quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ocidente versus Ocidente

O colunista canadense Mark Steyn está sedo processado por “islamofobia” no Canadá por uma tal Corte dos Direitos Humanos. Seu crime? Ter escrito um livro, “America Alone”, no qual fala que o terrorismo muçulmano está ligado ao Islã. Não se sabe como ele poderia ter chegado a tão bizarra conclusão. Terá sido porque os homens-bomba gritam “Alahu akbar”? Não se sabe. O que se sabe é que os imams que gritam palavras de ordem nas mesquitas não são processados por “infidelofobia”. Afinal, isso seria “racista”.

Para Mark Steyn, curiosamente, o problema não é o Islã. O problema é o próprio Ocidente, que está em guerra consigo mesmo. É o Ocidente que pune o próprio Ocidente por querer ser “branco, cristão, ocidental” em vez de “multicultural”. Islamitas, naturalmente, tem o direito de criticar o Ocidente. A recíproca nãoé verdadeira. Todas as culturas são iguais, menos a cultura ocidental que é opressora, maligna, imperialista, assassina, injusta, etc.

Mark Steyn está sendo censurado, não pelo Islã, mas por seus próprios colegas canadenses, que acreditam ser os eleitos que podem decidir qual discurso é aceitável e qual não.

Curiosamente, é apenas a prosperidade ocidental que permite que a opinião anti-ocidental em seu seio cresça. Os maiores críticos do Ocidente estão nas suas melhores universidades, na sua mída, são prestigiosos intelectuais, famosas estrelas, empresários milionários ou poderosos políticos.

Se morassem em países comunistas ou islâmicos, não poderiam criticar o regime sob o qual moram com tanta impunidade.Portanto, paradoxalmente, suas críticas ao Ocidente só são possíveis enquanto o Ocidente for livre e próspero. É a liberdade e prosperidade que permite que tais pessoas tenham chegado ao topo e possam cuspir no prato em que comeram.

Há quem argumente que a esquerda é uma espécie de HIV do Ocidente. Enfraquece o sistema imunológico, comprometendo sua defesa. Nesta metáfora de relativo mau gosto, agressores externos como o Islã ou o comunismo seriam apenas as doenças oportunistas como a pneumonia ou o sarcoma de Kaposi, que meramente se aproveitam de um mal-estar já existente.

Sobreviverá o Ocidente a si mesmo? Ou morrerá vítima de suas contradições? E os seus críticos, se arrependerão no derradeiro momento da extinção, quando não mais poderão impor suas idéias, que tão bem os fazem sentir?

3 comentários:

Anônimo disse...

Não se poderia pensar que todo o poder econômico, cultural e militar do Ocidente se deve exatamente à liberdade que ele oferece?

Mas concordo com sua crítica à esta idéia de que os Islã não pode ser criticado.

Abraços!

Anônimo disse...

creio que sim, Arnoud está certo, a liberdade individual propiciou o progresso comum.

"que acreditam ser os eleitos que podem decidir qual discurso é aceitável e qual não."

-este é o câncer ocidental, os "líderes" que se crêm acima do bem e do mal.

Anônimo disse...

é off, mas não resisto evidenciar um burocrata estatal-esquerdóide criando pobreza ao aumentar impostos...

http://online.wsj.com/article/SB121192942396124327.html