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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O que é permitido falar?

Com esse negócio de "politicamente correto", cada vez pode-se falar menos. A situação está russa. Epa! Será que, ao dizer isso, estarei cometendo uma injúria ao povo russo? (Se bem que parece que o termo correto é "ruça", que seria algo como "enevoada, grisalha, desbotada".)

Na língua inglesa, há uma expressão corrente: "chink in the armor", que poderia ser traduzida como "fissura na armadura". No outro dia, a ESPN utilizou a expressão em relação ao time de basquete do asiático-americano Jeremy Lin, de origem chinesa. Bem, o que ocorre é que "chink" também é uma expressão pejorativa para chineses! Portanto, houve grande tumulto, e a ESPN teve que se retratar. O responsável pela manchete foi demitido, e nem ser casado com asiática o salvou. Em virtude do caso, a Associação dos Jornalistas Asiático-Americanos publicou uma lista de palavras e expressões ofensivas aos asiáticos que deveriam ser evitadas. Além de "chink", não dá mais para dizer "Me love you Lin time"! Nem mencionar os "biscoitos da sorte" chineses em relação ao jogador!


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Educação sim, censura não!

Uma das maiores desgraças causadas pelo "politicamente correto", que nada mais é do que a aplicação prática dos princípios ultra-igualitários esquerdistas ao discurso, é ter tornado as pessoas extremamente sensíveis à mais ligeira provocação.

Além da censura midiática que proíbe a discussão honesta sobre certos assuntos, há a censura (ou até autocensura) que se cria entre os indivíduos, que cada vez ficam com mais medo de ter problemas, ou até mesmo um processo nas costas, devido a alguma frase infeliz dita ou escrita por aí. Isto até piorou com a Internet: às vezes, até uma frase inocente publicada no Facebook ou Twitter pode gerar infinitas dores de cabeça.  

Um exemplo, já mencionado aqui, foi o caso do ator brasileiro Rodrigo Lombardi, que foi criticado por ter elogiado o dançarino e cantor negro Sammy Davis Jr., só que de uma forma considerada preconceituosa pelos bem-pensantes. A intenção do ator não apenas era a de elogiar, como Sammy Davis está morto e não se importa mais sobre o que disserem sobre ele. Isso, naturalmente, não impediu muitos progressistas de quererem a cabeça do "racista".

Toda hora há casos novos. Agora tem o comercial de lingerie com a Gisele Bündchen, que o governo quer proibir. Antes, um humorista foi censurado por fazer piada com King Kong e teve que se retratar. Uma jovem acusada de criticar os nordestinos no Twitter teve que abandonar a faculdade. Vez por outra um jogador de futebol é acusado de "racista" por chamar outro de "negão" ou de "macaco". Segundo um jornalista do Globo, "todo castigo é pouco para os racistas": ele chega a afirmar que seria preferível que o racista tivesse agredido o outro jogador com um soco do que chamá-lo de "macaco", que hoje em dia parece ser a maior ofensa jamais criada contra qualquer pessoa de cor. (Também o saudoso Clodovil uma vez foi processado por racismo por ter chamado uma deputada negra de "macaca de tauilleur"). O que é estranho é que, no tempo dos Trapalhões, não lembro que houvesse tanto escândalo com palavras como "macaco", "cabeça-chata", "fresco", e por aí vai. 

Hoje no Canadá, ocorreu o oposto: um jogador de hóquei negro está sendo criticado por ter chamado um adversário de "bicha" ou "viado" (faggot). Detalhe: parece que o adversário é mesmo viado, ou ao menos está empenhado na causa do casamento gay. Outro detalhe: o jogador que realizou o insulto já tinha por sua vez recebido insultos racistas anteriormente, o que não impediu que agora seja criticado por ser homofóbico.

Isso nos leva a uma importante questão filosófica: o que é pior nestes dias, ser "racista" ou ser "homofóbico"? Se um gay ataca um negro e vice-versa, quem leva a pior? Nos EUA, um violento caso de negros que agrediram um branco no McDonald's foi ocultado pela mídia, até que se descobriu que a vítima branca era um travesti. Sendo, portanto, um ataque "homofóbico" (e não simplesmente contra um branquelo que merecia mesmo apanhar), o ataque passou a ser registrado e mesmo criticado. O que parece provar que: a) os gays venceram a batalha e a "homofobia" é mais forte do que o "racismo, e b) que o único grupo que não tem direito a reclamar são os brancos heterossexuais cristãos. Apanhem calados!). 

O mais curioso de tudo é que há almas delicadas até no campo de hóquei. Bater até quebrar ossos pode, o que não pode é insultar... 

De acordo com a Associacão Canadense de Gays e Lésbicas contra a Difamação (sim, existe isso), "o discurso de ódio e insultos homofóbicos não têm lugar no campo de hóquei."

Pôrrameu, são jogadores de hóquei, o esporte mais violento do mundo! Se um jogador de hóquei não pode nem chamar o outro de "viado", onde diabos iremos parar?!?

Isso tudo parece um tema menor e sem importância, mas não é mesmo. Todas essas novas leis anti-racismo e anti-homofobia, bem como a simples existência do "politicamente correto", tem uma função bem clara no projeto progressista:  a censura.

Sim, a esquerda, que tanto chora sobre a "censura" que sofreu durante a "horrível ditadura militar", é a maior censuradora hoje em dia!

Atenção, isso não quer dizer que eu seja a favor de insultos. A ética comanda que, por uma questão de civilidade, os insultos (raciais, sexuais ou de qualquer outra ordem) sejam evitados; mas, em certos ambientes como o esportivo, eles são bastante comuns, e não deveriam ser objeto de qualquer tipo de ação legal. Jogador de futebol e torcedor estão ali para xingar e serem xingados mesmo: só falta agora quererem proteger de insultos a mãe do juiz... 

Faz tempo que casos de injúria e difamação são corretamente levados em conta pela lei, e não pareceria haver necessidade de leis novas. Observe ainda que a censura esquerdista vai muito além disso, não permitindo nenhum tipo de discurso que seja sequer contrário aos grupos protegidos pelo progressismo mundial.

Por exemplo: um cidadão foi acusado de "racismo" por sugerir em artigo de jornal (mas sem usar qualquer insulto) que a cultura branca européia fosse mais avançada do que a cultura indígena nativa brasileira. O que parece algo óbvio -- afinal, os povos europeus eram ou não mais avançados tecnologicamente, artisticamente, etc? --  hoje virou caso de polícia. (O acusado também afirmou que os índios enterrariam ossos em certas propriedades para dizer depois que estas seriam "terras indígenas"; isso, lamentavelmente, também não é mais do que a verdade, já comprovada em vários casos). 

Não sei como acabou o caso: o Ministério Público queria do pobre homem uma indenização inicial de 30 milhões de reais.

Quanto aos gays, é ainda pior, e acontece no mundo todo. No outro dia, um estudante inglês foi suspenso por simplesmente dizer que "o homossexualismo é errado." Percebam que ele não insultou ninguém nem disse nada de extraordinário: o mero fato de achar que atos homossexuais sejam pecado já é um crime ou ao menos uma falta em muitos países. 

Até mesmo ser contrário ao "casamento gay", o que há pouco era apenas questão de opinião, está virando um discurso proibido. E isso que o "casamento gay" é uma questão que afeta, segundo estatísticas, 0.55% da população americana (é o número de parceiros do mesmo sexo que vivem juntos). Tempestade num copo d'água?

Essa censura toda termina tendo também, acredito, um efeito psicológico nefasto. Impedida de se pronunciar de forma civilizada, a crítica às minorias termina se transformando em ódio e rancor. Mesmo eu, que tenho contato com pessoas de todas as cores, religiões e orientações sexuais sem jamais ter insultado ninguém, toda vez que ouço alguma proibição politicamente correta, tenho vontade de urrar insultos racistas e homofóbicos aos quatro ventos. Imagine então alguém que foi suspenso da escola ou perdeu o emprego por ter dito alguma frase proibida: será que o seu ódio vai ser maior ou menor?

Com mil raios e trovões! Deixem o mundo se expressar em paz! Seus sacripantas, pândegos, anacolutos, embusteiros, antropopitecos, antropófagos, babuínos, ungulados, psicopatas, piromaníacos, sodomitas, bucaneiros, cabeçudos, colocintos, carcamanos, chucrutes, tecnocratas, terroristas, zapotecas, visigodos, iconoclastas, selvagens, astecas, esquizofrênicos, ornitorrincos, frouxos, macacos, parasitas, otomanos, ruminantes, canalhas, covardes, mercenários, ectoplasmas, doríferos, coleópteros, zulus!!

domingo, 7 de agosto de 2011

Deve existir censura?

Houve uma polêmica no Brasil com o filme "A Serbian Film" (*), que chegou a ser proibido pela Justiça mas agora, parece, foi liberado. Não foi só na Tupiniquilândia que o filme causou confusão. Também foi banido na Espanha e teve cenas cortadas no Reino Unido para poder ser exibido. Nos EUA, ele foi exibido sem cortes, mas só porque aqui ninguém dá muita bola para filmes estrangeiros.

Não vi o filme e, francamente, nem pretendo ver. Mas, sabendo que tem cenas que incluem uma decapitação durante o ato sexual, o estupro de um bebê recém-nascido e mais outras imagens de necrofilia e bestialismo demasiado doentias para mencionar até mesmo neste blog, pergunto-me se neste caso a censura não seria um ato de clemência com o espectador.

Sempre que alguma obra polêmica é censurada, muitos reclamam e saem em campanha defendendo a "liberdade de expressão". Mas peraí, qual liberdade de expressão? Hoje em dia é proibido falar qualquer coisa que seja contra o politicamente correto. Criticar os muçulmanos? Não pode. Atacar os gays? Dá cadeia. Falar em diferenças culturais ou raciais? Tabu. Os jornais americanos e europeus causam alarmismo sobre o "aquecimento global" mas quando há tumulto social falam em "jovens" causando confusão, raramente especificando que se tratem de muçulmanos ou outras minorias. 

Ora, a única liberdade de expressão que restou é a de produzir obras de "arte" cada vez mais escatológicas. Mas será que, nesses casos, a censura na realidade não ajudaria a criar obras um pouco melhores? Os nossos artistas locais vivem criticando a ditadura militar de 64, mas, cá pra nós, será que sem a tal censura esses artistas seriam hoje tão famosos e teriam ganho tanto dinheiro? Ao menos nessa época escritores tinham que esforçar-se para ser mais sutis; compositores como Chico Buarque tinham que bolar boas letras para driblar a censura.

Os limites, na verdade, ajudam à criatividade. O escritor Jorge Luis Borges, em ensaio que agora não consigo encontrar, falava justamente sobre esse auxílio indireto que a censura pode dar às obras literárias demasiado óbvias. Penso por exemplo nos filmes da época de ouro de Hollywood, os quais, sem poder mostrar diretamente cenas eróticas, tinham no entanto uma encantadora sutileza de diálogos que hoje se perdeu.

Por outro lado, nada como a censura para transformar uma obra "polêmica" em sucesso de público. Lembrei de quando, lá pelos anos 90, proibiram "Je vous salue Marie" do Godard no Brasil. Nunca assisti, mas o filme chegou a ter sessões alternativas lotadas. Sei de pessoas que assistiram para "burlar a censura" -- e o consideraram o filme mais chato jamais realizado. (Bem, depois de tudo era um filme do Godard.)

Não vou ficar aqui defendendo a censura, afinal o problema com isso sempre é: quem é que deve definir o que deve ser censurado e o que não? Prefiro um mundo em que todos possam falar ou filmar o que quiserem, e que o leitor ou espectador decida em quem acreditar. Por outro lado, considerando o estado da arte contemporânea, às vezes me pergunto se a censura não faria um bem a certos "artistas", e à cultura contemporânea em geral. (Bem, só espero que esse filme sérvio não tenha sido financiado pelo governo ou pela Petrobras local, como costuma acontecer com os similares lixos nacionais, ver por exemplo "O Baixio das Bestas".)

(*) Obs.: Não entendi por que o título no Brasil não foi traduzido simplesmente para "Um filme sérvio", em vez de ter um titulo em inglês que nem é o original (o filme é sérvio, afinal), acrescido apenas de um ridículo subtítulo, "Terror sem limites". Mas é o mesmo país que traduziu "The Hangover" como "Se beber não case"... Ainda sobre o título, aqui um interessante texto (em inglês) fala sobre o caso. Por que essa escolha? O filme poderia ter sido chamado "Um filme pornô", "Um filme de horror", ou, vá lá, "Terror sem limites". Portanto, associar o nome do filme tão diretamente ao país tem claras intenções políticas (e segundo alguns críticos, o filme aparentemente também é uma elaborada metáfora política sobre... alguma coisa). Seja como for, o fato é que um filme tão violento não vai ajudar a limpar a imagem dos sérvios, injustamente demonizados durante a guerra dos Balcãs; mas talvez fosse exatamente essa a intenção.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fim do "free speech" nos EUA?

Um jovem britânico de 17 anos foi banido por toda a vida de entrar nos EUA. Seu crime? Ter tomado umas e outras e enviado um e-mail para a Casa Branca, chamando Obama de "prick" e acusando-o de ligações com os "illuminati". (Dica: Cláudio)

E eu que achava que o caso da queima do Corão era o fim da picada... 

Olha, eu não acreditava nessa história de illuminati, mas depois dessa, acho que passo a acreditar. Que um garoto seja banido pela vida toda de entrar nos EUA devido a um e-mail, enquanto terroristas em listas negras conseguem entrar sem problemas, enquanto imigrantes ilegais que cometem crimes não são sequer deportados, só pode ser explicado por forças malignas em controle... Será que Obama é mesmo o anticristo? 

Os EUA, longe de ser o paraíso capitalista que todos acreditam que seja, possui dezenas de políticas de caráter quase socialista (um dia farei um post sobre o "rent control", política que algumas cidades têm de limitar o preço dos aluguéis "para ajudar os pobres" e que está arruinando várias vizinhanças). E, apesar do mito criado sobre a "terra da liberdade", é cada vez menos verdade que qualquer um possa falar o que quiser. Dentro dos EUA, o politicamente correto bane os discursos não alinhados com o status quo. Fora dos EUA, não se pode sequer criticar o presidente...

The times, they are a-changing.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Caça aos conservadores

A polêmica apresentadora conservadora Ann Coulter está em Los Angeles. Vou tentar assistir ao menos um dos eventos em que ela participa. Não sei se será possível: ao tentar realizar uma palestra em uma universidade canadense, ela foi recebida pelo próprio reitor da Universidade com ameaças de prisão caso não respeitasse as "leis de hate speech" do país. Posteriormente, uma multidão de estudantes de esquerda impediu aos gritos que ela realizasse o seu discurso. Acabou desistindo.

(Ann Coulter, para quem não sabe, é a personalidade midiática mais odiada pelos Democratas, e adora provocá-los. Após os ataques de 9/11 falou sobre os muçulmanos: "We should invade their countries, kill their leaders and convert them to Christianity.")

Mas se o ódio fosse apenas contra Ann Coulter, que no fundo é uma humorista que vive de provocações, seria compreensível. O problema é que muitos outros, como por exemplo David Horowitz, também já foram impedidos de discursar por multidões de esquerdinhas histéricos, que os acusavam de serem horríveis radicais nazistas, fascistas e sexistas. Para a esquerda, liberdade de expressão, só para os que concordam com suas idéias. Deixar um conservador discursar livremente seria terrível: afinal, alguém poderia se convencer que ele está com razão...

Os conservadores, curiosamente, reagem com surpresa e espanto à perseguição. Não entendem como os esquerdistas possam ser tão agressivos, e tão contrários à "liberdade de expressão" que dizem defender. Alguns conservadores, acredite, se surpreendem até com as contumazes mentiras da esquerda. Ora, é como surpreender-se que uma cobra morda, que um escorpião pique. É da sua natureza.

Mas e se Ann Coulter e David Horowitz fossem realmente racistas ou fascistas? Por mais incompreensível que possa parecer a um Democrata ou um Petista, Ann Coulter ou David Horowitz não são "direita raivosa", são até moderados. Quero dizer que aqui nos E.U.A. há pessoas bem mais radicais, como os supremacistas brancos, os neonazistas, os radicais comunistas, os extremistas ecologistas, e toda uma fauna de malucos de todas as espécies e ideologias que, no entanto, de acordo com a Constituição, têm todo o direito de se expressar. Ou tinham até há pouco.

É verdade que algumas idéias são nefastas e conduzem à desarmonia. Pode ser então que a censura seja uma saída. Por exemplo, deveria uma conferência de supostos supremacistas brancos ser impedida de se reunir, como recentemente ocorreu? (Para um ponto de vista contrário sobre a mesma conferência, ler a coluna do polêmico e politicamente incorretíssimo humorista Fred Reed.)

Ou pensemos então no caso contrário. Façamos o papel de advogado do Diabo. Imaginemos um governo totalitário de direita que proibisse todo discurso marxista, como ocorreu durante os anos setenta na América Latina. Poderia tal decisão ser justificada? Se o marxismo é uma ideologia nociva, como muitas vezes informamos neste blog, não seria a sua censura algo positivo?

O não-tão-saudoso ex-comentarista Tiago, na outra vez, afirmou que a perseguição ao pastor protestante e "homofóbico" Júlio Severo era válida, afinal, segundo seu raciocínio, "se alguém houvesse perseguido Hitler" não teriam acontecido tantos horrores. Deixando de lado a espúria comparação, ele toca num ponto importante. Até que ponto a liberdade de expressão deve ser permitida? Na Europa, há em teoria boas razões históricas para as leis contrárias à negação do Holocausto ou à propagação de idéias neonazistas. Nos EUA essas leis não existem. Mas imagine que as idéias neonazistas, que hoje representam uma minoria esquálida no país, se tornassem populares? Não seria uma boa idéia impedir sua propagação? As leis antiracismo e antihomofobia no Brasil, não tentam apenas proteger minorias discriminadas? Ou vão além?

O problema é que uma vez que se começa com a censura, fica difícil parar. E as idéias que são nocivas para uns não o são para outros. O pior é que, muitas vezes, quando o discurso livre das idéias é proibido, são justamente os mais extremistas e violentos que ganham mais força.

Ontem mesmo, "milícias cristãs" foram presas nos EUA, acusadas de planejar um atentado. "Milícias cristãs"? Se você ler a matéria, verá que são um culto de malucos milenaristas, não exatamente cristãos tradicionais. Veja as tristes fotos que acompanham o artigo: parecem mesmo é um bando de trailer trash com problemas mentais. (São esses os sujeitos que se consideram "raça superior"?)

Como o FBI não divulgou detalhes, não fica claro de que exatamente o grupo é acusado. O que sim fica claro é o interesse dos articulistas de esquerda em associá-los à "direita" e ao "cristianismo", para assim pintar todos os cristãos e também os participantes de qualquer protesto antigovernamental como extremistas raivosos, racistas e violentos. Eric Holder, Procurador Geral da República Obâmica, declarou que os grupos terroristas de "extrema-direita" são a "prioridade número um da segurança", muito acima dos terroristas muçulmanos.

Bem, aceitemos que seja verdade. De fato, anos atrás houve realmente casos graves de terrorismo das chamadas milícias, o mais famoso o caso de Tim McVeigh. Quer isso dizer que toda oposição ao governo é criminosa? Que toda idéia perigosa deve ser censurada? Que os participantes dos Tea Parties e os Republicanos devem ser demonizados e criticados? Até que ponto a liberdade de expressão e a oposição ao governo podem ou devem ser toleradas?

Os "tea party" nada tem a ver com as "milícias", mas já há vários Democratas querendo conectá-los ideologicamente. Há dezenas ou centenas de grupos que poderiam ser chamados de "milícias" nos Estados Unidos. Em parte dos casos, meros clubes de armas, ou grupos de jovens antisociais "brincando de soldado". Grupos repulsivos, pode ser, mas mesmo assim não mais perigosos do que as centenas ou milhares de gangues criminosas não-ideológicas que existem no país, matando a torto e a direito.

Hoje as milícias têm liberdade de reunir-se e treinar (e, aliás, também a têm os radicais muçulmanos: há dezenas de Jihad camps nos EUA, com plena liberdade de existir enquanto não cometerem violência real).

Mas e se um governo tirânico decidisse impor a perseguição total, não só às "milícias", como a qualquer um que fizesse críticas ao poder? Será que esses bizarros grupos passariam a fazer parte da "resistência"? Quando é que um terrorista vira "freedom fighter"? Os jihadistas devem ter o direito de pregar jihad ou não?

Qual tipo de discurso é aceitável em uma sociedade civilizada? Em que momento a liberdade de expressão vira "hate speech"? Desobediência civil, como queria Thoreau, é um recurso aceitável de protesto?

São questões muito complicadas, e não tenho uma resposta pronta. Vou lá assistir a palestra da Ann Coulter. Talvez ela saiba responder.

Essa mulher é um perigo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O fim da privacidade

Na Itália, alguns idiotas decidiram fazer brincadeiras de mau gosto com um colega autista e depois colocaram o vídeo com as sacanagens no Google Video (isso foi antes do Google comprar o Youtube). Não sei exatamente de que se trata: não assisti o vídeo, que ficou dois meses no ar, até ser retirado.

Bem, a questão é que os autores da "brincadeira" foram condenados apenas a alguns meses de serviço comunitário. Mas o juiz italiano foi mais duro com os executivos do Google, condenando três deles a seis meses de prisão.

A acusação é de "violação da privacidade". Segundo o juiz, os executivos deveriam saber que o Google estava hospedando o nefasto vídeo, e por não terem tomado providências, a culpa é mais deles do que os autores do vídeo em si.

O julgamento ocorreu in absentia, portanto ninguém foi preso, e posteriormente a sentença foi suspensa; mas o que mais importa não é o caso em si, mas o que pode representar para o futuro.

É algo complicado. É óbvio que, com milhões de usuários, Google e Youtube não podem policiar imediatamente tudo que é publicado. Por outro lado, é moda entre idiotas fazer sacanagens com coleguinhas ou até professores, e depois colocar os vídeos online. Na era da Internet e dos telefones celulares com câmera, a privacidade é um conceito superado. Os jovens de hoje talvez nem saibam o que significa, tanto que a maioria deles abdica voluntariamente desta, preferindo postar suas idiotices para todo o mundo ver.

Devemos aceitar esse fato como uma realidade da vida moderna? É o próprio público quem deve policiar a conduta daqueles mais nefastos? (É o que ocorre hoje com o sistema de flagging). Ou o Estado deveria se intrometer, para zelar pelo Bem Comum, como ocorre na China?

(Eu disse China? Bem, não precisamos ir tão longe. Aqui mesmo no Brasil um blogueiro foi processado e obrigado a pagar 16 mil reais por culpa de um comentário deixado em seu blog. Isso mesmo: agora o blogueiro é responsável pelos comentários deixados em seu blog, ai, ai ai...)

O Youtube é um fenômeno curioso. Um de seus mais recentes "famosos por quinze minutos" foi Epic Beard Man, um sujeito de 67 anos que envolveu-se em uma briga no ônibus, mas, para surpresa geral, deu uma surra em seu atacante mais jovem - e negro. (O vídeo original foi deletado pela pessoa que o postou, mas era tarde: dezenas de outros já o haviam copiado e republicado). Naturalmente, o caso gerou extrema controvérsia na Internet (falarei sobre a questão racial em outro post), bem como uma série de novas repercussões videográficas. Houve até quem republicasse a luta no estilo do videogame Mortal Kombat. O que ninguém questionou é o direito à privacidade dos dois indivíduos, talvez por ter ocorrido em um lugar público, ou talvez simplesmente porque existem tantos celulares com câmera que ninguém mais se preocupe com isso por aqui.

A privacidade acabou, isto é fato consumado. A questão é, o que fazer a respeito? E deve o Google - com Youtube e Street View - ser responsabilizado?

sábado, 20 de junho de 2009

O Irã é aqui

Aiatolá Idelber Khamenei? ;-)

(ainda estou esperando algum post lá sobre a crise iraniana)

sábado, 9 de maio de 2009

Fora do ar


Pobremas com o Blogger, aparentemente. Ou sabotagem de inimigos externos?

Bem. Melhor pensar o menos pior.

O fato é que o blog não pode ser atualizado e deverá estar forçosamente fora do ar até ser restabelecida a normalidade. Aguardemos.

(Paradoxalmente, se vocês conseguirem enxergar este post, talve signifique que o blog tenha voltado ao ar).

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Quem é o hipócrita?

É impressionante. Carrie Prejean, a candidata a Miss America eliminada por não ter respondido do modo politicamente correto a uma pergunta-armadilha sobre o "casamento gay" feita por um juiz militante, agora sofre mais um ataque das hordas "do bem". Foram divulgadas antigas fotos suas em poses sensuais, criando-se um falso escândalo a respeito. A moça, cristã praticante, é acusada de "hipocrisia".

Hipocrisia?

Sempre me parece bizarro isto. Toda vez que um Republicano ou conservador ou cristão é pego em algum escândalo sexual, ou enfrenta a divulgação de fotos comprometedoras, é acusado de ser hipócrita ou falso moralista. Já se é um Democrata ou de um queridinho da esquerda, não há qualquer crítica, muito menos de "hipocrisia", até porque a flexível moral esquerdista nada vê de errado em comportamentos "amorais" - a moral é apenas uma decadente característica burguesa... Então, por que criticar os conservadores por fazerem a mesma coisa que eles consideram correta?

Afinal, não me parece que os gays e os progressistas, que se refestelam em coisa muito pior, estejam de fato escandalizados com meras fotos até bastante comportadas de uma Miss.

Não, o assustador é a enormidade da campanha criada contra uma moça que nada mais fez do que responder a uma pergunta de acordo com sua opinião, recebendo em troca um verdadeiro linchamento midiático simplesmente por não ter seguido a linha do partido e dando como resposta a desejada propaganda do movimento gay.

Se isto não é tirania, não sei o que é.

Essa é pra casar.

domingo, 21 de dezembro de 2008

A guerra contra o Natal

Vejo que temos um número respeitável de ateus que lêem o blog (ver pesquisa abaixo). Espero que não se ofendam se eu desejar a todos um Feliz Natal.

Aqui nos EUA está acontecendo uma coisa engraçada. Vários ateus militantes e a brigada do Politicamente Correto fazem pressão para acabar com qualquer tipo de celebração natalina. Mensagens de "Feliz Natal" são substituídas pelo neutro e sem graça "Happy Holidays". Presépios e até árvores de Natal em lugares públicos são retirados pelas autoridades a mando de ONGs, sob a desculpa de "não misturar Estado e Igreja". Em alguns casos, os ateus exigem o direito de colocar em público sua "mensagem de Natal alternativa", afirmando que não existem deuses e, pasmem, nem mesmo Papai Noel. Recomendam que se celebre o solstício de inverno...

O que me parece tudo isso? Francamente, a boa e velha inveja. Não podendo celebrar o Natal, e não tendo sido convidados para nenhuma festa por serem tão chatos, querem acabar com a alegria dos outros.

O que pode haver de "ofensivo" em deixar que os outros celebrem publicamente aquilo que gostam? Ninguém é obrigado a participar ou mesmo a olhar. Se eu passo por uma loja ou restaurante judeu decorado com motivos do Hannukká, por acaso deveria me ofender? Deveria eu pedir que eles coloquem também uma árvore de Natal ou quem sabe um despacho de macumba ao lado da menorá? E os muçulmanos que comemoram o Ramadã, deveria eu sentir-me ofendido pelo seu jejum e obrigá-los a comer ao menos um pão com manteiga?

Os velhos comunistas, acreditando que a "religião é o ópio do povo" (o que transformaria o pensamento comunista no LSD ou na heroína injetável do povo), também quiseram acabar com os símbolos religiosos; curiosamente, os substituíam por estátuas de Marx, Lenin e Stalin feitos à imagem dos velhos ícones religiosos, ainda que muito mais feios.

Mais do que nada, isso mostra a vocação destrutiva de todos esses "militantes progressistas" que supostamente querem o nosso bem. Não é que queiram dar aos gay o direito de casar, querem é acabar com a alegria dos que ainda acreditam no casamento tradicional. Não é que queiram dar "direitos iguais" a negros, latinos, índios e mamelucos: querem mesmo é discriminar brancos e cristãos. Não querem "não ofender ninguém"; ao contrário, a idéia é justamente ofender todos aqueles que ainda acreditam no Natal ou na religião tradicional.

(Aliás, estou aguardando ansioso o post do Idelber explicando freudianamente esta data que "comemora a exploração capitalista de pobres elfos no Pólo Norte".)

Feliz Natal a todos. E Feliz Hannuká aos leitores judeus. E - tá bom! - Feliz Solstício aos ateus.

A visão que os progressistas têm do Natal...


Atualização: Proponho um concurso: quem consegue achar o texto anti-natalino mais patético? Achei um bacana aqui:
De todos los espíritus, el navideño es el más cruel, el menos tolerable: un espíritu burlón, hastiado de la vida, como un enano borracho que sólo puede expresar la maldad constitutiva del Occidente cristiano. La Navidad es el trance más extraño, sobre todo porque funciona al amparo de la melodía hipócrita Noche de paz, noche de amor. A partir del 8 de diciembre, cuando las costumbres dicen que hay que armar el arbolito navideño, el espíritu terrorista de la celebración obligatoria domina nuestras conciencias.

* * *
Outra opção para os ateus: Festivus.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Kareem

Ali ao lado tem um banner que pede a liberação de Kareem. Confesso que coloquei o banner ali em solidariedade mas nunca dei muita atenção ao caso. Talvez seja o momento de falar um pouco do tema.

Abdul Kareem Soliman é um blogueiro egípcio que escreveu em seu blog alguns textos criticando bastante a religião muçulmana e o governo egípcio. Em fevereiro de 2007 foi condenado a 4 anos de prisão em uma cela solitária, por "difamar o Islã e a honra do presidente Mubarak". Foi ainda acusado ainda de "incitar a população à desordem pública, ao ódio ao Islã e à derrubada do governo".

Pode parecer ridículo, mas pelo "crime" de escrever um blog com suas opiniões, ele ainda está na cadeia, em uma cela solitária, e deve ficar ali até 2011. Aliás, recentemente sua condena foi até aumentada em 45 dias. Há informações que desde algumas semanas ele não está podendo nem mesmo receber visitas de amigos sem uma autorização especial.

Quanto a seus pais, o deserdaram publicamente pois sentiram-se "desonrados", e parece que para muitos muçulmanos a "honra" é mais importante do que a família. Aliás, seu pai chegou mesmo a dizer que o filho deveria ser executado se não se arrependesse! (Que melhor prova de que as críticas do filho à religião muçulmana estavam corretas?)

Estou enviando um cartão-postal para Kareem. Você também pode escrever para ele, seguindo os passos descritos aqui para enviar uma carta, ou simplesmente enviando uma mensagem para ele através do próprio site. Não vá escrever bobagem, afinal, é óbvio que todas as cartas enviadas são cuidadosamente revisadas pela polícia egípcia. Basta uma simples mensagem de solidariedade. Kareem lê inglês.

Para mais informações sobre o caso Kareem, veja a FAQ no site.

A liberdade de expressão é um luxo que temos hoje em dia. Aprecie-a enquanto ela ainda existe.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A ditadura do politicamente correto

Na Suécia, um garotinho decidiu não convidar à sua festa de aniversário dois coleguinhas que não eram lá muito seus amigos, não entregando a eles convites de aniversário. Foi acusado de discriminação pela professora e os convites para a festa foram confiscados. O tema foi parar, acreditem, no parlamento sueco, o qual graças à conhecida eficácia dos deputados de todo o mundo, dará uma resolução final ao tema em setembro.

Na Holanda, fumar maconha nos bares pode, mas fumar cigarro é terminantemente proibido.

Na Inglaterra, uma muçulmana não passou numa entrevista de emprego para um salão de cabeleireiro, alegou discriminação e ganhou 4 mil libras.

No Canadá, um editor cristão foi multado por ter se recusado a imprimir imagens pornogáficas e pedófilas.

Na Austrália, um livreiro que proibiu um cliente de fumar maconha no seu estabelecimento foi processado.

Eu acreditava que o Olavo de Carvalho estava ficando meio paranóico quando falava sobre as elites globalistas que estão tomando o poder. Hoje acredito que ele está certo.

Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.

Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.

Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.

E ai de você se discordar.

Vivemos em tempos cada vez menos livres.

A ditadura do politicamente correto é uma poderosa arma na mão de grupos que a utilizam para obter cada vez mais poder.

Temam, amigos, pelo vosso Mr X. Em breve ele poderá ser fuzilado ou mandado para um campo de reeducação por manter um blog com opiniões contra-corrente e por não ter convidado à sua festinha de aniversário nem comunistas, nem maconheiros, nem muçulmanos, nem gays, nem feministas, nem índios, nem chineses, nem negros, nem lésbicas nem putas. (Festinha chata, eu sei. Mas cada um é livre de fazer o que quiser. Ou será que não?)


Comerciais do tempo em que não existiam essas frescuras.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A criminalização do discurso

Gays, boiolas, paneleiros, viados e frouxos que me desculpem, mas essa tal lei anti-homofobia é a maior furada.

Primeiro porque a lei já os protege. Segundo porque os gays, na verdade, não são discriminados, mas são uma das minorias mas privilegiadas do país, tem até parada própria que é freqüentada por milhões. Terceiro porque uma coisa é condenar uma pessoa e outra condenar um tipo de prática sexual; eu ou qualquer maluco religioso deveríamos ter o direito, se assim o desejássemos, de dizer que o homossexualismo ou outra prática sexual é uma aberração da Natureza.

Trata-se de, na verdade, de mais um esquema para criminalizar o discurso em nome da "proteção às minorias". Quem não for politicamente correto e não aceitar o pensamento esquerdista, leva pau.

Por leis parecidas, o colunista Mark Steyn está comendo o pão que o diabo amassou, perseguido pelo "Tribunal de Direitos Humanos" canadense por ter escrito um livro no qual argumenta que o terrorismo islâmico é... islâmico.

Esse mesmo Tribunal já condenou um livreiro cujo crime foi proibir um estudante de fumar maconha no seu estabelecimento, e uma editora cristã por ter se recusado a imprimir material de pedofilia...

Na França a Brigitte Bardot também foi multada com base a leis parecidas...

A tal "liberdade de expressão" está acabando, pelas mãos daqueles mesmos que, curiosamente, durante a ditadura tanto reclamavam da censura...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Poema censurado

Uma criança israelense de 10 anos escreveu um breve poema, que foi selecionado entre outros para publicação em uma competição de poesia. Pessoalmente gostei bastante do poema, e só não o publico no "Poema aos domingos" porque o publico aqui:

Ahmed's bunker has surprises galore:
Grenades, rifles are hung on the wall.
Ahmed is planning another bomb!
What a bunker Ahmed has,
who causes daily harm.
Ahmed knows how to make a bomb.
Ahmed is Ahmed, that's who he is,
so don't forget to be careful of him.
We get blasted while they have a blast!
Ahmed and his friends could be wealthy and sunny,
if only they wouldn't buy rockets with all their money.

Após protestos, o poema terminou sendo retirado da coletânea pela prefeitura que organizou o concurso, pois este foi considerado "racista".

Lembrou aquela fábula da "Roupa Nova do Rei", na qual também é uma criança a única que consegue dizer que o rei está nu.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Propaganda política na Internet

O Pedro Doria está argumentando que foi censurado porque o TRE mandou ele tirar o banner do Gabeira que ele tinha no seu blog. Está dizendo que é censura.
De acordo com a lei, não pode ter propaganda política antes de 5 de julho.

Imagino que a propaganda no espaço público deva mesmo ser regulamentada de alguma forma. De acordo com a lei, se não pode propaganda política até antes de 5 de julho, então não pode. Tudo muito bem, tudo muito bom.

Por outro lado, acho um pouco patético querer regular as imagens e informações que podem ou não ser veiculadas em blogs.

O banner do Gabeira é proibido. Mas, curiosamente, nada impediu o PD de escrever, no mesmo texto em que reclama da censura, sua afirmação de apoio ao Gabeira. Texto pode, imagem não pode?

Nos EUA, onde a liberdade de expressão reina soberana, acredito que tinha banners apoiando Hillary para presidente desde 1992.

Pessoalmente, seria a favor de proibirem toda forma de panfleto e cartaz de propaganda política, que sujam as ruas, e liberar completamente a propaganda na Internet.

Como forma de provocar a discussão, já que não voto nem influencio ninguém, coloquei o banner do Gabeira no meu blog. Queria colocar o do Crivella também, pra ser imparcial, mas como não achei coloquei o de Jesus Cristo mesmo. Coloquei também o dos meus candidatos americanos, McCain (meu candidato a presidente) e Hillary (minha candidata à nominação Democrata).

Se alguém ameaçar me multar, tiro. Mas como este blog só é lido por três pessoas e meia, não há perigo algum.

Atualização: Pronto, a pedidos, tirei o banner do Gabeira candidato ao Rio 2008. Me pergunto se a imagem abaixo, sugerindo ironicamente sua candidatura a presidente, pode?


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ocidente versus Ocidente

O colunista canadense Mark Steyn está sedo processado por “islamofobia” no Canadá por uma tal Corte dos Direitos Humanos. Seu crime? Ter escrito um livro, “America Alone”, no qual fala que o terrorismo muçulmano está ligado ao Islã. Não se sabe como ele poderia ter chegado a tão bizarra conclusão. Terá sido porque os homens-bomba gritam “Alahu akbar”? Não se sabe. O que se sabe é que os imams que gritam palavras de ordem nas mesquitas não são processados por “infidelofobia”. Afinal, isso seria “racista”.

Para Mark Steyn, curiosamente, o problema não é o Islã. O problema é o próprio Ocidente, que está em guerra consigo mesmo. É o Ocidente que pune o próprio Ocidente por querer ser “branco, cristão, ocidental” em vez de “multicultural”. Islamitas, naturalmente, tem o direito de criticar o Ocidente. A recíproca nãoé verdadeira. Todas as culturas são iguais, menos a cultura ocidental que é opressora, maligna, imperialista, assassina, injusta, etc.

Mark Steyn está sendo censurado, não pelo Islã, mas por seus próprios colegas canadenses, que acreditam ser os eleitos que podem decidir qual discurso é aceitável e qual não.

Curiosamente, é apenas a prosperidade ocidental que permite que a opinião anti-ocidental em seu seio cresça. Os maiores críticos do Ocidente estão nas suas melhores universidades, na sua mída, são prestigiosos intelectuais, famosas estrelas, empresários milionários ou poderosos políticos.

Se morassem em países comunistas ou islâmicos, não poderiam criticar o regime sob o qual moram com tanta impunidade.Portanto, paradoxalmente, suas críticas ao Ocidente só são possíveis enquanto o Ocidente for livre e próspero. É a liberdade e prosperidade que permite que tais pessoas tenham chegado ao topo e possam cuspir no prato em que comeram.

Há quem argumente que a esquerda é uma espécie de HIV do Ocidente. Enfraquece o sistema imunológico, comprometendo sua defesa. Nesta metáfora de relativo mau gosto, agressores externos como o Islã ou o comunismo seriam apenas as doenças oportunistas como a pneumonia ou o sarcoma de Kaposi, que meramente se aproveitam de um mal-estar já existente.

Sobreviverá o Ocidente a si mesmo? Ou morrerá vítima de suas contradições? E os seus críticos, se arrependerão no derradeiro momento da extinção, quando não mais poderão impor suas idéias, que tão bem os fazem sentir?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A guerra contra as palavras


Não existem mais terroristas, existem apenas "militantes".

Não existe "terrorismo islâmico", mas sim "atos anti-islâmicos".

Não existem imigrantes ilegais, existem "cidadãos sem documentação", ou simplesmente "los sin-papeles".

Não existe mais roubo, existe "erro administrativo".

Não existe mais "invasão de propriedade privada", existe "ocupação de terras improdutivas".

Não existe mais amante, existe "namorada".

Não existe mais negro, existe "afro-brasileiro".

Não existem mais países miseráveis, existem "nações em vias de desenvolvimento".

Não existe mais "aborto", existe "paternidade planejada" (aliás, a organização abortista americana desse mesmo nome está envolvida em um grave escândalo de racismo).

A guerra contra as palavras faz parte da estratégia cultural dos revolucionários. Para acabar com o sistema, acabe primeiro com qualquer possibilidade de comunicação simples, clara e direta.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Simpsons, de novo

O que há com os Simpsons que causam em certas pessoas histerias censoras? Primeiro foi a Venezuela que tirou o programa do ar. Agora um deputado peronista argentino quer censurar um episódio no qual o ditador argentino é chamado de, hã, “ditador”.

E lembrem que o hilariante episódio sobre o Brasil também esteve na mira das autoridades tupis...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

República de Bananas

Dica do Bruno Mota. Notícia da Venezuela chavista:

CARACAS (Reuters) - A Venezuela retirou do ar o desenho norte-americano “Os Simpsons” e chamou a atenção para a influência potencialmente ruim sobre as crianças. No lugar do desenho na programação da manhã, foram reprisados episódios do seriado “SOS Malibu”.

(Supostamente, os peitos da Pamela Anderson terão uma influência melhor sobre as crianças.)

Surpreende que não tenham substituído o desenho pelos Smurfs, afinal todos sabem que os smurfs, apesar da cor azul, eram comunistas...

O Chávez parece-se cada vez mais com o ditador da república de "Bananas" (Woody Allen), que queria que todo mundo usasse a cueca por cima das calças. É uma boa opção de filme pra colocar no lugar dos Simpsons.