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quarta-feira, 14 de março de 2012

Reescrevendo o Passado

Uma das coisas mais irritantes do progressismo é que não quer apenas mudar o futuro, mas também reformar o passado. Os tempos anteriores são assim medidos com a régua dos supostamente iluminados tempos atuais, nos quais teríamos chegado a uma melhor compreensão do mundo. Mal sabem esses idiotas que, daqui a cem anos, é o progressismo que será examinado por futuros arqueólogos como uma estranha aberração mental que (quase) levou o Ocidente à perdição.

Por exemplo, uma organização esquerdista italiana filiada à ONU publicou um artigo de uma certa Valentina Sereni querendo tirar Dante das escolas italianas, afirmando que a Divina Comédia é antisemita, homofóbica e islamofóbica. Será que é mesmo? Bem, Maomé, fundador do islamismo, aparece num dos últimos cantos do Inferno com seu ventre aberto de cima a baixo e torturado por demônios. As cúpulas da cidade infernal de Dite são chamadas de mesquitas. Quanto  aos judeus, também são jogados nas chamas acusados de praticar usura. Já os sodomitas vão para o sétimo círculo do inferno -- seu pecado é considerado pior do que o assassinato.

Mas é inútil catalogar essas descrições dantescas com a linguagem politicamente correta de hoje em dia. Pela mesma medida, Dante poderia ser acusado de papófobo, já que coloca mais de um Papa no Inferno. Honestamente, esses idiotas deveriam é preocupar-se com a queda na qualidade da educação. É pouco provável que o italiano médio de hoje em dia sequer consiga ler a Divina Comédia.

O mesmo ocorreu no Brasil com Monteiro Lobato, recentemente acusado de racista. Não entendi porque, já que, do que eu lembro, Tia Nastácia era apresentada positivamente. Talvez, para essas pessoas, politicamente corretas e educativas são as letras de funk ou de rap...

Nem a Bíblia escapou dessa ânsia positivamente soviética de reescrever -- há uma tradução atual na qual Deus é chamado de Ele/Ela...

Na verdade, eu acho que os autores do passado sabiam mais das coisas do que os modernosos imbecis, com sua suposta superioridade moral. Aliás, pecado de soberba. Que ardam no Inferno!

domingo, 7 de agosto de 2011

Poema do Domingo

Inferno I, 49-54

Ed una lupa, che di tutte brame
sembiava carca nella sua magrezza,
e molte genti fe' già viver grame,

questa mi porse tanto di gravezza
con la paura ch'uscía di sua vista,
ch'io perdei la speranza dell'altezza.

Dante Alighieri (1265-1321)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quando acaba a infância?

Há uma controvérsia aqui nos EUA sobre o caso de Abby Sunderland, a garota de 16 anos que decidiu dar a volta ao mundo em um barco sozinha, e terminou quase morrendo no processo.

De um lado, estão os que criticam os pais, por ter permitido uma adolescente correr tais perigos em troca de publicidade. Pais conservadoramente corretos, dizem os críticos, teriam proibido a moça de tentar a aventura até chegar à maioridade.

Do outro lado estão os que exaltam o espírito independente e aventureiro da garota, e observam que a odisséia seria uma espécie de retorno às tradições americanas de desbravamento e independência.

Confesso que estou dividido a respeito do tema, assim como acho que também o está nossa cada vez mais bizarra sociedade.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os globalistas estão chegando

No outro post, um pouco abaixo, eu indagava sobre o curioso motivo que teria impelido os EUA de Clinton a ajudarem os jihadistas muçulmanos contra os sérvios, e o mesmo Clinton a vender segredos militares à China. Ainda antes, eu tinha comentado sobre o aplauso que o presidente mexicano recebera dos Democratas por criticar leis americanas em solo americano.

Como era possível?

Os americanos estariam lutando contra seus próprios interesses, contra a sua própria demarcação de fronteiras, contra seu próprio povo, contra a sua própria defesa militar?

Há os que acreditam que existe uma divisão, dentro dos próprios EUA, e de todo o mundo civilizado, entre globalistas e anti-globalistas. Ou seja, os que querem manter a organização do mundo em países soberanos, e os que querem transformar isso em uma suposta "nova ordem mundial". 


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Marx e Lenin perderam; Gramsci venceu

Marx, Lenin e Stalin estão mais ultrapassados que o Rubinho Barrichelli. Não há a menor possibilidade de ocorrer uma Revolução Comunista em qualquer lugar do mundo. Guerrilhas marxistas foram derrotadas definitivamente do Sri Lanka ao Chuí. Na Rússia, Putin pode ser um nacionalista com possíveis intenções imperialistas, mas não pretende coletivizar os meios de propriedade nem trucidar os kulaks. Na América Latrina, último bastião do comunismo revolucionário, as FARC são um cachorro morto, e Cuba e Venezuela são poços de pobreza, irrelevantes em qualquer discussão séria.

Isso não quer dizer que não haja mais pessoas que sofrem sob a foice e o martelo da opressão comunista. Assisti estes dias ao depoimento de Shin Dong-hyuk, que fugiu de um campo de trabalho escravo na Coréia do Norte, onde ainda há dezenas de campos bastante similares aos GULAGs soviéticos. Seu relato é aterrorizador. Mas não há qualquer possibilidade dos comunistas implantarem esse sistema a nível mundial, como parecia possível a meras décadas atrás. Salvo na Coréia do Norte, esse tipo de comunismo está morto e enterrado.

E, no entanto, no entanto... Os comunistas venceram a batalha no campo educativo e cultural. Não precisam realizar Revolução alguma, pois suas idéias já têm o monopólio no debate político e cultural, tanto que, no Brasil, Lula se gaba abertamente da inexistência de qualquer tipo de direita política! Crianças são ensinadas desde pequenas o beabá da igualdade social e do politicamente correto. Não há escapatória. Ninguém nem mesmo contesta que possa haver algum tipo de debate sobre essas questões.

Marx e Lenin perderam. Mas Gramsci venceu. Gramsci, com sua teoria de revolução silenciosa, de "longa marcha através das instituições", quem diria, era quem realmente tinha a estratégia vencedora! Mesmo nos EUA, suposto bastião do capitalismo, nas escolas, universidades e na mídia raramente se ouve algo diferente das idéias socialistas ou semisocialistas (resistem apenas o talk radio e a Internet). Há posters do assassino psicopata Che Guevara em qualquer campus local.

Os verdadeiros comunistas de hoje são os que comandam as universidades, a política e a mídia, que falam em "direitos das minorias", "justiça social" e "saúde e educação para todos", mas o que querem é cada vez mais poder para o Estado sobre a vida e o dinheiro de cada um de nós. São "comunistas"? São "progressistas transnacionais"? São arautos do "governo global"? Não sei, só sei que esses é que são o "perigo vermelho" de hoje em dia. O resto - os comunistas de velha guarda que ainda falam em "ditadura do proletariado" e sonham com guerrilha e revolução e citam Marx, Lenin e Stalin - são meros zumbis.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quarto mundo

Falamos recentemente sobre a praga do "terceiromundismo", mas há lugares do mundo que ficam além dessa explicação. Lugares tão inóspitos que, francamente, é ver para crer.

Se você achou o Haiti o fim da picada, é porque não conhece a Libéria.

A VBS TV é um site bacana que descobri recentemente. É uma rede de televisão online especializada em documentários curtos. O diretor criativo é Spike Jonze. Os documentários que assisti até agora são bem interessantes, ainda que algo superficiais. A série sobre a Libéria está atualmente na parte 6 de 8. Cada episódio dura menos de dez minutos. Se você não puder assistir tudo, tente assistir ao menos a parte 1 (abaixo), que faz um breve apanhado histórico, ou então a incrível parte 3, que é a mais grotesca e apavorante de todas, e pergunte-se que tipo de salvação pode haver para essa pobre gente.

(Vendo essas cenas, parece-me que os europeus cometeram um grave erro ao colonizar a África; talvez fosse melhor ter deixado os locais com suas tribos e seus tambores. Ao menos, antes eles se matavam com lanças, e não com AK-47s.)

Outro documentário interessante é o sobre a Coréia do Norte. Acho que o Tiago vai gostar deste. É um pouco menos impactante e mais aborrecido por não poder sair jamais do tour propagandístico traçado pelos zelosos nortecoreanos. Mesmo assim, a impressão que passa de Pyongang é de uma cidade-fantasma. Há também um documentário sobre as condições de trabalho semi-escravo em Dubai.

Para os mais interessados na alta cultura brasileira, eles fizeram um curta sobre a mulher-melancia.

sábado, 5 de setembro de 2009

A nova guerra civil Americana

Não há maior indicador dos nefastos interesses internacionais por trás de Obama do que sua curiosa sanha em defender Zelaya, mesmo quando ninguém mais se importa com o ridículo chapelão. Ué! Será que o Celso Amorim virou o novo U.S. Secretary of State e ninguém me avisou? O que tem o governo Obama a ganhar defendendo o (ex-) tiranete de uma minúscula república bananeira? Tal obsessão só pode ser explicada por quatro motivos:

1) Obama é comunista e chavista desde criancinha.

2) Obama tem tendências tirânicas e sonha em imitar Zelaya, Chávez e cia.

3) Há interesses internacionais por trás do governo Obama que têm o objetivo de acumular poder a nível global, impondo um socialismo moreno globalizado.

4) Todas as alternativas.

Porém, apesar das suas simpatias externas por comunistas e muçulmanos radicais, o principal objetivo de Obama é consolidar o poder interno, através de uma série de mudanças legislativas, a mais radical delas a da saúde pública, que há anos os Democratas vêm tentando impor ao país.

Como os EUA ainda não são uma republiqueta de bananas, o projeto está enfrentando considerável resistência popular. E aí salta a violência dos esquerdistas, que acreditam que qualquer um que seja contra seus projetos totalitários é um criminoso ou um maluco fundamentalista. Recentemente, um manifestante contrário à saúde pública perdeu um dedo com a mordida de um manifestante pró-saúde pública.

O fato é que há dois campos opostos nos EUA, de dois grupos que não têm como se entender. De um lado os coletivistas, que acreditam que deve haver igualdade e essa igualdade deve ser imposta pelo Estado, mesmo que seja com mão bruta. Acreditam que os ricos e a classe média devem sustentar eternamente os "excluídos", mesmo que sejam excluídos ilegais que nem mesmo estavam no país há poucos anos.

O outro campo é o que acredita no trabalho, na educação, no esforço individual, pessoas normais que não querem sustentar com seu dinheiro a outra metade da população que não trabalha e que não querem que sejam gastos trilhões em um plano de saúde que os prejudicará em prol de não-contribuintes.

Quem vencerá essa batalha?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alienígenas controlam a Terra

Às vezes penso que é tudo um plano maligno. Que uma raça alienígena substituiu os líderes dos países mais poderosos da Terra por completos imbecis, com o intuito de enfraquecer mortalmente a humanidade, de modo a que não ofereça resistência quando a invasão chegar. É a única explicação possível.

Por exemplo, esse pensamento mágico que todos hoje parecem depositar no "diálogo", mesmo nos momentos mais esdrúxulos.

O Javier Solana, presidente da União Européia, no mesmo dia em que os iranianos acabam de seqüestrar embaixadores britânicos, continua dizendo que "não vai interromper o diálogo". Como pode alguém ser tão burro? O que o Irã precisaria fazer para que o tal diálogo fosse interrompido? Estuprar sua mulher? Imaginemos por um momento que os mulás radicalizassem ainda mais e cortassem as cabeças dos diplomatas ingleses. Quais terríveis medidas os europeus poderiam impor? Ahmadinejad sabe que estão blefando, por isso deita e rola.

Lamentavelmente, hoje os "dialoguistas" não estão só na Europa. Eis aqui o que diz o panaca maligno Axelrod, assessor e mentor de Obama:

"We are not looking to reward Iran. We are looking to ... sit down and talk to the Iranians and offer them two paths. And one brings them back into the community of nations, and the other has some very stark consequences,"

De qual "comunidade de nações" esse idiota está falando? Ela inclui Sudão, Coréia do Norte, Arábia Saudita e Rússia? E quais serão as "dramáticas conseqüências" que se seguirão se o Ahmadinejad continuar espancando o próprio povo e insultando os EUA? Mais outro discurso amoroso de Obama?

Não que eu ache que o diálogo com nações inimigas seja de todo impossível, mas isto é ridículo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Revelação

Obama acaba de dizer que "Os EUA são um dos maiores países muçulmanos do mundo". Não, não é brincadeira, é isso mesmo o que ele acaba de dizer em uma entrevista à TV francesa. (Há, no máximo, três milhões de muçulmanos nos EUA.)

Alguns podem achar que foi apenas um lapso freudiano, mas não é a primeira vez que ele diz algo parecido: faz claramente parte de uma "estratégia" de aproximação com o mundo islâmico, tentando parecer mais muçulmano que o Bin Laden. Em entrevista à televisão árabe (primeira entrevista que deu como presidente eleito), ele definiu o país como uma "nação muçulmana, cristã, judaica" - muçulmanos em primeiro lugar. Na visita à Turquia, insistiu que "Os EUA não são um país cristão". Meses antes, ainda durante as eleições, não somente disse que "não somos mais uma nação cristã", como, em um discurso tão explicitamente anticristão que é preciso ver para crer, ridicularizou a Bíblia dizendo que esta ensinaria a escravidão e o apedrejamento de mulheres e crianças. (Já o Corão...)

Não obstante, a mídia esquerdista francesa e os leitores do New York Times celebraram a recente declaração, que antecipa um discurso "ao mundo muçulmano" que Obama realizará em breve no Egito. As elites esquerdistas acreditam que tal discurso possa sensibilizar os radicais islâmicos, que se sentirão "incluídos". (Será que essas pessoas são tão retardadas assim?)

Barack Hussein Obama nasceu no Quênia e chegou a ser criado como muçulmano na Indonésia. Que seja hoje o presidente dos EUA, parece coisa de ficção científica.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Radicalização

Dois atentados ocorridos no mesmo dia chamam a atenção para a radicalização crescente na América.

Um ativista muçulmano atirou em dois soldados americanos em pleno Arkansas: matou um e o outro está grave. Afirmou que seus motivos eram "políticos e religiosos". Embora fosse americano, convertido recentemente, acabava de voltar do Iêmen onde havia realizado um curso de extensão em jihad.

Mas o crime que mais chamou a atenção foi a morte do médico abortista George Tiller, em mãos de um militante anti-aborto. George Tiller era famoso por realizar as chamadas late-term abortions, ou seja, abortos de fetos de mais de três meses. Gabava-se de ter realizado mais de 60.000 destes abortos (e não por motivos "humanitários": ganhava 5.000 dólares por operação). Recentemente, foi levado a julgamento por realizar abortos ilegais, mas saiu livre - alguns dizem que por ter subornado políticos Democratas. Não foi tampouco o primeiro atentado que ele sofreu, tendo recebido dois tiros em 1993. Desta vez o assassino foi mais certeiro.

Curiosamente, morreu na Igreja. Um abortista que acredita em Deus? Uma Igreja pró-aborto?

De qualquer modo, é o mártir que alguna andavam buscando: a administração Obama, que há meses já estava falando sobre os perigos do "terrorismo de direita", tem a desculpa para aumentar a pressão. Já há quem acuse a Fox News de cumplicidade no crime, e fale em "terrorismo fundamentalista cristão". (Mas não é terrorismo, é vigilantismo: terrorismo costuma atacar civis randômicos, enquanto este foi o assassinato de um alvo cuidadosamente planejado.)

Por outro lado, recente pesquisa da Gallup indicou que a maioria da população americana considera-se anti-aborto, revertendo tendência pró-aborto de décadas.

Já a venda de armas desde a eleição de Obama bateu todos os recordes, e as munições estão em falta.

Lamentavelmente, tudo indica que a diferença entre progressistas e conservadores só vai se radicalizar daqui em diante, e com certeza novos casos de violência ocorrerão, de um lado e do outro.

Nessa hora, onde poderão refugiar-se os pobres centristas como eu?


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Inteligência e genética

Só para complementar o post anterior ("A sobrevivência dos mais burros"), já que é um dos temas mais polêmicos - quase um tabu! - que jamais mencionei aqui. Há vários estudos sobre a relação entre a inteligência, a genética, a etnia e a classe social dos indivíduos, cujos resultados são bastante discutidos. Há uma série de dúvidas: afinal, a inteligência depende apenas da genética ou também da cultura? Certas culturas parecem favorecer o aumento da inteligência ao longo do tempo, de modo que a genética não seria o único fator. Por outro lado, tampouco há unanimidade sobre o que realmente representa o QI: realmente mede a inteligência, ou é um teste que mede a educação e a cultura e portanto favorece certos grupos em lugar de outros? Quanto a riqueza e pobreza dos indivídios e das nações tem a ver com a inteligência (ou o QI)?

É uma questão muito espinhosa, pois alguns se aproveitam disso para sugerir a eugenia ou então o racismo institucional. Naturalmente, não apoio tais movimentos; apenas acompanho os estudos científicos a respeito do tema com mórbida fascinação.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mim não ser índio!

Caiu por acaso nas minhas mãos um poema pavoroso que jamais aparecerá no Poema do Domingo:

O capital reduz
Homem do povo a animal,
E quando o homem do povo
Se comporta como animal,
O capital exige contra ele
A pena capital.
É por essas e outras que a poesia tem má fama. Escrever boa poesia é algo muito difícil, mas alguns acham que basta alinhavar alguns jogos de palavras e idéias toscas e voilà.

Pois o "poema" acima, chamado "Pena de Morte", é de autoria de Ayres Britto, ministro do STF que fez um supostamente famoso discurso a favor da pesquisa com células-tronco embrionárias, e um dos principais responsáveis pela expulsão dos arrozeiros da Raposa do Sol.

Por aí dá para ver que é duplamente petista (de alma, ao menos): seja como juiz, seja como poeta.

Descobri tudo isso ao ler uma matéria de um jornaleco ambiental celebrando a demarcação das terras na Raposa do Sol. Ao justificar a expulsão dos arrozeiros, o ministro informou que a cultura indígena é diversa (mas não primitiva!), e portanto deve ser tratada de forma diversa. Os índios precisam de mais espaço pois para eles a terra é literalmente "sagrada", pois por ela flui o espírito de Tupã...

Olha, nada contra os índios, mas acho que o que vemos aqui é mais uma manifestação do "culto ao primitivismo" sobre o qual já falei em outro post. Se antes os colonizadores europeus foram demasiado inclementes na asserção de sua superioridade cultural, hoje passou-se para o outro extremo: tudo o que é branco ou europeu não presta, tudo o que é indígena ou associado com culturas não-ocidentais é considerado como tendo grande valor. Mesmo que se tratem potinhos de cerâmica mal pintados vendidos a preço exorbitante para turistas.

No mais, nunca entendi muito essa associação do Brasil com os índios. Somos, afinal, portugueses. Quer dizer, somos em grande maioria descendentes de europeus. A Europa e a África estão muito mais presentes na cultura brasileira do que a nação tupi. De mais a mais, tudo bem que os índios tenham uma cultura diversa (ainda que reste hoje pouco de genuíno), mas não é por isso que devemos todos voltar para o mato. Não fossem os europeus, os índios ainda estariam se matando e se comendo entre si e vivendo da mesma forma, sem qualquer avanço cultural ou tecnológico significativo. Celebremos as culturas indígenas, aborígenes e antropofágicas, mas por que não celebrar também a nossa velha herança ocidental?

Como será que eu explico explicar ao ministro em uma linguagem que ele entenda?

Mim não ser índio! Mim não gostar de batuque!
Mim homem branco, capitalista selvagem.
Mim não gostar de selva e mosquito, mim querer ar-condicionado.
Mim preferir Mozart a apito.

Mim não gostar de "poesia" de ministros.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Por que defender Israel, Hirsi Ali e Geert Wilders?

O blog Belmont Club chama a atenção para uma história pouco divulgada na mídia: um monastério cristão de 1600 anos que luta pela sua sobrevivência na Turquia. O monastério, um dos últimos redutos do cristianismo assírio no país muçulmano, luta contra o governo turco que, basicamente, está dizendo que as terras em que o monastério está localizado pertencem ao governo e serão expropiadas.

No monastério ainda reza-se em aramaico, o antigo idioma de Jesus Cristo (na época na região falava-se em hebraico, aramaico e grego - Jesus provavelmente dominava os três idiomas). Dia 11 de fevereiro as cortes turcas examinarão o processo. Se o monastério perder, corre o risco de desaparecer.

A Turquia, há muito exaltada como um país muçulmano secular e democrático, não é exatamente nem uma coisa nem outra - e está perigosamente pendendo cada vez mais para o islamismo mais assanhado. O primeiro-ministro turco é, naturalmente, um feroz crítico de EUA e Israel, e recentemente tem votado várias leis que favorecem os gostos dos islamistas radicais. Ao mesmo tempo, o país volta-se contra o cristianismo. Mais de um padre cristão foi morto nos últimos anos por fanáticos.

Enquanto isso, na Velha Europa, Geert Wilders sofre processo por fazer um filme que critica o Islã, e Hirsi Ali há tempos voou para longe da Holanda mas continua protegida por escolta armada 24 horas por dia.

Por que defender Israel, Geert Wilders, Hirsi Ali, e o pequeno monastério na Turquia? Acredito que haja uma boa razão. Você não precisa concordar com as políticas do governo de Israel ou as idéias de Geert Wilders e Hirsi Ali, nem mesmo ser judeu ou cristão. Basta que acredite que todo mundo deve ter a liberdade de se expressar, ou de ir e vir, sem ser morto. Basta que acredite que as pessoas de um país tem o direito de viver sem levar foguetes na testa todo dia. Basta que acredite que o tal islamismo não deve se impor pela força ou intimidação sobre nós infiéis.

Israel, Geert Wilders, Hirsi Ali e o monastério na Turquia são os chamados "canários na mina de carvão". Os que estão mais próximos do perigo. Mas, depois deles, virão todos os outros.

É aquela velha história: primeiro vieram atrás dos judeus, mas como eu não era judeu, não disse nada. Depois foram atrás dos monges cristãos, mas como eu não era monge cristão, não disse nada. Depois foram atrás dos escritores, cartunistas e políticos holandeses, mas como eu não era nem um nem outro, não disse nada. Aí... Bem, acho que todos conhecemos o resto da História.

domingo, 23 de novembro de 2008

Poema do domingo


Eu, que vivia fodendo,
Eu, que fodendo vivia,
Agora vivo fodido
Sem a tua companhia.

Manuel Bandeira * (1886-1968)

* ao menos de acordo com este site aqui.
Mais provável que seja apócrifo.

domingo, 15 de junho de 2008

Notícias tristes do Brasil-PT

Estou em Porto Alegre por uns poucos dias. Leio notícias deprimentes no jornal.

1. A praga do MST: mais destruidora do que o ácaro vermelho. Não contente em invadir plantações e indústrias, agora deu para invadir também universidades, e destruir pesquisas de mestrado e doutorado sobre agricultura. O lulismo a serviço do ludismo. Tudo pago com nosso dinheiro.

2. O boxeador cubano Erislandy Lara, que fora mandado de volta a Cuba pelo capitão-do-mato Tarso Genro, escapou de novo da ilha-prisão. Desta vez, no entanto, pensou melhor as suas opções e se mandou para a Alemanha, onde já está treinando e deve competir. Segundo Lara, os cubanos não vêem o futuro com otimismo, e "a total falta de liberdade torna a vida insuportável". Lara afirmou que quer visitar de novo o Brasil mas, se eu fosse ele, tomava cuidado. Aqui só acobertam terrorista.

3. Por último a notícia mais deprimente, pois toca diretamente o futuro da nação. Verificando que o desempenho escolar do Brasil é um dos piores do mundo, com 72% de analfabetos funcionais que não conseguem entender um texto simples, quanto mais escrever, e estando seus alunos nas últimas posições no aprendizado de matemática, o PT decidiu agir e tornou obrigatório o ensino de Filosofia e Sociologia nas escolas. Como argumenta Gustavo Ioschpe em um ótimo artigo, vão ensinar Hegel e Sócrates a quem não sabe ler. Só discordo com o Ioschpe em um ponto: não vão ensinar Hegel e Sócrates, vão ensinar Marx e Foucault. Em vez de fazer com que os jovens possam ter um lugar melhor na sociedade graças ao conhecimento, vão ensinar os alunos a serem petistas.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

CPMF, CSS, PQP...

Ontem foi aprovada no Brasil a nova CPMF, agora chamada de "CSS", ou "Contribuição Social para a Saúde". Sei.

Se eu não soubesse que fazem parte da mesma organização política, juraria que tinha sido combinado: foi mais ao menos o mesmo tempo em que a Cristina Kirchner anunciou em Buenos Aires que os pesados novos impostos ao campo seriam utilizados para "construir novos hospitais e financiar programas sociais".

Há quem acredite.

Há quem acredite em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa também.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Socialismo do século XXI

Quando o Bush meramente sugeriu que a CIA poderia grampear o telefone de terroristas islâmicos, foi aquele horror. O mundo inteiro gritando contra o "abuso de poder" e "invasão de privacidade".

Pois o Hugo Chávez acaba de impor uma lei que não só acaba com a privacidade de todos os venezolanos como os obriga a se espiarem entre si, como nos velhos tempos da Stasi. Os cidadãos que se negarem a ser informantes da polícia secreta chavista podem pegar até quatro anos de cadeia.

Nem um único pio desses amantes da "liberdade".

Que o Chávez e todos aqueles que o defendem vão tomar no rabo. É, isso inclui você também, Naomi Campbell, sua vaca.

"Eu sou normaaaaal!"

Não sei se vocês lembram, quando o Jô fazia programas cômicos populares, antes de virar um poseur pseudo-intelectual, tinha um personagem (que não era no entanto interpretado pelo gordo) que fazia as maiores maluquices e ao final gritava, "Eu sou normaaaaaaal!"

Lembrei disso ao ler duas notícias vindas do Paquistão.

A primeira é que o recente atentado na embaixada dinamarquesa foi, segundo os oficiais do próprio país, obra do Talibã, mas isso não influirá nas negociações que o governo está realizando com os terroristas. Ninguém vai ir preso, ninguém vai ser processado, ninguém vai ser repreendido. Afinal, embora tenha matado civis paquistaneses, tratava-se de um justo atentado contra infiéis que ousaram desenhar caricaturas de Maomé. Ou, nas palavras de um oficial, "parte da reação global contra a publicação de imagens blasfemas do nosso Profeta".

A outra notícia é tão folclórica que é preciso se controlar para não rir ou chorar.

Resulta que um cachorro, de um pessoal da tribo dos tais "Chakranis", costumava passear perto demais do poço de propriedade da tribo de uns certos "Qalandaris". Naturalmente, foi morto com um tiro. Como vingança, os "Chakranis" mataram um jumento da tribo dos "Qalandaris".

O caso foi levado a um conselho tribal, que com sabedoria não exatamente salomônica, decidiu que os Chakranis, que nem foram os que começaram o bafafá, deveriam entregar 15 noivas crianças, de idades entre os 3 e os 10 anos, para que casassem com os Qalandaris, de modo a solucionar amigavelmente o caso.

E nós, como vivemos em uma época politicamente correta - e trata-se afinal de um povo oprimido, de uma cultura diversa à qual não somos de modo algum superiores e a qual não podemos julgar - bem, nós temos que aceitar que isso faz parte da normalidade.

"Eles são normaaaaaais!"

Para que não digam que só falo mal do Paquistão, aqui vai a imagem de uma bela paquistanesa. Que mora nos EUA, ganhou um concurso de beleza na China, e naturalmente foi criticada pelo governo paquistanês por andar "pelada" por aí.

Aqui outra interessante paquistanesa mostrando toda a sua jihad. Também mora no exterior, naturalmente.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quando o sonho vira pesadelo

Um interessante vídeo no site da BBC mostra mulheres atravessando um rio gelado na fronteira da Coréia do Norte com a China, buscando escapar do brutal regime comunista onde metade da população morre de fome.

O curioso é que, na China, a situação destas mulheres não é muito melhor. O governo chinês, protetor de Kim Jong Il, não reconhece os norte-coreanos como refugiados, portanto estas mulheres tornam-se imigrantes ilegais que não podem trabalhar nem ter direito a nada, arriscando-se a ser enviadas de volta ao inferno norte-coreano.

Devido ao infanticídio de meninas, faltam mulheres na China, portanto algumas têm a sorte de se casar. Muitas outras terminam vendidas para o lucrativo mercado da prostituição.

No entanto, com a fronteira com a Coréia do Sul hermeticamente fechada e protegida por soldados, a fuga pela China é a única possível.

Este é o paraíso comunista. Isto é o que acontece quando o Estado se advoga direitos totais sobre a vida do indivíduo.

Isto é o que acontece no mundo real, não nas fantasias dos socialistas que acreditam que o mal do mundo são os EUA e o “capitalismo selvagem”.