Eis o futuro:
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domingo, 17 de julho de 2011
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Vai um lótus aí?
As drogas e sua proibição continuam causando intenso debate. Mesmo na tchurma da direita, muitos acreditam que a legalização seja a solução.
Eu penso que a descriminalização do uso das drogas, como tantas outras coisas citadas pelo bom e velho Dr. Theodore Dalrymple, seria um experimento social de resultados imprevisíveis, desejado pela classe média, mas cujo preço será pagado principalmente pelos pobres. (De fato, já o é.)
Considerando que:
Não consumo drogas fora o álcool e o café, e portanto não tenho interesse algum na liberação da cocaína ou da maconha -- mas não tenho ilusão. Assim como a sodomia antes era crime nos EUA e em vários outros países e hoje os gays estão casando (perdão pela comparação, é apenas para mostrar o avanço do liberalismo dos costumes), o mesmo deve ocorrer com as drogas. Não há volta.
Acredito que em menos de uma década teremos maconha liberada na maioria dos países ocidentais, e posteriormente se avançará para a liberação da cocaína e drogas sintéticas.
Só que, ao contrário dos liberacionistas, não acredito que isso vá ser liberação alguma. Ao contrário: temo que vá apenas aprofundar a decadência e o marasmo ocidentais. Uma sociedade de comedores de lótus. Se antes a religião era o ópio do povo, agora o ópio será uma religião.
O que vai ocorrer é que a sociedade eventualmente se tornará tão caótica que será tomada pelo Islã ou alguma outra forma repressiva de controle social. Ao contrário do que pensam os ultralibertários, a liberdade individual só funciona dentro do contexto de uma sociedade que tenha condições de permitir-se a esse "luxo".
Não esqueçamos que os comunistas, embora hoje inundem a América Latina de drogas, sempre foram rígidos com seu consumo em seus próprios países. Na China - que tem uma historinha bastante edificante com o ópio - ainda há pena de morte para traficantes.
Por outro lado, quem é que pode saber realmente o que acontecerá?
Eu penso que a descriminalização do uso das drogas, como tantas outras coisas citadas pelo bom e velho Dr. Theodore Dalrymple, seria um experimento social de resultados imprevisíveis, desejado pela classe média, mas cujo preço será pagado principalmente pelos pobres. (De fato, já o é.)
Considerando que:
a) O vício em drogas é um mito. Não existe dependência química, apenas psicológica. O viciado não é um doente, mas apenas um idiota.Levando tudo isso em conta, a solução que este blog sugere seria a criação de parques temáticos estatais onde a liberação da droga seria geral e irrestrita para maiores de 21 anos vacinados, com o detalhe de que os usuários estariam cercados por altos muros e não poderiam sair de lá para interagir com o restante da população. Viveriam no local, na sua Drogolândia particular.
b) Viciados não causam problemas apenas a si mesmos, como a terceiros, como o recente caso do viciado que enforcou a namorada, ou a mãe que matou o próprio filho viciado.
c) Alguns acreditam que a solução para o problema das drogas seria o Estado obrigar os viciados a se tratarem (o próprio pai do viciado assassino afirma que a culpa é do Estado por não ter obrigado seu filho a se tratar e ainda pagar o custo disso, já que ele, coitado, não podia pagar a internação); a liberação das drogas provavelmente traira mais Estado na vida do indivíduo, e não menos.
Não consumo drogas fora o álcool e o café, e portanto não tenho interesse algum na liberação da cocaína ou da maconha -- mas não tenho ilusão. Assim como a sodomia antes era crime nos EUA e em vários outros países e hoje os gays estão casando (perdão pela comparação, é apenas para mostrar o avanço do liberalismo dos costumes), o mesmo deve ocorrer com as drogas. Não há volta.
Acredito que em menos de uma década teremos maconha liberada na maioria dos países ocidentais, e posteriormente se avançará para a liberação da cocaína e drogas sintéticas.
Só que, ao contrário dos liberacionistas, não acredito que isso vá ser liberação alguma. Ao contrário: temo que vá apenas aprofundar a decadência e o marasmo ocidentais. Uma sociedade de comedores de lótus. Se antes a religião era o ópio do povo, agora o ópio será uma religião.
O que vai ocorrer é que a sociedade eventualmente se tornará tão caótica que será tomada pelo Islã ou alguma outra forma repressiva de controle social. Ao contrário do que pensam os ultralibertários, a liberdade individual só funciona dentro do contexto de uma sociedade que tenha condições de permitir-se a esse "luxo".
Não esqueçamos que os comunistas, embora hoje inundem a América Latina de drogas, sempre foram rígidos com seu consumo em seus próprios países. Na China - que tem uma historinha bastante edificante com o ópio - ainda há pena de morte para traficantes.
Por outro lado, quem é que pode saber realmente o que acontecerá?
domingo, 5 de julho de 2009
Bolcheviques e reacionários
Vergonhosa a posição (quadrúpede) de Barack Hussein O'bama apoiando o chavista hondurenho. Jamais um presidente norte-americano desceu tão baixo, isto é, se não contarmos quando o mesmo curvou-se ao rei saudita. Mas, na verdade, Obama não é norte-americano. Quero dizer, mesmo que tenha realmente nascido na América (o que não é 100% certo, só acredito com o certificado original na mão), ele não se considera americano, considera-se um "cidadão do mundo", perceba que sempre fala em nome da "comunidade internacional" e passou o 4 de julho em Moscou. Daria um excelente presidente - da ONU. Mas não defende os interesses norte-americanos, apenas os do seu governo (como o PT, confunde governo com Estado) e/ou os do progressismo internacional. Sad, but true.
Daniel Ortega, Zapatero, Chávez, Evo, o Casal K, os irmãos Castro, Obama, e toda a corja neo-bolchevique internacional unem-se contra as decisões de um minúsculo país da América Central. Covardia pouca é bobagem. (Update: avião do ex-presidente foi impedido de pousar; parece que a vitória final será hondurenha).
Mas precisamos entender os esquerdistas. Lenin e Stalin podem ser acusados de tudo, menos de serem idiotas. Suas lições valem até hoje. Para enfrentar os bolcheviques, é preciso tenacidade. Eles não hesitam em usar todas as armas, legais ou ilegais, para obter o que desejam. Não hesitarão em matar milhões se assim for necessário. Não hesitarão em mentir, difamar, fraudar eleições, esquartejar, torturar, ao mesmo tempo em que acusam suas atônitas vítimas de estarem fazendo justamente isso. "Acuse-os do que você faz", etc.
O problema da direita é que é demasiado bem-comportada, mas não há jeito. Estes dias estava lendo o blog de um certo Mencius Moldbug (pseudônimo, lógico), que parece ser uma figura de culto na blogosfera, uma espécie de Spengler ainda mais radical. Escreve posts quilométricos com teorias complicadíssimas e praticamente ilegíveis (só consegui ultrapassar alguns parágrafos), é radical demais até para o vosso ocasionalmente delirante Mister Équis, já que declara-se abertamente antidemocrático (ele diz que esse negócio de democracia é frescura de mero "conservador" - ele diz ser um reacionário). Mas, no meio das loucuras, afirma uma coisa interessante:
Daniel Ortega, Zapatero, Chávez, Evo, o Casal K, os irmãos Castro, Obama, e toda a corja neo-bolchevique internacional unem-se contra as decisões de um minúsculo país da América Central. Covardia pouca é bobagem. (Update: avião do ex-presidente foi impedido de pousar; parece que a vitória final será hondurenha).
Mas precisamos entender os esquerdistas. Lenin e Stalin podem ser acusados de tudo, menos de serem idiotas. Suas lições valem até hoje. Para enfrentar os bolcheviques, é preciso tenacidade. Eles não hesitam em usar todas as armas, legais ou ilegais, para obter o que desejam. Não hesitarão em matar milhões se assim for necessário. Não hesitarão em mentir, difamar, fraudar eleições, esquartejar, torturar, ao mesmo tempo em que acusam suas atônitas vítimas de estarem fazendo justamente isso. "Acuse-os do que você faz", etc.
O problema da direita é que é demasiado bem-comportada, mas não há jeito. Estes dias estava lendo o blog de um certo Mencius Moldbug (pseudônimo, lógico), que parece ser uma figura de culto na blogosfera, uma espécie de Spengler ainda mais radical. Escreve posts quilométricos com teorias complicadíssimas e praticamente ilegíveis (só consegui ultrapassar alguns parágrafos), é radical demais até para o vosso ocasionalmente delirante Mister Équis, já que declara-se abertamente antidemocrático (ele diz que esse negócio de democracia é frescura de mero "conservador" - ele diz ser um reacionário). Mas, no meio das loucuras, afirma uma coisa interessante:
The difference between Right and Left is that, since Left is antinomian and Right pronomian (*), political crime generally works for the Left. (...) For exactly this reason, political crime only rarely works for the Right. Therefore, as a practical and objective matter, leftists are advised to be as devious and ruthless as they can get away with. Whereas rightists should make a habit of rigorous obedience to the law - not only because it is more righteous, but also because it is more effective.Resumindo: como a esquerda não acredita na lei e na moral (ou ao menos em uma lei e uma moral fixa e universal), pode permitir-se tudo. Tudo mesmo, do fuzilamento de burgueses à morte de bebês. A direita, constrangida pelas leis e pela moral, não pode - ou deixaria de ser "direita". Faz sentido?
Political murder, creepy stonewalling, mass demonstrations, personality cults, popular elections, crusading journalism, mob intimidation, mendacious pseudohistory, revolutionary cells, direct mail and academic mafiosi: for left against right, all are threads in the great pageant of revolution. For right against left, all but the last are sewage in the great cabernet of reaction.
(*) An.ti.no.mi.an.ism:
- Theology. The doctrine or belief that the Gospel frees Christians from required obedience to any law, whether scriptural, civil, or moral, and that salvation is attained solely through faith and the gift of divine grace.
- The belief that moral laws are relative in meaning and application as opposed to fixed or universal.
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