Assisti o último film do tal 007, Quantum of Solace. Não percam seu tempo, o filme é medíocre, mesmo para quem - não é meu caso - gosta do Daniel Craig.
O vilão é um nerd panaca, tão assustador quanto uma professora de jardim de infância; falta uma cena de abertura impactante e o filme aliás tem uma série de perseguições pouco emocionantes, variando apenas o meio de transporte: carro, barco, avião. O roteiro não faz sentido algum: aparentemente o vilão, sob a cobertura de uma falsa ONG ecologista, organiza um golpe na Bolívia (contra Evo Morales?) para instalar uma junta militar de direita, roubar a água do deserto e revendê-la a preços extorsivos a não sei quem. O clímax dá sono. James não come a Bond girl. Não tem nenhum gadget. Bond não fala uma única vez "My name is Bond, James Bond."
Mas o que eu queria falar aqui era sobre a máfia gay de Hollywood.
Como se sabe, antigamente os judeus dominavam Hollywood. Na época dos grandes estúdios, nos anos 40 e 50, os produtores Samuel Goldwin, David O. Selznick e outros mandavam e desmandavam. Curiosamente, queriam apenas ganhar dinheiro e não tentavam colocar mensagens nos seus filmes; os vários filmes tratando do Holocausto nazista começaram a ser realizados tempos depois. Samuel Goldwyn famosamente disse que "se eu quisesse mandar uma mensagem, usaria um fax". (Bem, a frase original é um pouco diferente; na época não existia o fax).
Hoje os judeus continuam produzindo, mas já não dominam nem na crença popular; dizem que quem manda mesmo em Hollywood hoje é a máfia gay. E a máfia gay não quer ganhar dinheiro, quer é vender pontos de vista, mesmo que os filmes não façam sucesso. (Todos os filmes contra a guerra do Iraque encalharam nas bilheterias, mesmo assim foram produzidos às dezenas).
Os gays representam apenas entre 2% e 5% da população, no entanto na indústria do entretenimento eles ocupam uma proporção muito maior. (Na indústria da moda, então, devem corresponder a uns bons 90%.)
Existe mesmo uma máfia gay? Bem, segundo Michael Ovitz, existe sim. Todo sitcom televisivo que se preze tem pelo menos um personagem gay. A temática gay está cada vez mais presente nos filmes de Hollywood, e onipresente na televisão. Os atores mais em voga ultimamente - Leonardo di Caprio, Tom Cruise, Brad Pitt - são meio afeminados ou, pelo menos, metrossexuais.
Outra preocupação dos gays é com o Politicamente Correto. De fato, quem impõe a cultura "politicamente correta" são, ao menos segundo este blogueiro, principalmente as mulheres e os gays. Segundo ele, em áreas do entretenimento onde não há muitas mulheres nem gays, como no hip hop, o "politicamente correto" não impera.
Mas no cinema e na TV, sim. Este ano a série 24 parece ter sido remodelada pelos roteiristas para a Era Obama (vem depois da Era de Aquário). Agora Jack Bauer, em vez de lutar contra terroristas nos EUA, vai para a África ajudar as criancinhas famintas. Depois será julgado por "tortura" em Washington.
E o James Bond gay, quando é que virá?
Atualização: Dez pensamentos politicamente incorretos de Victor Davis Hanson.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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6 comentários:
se 5% da população fosse gay a vida das gentes na Terra teria seus dias contados.
Pois ontem mesmo eu estava pensando nisso, na cultura do politicamente correto ditando (no sentido autoritário mesmo) os rumos das sociedades ocidentais.
E pensei que grande parte se explica pela ascensão das mulheres no mercado de trabalho, logo economia, política, comunicação social, etc...
Eu não sou contra isso, de jeito nenhum, mas realmente o senso de humor feminino - excetuando aquelas meninas que fazem partes de grupinhos cheios de rapazes- não é "tridimensional" quanto o masculino. Para elas, as palavras têm muito mais peso do que sua (des)interpretação.
E daí, xizo?
Se geneticamente, como já está bem demonstrado, alguns homens preferem homens e mulheres, idem mulheres, não sendo pois, questão de escolha, em que isso te afeta, me afeta, nos afeta?
Mafia, que eu saiba é organização com atividades criminosas (contrabando,drogas, armas, prostituição, escravidão, e por aí) cujos membros se protegem entre si, liquidam concorrentes e vão levando seus ¨negócios¨ até poderem entrar pra dentro do sistema, podendo mesmo culminar na política.
Ora, a única característica comum entre máfia e minorias é a tendência à mútua proteção, sendo que os métodos da primeira são bem mais violentos. Ou não?
Por que então aplicar ao grupo gay o epíteto mafia? Por causa de um artigo de um sujeito ressentido?
Convenhamos, cara, aqui nem se trata de ser politicamente correto ou incorreto, mas de forçar a barra.
O sindicato dos médicos, só pra ficar num exemplo, larga cada pérola na midia pra defender seus interesses, que causa arrepios de indignação em quem ¨sofre¨ seus serviços.
Mesmo usando impropriamente o termo, me parece que estarias mais perto da realidade se chamasses suas ações de 'corporativas', por ora (vá lá se saber a evolução das coisas), mas não de mafiosas. O único inconveniente da troca seria perderes o chamariz pro post, não é mesmo?
Aliás, a frase do Chesterton, não fugindo ao habitual, é um primor de achismo e burrice galopante: ¨se 5% da população fosse gay a vida das gentes na Terra teria seus dias contados¨.
Há cálculos estatísticos que apontam para entre 8% e 10% de qualquer população, se bem que estatísticas...
O fato é que a espécie humana já está há alguns milhares de anos no planeta e sua população só faz aumentar.
E deixa as mulheres em paz, pois só há poucas décadas estamos fazendo correta ou incorretamente o que os homens já fazem há séculos, algumas de nós com muita competência.
Amicalement,
Madeleine
Olá Madeleine,
O termo "máfia gay" é efetivamente uma brincadeira. O termo foi usado por Michael Ovitz quando foi demitido, e acusou estar sendo perseguido pela "máfia gay". Desde então isso virou piada. O que não quer dizer que os gays e as temáticas gays não tenham cada vez mais presença no cinema e TV, mas realmente não é nenhuma "máfia". E nada contra as mulheres, ao contrário.
Mister,
sou uma toupeira mesmo. Levo tudo ao pé da letra.
Mas prometo melhorar.
Risos
Beso,
Mad Mada
Cara, ao ler esse tipo de coisa não tem como evitar a impressão de que tais palavras são apenas manifestações do "macho" em crise insegurança / medo...
Afinal, macho que é macho está tranquilo e sossegado e não dá a mínima para gay or not gay, pode ter amigo gay, ir à parada gay, abraçar gay, e nada lhe acontecerá, aliás, nem saberá que é gay, simplesmente porque não está preocupado com a vida sexual alheia - já que a própria está ótima.
Não é?
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