Mas basta assistir o vídeo para observar que são todos negros.
Eles roubaram donuts e refrigerantes, atiraram cadeiras e destruíram uma máquina de café de 2.000 dólares. Tal comportamento não tem explicação. Pobreza? Ora, será que não tinham dinheiro nem para comprar um donut? Então como conseguiram dinheiro para comprar o celular da moda? Usam mochilas e roupas da marca, parecem estudantes. E por que precisavam demolir a loja? Será ainda ódio pela escravidão?

No feriado de Memorial Day, houve novas confusões raciais, em um festival de rap. A desculpa dos progressistas? Tinha polícia demais no evento, e isso "gerou tensão". Certo, tirem a polícia e vamos ver a calma que não vai ser...

Alguns acham que o preconceito contra os negros americanos do gueto seja devido à "cor da pele". Nada mais equivocado. O preconceito é devido a casos como os acima. Afinal, eventos assim estão longe de ser únicos, e parecem estar aumentando. Recentemente houve muitos arrastões similares (Neste aqui, curiosamente, tinha uma única garota branca participando também). Ou a constante violência entre gangues com tiroteios, que ocorre sempre que multidões de rapeiros se reúnem.

Não que outras raças ou povos não sejam violentos. Basta observar o México, onde a violência extrema entre gangues é corriqueira, com civis esquartejados e decapitados a torto e direito, e mesmo em Los Angeles as gangues mexicanas começam a aprontar. O brancos também podem ser violentos, não há dúvida. Eu mesmo, em Londres, escapei por pouco de ser espancado por um bando de hooligans bêbados brancos como a neve que acabavam de sair de uma partida de futebol e bateram minha carteira. E os jovens chavs estão por trás de grande parte do comportamento antisocial. Há nos EUA até gangues de vietnamitas (asiáticos são em geral o grupo menos violento). Mas casos como o acima, em que se destroem lojas ou atacam pessoas sem qualquer motivo, apenas por "diversão", parecem predominar em um único grupo.

Aliás, os próprios negros de classe média sabem que esse é um problema, e se envergonham. O Chris Rock fez até piada sobre a diferença entre "black people" e "niggas."

Confesso que não sei o que se deveria fazer a respeito. Sou fã da música americana negra dos anos 30-50. Não acho que fatos como esses nos devam levar ao preconceito contra todos os negros, pois há muitos que são gente boa. Mas que tudo isso causa depressão, causa. Pareceria que grupos de jovens como esse querem mesmo provocar, querem ser odiados e desprezados. Qual o sentido dessa violência insana?

E a grande mídia, em vez de falar às claras o que todo mundo sabe, fala em "jovens urbanos". Assim como chama de "jovens franceses" os muçulmanos que queimam carros em Paris, sem indicar jamais sua origem ou religião.

É verdade que a decadência é geral, e não devemos nos fixar num determinismo biológico. O relaxamento do sistema judiciário, a cultura do vale-tudo progressista, a degradação da sociedade, o fim da família (75% dos negros americanos crescem sem os pais!), a dependência estatal, a promoção do vitimismo e da irresponsabilidade, tudo isso tem causado um desastre de proporções calamitosas na sociedade como um todo, especialmente entre as classes mais baixas (de todas as raças e etnias).

Talvez a classe média e alta tenham se beneficiado com o progressismo, obtendo maior liberdade de comportamento. Este, no entanto, foi um verdadeiro desastre para as classes mais baixas, que se ferraram e afundaram de vez no crime, nas drogas, na dependência e na indolência.

Enquanto isso, Obama decide atacar, não o crime, mas os policiais que seriam preconceituosos contra negros e latinos, afinal há muito mais negros e latinos nas prisões...

O mais engraçado de tudo é que recentemente estudantes brancos (e um asiático!) foram suspensos numa escola americana por usar camisetas brancas. A acusação é que eram "nacionalistas brancos"...

Não está longe o dia em que os donos da OMO serão presos por vender um produto que "lava mais branco", e que ainda por cima parece fazer alusão aos homossexuais...


3 comentários:

Anônimo disse...

É verdade que a decadência é geral, e não devemos nos fixar num determinismo biológico. O relaxamento do sistema judiciário, a cultura do vale-tudo progressista, a degradação da sociedade, o fim da família (75% dos negros americanos crescem sem os pais!), a dependência estatal, a promoção do vitimismo e da irresponsabilidade, tudo isso tem causado um desastre de proporções calamitosas na sociedade como um todo, especialmente entre as classes mais baixas (de todas as raças e etnias).

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bela tentativa,mas... a realidade ,é bemmmm diferente.

os bairros negros de classe média são tão violentos como os guetos .

um exemplo é o condado de Prince George's em Maryland,que é conhecido pela violência, e ,por ser um local habitado por negros de classe média alta !
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Mr X disse...

Olá anônimo,

Você mora nos EUA?

De onde tira essas informações? Não sei muito a respeito.

Manuel disse...

Raça só interessa aos racistas. E não existe isso de racialismo, um eufemismo para racismo.

Todos são seres humanos. A não ser que alguém queira trazer à tona o racismo tal qual no século retrasado, que era a simples divisão da humanidade em raças, e consequentemente sua hierarquização.

Tudo isso é só pra dizer que é contra a esquerda, a qual é racista, por exemplo, em relação aos judeus?

Ferrou... Que mundinho.