Nos blogs locais, os obamistas costumam chamar seus rivais politicos de "haters" ou "racists". Notem bem: nao os tratam como pessoas que simplesmente tem ideias diferentes, mas pessoas odiosas, criminosas ou imbecis.
Curiosamente, quem mais parece espalhar o odio em seus comentarios sao os Democratas.
No outro dia, um obamista enforcou a efigie da Sarah Palin. Consequencias? Nenhuma. Pensando que todos sao iguais, alguns estudantes decidiram fazer o mesmo com Obama. Consequencias? Escandalo da midia, e a Universidade garantindo que vai punir severamente os racistas responsaveis...
Uma das coisas curiosas da esquerda e' o duplipensar. Nas palavras de Orwell, manter dois pensamentos contraditorios ao mesmo tempo.
Tudo o que e' considerado errado ou odioso se vem da direita, pode ser celebrado pelos esquerdistas se vem da esquerda. Basta lhe dar um nome que signifique exatamente o oposto do que o ato representa.
Um exemplo: ha projetos de lei para controlar a midia sob o governo Obama que vao muito alem do que o governo Bush jamais sonhou. Tem alguem reclamando? Claro que nao, os unicos censurados serao os conservadores. O nome da Lei? "Fairness Act"...
A presidencia Obama tem tambem planos de acabar com o voto secreto dos trabalhadores para a filiacao em sindicatos. Hoje, isso e' realizado por voto secreto. Obama quer que seja votacao aberta, o que daria um imenso poder de pressao aos sindicatos e, e' claro, terminaria com a liberdade de escolha do trabalhador. O nome desse projeto? "Employee free choice act"...
Se eu nao soubesse que esquerdistas nao tem o menor senso de humor, acharia que estao de gozacao.
O presente, ninguém nega, é dos "progressistas". Eles são a atual elite na maioria dos países desenvolvidos, e agora estão chegando até à presidência americana.
Mas o futuro é dos conservadores.
Por quê? Três motivos:
a) Os progressistas não se reproduzem. Todas as pesquisas indicam claramente que as pessoas que têm mais filhos são os religiosos e tradicionalistas, bem como pessoas de índole naturalmente conservadora.
b) Os progressistas não gostam de hard sciences. Eles até falam em "ciência" quando discutem o aquecimento global, mas gostam mesmo é de profissões como ator, jornalista, publicitário, etc. Nas universidades americanas, um fato curioso: grande parte dos melhores alunos nas áreas de ciência e tecnologia são asiáticos ou indianos, países onde ainda vige uma educação mais tradicional. Não é acaso.
c) Os progressistas não gostam de armas nem de militares. Em caso de guerra, serão os primeiros a morrer.
Um dos exemplos mais claros dessa mudança de paradigma é Israel. Hoje, ninguém nega, a política no país está tomada pelos progressistas. Porém, os mais religiosos têm três vezes mais filhos do que os secularistas. Não apenas isso, esses jovens neo-religiosos ocupam já quase 20% dos postos no Exército, ao mesmo tempo em que os esquerdistas se recusam a servir e se afastam das armas como o diabo da cruz. Se Israel sobreviver à série de ameaças vitais que tem à sua frente (incluindo a presidência Obama), será em vinte anos um país mais conservador do que é hoje.
A mesma situação, com algumas mudanças, ocorre nos Estados Unidos, onde as novas gerações serão mais conservadoras do que a geração atual, ainda remanescente do velho sonho hippie com ecos dos protestos contra a guerra do Vietnã. Os jovens obamistas? Aprenderão com a crise econômica que na vida nada se obtém de graça.
A Europa também marcha para o conservadorismo, embora lá a situação seja mais complexa. Primeiro porque os que têm filhos não são conservadores nem progressistas, mas imigrantes estrangeiros. Segundo porque a direita na Europa costuma ser arcaica e mais ligada a fenômenos autoritários como o fascismo do que à tradição do livre-mercado. De qualquer modo, está para se ver o que vai acontecer.
O pêndulo sempre se move.
Se os progressistas não conseguirem nos destruir a todos no presente, o futuro será dos conservadores.
O Spengler do Asia Times, otimista como sempre, afirma que todos aqueles que torceram pela Grande Crise do Capitalismo Americano e o final do papel "imperialista" dos EUA terão seus desejos prontamente atendidos.
Mas não gostarão nem um pouco do resultado.
Impedidos de agir pela crise e pelo inútil Obama, os EUA se fecharão sobre si mesmos. O resultado será uma Europa cada vez mais insegura e com conflitos intra-étnicos; guerra religiosa do Líbano ao Paquistão; aumento de armas nucleares em posse de elementos suspeitos; América Latina cada vez mais refém do tráfico e de neo-guerrilhas criminosas; Rússia retomando o Leste Europeu.
Não haverá vencedores; mas talvez alguém perca um pouco menos.
Não assisti o infomercial do Obama que a Menina Bella comenta no post abaixo.
Parece-me um desperdício e tanto de dinheiro: se ele já tem a mídia na mão 24 horas por dia, o que são mais 30 minutos?
Quem assistiu diz que foi Obama em quase todos os canais, quase como o Horário Eleitoral Gratuito no Brasil. E todos sabemos como os eleitores brasileiros adoooram o Horário Eleitoral Gratuito. Em resumo, pareceria uma bola fora do Obama.
Porém, talvez o objetivo fosse mesmo o de ser over, de impor a imagem do Obama em tudo que é lugar. Quanto mais Obama é visto realizando sua pantomima de estadista, mais acostumados a ele as pessoas ficam. É como se já fosse presidente, de fato. Certamente aparece mais na mídia que o George (quem?) Bush.
“The weirder you’re going to behave, the more normal you should look.” -P. J. O’Rourke
Atualização: Como li num comentário de um blog, um infomercial é um anúncio que vende um produto ridículo (i.e. "facas Ginsu") como se fosse uma grande revolução. Logo depois o produto chega, não é nada daquilo que você esperava, deixa de funcionar dois dias depois, e nada de você ter o seu dinheiro de volta.
Jesus famosamente disse: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
Essa frase normalmente é utilizada para justificar que a Igreja não se meta nos assuntos do Estado, mas esquece-se que ela tem outro lado: tampouco César deve meter-se nos assuntos de Deus.
Os secularistas não acreditam em Deus. Logo, passam toda a autoridade a César, isto é, ao Estado. É natural: se Deus não existe, são os homens que devem se tornar "deuses" e controlar o seu destino. Portanto, todo o poder ao Estado.
É por isso que, com a decadência do cristianismo, o Estado aumenta cada vez mais, mesmo em países como os EUA, e mesmo sob administrações Republicanas. A fonte da moralidade não é mais a Igreja, mas o Estado, que determina quais são os novos pecados - fumar, poluir, não usar o cinto de segurança - e emite as condenações, agora na forma de impostos, os quais por sua vez são utilizados para aumentar o Estado cada vez mais, e assim criam-se mais leis que criam mais impostos que aumentam o Estado e... Bom, deu pra entender.
Mas isso ainda é pouco: não existindo Deus, e portanto nem paraíso nem inferno, os secularistas pretendem que o paraíso bíblico no qual "o Leão se deitará com o Cordeiro" possa ser criado aqui na Terra mesmo: segundo eles, bastaria "vontade política" para ricos darem alegremente seu dinheiro aos pobres, criminosos tornarem-se santos e árabes abraçarem judeus. Tais ilusões sobre uma sociedade perfeita - tão equivocadas sobre a verdadeira natureza humana - normalmente conduzem ao contrário do que pregam: causam genocídios, miséria e destruição.
"O Estado sou eu", dizia Luís XIV. Já Rei Obama diz, "Vou mudar não apenas a América, mas o mundo". É uma das frases mais assustadoras que já ouvi. Ele não poderia concentrar-se primeiro em tentar resolver a crise econômica americana e outros problemas mais tópicos que já são complicados o bastante?
Deus nos salve dos nossos salvadores.
Não sei se acredito em Deus: sei que não acredito demasiado nos Homens, e portanto, ao contrário dos secularistas radicais, não consigo ter qualquer fé no Estado.
Obama recusa-se terminantemente a liberar as suas notas do período em que estudou na Columbia University, em NY. O que poderia haver nesse período que fosse tão incriminador?
Ninguém sabe. Mas isso não é o mais estranho.
O jornal New York Observer fez uma reportagem sobre os tempos de Obama na Columbia. Não conseguiu achar um único professor, funcionário ou ex-aluno que lembrasse dele. Estranho? You betcha.
Na sua autobiografia, Obama argumenta ter feito parte da Black Student Association enquanto estava na universidade. Mas o ex-presidente da organização, Mark Attiah, não lembra de tê-lo visto uma única vez. Obama não aparece em nenhuma das fotografias no arquivo da organização.
Seria Obama um fantasma?
Seria Obama um viajante do tempo que veio do futuro?
Seria Obama o anticristo?
Ou seria toda a história de Obama ter ido à Columbia uma ficção, criada posteriormente pelos seus mentores para lhe dar um passado menos tenebroso, e na verdade ele passou esses dois anos em algum outro lugar? Mas, onde?
Não sei a resposta, mas as hipóteses dariam um conto fantástico interessante, que Jorge Luis Borges poderia ter escrito.
Em 2007, o corpo de um bebê de mamute congelado há 37 mil anos, mas extremamente bem preservado, foi encontrado na Sibéria. Hoje o animal está sendo estudado no Japão. Uma das grandes dúvidas é se seria possível a clonagem do animal a partir do seu DNA. O que permitiria a "ressureição" do mamute, espécie extinta há mais de dez mil anos.
O mamute peludo (Mammuthus primigenius) é a mais famosa espécie de mamute.
Eram animais enormes, maiores do que os atuais elefantes, e recobertos de pelos para enfrentar o frio. Apenas suas presas podiam chegar a 5 metros de comprimento. Argumenta-se que eles as utilizavam para cavar na neve e alcançar a vegetação abaixo dela.
Os mamutes foram extintos devido ao "aquecimento global". Pena que o Al Gore não existia então.
É justo tirar de A, rico que trabalha, para dar a B, pobre desempregado? Não estaríamos dessa forma incentivando A a trabalhar menos e B a continuar desempregado?
É justo que A, que tem mais, pague mais do que B pelos mesmos serviços (água, luz, telefone, escola, etc)?
Se A, B, C e D tomam cerveja no bar, deve-se calcular a conta: pela quantidade que cada um bebeu, dividindo o total em partes iguais, ou de acordo com o quanto cada um ganha por mês?
Se E cresce cada vez mais tirando proporcionalmente de A, B, C e D e fica com o bolo de dinheiro para redistribuí-lo, cobrando ainda uma comissão para fazer isso, será que E é realmente neutro nesta história?
Se E tira de A para dar a B até que A vira B, de onde vai surgir o novo A que vai alimentar os dois novos Bs?
* * *
Em eventos relacionados, o economista Greg Mankiw avalia o plano de impostos dos dois candidatos e explica porque o plano de O. o faria trabalhar menos e ficar mais tempo com seus filhos.
Pequena fábula. Um sujeito estava sentado em um desses cafés com mesinhas na calçada; passou ao seu lado um mendigo pedindo trocado. O garçom, um jovem estudante que usava um adereço da campanha Obama na sua lapela, acabara de trazer a conta.
O cliente pagou a conta no valor exato e então disse ao jovem garçom, "olha só, não vou te dar a gorjeta, vou distribuir a renda e dá-la diretamente ao nosso amigo aqui". E, dito isso, deu o resto do dinheiro ao mendigo.
Inexplicavelmente, o garçom obamista ficou fulo da vida.
(Moral da história: "Distribuição de renda" é sempre com o dinheiro dos outros; talvez isso explique porque o conceito é tão popular na teoria, e tão pouco popular na prática.)
Vocês com certeza terão percebido que o conceito de "liberdade de expressão" é um pouco diferente para os esquerdistas do que para o resto das pessoas. Para nós, seres humanos normais, "liberdade de expressão" quer dizer, simplesmente, liberdade total para qualquer um expressar o seu ponto de vista, seja ele qual for.
Já para eles - sejam petistas, obamistas, comunistas, socialistas etc. - significa "liberdade de poder expressar idéias que concordam com a visão de mundo esquerdista". Idéias que estão fora desse limitado círculo são tachadas de "racismo", "agressão", ou "insulto", quando não diretamente censuradas. Muitas vezes, como a maioria dos jornalistas é de esquerda, trata-se de autocensura mesmo.
Pensem por exemplo nos tais cartuns do Maomé.
Ou nas eleições atuais. Qualquer menção negativa do endeusado Obama, por exemplo, é censurada pela própria mídia; caso alguma denúncia consiga passar entre as brechas, é tratada como uma "agressão injustificada". Veja que nem ao menos se nega a veracidade ou não da informação: apenas se procura escondê-la ou censurá-la.
Mas em certos casos, trata-se de silenciar as vozes opositoras, como ocorreu com o cidadão Joe Wurzelbacher, que ousou questionar o candidato Democrata.
A campanha para eleger Obama é uma das maiores campanhas de desinformação e ocultamento de fatos jamais vista na História, deixando o caso do Foro de São Paulo e sua relação com Lula no chinelo.
E, no entanto, talvez a mídia comece a se dar conta aos poucos do que apoiou. Ontem, o candidato a vice Joe Biden perdeu o bom humor durante uma entrevista à emissora CBS3, da Filadélfia, já que a entrevistadora fez perguntas mais duras do que o usual. A emissora está sendo agora boicotada pelo Obama e proibida de cobrir sua campanha. Já é a segunda, sem contar as várias ameaças de processo já sugeridas pela campanha contra outros veículos que ousaram questionar o Grande Messias. De fato, a campanha Obama está tendo chiliques autoritários de dar inveja ao PT. Imaginem quando o Obama estiver no poder...
Talvez a mídia comece a perceber que, se são os que mais lutaram pelo candidato Obama, talvez venham a ser os que mais tem a perder com ele. Afinal, a esquerda é muito mais autoritária com a informação do que a direita, pode apostar. Sob os governos de direita, mesmo os mais autoritários, a liberdade de expressão sempre foi maior do que sob os governos de esquerda. Ou não haveria ainda hoje tantos comunistas ocidentais.
Muitos jornalistas e políticos brazucas hoje enchem a boca para falar do tempo em que "lutavam contra a censura", mas parecem esquecer que a censura que queriam (e alguns ainda querem) nos impor é muito pior. Em Cuba, por exemplo, há "liberdade de expressão" total. Estilo esquerdista, é claro.
Há um projeto de lei nos EUA, proposto pelo deputado Democrata Dennis Kucinich, que quer criar um "Departamento da Paz e da Não-Violência". Seu objetivo seria, nas palavras do seu autor, "transformar a consciência e as condições que impelem o ser humano à violência e desenvolver um novo sentimento de compreensão".
(pausa para bater com a cabeça na parede)
Já o candidato Barack Obama afirmou - por se houvesse algum terrorista escutando - que em sua presidência "a América se moverá em uma nova direção enviando um claro sinal ao resto do mundo que não estamos mais interessados em força bruta e unilateralismo, mas sim em criar parcerias ao redor do mundo para resolver problemas práticos."
Santa ingenuidade, Batman! Os esquerdistas, parafraseando Freud, são como "pessoas que se preparam para ir a uma expedição ao Pólo Norte com roupas de verão e um mapa dos lagos italianos".
E, como dizia Karl Popper: "Todas as tentativas de criar o paraíso na Terra acabam inevitavelmente criando o inferno".
Cartaz que Obama enviará aos terroristas de todo o mundo.
Bill Ayers, ex-terrorista e colaborador amigo de Obama, fã de Chavez, que nos anos 60 clamava para que "matassem os policiais" (kill the cops) e que mesmo há pouco menos de 7 anos declarou-se ainda "comunista com orgulho", foi entrevistado na porta de sua casa pela Fox News. Indignado, pediu a proteção de policiais e enxotou o repórter da sua porta, murmurando:
Esha Momeni, estudante da Califórnia de origem iraniana, cidadã americana e iraniana, feminista, foi ao Irã para visitar sua família e para relizar uma pesquisa sobre a opressão das mulheres no Irã.
Sua pesquisa não passou desaparecebida das autoridades locais. Foi acusada de, hã, "violar as leis do trânsito ao ultrapassar um carro", e está agora presa e incomunicada na prisão de Erin em Teerã. Não tem acesso a advogados.
A prisão de Erin é onde a fotógrafa iraniano-canadense Zahra Kazemi foi estuprada, espancada e morta em 2003.
Não sei se celebrar a coragem ou lamentar a ingenuidade dessas mulheres. Parecem não se dar conta que o Irã não é como os EUA ou o Canadá, países onde você pode protestar contra o governo sem que nada aconteça com você. Lá, amigos, a coisa é séria.
Zahra Kazemi, por exemplo, foi ao Oriente Médio para "documentar a ocupação norte-americana do Iraque". Depois foi ao Irã e tirou fotos da prisão de Erin, o que era proibido. Terminou sendo ela mesma recolhida à prisão.
Já Esha foi ao Irã para entrevistar mulheres feministas iranianas para a sua tese de mestrado. Talvez não soubesse, mas foi monitorada desde que chegou ao país. Foi presa menos de dois meses depois.
Seus colegas e professores, que provavelmente a incentivaram nessa insanidade, estão chocados. Afirmam que não conseguem entender porque a moça foi presa.
Estão no momento organizando um abaixo-assinado...
A crise fez cair o preço do petróleo e os regimes autoritários de Irã e Venezuela estão em sérias dificuldades. O Chávez, por exemplo, não tem mais grana para enviar malas de dinheiro ou comprar dívidas da Argentina, e o governo peronista se vê forçado a roubar seus próprios cidadãos, que já pedem, "por favor, não nos ajudem mais".
Enquanto isso, um site sacaneia a Sarah "Drill baby drill" Palin, imaginando-a perfurando poços no jardim da Casa Branca. Até que é divertido, apesar das falsidades. Deveriam fazer um site similar pro Obama também.
Há um mendigo que mora na biblioteca da Universidade. Bem, não exatamente: mora pela cidade, pedindo trocados. Dorme na rua. Mas vai ao banheiro da Universidade para se lavar, realizar as suas necessidades e para utilizar os computadores.
No outro dia estava lá, usando os computadores da biblioteca para assistir filmes pornô hardcore na Internet.
Ninguém falou nada, ninguém o expulsou. Por quê? "Liberdade de expressão", disseram. Não se pode censurar o que ele vê. Tampouco se pode expulsá-lo ou impedir que use o espaço, afinal, a universidade é "pública", mantida parcialmente pelos impostos da população (mendigo paga imposto?).
(O que não entendi é como tem acesso aos programas, que requerem senha só disponível para estudantes ou pessoal da universidade; mas talvez seja um mendigo hacker).
Não é o único homeless que de vez em quando vai ao campus; há mais de um. Causam certo transtorno para os estudantes, é verdade; um sujeito barbado assistindo filmes pornô entre as estudantes calouras é, para dizer o mínimo, algo embaraçoso. E se for um estuprador? Mas não pode ser preso até não realizar nada que seja contra a lei.
Não sei ainda se contar isso como um aspecto positivo ou negativo: não sei se é um exemplo do grande valor que é dado aqui à liberdade, ou um exemplo da atual loucura politicamente correta...
A Cristina Kirchner tunga mais de 100 bilhões de dólares da aposentadoria privada de milhões de argentinos, passando todo o dinheiro para o controle do governo.
Alguns argumentam que os Kirchner estão roubando tudo o que podem antes da quebra do país, que deve ocorrer em algum momento do ano que vem.
Antes de Perón, a Argentina era um dos países mais ricos do mundo. Mesmo no recente 1998, a Argentina ainda estava no 19 lugar no chamado "índice mundial de liberdade econômica". Ano passado estava em 108... Com esta nova medida, deve ter caído mais algumas posições e ficado ao lado do Zimbabwe.
É a longa marcha do país rumo ao total subdesenvolvimento.
Na verdade, não. Em nove meses de atividade, o blog chegou ao "Pagerank 5" (pra dar uma idéia, o Weblog do Pedro Dória, muito mais antigo, é "Pagerank 6") e, embora tenha dado reset na porcaria do contador, aparentemente o número de visitas aumenta a cada dia.
No entanto, confesso que ultimamente estou um pouco cansado de falar de política, de repetir os mesmos temas, e a perspectiva de ter que continuar falando sobre o Obama durante os próximos quatro anos é um pouco desanimadora. (Preferiria comentar as semelhanças entre Sarah Palin e Audrey Hepburn, como fazem aqui.)
Tempo de reciclar?
No fundo, o que me interessa mesmo não é a entediante política do dia a dia, mas sim as Grandes Eternas Questões. Deus existe? Qual o sentido da vida? Estamos sós no universo? O secularismo atual é uma nova forma de religião? São os ritos do aquecimento global uma nova forma de paganismo? O bem e o mal são entidades concretas? A luta entre Direita e Esquerda é no fundo a eterna luta entre Deus e o Diabo? O Diabo existe? Se Deus não existe tudo é permitido? O Ocidente está em crise terminal? E se está, o que virá depois? Quem criou o Universo, e por quê? E se ninguém criou, por que ele existe? Eram os deuses astronautas?
Este blog seria o último... Bem, talvez o penúltimo... O antepenúltimo... Enfim, este blog jamais - repito, jamais! - cairia no fácil escândalo de publicar fotos de pessoas nuas apenas para chamar a atenção do público leitor.
Mas, como as fotos abaixo tem grande importância política (ao menos é o que garante este blogueiro aqui), abaixo segue uma das fotos de mamãe Obama em poses pouco convencionais...
O Monsores deu a dica, e ainda que com atraso (estou ainda na rehab), coloco aqui.
É o peixe-trombeta. Segundo a Wikipédia, o bicho (Aulostomus maculatus) é um peixe de corpo alongado e que nada, vejam só, freqüentemente numa posição vertical de modo a confundir-se mimeticamente com os corais e esponjas típicos do seu habitat. Pode nadar de cabeça para cima, para baixo, ou até mesmo para trás.
Mede entre 40 cm e 80 cm quando adulto, podendo chegar a até 2 m. Ainda segundo a Wiki, tais peixes podem ser extremamente ferozes.
Quando quer caçar um peixe ou crustáceo, o peixe-trombeta se posiciona na vertical, camuflado. Quando a vítima se aproxima, o peixe-trombeta abre a sua poderosa boca para sugar o ar - melhor dizendo, a água - criando assim um vácuo e sugando o inocente peixe para dentro.
É um funcionamento parecido ao dos modernos aspiradores de pó.
Sei que tenho falado demais sobre o Obama e as eleições americanas ultimamente, e gostaria de mudar de assunto. Lamentavelmente, não consigo. Trata-se já de uma obsessão.
Se não aparecerem novos artigos por aqui nos próximos dias, podem apostar que estou internado numa clínica de rehab; com um pouco de sorte talvez me coloquem no mesmo quarto que a Lindsay Lohan.
Lamentavelmente, estou convencido que a presidência Obama será um desastre para os EUA e para o mundo. Pode ser que eu esteja errado, e Obama se revele uma grata surpresa. É possível: até o Colin Powell parece acreditar nisso. Mas, de acordo com minha inovadora teoria política, as possibilidades disso ocorrer são remotas.
De fato, tenho uma teoria política que pode ser resumida da seguinte forma: o resultado das ações de um dado político é inversamente proporcional às suas promessas (especialmente se tais promessas são mirabolantes).
O candidato promete "paz no Oriente Médio"? Pode apostar que vai ter guerra das bravas.
O candidato promete "diminuir impostos de 95% dos americanos"? Pode apostar que vai aumentar, ainda que sejam impostos indiretos repassados às mercadorias.
O candidato promete que "seus problemas econômicos acabaram"? Pode apostar que estes vão quintuplicar.
O que acontece é que Obama, em seus discursos, promete soluções miraculosas demais, sem dar qualquer indicação de como vai fazê-lo, e sem nem ter dado qualquer mostra de grandes habilidades passadas. A eleição de Obama é, em verdade, o eleitor americano apostando na loteria.
Tanto que, no seu último discurso, um candidato de cabelos brancos afirmou que "graças à inexperiência de Obama, haverá uma crise internacional". Não, não foi McCain quem disse isso, mas Joe Biden... Até o próprio vice está assustado com a inexperiência do rapaz.
Em um famoso discurso, Obama prometeu até "salvar o planeta" e "baixar o nível dos oceanos".
De acordo com minha teoria, portanto, Obama destruirá o planeta e causará um dilúvio universal.
Noé nos acuda.
Vou lá pra rehab, até daqui a duas semanas.
Vosso amigo Mr. X após a consagradora eleição de Obama.
Bill Ayers, a exemplo de tantos petistas, foi um terrorista americano dos anos 60 que hoje é professor universitário e "educador". Como são seus projetos educativos? Não sei detalhes, mas bastará informar que recentemente, Bill Ayers esteve na Venezuela, onde elogiou a proposta educacional chavista...
Pois Bill Ayers dividiu um escritório com Obama por três anos.
E Obama, quando ocupava a presidência do Chicago Annenberg Challenge, destinou mais de dois milhões de dólares aos projetos de Ayers, além de elogiar seus livros.
Importa, ou são águas passadas? Não sei, mas isso significa que:
3) A mídia continua escondendo o jogo em favor de Obama.
De fato, graças à desinformação midiática, sabe-se mais sobre a vida do namorado da filha adolescente de Sarah Palin e do encanador Joe Wurzelbacher do que sobre as obscuras ligações do (provável) futuro presidente americano...
E aliás: a campanha de Obama gasta pelo menos quatro vezes mais do que a de McCain. De onde vem todo esse dinheiro? (Dica: uma parte são doações ilegais do exterior).
BUSY old fool, unruly Sun, Why dost thou thus, Through windows, and through curtains, call on us? Must to thy motions lovers' seasons run? Saucy pedantic wretch, go chide Late school-boys and sour prentices, Go tell court-huntsmen that the king will ride, Call country ants to harvest offices; Love, all alike, no season knows nor clime, Nor hours, days, months, which are the rags of time.
O tal "sonho americano" pode ser mal-resumido da seguinte forma:
"A sociedade americana se baseia na idéia de que qualquer um - com esforço, talento, sorte, ou apenas uma boa idéia - pode se dar bem, ficar rico, famoso ou até bilionário."
Alguns podem ver isso como algo negativo, como uma enganação: de fato, todos sabemos que é impossível que todo mundo fique rico ou famoso, ou mesmo que isso esteja realmente ao alcance de qualquer um.
E, no entanto, a maioria dos americanos prefere que aqueles mais ricos não paguem tantos impostos - pois eles imaginam ou desejam, um dia, ficar ricos também, ou ao menos imaginar uma perspectiva de mobilidade social.
Para os obamistas, os americanos típicos como "Joe the plumber" que acreditam nisso estão apenas sendo vítimas de uma ilusão, propagada pelas "elites", pelos "republicanos" ou pelo "grande capital". Segundo eles, é melhor que o estado se encarregue de suprir as necessidades dos menos bem-aventurados.
Mas isso é tirar, mais do que o dinheiro, a maior riqueza que a pessoa tem: a capacidade de sonhar. Se ganhar mais de 250 mil por ano se torna algo que é penalizado, muitas pessoas preferirão parar nos 249.
E talvez seja isso o que certos políticos querem. Eles não estão tão interessados em ajudar os pobres como no PODER que representa ter o controle de onde vai cada centavo.
esquecendo que um governo não produz nada por si mesmo, os [doutores sociais] passam por alto o primeiro fato a ser lembrado em toda discussão social - que o estado não pode dar um único centavo a um homem sem tirá-lo de outro homem, e este último deve ser alguém que produziu e economizou. Eu o chamo de o Homem Esquecido.
Observem: nada há de necessariamente errado em ajudar os pobres ou mesmo em que o estado ofereça serviços como saúde pública e gratuita, transporte público e educação para A, B, C e D (pagando em escala progressiva com o dinheiro de A, B e C).
O chamado estado de bem-estar social (welfare state) é uma alternativa - desde que você esteja disposto a pagar o alto preço disso (econômico e social).
Pois tudo na vida, lamentavelmente, tem um porém. Há menor desigualdade social no welfare state? Há, mas também há menor possibilidade de mobilidade social, muito menor inovação, menor dinamismo econômico, mais desemprego.
Você quer saúde pública universal? Tudo bem, mas lembre-se que a qualidade vai piorar, que o serviço vai demorar muito mais, que o estado vai torrar um monte de grana (dos contribuintes) e vai ter gente se ferrando igual.
De fato, tudo na vida pode ser resumido no triângulo abaixo: "Barato, rápido ou bom". Seja qual for o serviço, você pode escolher no máximo duas alternativas...
Uma coisa é boa na política americana, os candidatos podem se odiar mas raramente perde-se completamente o bom humor. Hoje, por exemplo, ambos os candidatos participaram de um jantar de gala em que cada um fez um discurso em tom humorístico sobre seu oponente. Abaixo o discurso de McCain, com participação especial de Hillary Clinton. O discurso de Obama também foi bem-humorado, mas ainda não estava disponível no Youtube.
Atualização: Obamistas furiosos já divulgaram na Internet o endereço pessoal de "Joe the Plumber" (na verdade, Sam Wurzelbacher), sua última declaração de imposto de renda, divulgaram que não tinha uma licença e ainda estão tentando investigar todos os possíveis "podres" do sujeito.
Seu crime? Ter sido abordado por Barack Obama e, ao cumprimentá-lo, fazer uma pergunta cuja resposta terminou indo parar nos debates eleitorais...
É impressionante.
Parece que detrás de todo esquerdista encontra-se um Pequeno Stalin, pronto a mandar para o gulag quem meramente ousar discordar.
Houve um tempo em que Lula era anátema para as classes populares. Empregadas domésticas, pedreiros, operários não votavam em Lula de jeito nenhum. Desconfiavam do sujeito como o Diabo da cruz.
A classe média, é claro, também suspeitava de Lula e seus amigos; mas com o tempo, a propaganda e a persistência as resistências foram vencidas. O lulo-petismo conquistou o coração da classe média e, uma vez conquistada essa classe, o resto foi fácil. A mídia encarregou-se de vender o peixe às classes populares e promessas de juros altos encarregaram-se de acalmar os banqueiros.
Obama é o Lula americano. Suas idéias seriam impensáveis tempos atrás nos EUA, mas o lento processo de midiotização garantiu que a redistribuição de renda e o estatalismo sejam vistos como idéias tão boas como quaisquer outras, se não melhores.
Isso tudo me leva a pensar se a eleição de Lula não foi, na verdade, muito bem estudada pelos progressistas internacionais, para justamente servir de modelo ao seu plano maior, a tomada de poder na América do Norte.
Levando adiante a teoria, poderia mesmo pensar-se que o Brasil é um laboratório de testes da esquerda internacional. Tudo o que depois é experimentado em outros lugares, é testado primeiro aqui.
Controle extremo da venda de armas? Testado.
Leis anti-homofobia? Em testes.
Alocação de território exclusivo para minorias? Em testes.
Seja como for, o fato é que Lula e Obama representam parte do mesmo movimento: o surgimento de uma Nova Esquerda internacionalista, que advoga pelas mesmas causas (aborto, casamento gay, desarmamento, direitos maiores para minorias, proteção maior a criminosos e terroristas e menor ao cidadão comum), mente descaradamente para não assustar o eleitorado, e disfarça ou renega seu envolvimento com grupos de ideologia escusa.
Dizia Mark Twain que existem três tipos de mentira: "mentiras, mentiras safadas e estatísticas" (lies, damned lies, and statistics).
O/a genial blogueiro/a anônimo/a Zombie escreveu um interessante artigo sobre a questão das pesquisas eleitorais e suas mentiras consentidas. Explica ainda as manipulações do tipo "Biden venceu o debate (e o porquê)". Leia. Eu ordeno.
É algo irritante a aparente impossibilidade de comunicação entre esquerda e direita, ou, para ser mais exato, entre conservadores e progressistas.
Aqui nos EUA, especialmente, é um momento de grande divisão. O país está dividido ao meio. A divisão é tanta que os progressistas estão dispostos a dialogar com um Irã nuclear ou entender o ponto de vista dos terroristas - mas não querem nem tentar entender os conservadores.
Aliás, existe uma pesquisa que mostra que os conservadores entendem melhor os progressistas do que estes entendem os conservadores. De fato, se você verificar qualquer blog de esquerda, ou mesmo nos comentários de qualquer blog, seja da orientação que for, seja americano ou seja brasileiro, vai observar que a idéia que os progressistas têm dos conservadores é completamente caricata. Segundo os esquerdistas, os conservadores são "racistas", "reacionários", "atrasados", "raivosos", pessoas ignorantes que simplesmente ainda não compreenderam as grandes benesses do socialismo, do aborto e do controle de armas.
Já os conservadores - até porque muitos deles foram esquerdistas na juventude - sabem muito bem o que os progressistas querem; a diferença é que acreditam que seus objetivos são acima de tudo destrutivos, baseados em idéias ilusórias. Ou, como dizia Ronald Reagan: "Não é que os esquerdistas sejam burros: é apenas que acreditam em um monte de coisas que não são reais".
Por ora, tudo indica que Obama ganhará a presidência. Ele se autoproclama um candidato "unificador", mas convenhamos, ele só é "unificador" nas fantasias delirantes dos obamistas mais fanáticos. Pode apostar que, durante sua presidência, a desunião do país será cada vez maior. Especialmente se Obama tomar medidas impopulares como aumentar impostos, impor controle de armas, expandir o aborto, tentar controlar a Internet, etc. etc. etc.
Será interessante observar então o comportamento da mídia, que hoje idolatra Obama e é um dos principais artífices de sua liderança. Poderá Obama manter sua aura quando tiver que tomar decisões reais?
Talvez não importe. Assim como Lula podia criticar o Plano Real na oposição e ser a favor dele no poder, talvez a mesma mídia que criticou Bush pela operação no Iraque aplauda Obama quando ele invadir o Paquistão. Nesse sentido, os progressistas são muito mais flexíveis do que os conservadores, os quais pretendem se apegar a velhos princípios. (Talvez isso explique a força maior da esquerda: quem não segue regras, vence mais.)
De qualquer modo, o diálogo de surdos continuará. Frustrante como sempre.
Fidel acaba de decretar seu apoio a Obama. Também Chávez, membros das FARC, da Irmandade Muçulmana e do PT declararam preferir Obama. Nove entre nove grupos esquerdistas radicais ou islâmicos apóiam Obama. Mas o Obama dos debates é um Obama que renega o socialismo, promete matar Bin Laden e invadir o Paquistão.
Quem Obama vai trair?
O polêmico Jesse Jackson afirmou hoje que ficará feliz quando Obama for eleito, pois "os EUA deixarão de colocar Israel em primeiro lugar". O reverendo Wright, pastor de Obama por vinte anos, manifestou idéias anti-semitas parecidas. Mas Obama em vários debates e discursos dirigidos à comunidade judia jurou apoio incondicional a eles e eterna amizade a Israel.
Quem Obama vai trair?
Obama vai ser o presidente moderado dos debates, ou o presidente radical que seus amigos e parte dos eleitores esperam?
Se ele for moderado, como a maioria do povo americano espera, estará traindo seus amigos radicais. Porém, se for mais radical do que afirmou ser, terá mentido redondamente para o eleitorado.
Obama, evidentemente, quer ser eleito, e para isso precisa passar uma imagem de moderado nos debates, mesmo que pense uma coisa completamente diversa. A lógica indicaria que, uma vez no poder, a tendência seja a de tornar-se obrigatoriamente mais moderado, por mera força das instituições - um presidente, por mais que queira, não pode mudar tudo da noite para o dia, e os EUA felizmente não são a Venezuela. No entanto, estes não são tempos demasiado lógicos...
Por vários motivos, não tenho tido muito tempo ou paciência ultimamente para publicar o "bicho às terças". Gostaria eventualmente de fazer uma série sobre a fauna da Califórnia, mas não começará hoje. Por ora deixo vocês apenas com um divertido vídeo sobre um coelho e uma cobra invertendo papéis:
O racismo não é exclusivo de brancos contra pretos. Todas as raças ou etnias podem ser odiadas umas pelas outras. Em certos países da África, os albinos são desprezados e inclusive chegam a ser queimados vivos, acusados de ter origem diabólica.
Mas há dois grupos que historicamente são os que mais sofrem com o preconceito e são vítimas de um ódio que não é demonstrado com a mesma intensidade contra nenhum outro: refiro-me aos negros e aos judeus.
O anti-semitismo, ou ódio aos judeus, tem origens muito antigas. Sendo um ódio irracional, não é possível explicá-lo racionalmente. Uma das teorias mais interessantes a respeito afirma que trata-se de um caso de "angústia da influência": sendo o judaísmo a religião que deu origem tanto ao cristianismo quanto ao islamismo, a origem do ódio aos judeus estaria nessa rivalidade religiosa pelas religiões posteriores: em suma, o natural ódio do filho contra o pai. Observem que a maioria da perseguição aos judeus ao longo da história (e ainda hoje) foi realizada justamente por cristãos e muçulmanos; enquanto que casos de anti-semitismo entre hindus, budistas e outros seguidores de religiões não-monoteístas são muito mais raros.
Mas não é apenas isso: o povo judeu, que sempre incentivou a cultura, a moral e o trabalho, sempre se destacou nas mais variadas áreas do conhecimento e, por que não, na acumulação de riquezas pessoais. Muito do ódio aos judeus (e ao bem-sucedido estado de Israel) tem origem pura e simplesmente na inveja dos fracassados. Sendo, ainda, um povo numericamente reduzido, servem também de ótimo bode expiatório quando as coisas começam a ir mal.
O ódio aos negros, no entanto, tem um caráter diverso. O anti-semitismo, como vimos, pode ser o resultado da inveja. Mas ninguém tem inveja dos negros, que na maioria dos países, salvo exceções, costumam ocupar as camadas mais baixas da sociedade. Portanto o ódio aos negros é um ódio superficial, causado apenas pela "estranheza" da cor de sua pele e pela sua associação com o crime, a pobreza ou a violência.
Curiosamente, na cultura pop americana, os próprios negros são hoje as maiores fontes criadoras de preconceito: a "cultura" do hip-hop é um festival de apologia ao crime, drogas, violência, ignorância e misoginia. Bill Cosby, famoso cômico negro americano, já comentou sobre o mal que os negros fazem a si mesmos ao estimular essa dita "cultura negra" em detrimento da cultura tradicional, que na verdade não é nem brance nem preta.
Décadas atrás, o sofrimento dos judeus ao longo da história era relacionado ao sofrimento dos negros: ambos, de fato, foram povos escravos ou que sofreram tentativas de extermínio. Por isso mesmo, os judeus estiveram muito presentes apoiando o movimento pelos direitos civis dos negros nos anos sessenta; e, inversamente, Martin Luther King condenou o anti-semitismo e negros como Sammy Davis Jr. converteram-se ao judaísmo justamente por causa dessa associação entre o sofrimento do povo negro e do povo judeu.
Hoje, naturalmente, tudo mudou. Enquanto a maioria dos judeus é Democrata e vota em Obama, a recíproca não é verdadeira: o anti-semitismo é cada vez mais pervasivo entre os negros, graças a figuras como Louis Farrakhan (da Nação do Islã) e o pastor Jeremiah Wright, o (já esquecido pela mídia) mentor do próprio Obama - figuras que pregam diariamente e abertamente o ódio ao povo judeu. Curiosamente, ou não, uma figura é ligada ao cristianismo (ou, mais exatamente, à teologia da libertação negra - a maioria dos verdadeiros cristãos americanos é pró-Israel) e a outra ao islamismo.
Se, como insinuam alguns, o povo americano é "racista" e odeia os negros, como é que se explica o sucesso de Obama? Acredito que, ao contrário da raça jogar em contra dele, joga a favor. Ninguém gosta de ser acusado de "racista", e o sucesso de Obama entre a elite branca explica-se também em parte por essa sua estrambótica origem multi-cultural e multi-racial (ou até pós-racial): filho de pai negro com mistura árabe e mãe branca, muçulmano na infância, nascido no Quênia e criado na Indonésia e, posteriormente, no Havaí. Se Obama tivesse as mesmas idéias que tem e fosse branco, pode apostar que não teria nem metade dos votos.
E assim, curiosamente, muito embora malucos adorem falar em "conspirações sionistas", os Estados Unidos da América terão um presidente negro muito antes de ter um presidente judeu.
— O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia. Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas, e iguais também porque o sangue que usamos tem pouca tinta. E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).
Sarah Palin, dizem, é criacionista. Não sei; sei que ela jamais disse - como alegam seus críticos - que o criacionismo deveria ser ensinado nas escolas. Ao contrário, disse que não deveria ser parte do currículo e que na aula de ciência deveria ensinar-se ciência e não religião.
De qualquer modo, mesmo que ela seja criacionista, não vejo qualquer motivo para alarme. E daí? Há pessoas que acreditam em astrologia. Há pessoas que acreditam em cristais mágicos. Há pessoas que acreditam no marxismo. Há pessoas que acreditam na Justiça Social. Há pessoas que acreditam que o islamismo é uma religião da paz. Há pessoas que acreditam no Obama. Em meio a todos esses absurdos, acreditar que Deus criou o universo não me parece tão ridículo.
A intensidade dos ataques contra Sarah Palin são especialmente bizarros quando se considera que Barack Obama, que tem conexões misteriosas com gente muito esquisita (de terroristas islâmicos a marxistas radicais), praticamente não é investigado.
A última novidade é que Barack Obama deu dinheiro e trabalhou para ACORN, um grupo de ativistas sociais (perigo! perigo!) que tem a intenção de estimular o voto entre as classes baixas. Estimular o voto em quem? Em Obama, é claro. Mas, como os votantes reais são poucos, a mesma organização está por trás da fraude de votos em diversos estados, registrando votantes imaginários.
Já pensou quantos milhões de dólares esses caras não ganharão quando a Grande Esperança Negra chegar ao poder? Quantos milhões não irão para Ayers promover a educação radical nas escolas? Quantos milhões não irão para os terroristas palestinos?
Mas a grande preocupação das elites é Sarah Palin. As celebridades morrem de medo de Sarah Palin e sua terrível religiosidade.
A religião cristã é uma coisa tão terrível, de fato, que uma pesquisa do Gallup mostra que as pessoas religiosas costumam ajudar mais os necessitados do que qualquer materialista ateu.
Atualização: o vídeo abaixo é exclusivo para o leitor Pax.
Talvez a crise econômica seja boa. Talvez até a presidência Obama seja boa. Explico por que.
O Primeiro Mundo (ainda se usa essa expressão?) vive um momento de insanidade. Tornou-se tão próspero e eficiente que agora seus habitantes não exigem menos do que a perfeição. O blogueiro Wretchard cita dois exemplos vindo da Inglaterra: o primeiro, uma família de imigrantes afegãos com sete filhos que foi colocada em uma mansão, ao custo estatal de 13 mil libras esterlinas por mês, porque de acordo com a lei britânica "uma família com sete filhos deve viver em uma casa de pelo menos 5 quartos" (é, existem leis na Orwelliana Inglaterra de hoje que regulam até isso). O segundo exemplo é o de uma família britânica, esta branca e de classe média, que processou a sua agência de viagens por não ter se divertido bastante durante as suas férias.
Muito tempo atrás, imigrantes estariam felizes de poder ter o teto de uma ponte cobrindo suas cabeças, e famílias agradeceriam aos céus por poder ter quaisquer férias, nem que fosse em Capão da Canoa. Hoje não; hoje não se aceita menos do que a perfeição.
É isso também que explica a provável eleição de Obama, e é por isso que a sua presidência, não podendo realizar a tão desejada "mudança" que seu público votante espera, só poderá terminar em desilusão. (Aliás, há um único modo de Obama manter seu status mítico e entrar na galeria de personagens lendários da política como Martin Luther King, John F. Kennedy, Ghandi, Itzhak Rabin... Sim, exato: tendo uma morte trágica durante o exercício do poder. Não que eu recomende isso, é claro: prefiro ver o Obama reduzido à sua condição de político medíocre que é, terminando sem glória um mandato impopular).
Por isso tudo, pode que seja boa uma crise econômica e uma presidência Obama: um choque de realidade sempre é bom para os que vivem no mundo da fantasia.
Percentagem da população dos seguintes países que gostaria de se mudar para os EUA se não existissem barreiras alfandegárias (segundo pesquisa):
Polônia - 16% Alemanha - 20% Finlândia - 21% Canadá - 27% Reino Unido - 30% Brasil - 31% França - 52% Holanda - 55% Índia - 73%
Pessoalmente, acho que o american way of life tem coisas positivas e negativas, mas por ora não tenho muito o que me queixar da Califórnia. E as universidades americanas (ainda) são as melhores do mundo.
Não vou falar aqui sobre o debate, que foi chato para caray e sem nenhum vencedor claro - ambos foram igualmente aborrecidos, e o mediador não fez uma única pergunta que não houvesse sido feita já dez mil vezes alguma outra vez. Nem tocaram no tema Bill Ayers, por exemplo.
Mas vou falar aqui sobre o fenômeno Obama e algumas de suas possíveis explicações.
Afinal, há várias possíveis explicações para o fato de um presidente tão despreparado quanto Obama estar prestes a se tornar o líder do chamado mundo livre. A mais simples é que os EUA estão cansados de 8 anos de Bush, o sistema exige rotação de partidos, e, em crise econômica, os eleitores preferem votar pelo candidato que promete lhes dar mais benefícios estatais. Pode ser, mas não é a explicação mais interessante.
A mais interessante é que é resultado da feminização da sociedade, como argumentam este artigo aqui e também este aqui.
De fato, uma coisa curiosa é que, segundo pesquisas, Obama atrai mais as mulheres do que os homens. A vice de McCain, Sarah Palin, ao contrário, atrai mais os homens do que as mulheres. Contraditório?
Nem tanto. Obama é metrosexual; Obama é feminino. Tradicionalmente, o homem se ocupava da guerra e da caça, e a mulher da economia do lar. Obama não quer guerra, quer "dialogar" com os inimigos. E que coisa mais feminina do que querer sempre "dialogar" ou "discutir a relação"?
Já Palin caça, usa armas, sabe ser agressiva nos debates, anda de Harley Davidson e come hambúrgueres de alce. É mais tradicionalmente masculina do que a maioria dos seguidores de Obama. Natural que os homens a adorem e as mulheres a odeiem.
No seu artigo, Michael Knox compara o carisma "pós-masculino" de Obama com o de Oprah, e afirma que sua eleição terminará fatalmente em desilusão, pois "nos encoraja a querer a perfeição onde não podemos encontrá-la, no mundo da política, na adoração heróica de um xamã secular".
Talvez Obama tenha que ganhar estas eleições, para que certas ilusões sejam definitivamente enterradas. Ou, se não definitivamente, ao menos até a próxima geração.
Nos comentários publicados no post "A esquerda no poder", leio os seguintes comentários:
[Graças ao PT] os últimos oito anos foram de incrível crescimento econômico, as taxas de desemprego foram reduzidas à zero (sic), todos têm assistência médica e pagam suas hipótecas (sic).
Ou ainda:
A esquerda tem que dominar não só a América do Sul e sim (sic) o mundo.
Já em blogs americanos, leio comentários como este:
***Conservatism is the tired old need to hang on to the past while liberalism is a need for change for a brighter future.***
Acho que a diferença entre os conservadores (direita) e os liberais (esquerda) é que os segundos mais parecem membros de alguma religião. Acreditam que basta um político de esquerda (um Messias) chegar ao poder para "mudar" a sociedade, a política ou a economia, ou até a própria natureza humana. Quer dizer, segundo eles existe pobreza, desgraça, guerra e fome apenas porque a pessoa certa ou o sistema certo não estava no poder.
Quando a pessoa certa chegar e puder realizar as suas políticas salvadoras, tudo melhorará. O nível dos oceanos vai baixar e o planeta será curado. Nenhum país invadirá outro. Todos pagarão suas hipotecas.
Já para o conservador, a vida é uma eterna luta, tudo tem um preço, o governo mais atrapalha do que ajuda e jamais se chegará a um estágio Ômega no qual todos serão felizes.
Com a brilhante intenção de chamar a atenção do público contra o "aquecimento global" (como se ninguém tivesse ouvido falar disso), um grupo de quarenta artistas, músicos, jornalistas, intelectuais e cientistas viajou de avião para a Groenlândia (emissão de 2500 kg de CO2 por pessoa), depois subiu em um enorme navio que os levou até o Ártico (mais uns 800 kg de CO2 por passageiro), e passou o dia em lanchas (digamos, mais uns 200 kg de CO2). A partir daí, parte do grupo tentou realizar um incrível projeto artístico: colocar um banco de madeira em cima de um iceberg.
Isto é, colocar lixo humano na Natureza.
O pior é que ainda por cima fracassaram no objetivo (ventava muito), mas mesmo assim ficaram felizes, pois "o importante é a busca".
Só me resta concluir duas coisas:
a) certas pessoas não tem mesmo mais o que fazer;
b) deve ter alguém ganhando muuuuuuuuuito dinheiro com esse esquema de "aquecimento global";
Tem uma cena em "Sunset Blvd." (já o filme tem nome de rua - no Brasil se chama O Crepúsculo dos Deuses) em que os credores do protagonista levam embora o seu carro. Ele, que está hospedado na casa de uma atriz decadente, fica desesperado: "Meu Deus, nunca vou sair daqui!"
De fato, não ter carro em Los Angeles pode causar uma sensação de claustrofobia e impotência. Sei de pelo menos um leitor (nosso amigo Gunnar) que detestaria Los Angeles. A cidade, de fato, não é construída para pessoas, mas para carros.
Não me entendam mal: é possível caminhar ou andar de bicicleta, e a cidade conta ainda com um excelente sistema de ônibus. Na verdade, os ônibus aqui são melhores do que em muitos lugares da Europa: limpos, razoavelmente rápidos, chegam sempre no horário (há uma tabela na parada), possuem acomodação externa para transportar até duas bicicletas, e um sistema para pessoas em cadeiras de rodas que - já vi em ação - funciona muito bem. Comparando, os famosos ônibus londrinos são péssimos).
Mas quase toda a arquitetura da cidade é pensada para quem tem carro. Avenidas largas, distâncias quilométricas, restaurantes com drive through. Vi mesmo algumas lojas que têm a sua entrada principal para os carros - a entrada para meros pedestres fica nos fundos da loja e é preciso dar a volta no quarteirão. Há alguns bairros nos quais é possível passear e caminhar (Rodeo Drive, Westwood) como em qualquer cidade normal, mas há outros lugares nos quais para ir do ponto A ao ponto B você precisa caminhar mais de um quilômetro.
A cidade pode ser aproveitada mesmo sem um automóvel, é claro. Eu mesmo não tenho carro ainda e, por ora, não senti falta: vou à Universidade de bicicleta. Porém, sei que eventualmente vou ter que comprar um. Los Angeles não é Amsterdam.
No dia em que o petróleo acabar, temo que esta cidade entrará em colapso. Isso, é claro, se não acabar antes com o Big One (não, não me refiro a Obama, mas ao grande terremoto que, dizem, um dia virá. Talvez ocorra no mesmo dia da posse de Obama, como um anúncio do final dos tempos).
Joe Biden garantiu no debate que tinha certeza que o aquecimento global existia e era causado pelo homem. Curiosamente, dados recentes parecem indicar que o planeta agora está esfriando... As temperaturas de 2008 são as mais baixas desde 1975.
Trinta ou quarenta anos atrás, os guerrilheiros Zé Dirceu, Fernando Gabeira e Dilma Roussef assaltavam bancos e seqüestravam pessoas. Ou seja, cometiam crimes como qualquer outro bandido. Hoje são políticos de sucesso, no centro do poder.
É que a revolução pela violência fracassou rotundamente, mas eis que nossos amigos marxistas descobriram que era muito mais fácil - e seguro - tomar o poder por via indireta, através da educação, da mídia e da própria democracia. Usar o sistema contra o sistema, como diriam em 1968.
Agora é o ano de 2008. Os bárbaros venceram e conquistaram toda a América Latina... (Toda? Não! Uma pequena aldeia ainda resiste ao invasor...)
A provável coroação de Obama nada mais é do que a culminação do mesmo processo. Também aqui nos EUA os marxistas realizaram a mesma passagem da violência à mídia, à educação e às urnas. Bill Ayers era um terrorista nos anos 60, radical socialista responsável por vários atentados. Hoje ele é, quem diria, um professor universitário, especializado em educação, e grande amigo e colaborador de Barack Obama...
Imagem tirada do The People's Cube, site de sátira política.
Atualização: Cabe a pergunta, é claro: uma vez terrorista, sempre terrorista? Não, é claro. Gabeira, que pode se tornar o novo prefeito do Rio, diz que se pudesse voltar atrás no tempo jamais participaria do seqüestro, e considera que a opção pela luta armada de sua geração foi um erro. Porém, ainda considera-se um socialista, ainda que crítico do socialismo totalitário (mal sabe ele, é claro, que por sua própria natureza todo socialismo, cedo ou tarde, é totalitário).
E Ayers? Não coloca mais bombas, mas não se arrepende do passado, e ainda propaga as mesmas idéias marxistas radicais, travestidas sob palavras da moda como "justiça social" e "educação contra a opressão". (Sua amizade e colaboração com Obama, claro, é ignorada ou diminuída pela mídia.)
Why, who makes much of a miracle? As to me I know of nothing else but miracles, Whether I walk the streets of Manhattan, Or dart my sight over the roofs of houses toward the sky, Or wade with naked feet along the beach just in the edge of the water, Or stand under trees in the woods, Or talk by day with any one I love, or sleep in the bed at night with any one I love, Or sit at table at dinner with the rest, Or look at strangers opposite me riding in the car, Or watch honey-bees busy around the hive of a summer forenoon, Or animals feeding in the fields, Or birds, or the wonderfulness of insects in the air, Or the wonderfulness of the sundown, or of stars shining so quiet and bright, Or the exquisite delicate thin curve of the new moon in spring; These with the rest, one and all, are to me miracles, The whole referring, yet each distinct and in its place.
Acho que a Sarah foi muito bem. Salvo um que outro tropeço, não houve nenhuma gafe séria (como o público esperava). Algumas boas farpas contra o Biden, e impressão geral de simpatia e muita personalidade. Podia ter atacado mais o Obama e seus estranhos amigos (Bill Ayers, Tony Rezko). Por que ninguém fala nisso? É como o Lula, ninguém pergunta de suas estranhas amizades...
O Biden, nem bom nem ruim. Não cometeu muitas gafes, e foi adequado. Mas disse, acho, duas besteiras: um, afirmar com tanta segurança que o aquecimento global é “com certeza causado pelo homem” (nem os cientistas sabem disso), e dois, dizer que Obama é contra o casamento gay (ou a dupla está mentindo pra ganhar votos, ou mudou de idéia e vai descontentar os fãs).
Do meu ponto de vista, Sarah foi melhor. Especialmente porque ela parecia sempre sincera, e o Biden quase nunca. Sarah é muito mais fotogênica também.
Mas eu não sou um eleitor americano indeciso, é claro.
A moderadora não era tão ruim, não. Neutra, em geral (não sempre). Meio morna, faltaram perguntas.
No fim das contas, ambos foram bem no debate, cada um a seu modo. Acho que não vai mudar muito os votos… O principal nesta eleição vai ser a economia mesmo. Infelizmente.
Uma democracia pode durar para sempre? A democracia americana é a mais duradoura até hoje na História: duzentos anos sem golpes, e com uma formidável resistência, tendo passado por guerra civil, duas guerras mundiais e os maiores atentados terroristas da história. Porém, um texto atribuído a um certo ecritor britânico chamado Alexander Tytler diz o seguinte:
Uma democracia é sempre temporária por natureza; não pode existir como forma permanente de governo. Uma democracia subsiste até que os eleitores descobrem que podem usar seus votos para conseguir para si mesmos presentes cada vez mais generosos do dinheiro público. A partir desse momento, a maioria sempre vota pelos candidatos que prometem mais benefícios do tesouro público, com o resultado de que finalmente a democracia entra em colapso devido à crise econômica, sendo então sempre substituída por uma ditadura.
A média de duração das maiores civilizações da história foi de 200 anos. Durante esses 200 anos, essas nações sempre progrediram na seguinte seqüência: - Da tirania à fé; - Da fé à coragem; - Da coragem à liberdade; - Da liberdade à abundância; - Da abundância à complacência; - Da complacência à apatia; - Da apatia à dependência; - Da dependência de volta à tirania.
Os Estados Unidos têm pouco mais de 200 anos e manifestam sinais de crise. Obama promete a todas as minorias ainda mais presentes com o dinheiro público. Se o Obama e seus amigos socialistas ganharem as eleições, isso poderá selar o definitivo fim da democracia americana. Ou ao menos da hegemonia americana no mundo.
Intelectual adora favela. Adora miséria, adora traficante, adora violência e "exclusão social". Intelectual estrangeiro, então, adora ainda mais. Explica-se: enquanto o intelectual pátrio está demasiado próximo do seu objeto de estudo, e portanto passível de sofrer também com os aspectos negativos deste, o intelectual americano ou europeu não tem esta preocupação. E portanto se esbalda comentando ou escrevendo artigos sobre o tema, sem correr o risco de levar uma bala perdida.
Eu tenho um problema, portanto. Participo do meio acadêmico, venho do Brasil, mas odeio favela, odeio traficante, e não tenho a menor fascinação pelos "marginalizados" ou "excluídos". Acho que a única solução para o tráfico seria o exército invadir os morros e matar os chefões traficantes, transferir os favelados para zonas residenciais populares urbanizadas, e instituir medidas draconianas contra os usuários de drogas. Fumou, tragou, dançou. Claro que é uma solução irreal, ou seja, na verdade não tem solução, e como não tem solução prefiro pensar que nem mesmo existe e me concentrar em outros temas mais agradáveis.
Mas o pior mesmo é intelectual petista.
Li recentemente a contracapa de um livro - "Falcão - Mulheres do tráfico" o foi o que me bastou. O livro pode até conter depoimentos interessantes, não sei, mas na contracapa, uma resenhista do livro celebra a tal "nova ética" dessas mulheres.
Nova ética? Ajudam criminosos, se prostituem para traficantes ou mandam seus filhos vender crack. Se isso é uma nova ética, prefiro a antiga.
É curioso. A esquerda defende traficante, terrorista, guerrilheiro, vagabundo, tudo em nome da "exclusão social", da "luta pelos oprimidos". Entende todos os povos e culturas, dos muçulmanos aos tocadores de bongô do Butão.
O estranho é que sua capacidade de compreensão só não se estende ao homem branco conservador cristão. Ué. Por que não oferecer a mesma tolerância que eles têm com os traficantes ou os jihadistas muçulmanos aos cristãos americanos que seguem esse tal "criacionismo"? Por que não tratar de compreender o pensamento do trabalhador branco que segue valores conservadores? Mas não. Nesses casos, não há nenhuma tentativa de entender o "Outro". Há apenas o ódio, o desprezo contra esses seres "reacionários" e "atrasados", que impedem a grande mudança da humanidade pra melhor...