domingo, 30 de novembro de 2008

Poema do domingo

Nous avons foi au poison. Nous savons donner notre vie tout entière tous les jours.

Voici le temps des Assassins.

Temos fé no veneno. Sabemos dar nossa vida inteira todos os dias.

Eis o tempo dos Assassinos!

Arthur Rimbaud (1854-1891)

sábado, 29 de novembro de 2008

O fim da responsabilidade individual

Durante as compras da tradicional Black Friday (dia posterior ao Dia de Ação de Graças, em que as lojas fazem ofertas especiais), um funcionário da Wal-Mart morreu atropelado pela multidão ensandecida ao abrir as portas da loja.

Pouco depois, assisti a um debate na TV em que uma jornalista argumentava que a Wal-Mart deveria ser processada pelo incidente.

Até então, eu achava que o mal de "culpar a vítima" ou "culpar a sociedade" era típico apenas da esquerda organizada. Acreditava que certos retardados que comentam no Weblog do PD (e o próprio Pedro Doria, até certo ponto), os quais correram para justificar os atentados de Mumbai apontando o dedo para o "terrorismo hindu", para o sistema de castas, para o Bush, para a "segregação dos muçulmanos", para Kashmir - enfim, culpando tudo e todos, menos os assassinos que perpetraram o massacre - eram assim apenas devido ao alto teor de marxismo instilado em seus diminutos cérebros.

Mas a coisa é mais grave. Vai além de direita e esquerda: representa uma degradação moral inusitada, uma crise de valores jamais vista desde a queda do Império Romano.

Eis, por exemplo, o que disseram alguns internautas ao comentar a notícia sobre a morte do funcionário:
“Its because the eonomy is so bad under BUSH that this happened!!! Folks been held down so long that they got no money to spend to by their Christmas presence be cause of BUSH!!! He need to resign NOW and let Barack take over so this tragady don’t happen again!!"

"Walmart should be held liable for allowing this to take place; Walmart is nothing more than a GreedWhore company that treats its employees like garbage."

"The media is partly responsible for this savage behaviour. They try to make people feel guilty for not supporting the economy and to brainwash the public that you must get out there and buy buy buy."
Um culpa o Bush, o outro a Walmart, o outro a mídia. Trata-se de retardados, é claro. Mas são reflexo dos tempos atuais. A própria jornalista sugerindo um processo à Wal-Mart faz parte do mesmo processo de idiotização ocidental.

No outro dia, um casal inglês foi de férias em uma excursão ao Caribe; na viagem, uma cadeira de plástico quebrou e o marido teve uma luxação no braço. Processaram a agência de viagens. Ganharam.

Não duvide se em Mumbai alguém não processar os hotéis, que "não zelaram suficientemente pela segurança dos hóspedes."

Vivemos em tempos em que ninguém mais aceita a responsabilidade individual ou mesmo a idéia de que coisas ruins possam acontecer. Terroristas, criminosos, ladrões, compradores ensandecidos: ninguém tem ação própria nem é culpado pelos seus crimes. É tudo culpa "do sistema", "da sociedade injusta", do "abuso na infância", da "pobreza", da "humilhação das minorias", das "corporações".

Está ouvindo esse barulho? É a civilização desmoronando lentamente.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Será que eu sou um radical?

Alguns acreditam que eu seja um radical pelas minhas opiniões a respeito do islamismo. Mas será que sou mesmo?

Ao contrário, parece-me que os radicais são os que, tendo acabado de assistir a chocantes cenas de um massacre de inocentes, em vez de manifestar a natural piedade pelas vítimas ou o humano ódio pelos assassinos, conseguem de alguma forma achar motivos para justificar os assassinos, por terem agido em nome de alguma "opressão".

Radicais são os que, cegos pelo politicamente correto, não conseguem ver uma manifestação extremamente cruel e doentia em pessoas que em nome de uma religião incitam e celebram o massacre de inocentes.

Radicais são os que não conseguem nem mesmo considerar a hipótese que possa haver algo de errado com os assassinos e a religião que praticam, e colocam a culpa nas vítimas assassinadas, no sistema de castas indiano, no ocidente, em Israel, na guerra do Iraque, no abuso sexual na infância, ou qualquer outra explicação menos a mais óbvia e mais visível.

Radicais são os que, ao assistir muçulmanos matando, conseguem colocar a culpa em judeus, cristãos e hindus.

Radical, eu? Não. Eu apenas proponho a reciprocidade. Os muçulmanos expulsaram quase todos os hindus do Paquistão; pois os hindus deveriam ter feito a mesma coisa com seus muçulmanos. Os muçulmanos expulsaram quase todos os judeus do mundo árabe; Israel deveria ter expulsado os árabes de seu país. Os sauditas proíbem a prática de outras religiões no seu reino; países ocidentais deveriam proibir a prática do islã. Os terroristas de 9/11 atacaram o que eles viam como um símbolo do desenvolvimento e "decadência" do Ocidente, as Torres Gêmeas; a resposta dos EUA deveria ter sido também a de atacar um símbolo equivalente: se quisessem fazer um olho-por-olho, deveriam ter destruído Meca.

Não, não recomendo os métodos nazistas ou de ditadores muçulmanos (ver post abaixo) contra o terrorismo islâmico. Gostaria que houvesse uma solução mais humana. E, no entanto, a cada nova selvageria, a cada nova sensação de impotência frente ao horror, e a cada nova "justificativa" dos atos por pessoas desmioladas que só conseguem ver o mundo através de uma lente deformada na qual assassinos e torturadores (ou seja, opressores) viram "oprimidos" simplesmente porque se dizem tais, perco cada vez mais as esperanças.

O que as pessoas não entendem

A esquerda, além de todos os problemas que causou diretamente ao mundo, causou um mais grave ainda, indireto: a ignorância. Tendo aprendido na escola e na universidade e na televisão uma versão marxista ou politicamente correta e açucarada da História, as pessoas estão pouco preparadas para lidar com o mundo real e seus horrores muito reais.

O terrorismo, por exemplo, é extremamente mal compreendido. A maioria dos esquerdistas acredita que os muçulmanos atacam porque foram "oprimidos" ou porque se sentem "injustiçados". Kashmir, Gaza, ocupação americana são citados como "causas" do terror islâmico. Mas não são causas: são pretextos. Se não fossem esses, seriam outros. O islamismo é ativo, não passivo. Ataca onde pode e com a maior força que pode. Seu objetivo é o terror em si.

Mas os esquerdistas não entendem. Procuram desesperados um fantasmático "terrorismo hindu" que seria a "causa" dos ataques. Como se os jovens fortemente armados com explosivos, granadas e armas de grosso calibre que invadiram Mumbai e mataram centenas de inocentes fossem anteriormente seres angelicais que tornaram-se revoltados somente após assistirem seus queridos tios ou primos serem estuprados e mortos por uma turba enfurecida de hindus... O "ciclo da violência".... Blablablá...

O islamismo, como o esquerdismo, é extremamente propenso a conspirações paranóicas e manias de perseguição. Tudo é culpa do Ocidente e dos judeus, dizem os muçulmanos, bêbados de Corão; tudo é culpa do Ocidente e dos judeus, concordam os esquerdistas, bêbados de culpa e frustração. (Culpar a vítima é um ato-reflexo para o esquerdista).

Já outros comparam as mortes causadas pelo terrorismo com os acidentes de trânsito, afirmando que estes segundos matam mais, e portanto dando a entender que não devemos nos preocupar com o terror, um problema irrelevante.

Mas o objetivo do terrorismo não é apenas matar; é, como o próprio nome diz, causar terror. Acabar com a sensação de segurança das pessoas. Destruir a credibilidade de um governo, acabar com a economia, o turismo, o bem-estar. Os acidentes de trânsito podem matar mais, mas não causam o mesmo pânico.

Hoje há quem ache que somos mais "civilizados" e que a violência é coisa do passado; que responder a atos terroristas só gerará mais violência. Insistem, em suma, que devemos realizar tudo o que os terroristas pedem, para assim ter paz e sossego.

Em tempos antigos, isso tinha um nome: covardia.

E, antes como agora, a covardia só gera mais ataques de inimigos mal-intencionados.

(Também Chamberlain acreditava em "paz no nosso tempo". Cem milhões de mortos depois, você pensaria que as pessoas entenderiam, mas não: continuam acreditando em um mágico acordo de paz que vai resolver tudo).

Como acabar com o terrorismo islâmico

Sabe como os ditadores muçulmanos tratam o terrorismo islâmico?

Em 1982, o presidente sírio Hafez Al-Assad (pai do atual presidente) enfrentou uma insurreição de radicais islâmicos da Irmandade Muçulmana. Ele não caçou os terroristas um por um, não. Seu método foi bastante menos sutil.

Ele identificou a cidade onde a maioria dos terroristas estava sediada: a cidade de Hama, quarta maior cidade da Síria na época. Bombardeou a cidade com artilharia pesada por meses, causando um número aproximado de 20.000 mortos. Terrorista, civil, não importava: morriam todos. Quando já não havia resistência, passou um bulldozer pelas ruínas, acabando com qualquer vestígio de urbanização, e transformou a cidade em um estacionamento gigante.

Desde então, o governo sírio não teve mais problemas com terroristas islâmicos.

E de Lídice, alguém ouviu falar? Uma pequena cidade da antiga Tchecoslováquia, na época em que estava ocupada por Hitler. Em 1942, a resistência tchecoslovaca matou o oficial nazista Reinhard Heydrich. Alguns dos agentes que participaram na operação de assassinato eram nativos de Lidice. Como vingança, os nazistas fuzilaram todos os homens da cidade, e mandaram as mulheres e crianças para campos de concentração. Depois incendiaram a cidade, varreram as cinzas e literalmente a erradicaram do mapa.

Não houve outro atentado contra um oficial nazista na Tchecoslováquia.

Cito esses exemplos não para sugerir que tal selvageria deva ser também realizada por Índia, EUA ou Israel contra os terroristas muçulmanos e aqueles que os acobertam (embora seja possível que eventualmente se chegue a tal ponto). O que quero é indicar a dificuldade associada em acabar com o terrorismo, e mostrar que tratar o problema como mero "caso de polícia", ou algo que pode ser resolvido "através do diálogo", é puro delírio.

Minha sugestão é mais humana, e não envolve morte alguma: simplesmente, para cada atentado terrorista, o país que sofre o atentado deveria demolir uma mesquita. Tira as pessoas de lá, e bum, demolição controlada, sem vítimas. Vai enraivecer ainda mais os radicais? Eles vão atacar de novo? Que ataquem. Isso resultará em mais mesquitas destruídas. E assim até Meca.

Lamentavelmente, ninguém seguirá minha sugestão, e os atentados continuarão até que se chegue a um ponto em que a reação da vítima será brutal. Uma guerra com milhares, quem sabe até milhões de mortos. Esse será provavelmente o resultado obtido por aqueles que querem resolver tudo "no diálogo".

ADENDO: Visito os sites esquerdistas, e observo apavorado a "lógica" ali em jogo. Segundo eles, a culpa pelo massacre em Mumbai é da "guerra ao terror", que radicalizou os coitados terroristas muçulmanos (que antes aparentemente eram anjinhos incapazes de matar uma mosca). Segundo esses brilhantes estrategistas esquerdistas, reagir com força contra o terror seria a pior solução, pois criaria ainda mais radicais e, portanto, apenas mais terrorismo... Portanto, a solução é agüentar os ataques de cabeça baixa.

Fico imaginando como seria o diálogo antes da destruição de Lidice se os nazistas fossem politicamente corretos:

GOEBBELS: Scheisse! Mataram Herr Heydrich.
GÖERING: De onde vieram os assassinos?
GOEBBELS: Do povoado de Lidice.
GÖERING: Sehr gut, então vamos matar todo mundo na cidade.
GOEBBELS: Mas... espera... Será que com essa represália não estaremos criando ainda mais radicais? Será que toda uma maioria deve pagar por uma minoria de extremistas? Será que dessa forma não estaremos alimentando o "ciclo de violência"? Será que com esses ataques não radicalizaremos o restante da população?
GÖERING: Não haverá "restante da população."
GOEBBELS: Ah é. Fogo neles!

P. S. Não foi só de um lado: os próprios Aliados tiveram que matar milhões de civis alemães para poder acabar com o nazismo. É possível que haja um número similar de mortes até que se acabe com o islamismo. Gulp.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A culpa é do Islã



O Pax, teimoso, não acredita em mim. Acha que eu exagero.

Pois eu digo que a culpa pelo terrorismo que agora matou mais de 100 pessoas na Índia é do islã. Uma minoria de extremistas, sem dúvida. Mas uma minoria que só existe porque existe uma maioria de crentes muçulmanos que os protege e legitima. A raiz do terrorismo está na religião. Lamentável, mas real.

No outro dia fiquei observando uma menina muçulmana no ônibus. Bonitinha, tinha até olhos azuis. A cor dos cabelos não sei, o véu cobria. E aí alguém perguntará, você acha que essa garota é terrorista? Claro que não. A maioria dos muçulmanos não são fanáticos nem psicopatas assassinos.

Uma coisa curiosa: existem muçulmanos na Índia, mas praticamente não existem hindus no Paquistão. Aliás, pelo mundo inteiro vê-se a mesma coisa: em países não-muçulmanos, a população de minorias muçulmanas cresce. Mas, na maioria dos países declaradamente muçulmanos, a população é invariavelmente de pelo menos 90% de muçulmanos, se não mais, e não-muçulmanos são hostilizados e tendem a emigrar.

Parece-me bastante claro que ha uma estratégia de expansão islâmica aí. Enquanto os muçulmanos tem liberdade para infiltrar-se nos países infiéis para explodi-los, os não-muçulmanos não tem liberdade nem para rezar.

Mais de cem mortos na Índia, ocidentais seqüestrados e a família de um rabino de Mumbai morta ou ainda em poder dos seqüestradores. No mesmo dia, um ataque contra a embaixada americana em Kabul.

O ataque na Índia foi coordenado desde o Paquistão: o celular de um dos terroristas indicava que recebiam ordens direto de lá.

Israel e Índia são bastante parecidos: ambos tem uma população considerável de muçulmanos, além de estarem cercados por países muçulmanos inimigos. Ambos são as maiores vítimas de atentados islâmicos.

Mas em nome do "politicamente correto" temos que fingir que o Islã nada tem a ver com tudo isso. Até porque agora tem um Hussein na Casa Branca... Pegaria mal...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Oprimam-nos, por favor!

"O que os romanos fizeram por nós?", perguntavam os Monty Python em A Vida de Brian. "Quer dizer, além de construir pontes, estradas, aquedutos, ensinar técnicas de irrigação, etc etc etc?"

Os países africanos lutaram longamente para obter a sua independência dos malvados colonizadores europeus. Mas a independência não trouxe alegrias, ao contrário: hoje o continente naufraga em miséria, guerra civil, fome, tirania e horror.

Já há até quem já quem queira a volta do colonialismo e da opressão. Em reportagem da Time, o capitão de um navio do Congo afirma, apontando para a insalubre paisagem africana:

"Devíamos dar tudo de volta para os brancos. Mesmo que você ande 1000 km por este rio, não vai ver um único sinal de desenvolvimento. Quando os colonizadores europeus estavam aqui, havia fazendas e plantações - caju, amendoim, borracha, palmito. Havia uma indústria e fábricas empregando de 3 mil a 5 mil pessoas. Mas desde a independência, nada deu certo. As plantações foram abandonadas. Tudo é só desolação."
(Os ecologistas talvez estejam satisfeitos com a destruição da indústria local, mas não deveriam comemorar muito: sem outras formas de economia, o que se tem é um aumento da caça predatória e do desmatamento.)

A mesma coisa em Gaza. Fala-se do horror da vida diária dos palestinos. Mas o fato é que os palestinos de Gaza estão se governando a si mesmos. Antes dos famigerados acordos de Oslo, quando aquela zona estava sob administração direta de Israel, havia escola, trabalho, plantações, etc. Deu-se o controle aos bárbaros palestinos, fodeu.

Sinceramente, acho que algumas pessoas - e algumas culturas - não estão mesmo preparadas para cuidar de si mesmas. Estariam mesmo melhor sob um sistema colonial. Caliban precisa de Próspero.

Claro que não vai acontecer. Hoje os brancos ocidentais são uma minoria em seus próprios países. Neo-colonialismo? Impossível. O que assistiremos em breve é um colonialismo ao contrário, com os bárbaros tomando conta da metrópole.

(Não, não acredito que tenha nada a ver com raça, genética ou cor da pele - apenas com cultura e com mentalidade).

Atualização: Bárbaros muçulmanos trucidaram mais de 80 turistas ocidentais na Índia. Procuravam preferencialmente americanos e ingleses.

Violência urbana e desigualdade social

OK, já que houve clamor popular, continuemos postando, então. ;-)

A proporção de assassinatos na Venezuela no ano em que Chávez subiu ao poder era de 10 para cada 100.000 habitantes. Hoje está em 50 a cada 100.000, portanto, literalmente quintuplicou. Os números de roubos, assaltos e outros tipos de crimes também aumentaram comparavelmente, e o país virou rota principal do narcotráfico.

E no entanto há quem, contra toda lógica, ainda garanta que Chávez está ajudando os pobres e os trabalhadores, e que o aumento da violência nada tem a ver com seus aliados das FARC e do tráfico. Vai entender...

No Brasil, a mesma coisa. A violência urbana também aumentou. Não apenas nas grandes capitais, como agora também cresce nas pequenas cidades do interior.

No outro dia, o carro de uma mulher grávida de sete meses foi metralhado em São Paulo por uma gangue que pretendia roubá-la ou seqüestrá-la. Por sorte, o carro era blindado e ela pode escapar.

Mas o mais grave nem é isso, se não o fato de que alguns comentaristas ressentidos reclamaram do carro blindado da moça. Era apenas uma "burguesa" de carro blindado e portanto, aparentemente, merecia levar chumbo. (O pior é que segundo a reportagem ela era dona de uma barraca de peixes... Quer dizer, agora até a classe média precisa andar de carro blindado).

O discurso de que a pobreza e a desigualdade social é que geram a violência é um dos discursos mais cínicos já gerados por estas bandas. Ao mesmo tempo em que nada se faz para acabar com o poder cada vez maior dos traficantes e criminosos - ao contrário, há uma política de conivência como crime - promove-se a falsa idéia da "desigualdade social gerada pelo capitalismo", a qual seria a verdadeira culpada por todos os males.

Assim, ao mesmo tempo em que se tem uma desculpa para não fazer nada mesmo - é tudo culpa da "sociedade injusta" - se pode acusar o capitalismo por um mal que está sendo criado pelos próprios políticos mancomunados com os traficantes. E quanto mais aumenta a violência, mais se fala na necessidade de criar "justiça social" como meio de resolver o problema, e menos se faz contra o crime. Justifica-se a barbárie em nome da "desigualdade social".

Esquecem esses idiotas que o crime prejudica muito mais os pobres mais do que os ricos. Pobre não tem carro blindado; pobre é assaltado no ônibus mesmo. Pobre morre de bala perdida e nem aparece no jornal.

Qual a solução? Este estudo aqui mostra claramente. Dez anos atrás, a Colômbia era um país muito mais violento do que a relativamente pacata Venezuela. Hoje as respectivas taxas de homicídio se inverteram: a Venezuela é mais violenta do que a Colômbia. Qual a explicação? Muito simples. Álvaro Uribe combateu o crime, as guerrilhas e o narcotráfico. Chávez ignorou-as ou até mesmo promoveu-as, enquanto falava na injustiça do capitalismo e da desigualdade social.

Mas aqui é proibido afirmar que Uribe fez mais pelo povo pobre do que Chávez jamais fez ou vai fazer. Assim como é proibido insinuar que a mesma coisa ocorra no Brasil.

Quando teremos o nosso Uribe?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Administrativa

Brigas, spam, comentários deletados, comentaristas indo embora, falta de temas, falta de tempo, saco cheio. O blog está em crise. Pede-se aos leitores paciência e educação.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

James Bond contra a Máfia Gay

Assisti o último film do tal 007, Quantum of Solace. Não percam seu tempo, o filme é medíocre, mesmo para quem - não é meu caso - gosta do Daniel Craig.

O vilão é um nerd panaca, tão assustador quanto uma professora de jardim de infância; falta uma cena de abertura impactante e o filme aliás tem uma série de perseguições pouco emocionantes, variando apenas o meio de transporte: carro, barco, avião. O roteiro não faz sentido algum: aparentemente o vilão, sob a cobertura de uma falsa ONG ecologista, organiza um golpe na Bolívia (contra Evo Morales?) para instalar uma junta militar de direita, roubar a água do deserto e revendê-la a preços extorsivos a não sei quem. O clímax dá sono. James não come a Bond girl. Não tem nenhum gadget. Bond não fala uma única vez "My name is Bond, James Bond."

Mas o que eu queria falar aqui era sobre a máfia gay de Hollywood.

Como se sabe, antigamente os judeus dominavam Hollywood. Na época dos grandes estúdios, nos anos 40 e 50, os produtores Samuel Goldwin, David O. Selznick e outros mandavam e desmandavam. Curiosamente, queriam apenas ganhar dinheiro e não tentavam colocar mensagens nos seus filmes; os vários filmes tratando do Holocausto nazista começaram a ser realizados tempos depois. Samuel Goldwyn famosamente disse que "se eu quisesse mandar uma mensagem, usaria um fax". (Bem, a frase original é um pouco diferente; na época não existia o fax).

Hoje os judeus continuam produzindo, mas já não dominam nem na crença popular; dizem que quem manda mesmo em Hollywood hoje é a máfia gay. E a máfia gay não quer ganhar dinheiro, quer é vender pontos de vista, mesmo que os filmes não façam sucesso. (Todos os filmes contra a guerra do Iraque encalharam nas bilheterias, mesmo assim foram produzidos às dezenas).

Os gays representam apenas entre 2% e 5% da população, no entanto na indústria do entretenimento eles ocupam uma proporção muito maior. (Na indústria da moda, então, devem corresponder a uns bons 90%.)

Existe mesmo uma máfia gay? Bem, segundo Michael Ovitz, existe sim. Todo sitcom televisivo que se preze tem pelo menos um personagem gay. A temática gay está cada vez mais presente nos filmes de Hollywood, e onipresente na televisão. Os atores mais em voga ultimamente - Leonardo di Caprio, Tom Cruise, Brad Pitt - são meio afeminados ou, pelo menos, metrossexuais.

Outra preocupação dos gays é com o Politicamente Correto. De fato, quem impõe a cultura "politicamente correta" são, ao menos segundo este blogueiro, principalmente as mulheres e os gays. Segundo ele, em áreas do entretenimento onde não há muitas mulheres nem gays, como no hip hop, o "politicamente correto" não impera.

Mas no cinema e na TV, sim. Este ano a série 24 parece ter sido remodelada pelos roteiristas para a Era Obama (vem depois da Era de Aquário). Agora Jack Bauer, em vez de lutar contra terroristas nos EUA, vai para a África ajudar as criancinhas famintas. Depois será julgado por "tortura" em Washington.

E o James Bond gay, quando é que virá?


Atualização: Dez pensamentos politicamente incorretos de Victor Davis Hanson.

domingo, 23 de novembro de 2008

Poema do domingo


Eu, que vivia fodendo,
Eu, que fodendo vivia,
Agora vivo fodido
Sem a tua companhia.

Manuel Bandeira * (1886-1968)

* ao menos de acordo com este site aqui.
Mais provável que seja apócrifo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ho ho ho, e uma garrafa de rum

Os piratas na costa da Somália são a grande praga do momento. Lembram os chamados barbary Pirates, que, então como agora, eram muçulmanos. Mera coincidência, estou certo...

Naquela época, países europeus pagavam pesados tributos aos piratas, até que a marinha dos Estados Unidos interveio e botou-os pra correr.

Hoje nem os americanos pretendem fazer algo contra os piratas. Graças à turma dos "direitos humanos", um pirata ou um terrorista tem mais direitos do que a maioria das pessoas. Sério: antigamente os piratas eram simplesmente enforcados no próprio barco ao serem capturados. Mas de acordo com as leis atuais, ao capturar um pirata, o capitão de um navio inglês ou americano não pode prendê-lo (muito menos levá-lo a Guantánamo) e seu país pode ainda ser obrigado a dar-lhe asilo político... Portanto, preferem deixá-los livres.

Vivemos em tempos literalmente insanos.



Multiculturalismo, bom ou ruim?

Aqui em Los Angeles há dezenas, centenas de restaurantes das mais variadas nacionalidades. Aproximadamente 40% da população é latina, e 12% é asiática. Há persas, gregos, judeus sefarditas, otomanos, visigodos e hunos. Na Universidade, a proporção de estrangeiros talvez seja ainda maior. Pessoas bacanas de todos os lugares.

No outro dia assisti o filme "A classe" (Entre le murs), que nossa ex(?)-leitora Confetti certamente deve conhecer. O filme é até bem interessante. Trata de uma escola de periferia francesa, na qual quase todos os alunos são de origem árabe ou africana ou caribenha. Há um chinês. Francês de pais franceses, talvez apenas um também. A escola é pobre, os alunos são quase todos péssimos e descontrolados.

Embora o filme termine numa nota positiva (atenção ao trocadilho infame), há algo de deprimente também. Você chega à conclusão que essas pessoas jamais vão se adaptar. Que apesar de toda a boa intenção há algo de profundamente ameaçador no multiculturalismo, que gera inevitáveis conflitos. E o futuro da França então parece negro (perdão pelo trocadilho infame).

Acho que o multiculturalismo é bom para os ricos, que podem ir a restaurantes diferentes toda noite e praticar diversos idiomas. Para os pobres, cria guetos. Um de cada nacionalidade. E gangues. Aqui em Los Angeles, nos bairros pobres, cada grupo étnico tem sua gangue. Negros, latinos, vietnamitas, coreanos, etc. É o neo-tribalismo em ação.

O multiculturalismo tem coisas boas e ruins. O problema principal mesmo talvez seja a falta de normas culturais gerais, de uma visão conjunta de sociedade e das leis a seguir.

Ou muito me engano, ou o Império Romano não tinha caído de um jeito parecido? Certamente também era um mundo bem multicultural.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um testículo

Sei que este post seria mais adequado para a Casa do KCT, mas a notícia é boa demais para deixá-la passar em branco:
Relato médico confirma que Hitler tinha apenas um testículo.
A condição mono-testicular do ditador nazista, devido a um ferimento na I Guerra, era um mito popular celebrado em várias histórias e canções, como: "Hitler has only got one ball, Göring has two but very small, Himmler is somewhat similar, But poor old Goebbels has no balls at all." Porém, agora o relato recém-revelado de um médico que o tratou dos ferimentos na I Guerra parece confirmar a história.

Outra curiosidade revelada pelo médico: após ser ferido naquele lugar, Hitler gritava tanto por socorro que os médicos o apelidaram de "Gritão".

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Maomé não existiu

É o que argumenta um teólogo alemão, citado pelo colunista "Spengler" em sua última coluna. Segundo o tal teólogo - que aliás é muçulmano converso - os primeiros registros sobre a vida de Maomé começam a surgir apenas quase duzentos anos após sua morte. O que, junto com outros curiosos fatos arqueológicos, indica que Maomé poderia ter sido apenas uma figura ficcional criada posteriormente pelos seguidores de Alá para ter um mito unificador.

Bem, acho que tendo existido ou não, não muda nada. Os malucos terroristas continuam existindo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O liberalismo é um beco sem saída

Na Suécia foram eliminadas do diagnóstico médico as palavras fetichismo, travestismo e sadomasoquismo. Hoje seus praticantes são considerados pessoas normais, e é possível que sejam mesmo. As palavras pedofilia, voyeurismo e exibicionismo ainda fazem parte da lista de diagnóstico médico, mas talvez daqui a uma década não façam mais.

Tudo bem. Nada tenho contra fetichistas e voyeuristas. O problema é o seguinte. Se tudo é aceito, se tudo é normal, como impor limites? Quem somos nós para julgar? Porque travestismo sim e pedofilia não, ora bolas? Em base a quê?

O problema do liberalismo é que é tão incapaz de julgar os outros que já não consegue impor qualquer norma de comportamento. Vale tudo. Se Deus não existe, tudo é permitido.

Há alguns meses, uma mãe solteira inglesa, que vivia do auxílio-desemprego, resolveu tirar umas férias de seis meses em Goa, na Índia. Levou o namorado e a filha de 15 anos, a quem tirou do colégio por seis meses, e lá foi para a Índia participar de uma série de festas regadas a sexo, drogas e roquenroll. Ao viajar para outra cidade para participar de novas festas com o namorado, preferiu deixar a filha, Scarlett Keeling, sozinha em Goa sob os cuidados de um "ficante" de 27 anos que a menina conhecera há poucas semanas. A filha - que, naturalmente, sob o exemplo materno também consumia maconha e cocaína e transava com estranhos - foi a uma festa onde teve uma overdose de ecstasy, maconha e LSD, foi estuprada e finalmente terminou afogada na praia em circunstâncias misteriosas - provavelmente assassinada.

A mãe declarou-se chocada. O público inglês criticou fortemente o comportamento da mulher e acusou-a de ser a culpada pela morte da filha, mas os intelectuais esquerdistas, pedagogos e assistentes sociais a defenderam; disseram que não fora culpa sua, que a menina apenas estava "no lugar errado na hora errada com as pessoas erradas". Como se isso não fosse o resultado de decisões concretas, mas de mera coincidência. Poderia ter acontecido com qualquer um...

Esses mesmos intelectualóides ainda acusaram os críticos do comportamento negligente da mãe de "misóginos", e insistiram que não se devia criticar "o estilo da vida da mãe e da garota", pois "isso não justifica um assassinato". Outros ainda disseram que "os adolescentes são assim mesmo".

Ou seja, para esses malucos, deixar a filha de 15 anos em uma festa com estranhos em um país estranho, fazendo sexo com um desconhecido com o dobro da idade, fumando e cheirando cocaína é a mesma coisa que ficar com ela em casa comendo biscoitos e assistindo um filme da Disney na televisão.

Será que se essa menina tivesse um pai a história não teria sido bem diferente?

O ressurgimento do islamismo na Europa entra nesse vácuo moral. As pessoas e especialmente as sociedades precisam de regras de comportamento. Uma mulher branca européia convertida ao islamismo falou isso mesmo ao explicar os motivos de sua conversão: "preciso de regras de comportamento".

O diário da menina assassinada mostrava que, apesar de todo o hedonismo, drogas e festas sem limites, a mocinha era bastante confusa e infeliz. Drogas e sexo sem limite não trazem felicidade.

O liberalismo absoluto não leva a lugar nenhum, e seu reinado não durará.

Os globalistas estão chegando, estão chegando os globalistas

Os progressistas transnacionais que buscam acabar de vez com o Estado-Nação e instituir um governo global deram um grande passo avante com a vitória do fantoche internacionalista Barack Hussein Obama II. A crise econômica mundial parece estar sendo a desculpa para o passo seguinte: criar uma reforma global do sistema econômico através de um sistema internacional de monitoramento e regulação financeira. Chame-o de Globalbank.

Reunião dos globalistas decidindo o novo Governo Mundial.

domingo, 16 de novembro de 2008

Quid pro quo

As redes de TV americana MSNBC e NBC foram as que mais torceram pelo candidato Obama. A MSNBC (ver post a respeito abaixo) chegou a mostrar 75% notícias negativas sobre McCain e apenas 14% notícias negativas sobre Obama.

Pois bem. Resulta agora que a GE, empresa que controla tais emissoras, poderá receber 139 bilhões de dólares do Estado Americano durante o futuro governo Obama em razão da crise.

Não duvide que logo mais também outras emissoras obamistas sejam recompensadas e terminem sendo, como ocorre no Brasil, subsidiadas pelos impostos do cidadão e pela propaganda governamental.

É a bananização da imprensa americana. Tanto petistas quanto obamistas só gostam de imprensa a favor.

Ah sim, há quem acredite que Obama está trazendo hope e change. Pra mim parece mais a política de sempre - "para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei" - coisa que cansamos de ver pela Terra Brasilis e que talvez apenas pelo seu cinismo extremo ainda sejam novidade aqui.

Por culpa do Stefan Zweig, costuma-se dizer que "o Brasil é o país do futuro".

De um jeito torto, parece que a frase se justifica. No futuro, todos os países (até os EUA) terão a mesma política corrupta e a mesma imprensa calhorda que existe no Brasil. Não falta muito.

Poema do domingo

A valsa


Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!


Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...


Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!


Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...


Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!


Quem dera
Que sintas
As dores
De arnores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...


Calado,
Sózinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!
Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!


Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!


Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!


Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!

Casimiro de Abreu (1839-1860)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Livros usados

Mudando de assunto, já que política, economia e sociedade estão ficando temas demasiado aborrecidos ou deprimentes.

Falemos de livros usados.

O grande Theodore Dalrymple, talvez o maior pensador inglês da atualidade, escreveu um belo e até emocionante artigo sobre livros usados, sebos, dedicatórias, e as mudanças trazidas a tudo isso pela Internet e pela globalização.

Também gosto de livros antigos, de livrarias velhas e escuras, da idéia de encontrar em uma prateleira empoeirada coisas que você jamais sonhava existirem. Se tudo isso permanecerá nas próximas décadas, é difícil dizer. Provavelmente sim, mas para uma minoria cada vez mais extrema da população.

Sobre o citado caráter mal-humorado dos vendedores de livros usados (que em geral odeiam seus clientes), uma divertida série inglesa de alguns anos atrás mostrou isso muito bem. A série chamava-se Black Books, e pode ser assistida abaixo.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Trem fantasma

Amigos, peço perdão pelo tom algo mórbido e até apocalíptico do blog nos últimos dias, mas é que sinto más vibrações no ar. De crise econômica global a mais guerra no Oriente Médio a um Irã nuclear a uma Rússia expansionista a conflitos na Europa, tudo aponta para um mundo em transformação, quem sabe até em caos.

A euforia com a eleição de Obama parece-me então nada mais do que um sintoma de histeria coletiva. Por melhor que ele seja, como pode um único indivíduo - seja ele quem for, Democrata, Comunista ou Republicano - resolver a crise econômica, quanto mais os conflitos políticos internacionais que certamente se seguirão? O mundo não parou por causa da eleição do Messias Negro, por mais que os articulistas achem o contrário.

Não, amigos. A eleição de Obama é apenas indicativa do nível de desespero a que se chegou. É a última cartada do jogador que deseja um milagre e aposta o que resta de suas economias numa loucura. É a gargalhada do histérico em um ataque de nervos. É o último riso do suicida antes de se jogar do oitavo andar.

O pior está por vir. Segurem-se:

O fim da liberdade

É um grande mito o de que os homens queiram ser livres. A maioria prefere ser escravo; ter um mestre que o cuide e o alimente, ainda que às vezes seja cruel e o obrigue a trabalhar. Tanto melhor se esse mestre for um grupo de homens e mulheres que sabem o que é bom para nós melhor do que nós mesmos; cuidam de nossa saúde, de nossa educação e nos prometem "mudança" e "esperança" quando nos sentimos tristes ou sós.

Em todo o mundo, o controle governamental sobre o indivíduo cresce. Mesmo nos EUA, supostamente "land of the free", o controle do governo sobre a sociedade aumentou cada vez mais nas últimas décadas, e tende a aumentar ainda mais agora que metade do eleitorado escolheu um candidato que prometeu novas fatias do bolo em tempos de crise.

Observa o pessoal do Samizdata que é natural que todo governo cresça e tenha cada vez mais dinheiro e poder: como o escorpião da fábula, "é da sua natureza". As pessoas votam no candidato que promete que vai fazer mais coisas, não naquele que promete que vai se meter menos na economia ou na sociedade. E assim cada vez mais controle sobre nossas próprias vidas é deixado nas mãos do governo.

Estamos ficando gordos? O governo que regule quantas calorias cada hambúrguer pode ter, e tasque imposto nos que ultrapassam. Sexo e moralidade, como usar camisinha? O governo é que precisa ensinar isso nas escolas. Corrupção? Não se preocupe, o governo acaba com isso, nomeamos uma comissão de 200 deputados pagos a ouro para investigar.

Mas o que é o governo? São pessoas, como nós. Pessoas a quem nós entregamos de mão beijada o controle de nosso dinheiro e de nossas vidas.

Liberdade cansa. Cadê minhas algemas?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Moloch

O aborto foi aprovado no Uruguai. Como os leitores sabem, tenho uma posição ambígua e longe de ser radical na questão do aborto. Mas uma coisa que me surpreende sempre é o fanatismo dos pro-choice. Sim, dos pró-aborto. Que os pro-life possam ser vistos como fanáticos não é surpreendente, já que estão de fato ligados a grupos religiosos e acreditam na sacralidade da vida. No entanto, parece-me às vezes que os abortistas são tão fanáticos quanto eles e também formam uma espécie de religião.

Obama afirmou uma vez que seu primeiro ato ao assumir seria o de assinar o "Freedom of Choice Act", também conhecido como FOCA. Ele falou já tanta coisa que não se sabe se realmente o fará; mas é uma ementa constitucional que pode ser aprovada.

Apesar das enganadoras palavras "freedom" e "choice", uma descrição melhor para o projeto seria o "Abortion For Everybody Act". Basicamente o projeto acaba com todas as limitações ao aborto, ao nível estadual ou federal: não precisaria mais permissão dos pais no caso de menores; permitiria o aborto até o nono mês de gravidez, inclusive o famigerado partial-birth abortion; entre outras medidas aplicadas nacionalmente.

Francamente, não entendo. Que a mulher possa ter o direito a abortar, é algo discutível. Porém, que uma garota de 14 anos possa realizar um aborto sem avisar os pais? Que fetos de até nove meses, praticamente bebês formados, possam ser jogados na lata de lixo? Porque essa insistência no direito de matar fetos?

Muitas culturas praticam ainda hoje o infanticídio. Os yanomamis, os hindus. Em épocas anteriores, também os incas sacrificavam crianças. E nos tempos bíblicos existia - é citado no Antigo Testamento - o culto de Moloch, ao qual se faziam sacrifícios de bebês.

No Ocidente atual, por pudor, esse sacrifício talvez se transmute na forma de sacrifício de bebês não-nascidos. Só esse caráter ritualístico neo-pagão do aborto explicaria a forma em que seus sostenedores o querem espalhar pelo mundo. Acredito que, mais que defender o aborto, tais pessoas queiram mesmo é acabar com a Igreja Católica e o cristianismo tradicional. Hoje, em tempos de extrema crise demográfica, a União Européia luta para expandir ainda mais o aborto nos países em que este ainda é proibido, como na Itália, na Polônia e (até recentemente) Portugal. É como se um navio estivesse afundando e a tripulação insistisse no direito das pessoas de não usarem salva-vidas.

No centro das cerimônias ao culto de Moloch havia um ídolo de cobre, que tinha a forma de um touro antropomórfico. Era uma estátua oca, dentro da qual se acendia uma fogueira. Sobre os braços incandescentes do falso deus era então colocada uma criança viva. Enquanto esta queimava, tocavam-se tambores para que não se ouvisse o pranto da criança, o que poderia comover os pais. Ensandecidos, em transe coletivo, todos cantavam e batiam palmas, e gritavam em uníssono o nome do seu ídolo:

- M-O-L-O-C-H-! ... B-A-R-A-C-K-! .... M-O-L-O-C-H-!

A explicação



Por que Obama ganhou? Simples, segundo Mark Steyn. Hoje em dia quase metade da população americana (43%) não paga imposto de renda e é portanto sustentada pela outra metade que paga impostos cada vez mais altos.

Essa metade parasitária (mais alguns esperançosos de entrar nela também) votou em Barack Obama.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O genocídio passivo

Segundo muitos analistas, terroristas islâmicos atacarão os EUA em 2009. O raciocínio por trás dessa previsão é muito simples: mera análise do passado. Em 1993 (início do governo Clinton) atacaram o World Trade Center pela primeira vez. Em 2001 (início do governo Bush) tiveram mais sucesso e destruiram as torres. Parece lógico supor que em 2009 (início do governo Obama) atacarão novamente. É uma forma de testar os limites e a reação de todo novo presidente.

No excelente blog Belmont Club sempre há discussões interessantes. Em um debate recente alguem observou que os idealistas revolucionários sempre promovem alguma forma de genocídio em nome deste ou daquele ideal (hoje o ideal é a ecologia, na qual os humanos são os vilões poluentes a serem destruídos). Às vezes esse genocídio é ativo, como foi no caso de Stalin e Mao, que mataram milhões do seu próprio povo.

Porém, em certos casos o genocidio é passivo, isto é, através da inação ou do suporte tácito, cria-se a oportunidade para que outro grupo realize o sonhado genocídio purificador. É o caso por exemplo dos pacifistas que não queriam guerra com Hitler ou com Saddam Hussein, portanto apoiando tacitamente seus genocídios.

Agora os esquerdistas apóiam os terroristas muçulmanos. Através de sua inação ou suporte a inimigos (ver posts abaixo), eles prepararão o terreno para novos ataques a Israel e aos EUA.

Alguns dirão, "mas não, nós só queremos paz, só queremos o entendimento com os inimigos". Pois é. O problema é que os inimigos não querem isso. Os esquerdistas nao entendem ou nao querem entender. Inimigos não querem paz, querem vitória.

Por que essa incompreensão dos esquerdistas, em especial dos esquerdistas mais radicais? Por que insistem com idéias que só aumentam o conflito? Não sei dizer ao certo. Acredito que esses sujeitos sofram de algum tipo de desejo suicida, manifestado principalmente no ódio à própria cultura ou civilização e no culto ao primitivismo (na forma de admiração por culturas primárias como a dos muçulmanos radicais, tribos de índios canibais, aborígenes africanos, enfim, todo e qualquer grupo que não for branco ou ocidental ou cristão).

Vai ser certamente uma grande surpresa quando os EUA forem novamente atacados: "Mas agora nós temos Obama no comando! Todos nos amam!"

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Gaza / Sderot

Agora falando sério.

A querida leitora confetti recomendou uma série de vídeos da Arte sobre as realidades em Gaza e Sderot. Na verdade, apenas agora assisti o programa. Confesso que tinha certo preconceito, mas a idéia até que é bacana. Não entendi bem se são documentários reais ou fake-documentários, acredito que sejam testemunhos reais (se não fossem não teria a menor graça). O esquema da tela dividida é bacana também.

A reclamação principal dos habitantes de Sderot são os foguetes que caem sobre suas cabeças. A reclamação principal dos palestinos (ao menos nos episódios que assisti) parece ser que raramente podem ser tratados nos hospitais israelenses devido ao bloqueio. Fica a dúvida sincera:

a) por que não param de se explodir ou atirar foguete na cabeça das pessoas pelas quais desejam ser tratadas?

b) por que não páram de comprar armas e munições e constróem um hospital decente em Gaza mesmo?

Aqui quem quiser pode ler (em inglês) a carta de uma garota de 18 anos de Sderot.

Obama o anticristo quer destruir Israel


Os piores medos e as piores profecias bíblicas parecem estar se cumprindo.

Barack Hussein Obama, muçulmano enrustido, ainda nem é presidente e já enviou ao Oriente Médio como seu "assessor de política externa" Robert Malley, famoso por seu ódio a Israel e pela sua simpatia por Arafat e pelo Hamas. Segundo as fontes, as prioridades do governo Obama seriam as relações, nao com Israel, mas com Síria e Egito. Inclusive, fala-se da possibilidade do governo Obama vender caças F-16 a esses países. Naturalmente, isso significa uma guerra contra Israel. Se houver nova guerra entre Israel e os países árabes, de que lado o governo Obama ficará?

Pareceria estranho que os EUA abandonassem seu único aliado na região para priorizar as relações com Egito e Síria, países cujas populações odeiam os Estados Unidos de morte.

Porém, na mente doentia dos esquerdistas, é assim mesmo que funciona: "se formos bonzinhos com aqueles que nos odeiam, eles serão bonzinhos conosco também".

Os palestinos dançaram e cantaram quando as Torres Gêmeas foram derrubadas. Foram recompensados com milhões de dólares desde então, na esperança de que se tornem mais agradecidos. Os israelenses saíram de Gaza, na esperança de que os palestinos parassem com os foguetes. Vã ilusão.

Tenho novidades. Os palestinos jamais pararão de odiar Israel. Os muçulmanos jamais pararão de odiar os EUA. Mais ajuda financeira, criação de democracias, apoio militar, acordo de paz, balinha de menta. Nada adiantará. Só gerará mais desprezo e mais ódio. Repito. Os palestinos jamais pararão de odiar Israel. Os muçulmanos jamais pararão de odiar os EUA.

(Não é consolo, mas os palestinos odeiam também os europeus, só um pouquinho menos do que odeiam os EUA e Israel.)

* * *

O post mais popular deste blog é um que afirma que Obama seria o anticristo. Era uma brincadeira, naturalmente, mas comeco a perguntar-me se nao seria verdade. No outro dia, na rua, um homeless barbudo (nao, nao o mesmo que habita a biblioteca da universidade) com um boton de Obama na lapela e uma guitarra nas maos comecou a cantar:

I am an antichrist
I am an anarchist...

Eram os primeiros acordes de "Anarchy in the UK" dos Sex Pistols, mas ele mudou a letra cantando "anarchy in the US". A guitarra estava desafinada, a sua voz era aguda e penetrante. Seus olhos flamejavam de odio e seu sorriso era diabolico. Seu fedor era parecido ao do enxofre. Ele virou-se para mim e gritou:
- Spare some change, mister?
Fugi.

De acordo com a Biblia, o anticristo teria o poder de falar "palavras arrogantes e obscenas, e teria autoridade por 42 meses" (Apocalipse, 13:5). 42 meses sao um pouco menos do equivalente a um mandato presidencial como o de Obama...
O fim do mundo iniciaria com a destruicao de Jerusalem.

Conservadores negros contra Obama

Uma coisa curiosa dos obamistas é que sentem-se pessoalmente ofendidos se alguém não participa de sua estranha euforia. Acusam-nos até de cínicos, vejam só.

(Imagino que por trás disso esteja simplesmente o temor de que Obama faça besteira atrás de besteira e nós, os poucos que não pulamos no Obamabonde, possamos então rir de suas caras).

Mas os mais criticados pelos obamistas vencedores são os conservadores negros que não votaram em Obama. Sim, eles existem:

Thomas Sowell.

LaShawn Barber.

Baldilocks.

À esta última alguém perguntou, "como você vai explicar aos seus netos que não votou no primeiro presidente negro quando teve a oportunidade?"

E ela respondeu: "Simplesmente explicando que acredito que os princípios políticos, sociais, morais e espirituais são mais importantes do que o tribalismo étnico na hora de escolher um candidato".

Tóim!

Control + Alt + Del

Eu sei que havia prometido tirar férias, mas ando preocupado. Vivemos em tempos demasiado interessantes...

* * *

Na Califórnia, Flórida e outros estados venceram propostas que emendam a constituição local com a seguinte frase: "Somente o casamento entre um homem e uma mulher é permitido ou válido na Califórnia". Notem que trata-se apenas da definição de uma palavra. Quer dizer, os gays poderiam criar sua própria palavra, "gaysamento", "homosamento", já que ao menos na Califórnia, os gays têm direito a formar uniões civis. Isso não lhes basta. Nada tenho contra os gays e pouco me preocupa se casam ou não. Mas não seria que, mais do que lutar por um direito, os 2% de gays estão lutando para acabar com a definição tradicional de "casamento" dos outros 98%? Podem apostar: após obter o direito ao casamento (e vão obter), aposto que passarão a lutar pelo "direito" de casar na odiada Igreja Católica, de véu e grinalda...

* * *

Falaram que a eleição de Obama daria lugar à América "pós-racial"; no entanto, e se fosse o contrário? 95% dos negros votaram em Obama e não viram nada de "pós-racial" na idéia: de fato, votaram exclusivamente baseados na raça do candidato. E se agora então cada um só votar no candidato da sua cor? Brancos votando em brancos, latinos em latinos, asiáticos em asiáticos? Não estaríamos assistindo - em vez de uma era pós-racial - simplesmente a volta do tribalismo? No Iraque, por exemplo, xiita só vota em xiita e sunita só em sunita.

* * *

E por falar em sunitas e xiitas, os Jihadistas comemoram muito a vitória de Obama (mas sem champanhe, que é anti-islâmico) e afirmaram "quase fomos derrotados pelo maldito Bush mas, graças a Alá, Obama venceu e podemos continuar nossa luta". Não é brincadeira, disseram isso mesmo. Tá no New York Times.

* * *

Às vezes dá vontade de dar reboot no sistema e começar tudo de novo... Mas a História não pára.

domingo, 9 de novembro de 2008

Poema do domingo

One art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last,
or next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.


Elizabeth Bishop (1911-1979)

(Dica do Pax)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Férias obâmicas

Este blog vai tirar alguns dias de férias na semana que vem. Um pouco porque ando cansado de falar de política depois de toda essa novela das eleições, um pouco porque tenho a impressão de estar perdendo muito tempo que poderia estar utilizando em coisas mais interessantes ou úteis.

Além disso, decidi uma coisa que talvez surpreenda muitos leitores, mas é o seguinte: vou dar uma chance ao Obama. É isso aí, vamos ver o que o negão novo presidente vai aprontar. ;-)

Ele é certamente inteligente - tem que ser, pra chegar aonde chegou - e quem sabe não aprende alguma coisa e se revela um líder competente e eficaz?

Duvido muito, é óbvio. Quase todas as suas conexões prévias são com tipos estranhos ou até criminosos, e as idéias que apresentou até agora são demasiado coletivistas para o meu gosto. Tem carisma, OK. Mas Hitler, Stalin e Mussolini também tinham.

Mas confesso que achei divertido que as suas primeiras nomeações já incomodaram os esquerdistas mais afoitos: para Chefe de Gabinete, um certo Rahm Emmanuel, judeu-americano que serviu no Exército de Israel e é filho de um ex-membro do Irgun. Para Secretário do Tesouro, ainda não é certo, mas o nome mais cotado é Larry Summers, que havia perdido o cargo de diretor de Harvard por uma frase políticamente incorreta sobre as mulheres. Claro que são elementos acessórios que nada tem a ver com a função que eles vão desempenhar, e que não indicam de modo algum que a política de Obama vá ser anti-minorias ou pró-Israel (aliás podem ser apenas cobertura para cargos mais importantes dados a sujeitos mais radicais).

De qualquer modo, já poder ver blogueiros pró-árabes e feministas irritados com Obama não tem preço... Ah ah ah!

Tenho a impressão que os que mais vão terminando por odiar Obama são os radicais marxistas com estrelinha vermelha no chapéu que querem a Revolução agora e já, eh eh eh. (Isso sem falar em certos comentaristas panacas do Weblog do PD).

Já do lado estatista, as notícias não são boas. Obama acaba de anunciar que em seu governo estudantes secundaristas e universitários serão obrigados a realizar cem horas por ano de serviços comunitários. É, você leu bem: obrigados. Parece que Michele Obama tinha razão, "Obama will demand you to work"...

Enfim: por pior que Obama seja (e pode ser muito ruim) não sou americano e existem poucas coisas que ele possa fazer no seu mandato que me afetem diretamente - salvo arrebentar de vez com a economia (mas isso, parece, vai acontecer de qualquer jeito, faça ele o que faça), ou então realizar uma c***da tão grande na política externa que a Al-Qaeda e o Putin detonem uma bomba nuclear na Califórnia nos próximos dois anos. E isso, embora possível, não parece ainda muito provável.

Vamos aguardar novas informações. E, enquanto Obama não me obriga a trabalhar para ele de graça, saio de férias.

Proposition 8: gays contra negros e latinos


Uma das notícias que não chegou aí no Brasil foi a vitória da Propositon 8 na Califórnia. Basicamente, é uma medida contra o casamento gay que diz que casamento deve ser apenas entre homens e mulheres.

Como explicar que, enquanto a população da Califórnia votou em sua maioria no candidato mais liberal, também tenha aprovado uma medida claramente conservadora?

Mas o mais curioso nem é isso, mas sim o seguinte: quem mais votou a favor da proposta anti-gay foram os latinos (51%) e os negros (70%!). Já os brancos votaram em sua maioria a favor dos gays...

Os esquerdistas costumam achar que as minorias são sempre suas aliadas, e que todas tem sempre o mesmo interesse; mas terão uma bela surpresa ao descobrir que nem sempre é o caso. São aliadas enquanto ganham benefícios. Depois, é cada um por si.

Aliás, acabei de assistir uma passeata dos gays e lésbicas: de fato, todos branquinhos/as. Tenho a impressão que, uma vez atingido o objetivo inicial de destruir a maioria (ainda é?) branca-ocidental-hetero-cristã, vai ser um arranca-rabo entre as várias minorias que Deus nos acuda.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O perigo maior

O perigo maior na minha opinião é que Obama seja assassinado no começo do mandato. Não porque eu tenha tanto interesse assim que ele realize seus planos, mas porque então ele vira um mártir - e aí sim, jamais nos livramos dele.

Segundo algumas teorias conspiratórias, o plano dos mentores de Obama é esse mesmo. De fato, toda a construção messiânica do rapaz aponta para um final trágico: não há messias que não termine mal. Morre o homem, cria-se o mito. E funda-se uma religião.

O assassino poderia até ser um radical palestino (como o que matou Robert Kennedy) ou um comunista (como o que matou JFK). Não importa: a culpa recairia sempre na "América racista" e nos "malditos direitistas reacionários e suas famílias comedoras de hambúrguer". Não nos livraríamos mais de Obama nem do Arnaldo Jabor. E, em nome do seu glorioso mártir, com a consternação mundial os radicais teriam carta branca para fazer o que bem entendessem.

Obama deve terminar seu mandato: seja como um bom líder que realiza um mandato surpreendente, seja como um medíocre equivocado que decepciona a todos.

Esse pode esperar sentado deitado

Quando Obama esteve em Israel (país que se depender de alguns assessores de Obama deve ser destruído imediatamente) ele visitou em Sderot uma casa que tinha sido atingida por um míssil Qassam dos palestinos. O habitante da casa, Pinhas Amar, fez uma prece para que o senador chegasse à presidência. Obama respondeu então que, se realmente fosse eleito, acabaria com os foguetes, e Pinhas seria um dos primeiros convidados à Casa Branca após a posse.

Ah, políticos...

O incrível não são as promessas que fazem para se eleger. O incrível é que as pessoas continuam acreditando neles. Hope and change, baby. Hope and change.

Motivos para otimismo

A eleição de Obama e o delírio de seus apologistas me lembra o Dr. Pangloss do "Cândido" de Voltaire. É, aquele mesmo, o filósofo do otimismo que achava que o nariz tinha sido criado para segurar os óculos. Leitura imprescindível nestes tempos malucos. Outra boa leitura é a recomendada pelo blog Resistência - Charles Mackay, "Extraordinary popular delusions and the madness of the crowds".

* * *

Por falar em otimismo: não sei se Obama é de fato um esquerdista convicto ou apenas um cínico de discurso variável conforme o vento como Bill Clinton ou Lula.

Sei o seguinte: no mesmo dia em que foi anunciada sua vitória, a Rússia avisou que vai colocar mísseis nas proximidades da Polônia, e os palestinos atiraram algumas dezenas de foguetes em Israel.

A esquerda e a beautiful people internacional adoram Obama. Mas há um problema: o Obama é o presidente da odiada América, segundo eles razão de todos os problemas do mundo.

Continuará Obama querendo cortar a poluição em nome do "aquecimento global", mesmo sabendo que isso vai ferrar com a economia do país (e portanto com seu governo)?

Continuará querendo fazer burrada no Oriente Médio, mesmo sabendo que isso aumentará o preço do petróleo (e portanto prejudicará seu governo)?

Continuará querendo impor medidas drásticas e impopulares (e portanto prejudicando seu governo)?

Acredito que, em certas questões, o Mr. Obama vai mudar de discurso rapidinho.

Não por ideologia, mas pelo simples fato de que, como eu digo e sempre repito: o grande interesse da esquerda não são os pobres nem os oprimidos - é o poder. E pelo poder faz-se qualquer negócio.

* * *

Por outro lado, há uma forte razão para o pessimismo: a incrível burrice de alguns fãs obamistas. Por exemplo, este aqui disse a seguinte pérola (da linha "com Obama os EUA voltarão a ser amados"):
"Com um presidente chamado Hussein, os terroristas da Al-Qaeda terão muito mais dificuldade em encontrar candidatos ao terrorismo".
Lembro ao ignorante otimista que a Al-Qaeda (e/ou seus inúmeros clones) só nos últimos cinco anos matou milhares de muçulmanos, e portanto pelo menos algumas centenas de Husseins... Doh!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Algumas previsões

Algumas previsões sobre o governo Obama, de melhor a pior:

1) De acordo com Pedro Doria e Arnaldo Jabor, o governo Obama marcará o início de uma Nova Era de Paz e Amor na Terra. Ele "superará o bipartidarismo numa busca de “entente cordiale”, contra os “lobbies”, contra a tirania do petróleo, contra o efeito estufa." Jabor, que como articulista quase dá saudade dos seus tempos de cineasta, ainda acredita que "teremos a felicidade de não ver mais as famílias gordinhas dos boçais da direita, os psicopatas sorridentes de dogmas, seus hambúrgueres malditos, seus churrascos nos jardins." (Obama proibirá até o consumo de hambúrgueres?!?)

2) Já para o blogueiro Steve Den Beste, não é o fim do mundo. A eleição de Obama foi como uma bebedeira descomunal: uma sensação de euforia que, naturalmente, não poderá durar em confronto com a realidade. Com o exercício do poder virá a ressaca e, logo, o amadurecimento. Muitos se desiludirão, outros se darão conta de ter comprado gato por lebre. Lamentavelmente, para Steve, algumas das possíveis conseqüências desse processo serão "uma guerra nuclear entre Irã e Israel, a derrota militar americana no Afeganistão e ao menos um novo atentado em território americano."

3) Para outro blogueiro, "Obama se limitará a aplicar o que podemos chamar "síndrome de Harvard" - conversas sem fim com a idéia de que conflitos no mundo real podem ser resolvidos como discussões de sala de aula em Harvard. Obama ainda encontrará inimigos que são determinados, irresolutos e tem um sistema de valores e objetivos completamente opostos aos seus." Tal síndrome, naturalmente, apenas estimulará a agressão de inimigos.

4) Para o nacionalista russo Vladimir Zhirinovsky, "Obama será o Gorbachev americano; destruirá os Estados Unidos e não haverá volta".

5) "Tudo o que pode dar errado, dará" (Murphy).

E as suas previsões, caro leitor, quais são?

Respondenddo a um(a) leitor(a)

O leitor ou leitora que assina como "Sara Pálida" coloca a seguinte mensagem nos comentários de um post abaixo:

Mr,
como analista político você,quando muito, tornou-se sofrível. Basta ler suas pérolas de 30.08 sobre Sarah Palin,¨o brilhantismo da escolha de Mccain¨ e outras preciosidades do gênero.
Na época, o que me causou maior espanto foi o atrevimento adolescente de bancar a pitonisa de Delfos. Monumental leviandade e fajutice.
Confundiu seus desejos pessoais com o que realmente se passava na cena americana e mundial.
Alguns dos seus comentaristas advertiam que era muito cedo para lançar prognósticos e coisas do gênero.
Mas não só isso: se antes eras um equilibrado observador do que se passa no mundo e nas ideologias, lamentavelmente acabaste escorregando no facilitário das bobagens superficiais em vários e vários posts, a ponto de tornar impossível manter a simpatia e esperança de que inicialmente eras merecedor. E de que adianta ser muito bem informado, quando a pessoa carece de um mínimo de profundidade e honestidade intelectual.
Chesterton, a única diferença entre ti e um radical islâmico é que estás no lado de cá. Sintetizando: explodam-se ambos.

Sara Pálida

Pois continuo achando que a escolha de Sarah Palin foi boa; foi uma das poucas coisas que me causou um certo entusiasmo nesta eleição. Claro que eu não sou o eleitorado americano; mas estou certo que que McCain perdeu pelas suas próprias fraquezas, e não devido àquelas de sua vice. Sem Sarah Palin, provavelmente McCain teria perdido por muito mais.

No entanto, quem lê este blog sabe que jamais tive ilusões quanto ao que "realmente se passava na cena americana e mundial". Ora, vivemos o que só posso definir como uma espécie de regressão infantil, de pensamento mágico, ou ainda de "paulocoelhização" do mundo. Palavras vagas como "esperança" e "mudança" servem como bálsamo redentor. Obama é rei da neurolingüística. É o Lair Ribeiro americano. Yes you can.

Talvez seja apenas senilidade precoce de minha parte, mas não consigo sentir a menor euforia por Obama. Não acredito que ele "mude o mundo", e desconfio mesmo das mudanças que poderá trazer à América. Seu principal legado já passou: é o primeiro presidente negro a ser eleito nos EUA. (Aguardemos agora a primeira presidente mulher, o primeiro presidente travesti, o primeiro presidente hare-krishna, o primeiro presidente cego, e assim por diante.)

Obama pode até ser um bom presidente; ele se elegeu apenas na base do discurso, então tudo é possível. Na pior das hipóteses, ele é um radical idealista, um desses sujeitos invocados que querem acomodar a realidade aos seus delírios e terminam causando tragédias; na melhor das hipóteses, ele é - como Lula - apenas um oportunista narcisista, que muda de opinião conforme o vento que sopra, e portanto poderá desconsiderar sua história passada e adequar-se às formas do poder, realizando um governo razoável.

Quanto ao Chesterton, ele que responda; não me responsabilizo pelo que ele vier a dizer. ;-)

Abraços,

This is the end, beautiful friend

Pois é amigos. Aconteceu o esperado, Barack Hussein Obama é o novo presidente dos EUA. Se estou feliz? Se estou triste? Na verdade, nem um nem outro.

Assisti ao anúncio da vitória durante um evento cheio de brasileiros (lançamento de um filme brasileiro em um festival local). Todos, naturalmente, vibravam com a vitória de Obama. Achei quase cômica tanta emoção: o que mudava para eles, que retornariam para o Brasil em poucos dias? Aí li este post do Pedro Sette Câmara, n'O Indivíduo:

Por que alguém que mora e vive no Brasil pode depositar tanta, digamos, energia emocional num candidato, e ainda mais num candidato à presidência americana? Fico pensando em como isso pode afetar sua vida particular, e o número dessas pessoas parece bastante diminuto. Para nós que no máximo visitamos os EUA a única coisa que mudou foram as medidas de segurança nos aeroportos, e parece razoável dizer que após o 11 de setembro qualquer presidente as teria instituído.

Aliás, mesmo descendo ao mais imediato dos níveis, a diferença que a maior parte das pessoas sente em suas vidas privadas com a eleição de um prefeito é mínima. Pensando na prefeitura do Rio, onde morei quase sempre, só consegui lembrar de duas coisas: Cesar Maia encheu a cidade de placas, o que foi muito bom, e fez o tal do Rio Cidade, justamente enquanto eu não morava aqui, zerando seu placar positivo com o abominável obelisco de Ipanema. Nem as placas nem o obelisco foram promessas de campanha. Fora isso, as coisas continuaram idênticas. Consigo me lembrar de outras coisas feitas por políticos, mas elas não vieram do, com o perdão do jargão, âmbito municipal.

Isso é que me faz crer que, desde o ponto de vista do cidadão privado, a escolha de um candidato é semelhante à escolha de um time. Que diferença faz o Flamengo ganhar ou perder? Só uma diferença emocional. Você resolveu agregar algo à sua identidade e por isso quer que esse algo seja sempre vencedor sob algum aspecto – se não ganhar no placar, vai jogar melhor, ter mais títulos, sei lá. O impacto emocional que uma vitória ou derrota tem é infinitamente maior do que o impacto externo, e a mesma coisa vale para a vitória nas eleições. Cá no Rio, sei que a minha repulsa por Paes conseguia superar até a minha repulsa pelo ex-seqüestrador, mas, francamente, não consigo imaginar uma única diferença que um ou outro fosse fazer em minha vida concreta.

No meio das comemorações, e assistindo depois às cenas na TV, e imaginando também a emoção juvenil do colega Pedro Doria, não pude deixar de me divertir com o curioso espetáculo. Todo esse entusiasmo? Por um político que promete mudanças? Don't these people know any better?

Não posso saber o que eles acreditam que mudará nas suas vidas com a eleição; de fato, não acredito que nem mesmo eles o saibam. De minha parte, acordei cedo, assisti ao sol nascer, tomei café, dirigi-me à Universidade, e tudo parecia exatamente igual ao dia anterior. Como se fosse o dia depois da conquista do Pentacampeonato pela Seleção Brasileira.

Não me entendam mal: é claro que não tenho grande entusiasmo pela candidatura Obama por não concordar com suas idéias, mas mesmo que McCain tivesse ganho, não acreditem que eu sairia tomando champanhe por aí. (Mesmo o futebol, confesso, me emociona muito pouco). Os progressistas - o nome já diz - acreditam num progresso social cada vez maior: primeiro os negros têm mais direitos, depois os gays, depois os transsexuais, depois não haverá pobreza, depois todos os povos inimigos se unirão em paz sob a égide da ONU, etc, etc, etc. Eu não; sou pessimista. Não acredito em progresso natural; acredito que os poucos direitos que temos são conquistados com muita luta e que precisam ser mantidos dia a dia, sob o ataque constante de inimigos e da própria complacência.

O que muda com a presidência Obama?

Ora, Obama não é a causa, Obama é o sintoma. Sintoma de uma outra coisa, um mal-estar geral civilizacional ocidental, de que já falei em outros momentos. Sua eleição não trará o paraíso sonhado de seus eleitores; mas, com um pouco de sorte, tampouco o inferno. E eu me dedicarei menos à política e mais aos poemas e bichos.

Vejo, no entanto, duas coisas positivas na sua eleição:

1) Os Democratas, se fizerem merda, serão os responsáveis. Certo que, sendo Democratas, tentarão responsabilizar o "legado de Bush" ou "a oposição", mas colará um pouco menos.

2) Obama é negro e venceu a eleição, e ninguém mais vai poder falar em "América racista". Aliás o próximo que vier me falar em "América racista" vai levar uma bolacha na cara.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um bicho às terças


O "Ai-ai" (Daubentonia madagascariensis) é um bicho muito estranho, e não apenas pelo curioso nome (em inglês, "Aye aye"). Trata-se de um animal noturno que habita exclusivamente a ilha de Madagascar. É um primata, mas pelo aspecto físico (dentes, orelhas, cauda) mais parece um roedor. Ou, pensando bem, um Gremlin.

Possui mãos estranhas com dedos compridos que utiliza para extrair larvas das árvores, sua principal fonte de alimento junto com as frutas, nozes e sementes. Sabe-se pouco sobre sua reprodução e sobre sua longevidade; o exemplar em cativeiro mais longevo viveu até os 23 anos.

É considerado pelos aborígenes locais como um animal de mau agouro, símbolo de morte, desgraça ou presidência obâmica.

Ai, ai...


Alea jacta est

Finalmente a novela acaba, e amanhã se decidirá quem será o presidente dos EUA pelos próximos quatro anos. Este blog apóia McCain/Palin; no entanto, não tem demasiadas ilusões e acredita que devido a uma série de fatores a vitória será provavelmente de Barack Hussein Ahmed Al-Obama.

Como será a presidência Obama? Difícil dizer. O mais provável é que não seja nem a catástrofe imaginada pelos republicanos nem a salvação da lavoura tão aguardada pelos obamistas: simplesmente uma presidência medíocre, cujos piores efeitos irão se sentir, não imediatamente, mas a longo prazo. Perda de empregos; queda do crescimento econômico; aumento da criminalidade; problemas energéticos; aumento da tensão política mundial; toda uma série de eventos que irão se acumulando causando uma sensação de mal-estar que, no entanto, devido à sua extensão no tempo, não parecerão ter causa clara. É até possível que, como sempre ocorre, os obamistas consigam colocar a culpa também disso nos "republicanos".

As idéias de Obama são equivocadas e nocivas; mas é muito difícil convencer um esquerdista disso, pois para eles as idéias da esquerda são sempre corretas e boas. Eles não vêem nada de errado na "redistribuição de renda" através de impostos cada vez mais altos; não vêem como negativa a intromissão do Estado em cada vez maiores aspectos da vida individual; acreditam que políticas de welfare sejam úteis para ajudar os pobres e melhorar a sociedade; pensam que para se ter paz no mundo basta "vontade política" e "dialogar com os inimigos"; acham que é preciso reduzir o orçamento militar.

Mas tais idéias são, de fato, em geral socialmente nocivas, e conduzem a uma série de problemas. É muito difícil explicar porque isso ocorre; baste dizer, por ora, que o mundo é imperfeito, e que enxergá-lo com os óculos cor-de-rosa da esquerda não muda realmente a sua cor.

Se o maior truque do Diabo é convencer todo mundo que ele não existe, o maior truque da esquerda é ter convencido todo mundo que seu objetivo é ajudar os pobres e oprimidos. Não: o que a esquerda quer é controle; "ajudar os pobres" é apenas uma ótima desculpa para isso.

Claro que o maior medo com a presidência Obama é que, como disse seu próprio vice Biden, ocorra uma crise política internacional e que o inexperiente e equivocado Obama reaja de modo "que não seja aparentemente correto" (Biden). Quem viver, verá.

Não tenho ilusões; acredito que o mundo é um lugar trágico e acho que idealistas equivocados como Obama e seus sicofantas só trazem miséria e desgraça.

"Todas as tentativas de criar o paraíso na terra acabam criando o inferno" (Karl Popper).

Seja quem for o eleito, este blog tirará uns dias de férias após a divulgação dos resultados.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Obama, comunista safado?

Muita gente ri quando se afirma que o Barack seja "comunista" ou coisa que o valha. De fato, parece coisa do arco da velha. Comunista? Isso é coisa dos anos 60!

O próprio PD acha que o eleitor de Obama é demasiado "sofisticado" para essas bobagens.

No entanto, coincidência ou não, o design gráfico de Barack Obama é claramente inspirado na arte revolucionária soviética. O exemplo mais claro é o famoso cartaz "HOPE".

Aqui, mais um exemplo (segue o cartaz de Obama e o original soviético):



Obama pode até não ser comunista, mas que tem simpatia por esse pessoal, isso tem.

Atualização: Àqueles que acham que esse negócio de comunismo nos EUA é exagero, talvez baste a seguinte anedota: hoje de manhã vinha caminhando pelo campus universitário, quando passou por mim um estudante com uma camiseta do Che Guevara. Pensei: que coisa incrível. Toda essa luta de décadas de Guerra Fria, para terminar assim...

Aí me virei para o lado e vi um outro sujeito, mais velho, provavelmente um professor.

Estava vestindo uma camiseta do Lenin.

domingo, 2 de novembro de 2008

Poema do domingo



Joan Brossa (1919-1998)

sábado, 1 de novembro de 2008

A esperança não era a última a morrer?

Esta é impagável.
Barack Obama e seus estrategistas estão estudando planos para baixar as expectativas de sua presidência assim que ele ganhar as próximas eleições, preocupados com a idéia que muitos de seus eufóricos votantes estejam criando esperanças irreais daquilo que pode ser efetivamente conseguido.
Eh eh eh. Obama está assassinando a esperança. Bem que ele poderia mudar o slogan de "Change you can believe in" para "Calma aí pessoal, não é bem assim".

Aliás, fizeram um estudo no outro dia sobre a cobertura das eleições pela mídia americana. O resultado:

MSNBC
14% notícias negativas sobre Obama
74% notícias negativas sobre McCain
43% notícias positivas sobre Obama
10% notícias positivas sobre McCain

CNN
39% notícias negativas sobre Obama
61% notícias negativas sobre McCain
36% notícias positivas sobre Obama
13% notícias positivas sobre McCain

FOX NEWS
40% notícias negativas sobre Obama
40% notícias negativas sobre McCain
25% notícias positivas sobre Obama
22% notícias positivas sobre McCain.

A Fox News nem é tão republicana assim, as outras emissoras é que são Obamistas demais. O estudo, aqui.

Ah, e em outra pesquisa relacionada, 49% dos americanos acham que a mídia é pró- Obama. Ué!