A esquerda, além de todos os problemas que causou diretamente ao mundo, causou um mais grave ainda, indireto: a ignorância. Tendo aprendido na escola e na universidade e na televisão uma versão marxista ou politicamente correta e açucarada da História, as pessoas estão pouco preparadas para lidar com o mundo real e seus horrores muito reais.
O terrorismo, por exemplo, é extremamente mal compreendido. A maioria dos esquerdistas acredita que os muçulmanos atacam porque foram "oprimidos" ou porque se sentem "injustiçados". Kashmir, Gaza, ocupação americana são citados como "causas" do terror islâmico. Mas não são causas: são pretextos. Se não fossem esses, seriam outros. O islamismo é ativo, não passivo. Ataca onde pode e com a maior força que pode. Seu objetivo é o terror em si.
Mas os esquerdistas não entendem. Procuram desesperados um fantasmático "terrorismo hindu" que seria a "causa" dos ataques. Como se os jovens fortemente armados com explosivos, granadas e armas de grosso calibre que invadiram Mumbai e mataram centenas de inocentes fossem anteriormente seres angelicais que tornaram-se revoltados somente após assistirem seus queridos tios ou primos serem estuprados e mortos por uma turba enfurecida de hindus... O "ciclo da violência".... Blablablá...
O islamismo, como o esquerdismo, é extremamente propenso a conspirações paranóicas e manias de perseguição. Tudo é culpa do Ocidente e dos judeus, dizem os muçulmanos, bêbados de Corão; tudo é culpa do Ocidente e dos judeus, concordam os esquerdistas, bêbados de culpa e frustração. (Culpar a vítima é um ato-reflexo para o esquerdista).
Já outros comparam as mortes causadas pelo terrorismo com os acidentes de trânsito, afirmando que estes segundos matam mais, e portanto dando a entender que não devemos nos preocupar com o terror, um problema irrelevante.
Mas o objetivo do terrorismo não é apenas matar; é, como o próprio nome diz, causar terror. Acabar com a sensação de segurança das pessoas. Destruir a credibilidade de um governo, acabar com a economia, o turismo, o bem-estar. Os acidentes de trânsito podem matar mais, mas não causam o mesmo pânico.
Hoje há quem ache que somos mais "civilizados" e que a violência é coisa do passado; que responder a atos terroristas só gerará mais violência. Insistem, em suma, que devemos realizar tudo o que os terroristas pedem, para assim ter paz e sossego.
Em tempos antigos, isso tinha um nome: covardia.
E, antes como agora, a covardia só gera mais ataques de inimigos mal-intencionados.
(Também Chamberlain acreditava em "paz no nosso tempo". Cem milhões de mortos depois, você pensaria que as pessoas entenderiam, mas não: continuam acreditando em um mágico acordo de paz que vai resolver tudo).
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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7 comentários:
Sabe o que é o mais engraçado? Índia e o hinduísmo era tremendos queridinhos da esquerda, em especial a esquerda de passarela. Gandhi, esse herói que tinha certeza que Hitler ouviria uma cartinha com elogios, e implantou o socialismo obrigatório na constituição, levando a cinquenta anos de subdesenvolvimento. Nada mais chique, nada mais muderrrno que uma estátua de Ganesh ou cartaz de Bollywood.
E agora? Irão, na cabeça da esquerda, os Indianos ser enquadrados junto às hostes dos opressores, dos culpados automáticos?
Gandhi era um iluso, supervalorizado pelo estabishment liberal.
De acordo com a cartilha esquerdista, todo e qualquer povo que ouse reagir contra o Terror é, por definição, um "opressor" que "mereceu" o ataque. Os indianos podem virar os novos vilões do pedaço, dependendo de como reagirem nos próximos dias.
Vai acabar internado. Como Antonin Artaud.
Artaud? :-/ Mas eu nunca provei peyote!
Você tem certeza do que colocavam na tua mamadeira quando você era bebê?
Caro Mr. X
Acabo de descobrir teu blog, via Resistência.
Parabéns pela clareza e lógica de teus textos.
Abraços,
Stefano
Well, o fato de os acidentes de trânsito matarem mais do que o terrorismo é relevante sim. Mas não para desmerecer o terrorismo, e sim para , sob mais esse matiz, mostrar quão absurdo é o sistema que desenvolvemos, a sociedade do automóvel.
Carros mata, negue-se o quanto quiser. Ou, na linguagem direitoba, pessoas (usando carros) matam.
E se isso não te causa pânico, grande e desengonçado MrX, considere-se sortudo. Eu tenho medo e muito desses bólidos motorizados (que, aliás, já me renderam alguns pinos no braço e cicatrizes diversas), seja pedalando ao lado deles na rua, seja do lado de dentro, observando quão alienado da realidade é um motorista envolto por uma carcaça de metal e insufilme.
www.bicicletadacuritiba.wordpress.com
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