sábado, 10 de setembro de 2011

Chega de igualdade!

No post anterior sobre educação, falou-se sobre crianças com graves deficiências mentais ou físicas que, em nome da "igualdade", são colocadas para estudar junto com criançs normais. É, na minha opinião, uma crueldade sem tamanho.

Uma criança especial precisa de cuidados e professores especiais. Numa sala de aula normal, não conseguirá acompanhar o ritmo dos outros alunos; por outro lado, os estudantes mais espertos tampouco poderão aprender tanto quanto deveriam (não que, nos dias de hoje, a escola ensine muito mais do que como colocar uma camisinha numa banana). É um problema também para os professores, muitos dos quais não tem treinamento específico para lidar com débeis menta... mongolói... er, pessoas mentalmente diferenciadas. E ainda existe o maior risco de bullying, a nova paranóia das classes progressistas.  

É, no fundo, a mesma idéia de Foucalt, esse maldito via..., hã, homossexual fã dos aiatolás, que dizia que os loucos mentalmente diferenciados não deveriam ser tratados, pois são iguais a todos nós. Não, caro Foucault, não somos todos iguais! 

O grande mal da era moderna é com certeza o igualitarismo. Liberdade e fraternidade, tudo bem. Agora, igualdade é uma quimera. Salvo a igualdade perante a lei, essa sim imprescindível, e uma relativa igualdade de oportunidades, o resto é impossível de obter. Não somos todos iguais, nem tudo é igual a tudo. E por que deveria ser? 

Se todas as religiões são iguais, por que alguns fanáticos religiosos se explodem freqüentemente e outros não? Se todas as etnias/povos são iguais, por que se notam tantas diferenças práticas entre os grupos humanos? Se todas as culturas são iguais, para que precisamos de "multiculturalismo"? Se todas as formas de relacionamento sexual são iguais, porque alguns conseguem se reproduzir biologicamente e outros não?

Mas nem importa que as pessoas sejam diferentes se forem tratadas de forma igual, mas não é isso o que acontece. O que se quer é alavancar uns e bloquear outros de modo a que o resultado entre eles seja igual. A "igualdade" de que falo aqui é a que quer impor cotas raciais ou estabelecer territórios para grupos étnicos específicos; é a que julga que criminosos devem ter mais direitos do que vítimas de crimes; a que quer que todos ganhem o mesmo independentemente do seu esforço ou talento; e assim por diante. 

É uma luta perdida. Os igualitaristas venceram. Está rolando pelos Facebooks da vida um vídeo em que um ator brasileiro que não conheço é acusado de "racista" por falar que Sammy Davis Jr. era negro, caolho e baixinho, e quando subia no palco virava um loiro alto de olhos azuis. Não entendi a tentativa de linchamento. O ator claramente admira Sammy, assim como eu. Se ele tivesse chamado o artista de "preto safado" até entenderia as acusações. Mas ele apenas fez um elogio, só que com uma comparação que dá a entender que é melhor ser alto, loiro e de olhos azuis do que ser preto, caolho e baixinho (só faltou lembrar que Sammy também era judeu, convertido). Bem, mas, se é por isso, talvez o ator também deva ser processado por "caolhismo", afinal claramente é prejudicado contra os caolhos...

O problema é que há tanta lavagem cerebral que até fazer um comentário ingênuo pode dar lugar a problemas. No outro dia, nos EUA, uma editora deu de presente a seus clientes um livro que continha citações bíblicas. Foi obrigada a mandar uma carta pedindo desculpas, pois o livro poderia ser considerado "ofensivo"... A loucura é tanta que já vi até tese de doutorado achando que "Will & Grace" era um seriado "homofóbico", por, hã, ter cenas de humor com personagens gays...

Chega dessa tirania politicamente correta e dessa falsa igualdade! Somos todos diferentes -- e isso é bom.

Pois há outro problema aí: estimular uma "igualdade de resultados" (ao invés de uma igualdade de oportunidades), tende-se a estimular uma série de problemas sociais. Pra que estudar? A ação afirmativa garante meu lugar. Pra que trabalhar? O bolsa-família sustenta meu lar. Pra que economizar até poder comprar uma propriedade? Tenho "direito" à terra, a ocupar casas dos outros, ou a construir meu barraco em qualquer lugar da cidade...

Liberdade, igualdade e fraternidade? Liberdade, sim, desde que com responsabilidade. Fraternidade? Sim, com aqueles que merecem. Igualdade? Apenas perante a lei.

23 comentários:

Gerson B disse...

Posso copiar/linkar seu texto para colocar num tópico sobre o Politicamente Correto num fórum que frequento, X?

Brasileiro disse...

Caro, você tem toda razão. Sou médico especializado. Ontem mesmo, atendo uma professora estadual. Ela havia perdido a cabeça e segurado bruscamente dois alunos de 5a série pelo braço, pois estavam fazendo algazarra, em cima da mesa deles. Detalhe: a classe já teve 04 professores que pediram para sair. Causa: aluno com síndrome de Down agitado, que só está lá pela "lei da inclusão".

Um absurdo. Deveria estar em classe especial.

Um abraço, leio sempre seu blog.

Chesterton disse...

segundo o amigo do AN, o Olavão, isso é um método da própria revolução, enfim, seria algo planejado investir em 2 "causas" antagônicas entre si como igualdade e diversidade por exemplo, para confundir a cabeça das pessoas e obter o resultado que vemos hoje nas ruas: pessoas completamente desprovidas de capacidade de julgar.
O que eu não sei é se isso é realmente algo proposital ou resultado da demência geral, enfim, Tostines é mais fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é mais fresquinho.

Mr X disse...

Olá Gerson B,
Pode copiar e colar sim, basta indicar o blog. Ou não, sei lá.

Chest,
Acho que deve ser proposital, sim. Ou não, sei lá. Tem muitos revolucionários que parecem acreditar piamente nesse "duplipensar".

Rovison disse...

Corretíssimas as suas observações, Mr X. Também acho que o maior mal dos nossos dias é a utopia do igualitarismo. Em relação ao ator que fez aquele comentário aparentemente racista, sei quem é. É o ator da Globo Rodrigo Lombardi. Eu, por um mero acaso, já que raramente assisto a programas de auditório, vi o referido ator fazer aquele comentário no programa do Faustão e na hora pensei comigo mesmo: vão pegar no pé desse cara por causa desse comentário. Foi dito e feito. Hoje em dia o politicamente correto é a nova censura.

Krytponita disse...

Olha, X, esse caso dos mongos é uma peça de engenharia social das mais perversas. Os coletivistas estão habituando as crianças normais à uma violência e auto-sacrifício atrozes, disfarçados de "humanidade", ao mesmo tempo em que, como você disse, retiram dos deficientes a possibilidade de terem uma educação adequada. Quem ganha é o Estado, que terá gerações dispostas a qualquer coisa em nome dos mais lindos pretextos.

Anônimo disse...

Caro Mr. X,

não compartilho do seu pessimismo. Só para vc ter uma ideia - já fui filiado ao PCdoB (Ai, meu Deus, que vergonha!!). O evento que marcou minha mudança foi o mensalão. Em busca de respostas um novo mundo se abriu graças a internet. E esta é sim motivo de otimismo, pois ficou bem mais difícil os progressistas emplacarem suas mentiras e visão distorcida do mundo. As pessoas em geral sempre querem saber a verdade e através desse instrumento isso tem se tornado possível. Se eu mudei, muitos outros mudarão também, pois cedo ou tarde as pessoas se fartam da tirania e tomam uma atitude. E isso pode ocorrer numa escala e velocidade impressionantes, as vezes em apenas uma geração. O tempo dirá.

Adriano

Anônimo disse...

"Se todas as religiões são iguais, por que alguns fanáticos religiosos se explodem freqüentemente e outros não? Se todas as etnias/povos são iguais, por que se notam tantas diferenças práticas entre os grupos humanos? Se todas as culturas são iguais, para que precisamos de "multiculturalismo"? Se todas as formas de relacionamento sexual são iguais, porque alguns conseguem se reproduzir biologicamente e outros não?"

Amigo, cuidado com o significado da palavra "igual". Como bem sabemos, a polissemia é uma das características das línguas. O primeiro sentido de igual é "idêntico", mas este é apenas um deles. Quando se diz que homens e mulheres são iguais, não se quer dizer que são iguais de todo, mas que, enquanto sujeitos políticos eles são iguais e, portanto, merecedores dos mesmos direitos, isto é: eles são igualmente capazes de raciocínio e igualmente capazes de decisão.

Um caso como o que você citou serve para criticar certa visão do que é igualdade. Criticar qualquer idéia de igualdade a partir dele é um sofisma.

Mr X disse...

Quando se diz que homens e mulheres são iguais, não se quer dizer que são iguais de todo, mas que, enquanto sujeitos políticos eles são iguais e, portanto, merecedores dos mesmos direitos, isto é: eles são igualmente capazes de raciocínio e igualmente capazes de decisão.

Nada é igual a nada, mas algumas coisas apresentam um nível grande de semelhança que permite tratamento idêntico. O que critico aqui é que, por exemplo, haja leis (como na Suécia) ordenando que todas as empresas tenham 50% (ou um número x) de mulheres, ou então que as mulheres devam obrigatoriamente estar em todas as profissões tradicionalmente "masculinas", etc. Forçar uma "igualdade" que não existiria naturalmente, por uma série de motivos.

Gerson B disse...

Já colocado e linkado (o que indica o Blog, X).

Anônimo disse...

O que critiquei não foi a sua posição quanto às cotas (que também é discutível), mas a insinuação que você faz no trecho que citei de que certas diferenças colocariam em cheque qualquer idéia de igualdade. De fato, você não aprofunda este argumento no restante do texto, mas isso ficou sugerido. Conheci seu blog no post "O Pior Pesadelo do Progressista" em que este tipo de posicionamento ficou mais claro.

Mr X disse...

Olá Anônimo,

Na verdade, não sei se entendi bem a sua crítica. Pode explicar melhor?

Por exemplo, eu posso aceitar como princípio que exista liberdade religiosa, mesmo que nem todas as religiões sejam "iguais". Porém, a minha opinião é que tais diferenças entre as religiões devem ser levadas em conta, por exemplo quando se pensa em políticas de imigração, etc.

Acho que minha posição é discriminatória mesmo, isto é, as diferenças devem ser levadas em conta, tanto quanto as semelhanças.

Anônimo disse...

Olá, X,

Com meu comentário, queria dizer simplesmente que o fato das etnias, gêneros etc. serem diferentes não justifica, por si só, tratamentos diferentes. Quis dizer que existem diferenças e diferenças.

Aqui coloco outro ponto: quando se pensa em "diferenças naturais" (falo disso por conta do "naturalmente" que você usou na resposta ao meu comentário), tem que se tomar muito cuidado. Como comentei no outro post, o que se tende a chamar de "raça", por exemplo, é geralmente visto de uma maneira descontextualizada e nada histórica. Resumindo o argumento que fiz da outra vez, se olharmos as populações européias no século I a.C., por exemplo, dificilmente alguém seria tentado a pensar no argumento clássico da "inteligência científica própria aos caucasianos". Eram povos tribais em sua maioria, com exceção dos romanos, e estes haviam aprendido a ter este interesse pela "alta cultura" com os gregos. Nada a ver com "natureza", mas com história .

Quando se fala de diferenças, tem que se pensar nelas de maneira complexa, vendo todos os fatores que as influenciam. Geralmente o discurso das "diferenças naturais" surge de uma observação grosseira de fatos esparsos, nada detalhada.

Quanto ao caso dos deficientes mentais na escola, confesso que não pesquisei o suficiente a respeito, e não vi relatórios das tentativas de educá-las, o que não me permite falar muito a respeito. Mas veja que mesmo aqui, onde a diferença é de origem bilógica, existem diferentes formas de lidar com isso. O principal problema, pelo que vi, é as escolas comuns não terem infra-estrutura para receber estes alunos.

Kryptonita disse...

Com meu comentário, queria dizer simplesmente que o fato das etnias, gêneros etc. serem diferentes não justifica, por si só, tratamentos diferentes. Quis dizer que existem diferenças e diferenças.

Bem, mas é exatamente isso o que Mr. X está dizendo, não? Onde está o busílis?

Quanto à discriminação, às vezes é necessária, até mesmo por imperativo de justiça. Não se tolera, porém, que se discrimine às expensas de direitos alheios. Isso está muito claro no post. Aqui também, onde está o busílis?

Anônimo disse...

Olá, Kryptonita,

Vamos lá. Não é a mesma coisa. O X critica ações "artificiais" que queiram igualar disparidades "naturais" por um tratamento diferenciado (como incentivar o que as mulheres por "inclinação própria" nunca fariam). Eu critico a idéia de que diferenças justifiquem tratamentos que queiram manter diferenças de direitos e tratamento pela sociedade. Falo daqueles, por exemplo, que querem justificar a não legalização do casamento homossexual pelas diferenças "naturais" inerentes a esta união.

O X enfatiza nesse post o que ele chama de "igualdade de resultados". Certas medidas feitas nesse sentido são sim questionáveis. Contudo, ele sugere, no parágrafo que eu citei lá em cima, a idéia de que pensar em igualdade é absurdo, uma vez que tudo é diferente. Cito de novo:

"Se todas as religiões são iguais, por que alguns fanáticos religiosos se explodem freqüentemente e outros não? Se todas as etnias/povos são iguais, por que se notam tantas diferenças práticas entre os grupos humanos? Se todas as culturas são iguais, para que precisamos de "multiculturalismo"? Se todas as formas de relacionamento sexual são iguais, porque alguns conseguem se reproduzir biologicamente e outros não?"

Logo em seguida ele diz que essas diferenças não importam. Contudo, essa sugestão (assim como as feitas nesse post, que li primeiro: http://blogdomrx.blogspot.com/2011/02/o-pior-pesadelo-do-progressista.html)foi, sim, feita e, justamente por não ser levada adiante e ser apenas mantida como "provocação", pode levar a conclusões bastante equivocadas.

Anônimo disse...

" Eu critico a idéia de que diferenças justifiquem tratamentos que queiram manter diferenças de direitos e tratamento pela sociedade"

É, faltou revisão da minha parte. Corrigindo:

"Eu critico a idéia de que diferenças justifiquem medidas e posições que queiram manter diferenças de direitos e tratamento pela sociedade"

Julian Felsenburgh disse...

Caro Mr. X
Um livro indispensável sobre o conceito do igualitarismo é o clássico Social Equality: A Short Stusy in a Missing Science, do W. H. Mallock. Recomendo em absoluto.

Julian Felsenburgh disse...

Aliás, há um link para o livro no meu blogue, caso o Sr. se interesse.

Kryptonita disse...

Caro Anônimo,

Ao meu ver, você está fazendo cherry picking com o post. O sentido do parágrafo transcrito fica mais do que claro pelo que se lhe segue, e você mesmo demonstra tê-lo compreendido corretamente. Até entendo o porquê de aquele trecho ter bulido com a sua veia libertária, mas dizer de possíveis conclusões "equivocadas" a partir dele é só uma idiossincrasia de sua parte. Para mim, por exemplo, equivocada é a linha que você pretende puxar daí, porque, em última instância, significa tratar igualmente os desiguais. Apenas no terreno comum a todos, para além de diferenças particulares, é que se pode falar em "iguais". Por isso mesmo, não podem essas diferenças reclamar um status que não têm. Mas essa discussão agora seria muito ociosa. Prefiro me divertir com a "provocação" do Mr. X.

Anônimo disse...

Oi, Kryptonita,

Como eu disse, apesar de ele não levar esse ponto adiante aqui, me parece que a idéia que estou criticando está no pano de fundo não só da argumentação deste post, mas de outros (como aquele que citei) ou mesmo da própria idéia do blog. Basicamente, acho que a questão das igualdades/diferenças tem que ser observada de perto e com o devido cuidado. Na grande parte das vezes (no que se refere a gênero, etnia, religião e orientação sexual, por exemplo), elas são acompanhadas por motivações histórico-sociais algo complexas que são deixadas de lado tanto por conservadores quanto por alguns progressistas.

Quanto à parte final do seu comentário,houve algumas coisas que não ficaram muito claras para mim.

"Apenas no terreno comum a todos, para além de diferenças particulares, é que se pode falar em "iguais"."

A que terreno você se refere?

"Por isso mesmo, não podem essas diferenças reclamar um status que não têm."

Que status é esse?

Kryptonita disse...

Anônimo,

Tudo há de depender das situações concretas.

Em um plano mais genérico, pense, por exemplo, no que faz de cada um de nós parte da humanidade. Teremos, como conteúdo, um conjunto de características, direitos e prerrogativas, obtido por abstração das diferenças particulares. Se assim é, não cabe, portanto, fazer de conta que não foram excluídas e voltar a invocar qualquer uma delas, para afirmar que uns sejam mais, ou menos, humanos do que outros.

O mesmo sucede em planos mais específicos. Um certame, por exemplo, que vise a selecionar os mais capazes em um teste de conhecimento, já exclui, de plano, por sua própria finalidade, todas as demais distinções entre os candidatos. É por essa exclusão que se realiza o princípio da igualdade, e não é preciso explicar como o sistema de cotas o subverte, não é?

Anônimo disse...

Oi, Kryptonita,

Quanto ao primeiro argumento, concordo. As diferenças entre os grupos não devem justificar tratar alguns como "menos humanos". Chamo de "humano" aquele que partilha de plenos direitos civis e políticos. Nesse sentido, apesar de todos os avanços, no Brasil, os homossexuais cotinuam sendo fundamentalmente discriminados, porque não têm direito ao casamento civil, que é partilhado por todos.

O segundo argumento é problemático. A questão é que o fato de todos serem iguais perante a lei 1) não muda costumes perniciosos arraigados 2) não exclui as vantagens que o dinheiro confere.

Quanto ao ponto 1), séculos de racismo e machismo não desaparecem do nada. Dessa maneira, acho que medidas devem ser sim tomadas para evitar que esses costumes (partilhados por aqueles que geralmente controlam as empresas e organizações - homens e brancos) prejudiquem a vida de outros cidadãos historicamente discriminados (é só lembrar que em 2008 as mulheres ainda ganhavam 70% do salário dos homens e os pardos e negros 50% do salário dos brancos).

Já quanto ao ponto 2), teve sempre uma coisa que me chamou a atenção. Já notou que para certos cursos (medicina, direito, pubicidade etc.) é quase um consenso a necessidade de fazer um cursinho preparatório para o vestibular, mesmo quando alguém vem de um colégio privado? Os bons cursinhos são caros e só filhos de pais ricos ou de classe média conseguem fazê-los sem precisar trabalhar (e, portanto, com o tempo totalmente dedicado aos estudos). O resultado disso é claro: os mais ricos dominam esses cursos. Cursinho é uma verdadeira cota por alta renda e ninguém fala nada.

Veja que levo em conta o que é considerado no processo de admissão. Assim, sou contra as cotas para negros, uma vez que um negro não é excluído da universidade por ser negro. A maioria dos negros não está lá porque é pobre e, assim, mesmo que tenha superado os empecilhos da educação pública, não fez um bom cursinho, não se tornando capaz (de fazer o vestibular, coisa que é muito diferente de capacidade acadêmica). Dessa maneira, sou muito mais favorável a uma cota por baixa renda.

Ainda veja que não estou dizendo que toda lei de cotas é boa por si só. É um assunto sério que tem que ser pensado com cuidado. Contudo, o princípio desse tipo de lei faz muito sentido.

Kryptonita disse...

Então tá então.