I heard a Fly buzz -- when I died --
The Stillness in the Room
Was like the Stillness in the Air --
Between the Heaves of Storm --
The Eyes around -- had wrung them dry --
And Breaths were gathering firm
For that last Onset -- when the King
Be witnessed -- in the Room --
I willed my Keepsakes -- Signed away
What portion of me be
Assignable -- and then it was
There interposed a Fly --
With Blue -- uncertain stumbling Buzz --
Between the light -- and me --
And then the Windows failed -- and then
I could not see to see --
Emily Dickinson
domingo, 31 de maio de 2009
Poema do domingo
quinta-feira, 28 de maio de 2009
As ONGs do terror
Um interessante artigo na ótima Dicta & Contradicta sobre o terrorismo e sua relação com um certo tipo de mentalidade termina com um link para um outro artigo de um certo Jakub Grygiel que fala sobre uma modificação curiosa que ocorreu nos últimos tempos: grupos armados que, ao contrário do que ocorreu ao longo da maior parte da História, não buscam o poder estatal mas, ao contrário, preferem não tomar o poder.
Os exemplos mais claros são o Hamas e o Hizballah, grupos que, embora estejam ligados a certos povos e/ou governos, preferem abster-se de tomar completamente o poder e assumir as funções estatais. Alguém dirá que os terroristas do Hamas governam Gaza. Pode ser, mas: a) governam como a cara deles; b) isso é irrelevante, já que Gaza não tem economia própria e eles são sustentados por instituições internacionais; c) Poderiam, mas não declaram a independência política de Gaza. Já o Hizballah, embora influa cada vez mais na política do Líbano, prefere não assumir o comando diretamente, agindo como um Estado dentro do Estado.
Embora o Islã seja o principal usuário desse novo sistema - lembrem também da Al-Qaeda, que nem país-base tem, podendo operar em qualquer lugar - essa nova realidade pode ser observada fora da jihad. Situação algo parecida pode ser vista nas favelas cariocas, onde os grupos traficantes tem um poder de fato sobre a população local, mas ao mesmo tempo não suplantam totalmente os papéis do Estado, convivendo lado a lado com ele.
Some-se isso a globalização e a propagação de tecnologia que permitiu que um punhado de indivíduos possam efetivamente se tornar uma ameaça a vários países: os atentados de 9/11 e de Mumbai custaram relativamente pouco e não exigiram mais do que algumas dezenas de pessoas para a sua realização. Hoje, armas biológicas e nucleares podem estar ao alcance de grupos não-estatais com o dinheiro e os contatos suficientes.
Ao mesmo tempo, as elites progressistas mundiais preparam-se, se não para organizar um governo mundial como temem alguns, ao menos para erodir lentamente as nações tradicionais, através da imigração ilegal ilimitada (diluição de fronteiras étnicas e culturais), órgãos supra-estatais como a União Européia (diluição de fronteiras físicas e da soberania estatal de cada país), etc.
O que significa tudo isso? Não sei muito bem. Talvez estejamos assistindo ao fim do Estado-Nação. Mas o que virá a seguir?
Os exemplos mais claros são o Hamas e o Hizballah, grupos que, embora estejam ligados a certos povos e/ou governos, preferem abster-se de tomar completamente o poder e assumir as funções estatais. Alguém dirá que os terroristas do Hamas governam Gaza. Pode ser, mas: a) governam como a cara deles; b) isso é irrelevante, já que Gaza não tem economia própria e eles são sustentados por instituições internacionais; c) Poderiam, mas não declaram a independência política de Gaza. Já o Hizballah, embora influa cada vez mais na política do Líbano, prefere não assumir o comando diretamente, agindo como um Estado dentro do Estado.
Embora o Islã seja o principal usuário desse novo sistema - lembrem também da Al-Qaeda, que nem país-base tem, podendo operar em qualquer lugar - essa nova realidade pode ser observada fora da jihad. Situação algo parecida pode ser vista nas favelas cariocas, onde os grupos traficantes tem um poder de fato sobre a população local, mas ao mesmo tempo não suplantam totalmente os papéis do Estado, convivendo lado a lado com ele.
Some-se isso a globalização e a propagação de tecnologia que permitiu que um punhado de indivíduos possam efetivamente se tornar uma ameaça a vários países: os atentados de 9/11 e de Mumbai custaram relativamente pouco e não exigiram mais do que algumas dezenas de pessoas para a sua realização. Hoje, armas biológicas e nucleares podem estar ao alcance de grupos não-estatais com o dinheiro e os contatos suficientes.
Ao mesmo tempo, as elites progressistas mundiais preparam-se, se não para organizar um governo mundial como temem alguns, ao menos para erodir lentamente as nações tradicionais, através da imigração ilegal ilimitada (diluição de fronteiras étnicas e culturais), órgãos supra-estatais como a União Européia (diluição de fronteiras físicas e da soberania estatal de cada país), etc.
O que significa tudo isso? Não sei muito bem. Talvez estejamos assistindo ao fim do Estado-Nação. Mas o que virá a seguir?
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quarta-feira, 27 de maio de 2009
Os Tribalistas
Será que nós humanos já evoluímos além do tribalismo?
No Brasil, índios recebem terras exclusivas e obedecem a uma legislação diferente da do resto da população. A questão das cotas raciais gera indignação em alguns e orgulho em outros, e cria uma divisão - real ou não, já não sei - entre "negros" e "brancos", ainda que haja muitos que fiquem no meio do caminho neste país de mulatos e mamelucos.
Nos EUA, Obama - que foi eleito por 95% dos negros americanos exclusivamente devido à cor de sua pele - colocou uma mulher latina como juíza da Suprema Corte. E ela disse o seguinte:
Já pensou se algum branco disesse que "sua experiência como homem branco lhe permitiria ser um melhor juiz"? O mundo viria abaixo. E no entanto ninguém se espanta com o fato de que uma juíza da Suprema Corte diga que suas decisões não só não derivam exclusivamente da Lei - mas que sua identidade como mulher latina seja tão ou mais importante na hora de decidir, pois por ser mulher e latina ela seria melhor do que um homem branco.
Ué. Será que isso não é racismo?
O que esses fatos - e muitos outros - mostram é que negros, indígenas, latinos, asiáticos, muçulmanos, e até mesmo em parte os judeus (ainda que estes sejam considerados parte dos brancos opressores, especialmente se "sionistas") - todos continuam, em maior ou menor grau, "tribalistas", isto é, associados com as pessoas do seu grupo e lutando pelos seus direitos enquanto grupo. Pelo jeito, os únicos otários que acreditaram na falácia do multiculturalismo são os brancos ocidentais. É o único grupo que se mistura ativamente com os outros e ao qual não é permitido o tribalismo explícito. Afinal, ao contrário dos outros grupos, qualquer coisa que falarem contra os outros e serão acusados de "racistas" ou até de "fascistas".
Não vai aqui uma apologia do racismo, ao contrário. Prefiro um sistema político, social e legal no qual as leis e os direitos sejam iguais para todos, independente de raça, cor ou religião (eu disse iguais, não com direitos maiores a minorias).
Mas o tribalismo é uma característica humana. Nada há nada de necessariamente errado nisso, é mesmo perfeitamente natural: preferimos viver com os que mais se assemelham conosco. Mesmo em uma cidade cosmopolita e multicultural como Los Angeles, os vários grupos étnicos, nacionais e/ou religiosos vivem em geral separados: há o bairro chinês, o bairro coreano, o bairro judeu ortodoxo, o bairro iraniano, os vários bairros latinos, os vários bairros negros, etc. Um pouco de mistura há, mas, no fundo, naquilo que importa, ninguém se mistura muito com ninguém.
Ocorre então uma coisa curiosa: quanto mais se propaga o multiculturalismo e a diversidade, mais se reforça o tribalismo. Na França, já são de conhecimento público os ataques dos imigrantes contra a polícia e a propriedade nos bairros de periferia, bem como casos espantosos de ataques a jovens judeus. Na Inglaterra, muçulmanos freqüentemente protestam violentamente. Nos EUA, provando que as minorias só são aliadas de conveniência, gangues de latinos atacam violentamente negros, querendo exterminá-los (e vice-versa). Na Suécia, já há bairros em que loiros de olhos azuis não mais se atrevem a entrar.
O problema, então, é que a esquerda, que antes tentava jogar os trabalhadores contra os "donos dos meios de produção", isto é, estimulava a luta de classes, agora parece que decidiu mudar de tática e dedicar-se sem escrúpulos a incentivar o ressentimento racial. De outra forma não podem ser entendidos os pronunciamentos cada vez mais agressivos contra o "homem branco", as políticas de "cotas raciais" e de reparações milionárias pela escravidão a negros e indígenas, políticas estas que já estão ou estarão logo a caminho na Bolívia, na Venezuela, no Brasil e até nos EUA.
Esse racismo explícito é bastante perigoso, pois - como somos sempre tribalistas, ainda que tentemos contê-lo - cedo ou tarde vai gerar um backlash, com os brancos também agindo de modo lamentavelmente violento e tribal. Em 1992 houve protestos raciais violentos aqui mesmo em Los Angeles. Se ocorrerem de novo, serão muito piores, por mais que haja um afro-americano na presidência e uma latina na Suprema Corte.
No Brasil, índios recebem terras exclusivas e obedecem a uma legislação diferente da do resto da população. A questão das cotas raciais gera indignação em alguns e orgulho em outros, e cria uma divisão - real ou não, já não sei - entre "negros" e "brancos", ainda que haja muitos que fiquem no meio do caminho neste país de mulatos e mamelucos.
Nos EUA, Obama - que foi eleito por 95% dos negros americanos exclusivamente devido à cor de sua pele - colocou uma mulher latina como juíza da Suprema Corte. E ela disse o seguinte:
I would hope that a wise Latina woman with the richness of her experience would more often than not reach a better conclusion than a white male who hasn’t lived that life.
Já pensou se algum branco disesse que "sua experiência como homem branco lhe permitiria ser um melhor juiz"? O mundo viria abaixo. E no entanto ninguém se espanta com o fato de que uma juíza da Suprema Corte diga que suas decisões não só não derivam exclusivamente da Lei - mas que sua identidade como mulher latina seja tão ou mais importante na hora de decidir, pois por ser mulher e latina ela seria melhor do que um homem branco.
Ué. Será que isso não é racismo?
O que esses fatos - e muitos outros - mostram é que negros, indígenas, latinos, asiáticos, muçulmanos, e até mesmo em parte os judeus (ainda que estes sejam considerados parte dos brancos opressores, especialmente se "sionistas") - todos continuam, em maior ou menor grau, "tribalistas", isto é, associados com as pessoas do seu grupo e lutando pelos seus direitos enquanto grupo. Pelo jeito, os únicos otários que acreditaram na falácia do multiculturalismo são os brancos ocidentais. É o único grupo que se mistura ativamente com os outros e ao qual não é permitido o tribalismo explícito. Afinal, ao contrário dos outros grupos, qualquer coisa que falarem contra os outros e serão acusados de "racistas" ou até de "fascistas".
Não vai aqui uma apologia do racismo, ao contrário. Prefiro um sistema político, social e legal no qual as leis e os direitos sejam iguais para todos, independente de raça, cor ou religião (eu disse iguais, não com direitos maiores a minorias).
Mas o tribalismo é uma característica humana. Nada há nada de necessariamente errado nisso, é mesmo perfeitamente natural: preferimos viver com os que mais se assemelham conosco. Mesmo em uma cidade cosmopolita e multicultural como Los Angeles, os vários grupos étnicos, nacionais e/ou religiosos vivem em geral separados: há o bairro chinês, o bairro coreano, o bairro judeu ortodoxo, o bairro iraniano, os vários bairros latinos, os vários bairros negros, etc. Um pouco de mistura há, mas, no fundo, naquilo que importa, ninguém se mistura muito com ninguém.
Ocorre então uma coisa curiosa: quanto mais se propaga o multiculturalismo e a diversidade, mais se reforça o tribalismo. Na França, já são de conhecimento público os ataques dos imigrantes contra a polícia e a propriedade nos bairros de periferia, bem como casos espantosos de ataques a jovens judeus. Na Inglaterra, muçulmanos freqüentemente protestam violentamente. Nos EUA, provando que as minorias só são aliadas de conveniência, gangues de latinos atacam violentamente negros, querendo exterminá-los (e vice-versa). Na Suécia, já há bairros em que loiros de olhos azuis não mais se atrevem a entrar.
O problema, então, é que a esquerda, que antes tentava jogar os trabalhadores contra os "donos dos meios de produção", isto é, estimulava a luta de classes, agora parece que decidiu mudar de tática e dedicar-se sem escrúpulos a incentivar o ressentimento racial. De outra forma não podem ser entendidos os pronunciamentos cada vez mais agressivos contra o "homem branco", as políticas de "cotas raciais" e de reparações milionárias pela escravidão a negros e indígenas, políticas estas que já estão ou estarão logo a caminho na Bolívia, na Venezuela, no Brasil e até nos EUA.
Esse racismo explícito é bastante perigoso, pois - como somos sempre tribalistas, ainda que tentemos contê-lo - cedo ou tarde vai gerar um backlash, com os brancos também agindo de modo lamentavelmente violento e tribal. Em 1992 houve protestos raciais violentos aqui mesmo em Los Angeles. Se ocorrerem de novo, serão muito piores, por mais que haja um afro-americano na presidência e uma latina na Suprema Corte.
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Minta pra mim
Tem uma história ou lenda sobre George Washington, primeiro presidente americano, de que quando criança ele teria confessado ter cortado o cerejeiro do pai. "I cannot tell a lie", ele disse. Verdade ou - ahem - mentira, a frase ficou famosa.
Com Obama acontece o contrário. Se ele tivesse uma frase, esta seria: "I cannot not tell a lie". Pois o pobre homem é forçado pelas circunstâncias a mentir constantemente, seja para seus seguidores, seja para seus opositores.
Por exemplo, porque Carrie Prejean, a Miss Califórnia, foi praticamente apedrejada por dizer que "o casamento deve ser entre um homem e uma mulher", enquanto Obama não foi sequer criticado por ter dito exatamente a mesma coisa?
A resposta é simples: os fiéis de Obama não o criticam pois confiam que ele esteja mentindo. Acreditam que ele meramente repita o discurso politicamente aceitável hoje em Washington para parecer um "moderado", mas que suas ações nada tenham a ver com suas palavras. Poderá dizer ser contra o casamento gay, mas tenderá a aceitá-lo e mesmo promovê-lo quando as circunstâncias forem mais favoráveis. É o mesmo joguinho que Lula faz em relação ao aborto, declarando-se católico e anti-aborto e tal. Todos sabem que ele está apenas piscando o olho para seu público.
Ora Obama mente a seus seguidores, ora a seus opositores. Promete fechar Guantánamo, mas o mantém aberto. Promete processar oficiais do governo Bush, mas mantém aberta a opção de usar "técnicas avançadas" de interrogatório caso a coisa aperte. Caminha eternamente em uma corda-bamba.
Mas em que Obama verdadeiramente acredita? Aí, há duas escolas de pensamento: uma, mais ingênua, diz que ele não acredita em nada. É um oportunista que segue o vento e mente conforme o que for melhor a cada instante. Assim, não passaria de um niilista, que pode ser politicamente correto hoje e apontar para a Suprema Corte uma mulher latina cujas qualificações são apenas ser mulher e ser latina, mas se o vento virar contra ele pode se tornar radicalmente intolerante amanhã.
A outra escola acredita que Obama seja um marxista islâmico comunista radical enrustido, um Manchurian candidate do ano 2000, e que tudo o que fala sejam mentiras para parecer mais moderado do que é. De fato, há uma grande desconexão entre o que Obama diz e o que ele realmente faz. Por exemplo, pede aos americanos "responsabilidade fiscal", ao mesmo tempo em que detona o cartão de crédito da nação, gastando trilhões que não tem. Promete "unidade e diálogo" com a oposição ao mesmo tempo em que desanca qualquer Republicano que ousar ser contra suas propostas.
Há ainda uma terceira escola, minoritária mas ganhando adeptos a cada dia, que diz que Obama seria apenas o primeiro presidente pós-moderno, para quem não existe diferença entre a mentira e a verdade, que aliás nem mesmo existe a "mentira" ou "verdade", tudo é uma construção mental subjetiva e relativa.
O que ninguém discute - nem mesmo seus fãs - é que Obama seja um mentiroso. Claro, o que acontece é que alguns preferem ouvir doces mentiras. A política, nesse aspecto, é como o amor.
Com Obama acontece o contrário. Se ele tivesse uma frase, esta seria: "I cannot not tell a lie". Pois o pobre homem é forçado pelas circunstâncias a mentir constantemente, seja para seus seguidores, seja para seus opositores.
Por exemplo, porque Carrie Prejean, a Miss Califórnia, foi praticamente apedrejada por dizer que "o casamento deve ser entre um homem e uma mulher", enquanto Obama não foi sequer criticado por ter dito exatamente a mesma coisa?
A resposta é simples: os fiéis de Obama não o criticam pois confiam que ele esteja mentindo. Acreditam que ele meramente repita o discurso politicamente aceitável hoje em Washington para parecer um "moderado", mas que suas ações nada tenham a ver com suas palavras. Poderá dizer ser contra o casamento gay, mas tenderá a aceitá-lo e mesmo promovê-lo quando as circunstâncias forem mais favoráveis. É o mesmo joguinho que Lula faz em relação ao aborto, declarando-se católico e anti-aborto e tal. Todos sabem que ele está apenas piscando o olho para seu público.
Ora Obama mente a seus seguidores, ora a seus opositores. Promete fechar Guantánamo, mas o mantém aberto. Promete processar oficiais do governo Bush, mas mantém aberta a opção de usar "técnicas avançadas" de interrogatório caso a coisa aperte. Caminha eternamente em uma corda-bamba.
Mas em que Obama verdadeiramente acredita? Aí, há duas escolas de pensamento: uma, mais ingênua, diz que ele não acredita em nada. É um oportunista que segue o vento e mente conforme o que for melhor a cada instante. Assim, não passaria de um niilista, que pode ser politicamente correto hoje e apontar para a Suprema Corte uma mulher latina cujas qualificações são apenas ser mulher e ser latina, mas se o vento virar contra ele pode se tornar radicalmente intolerante amanhã.
A outra escola acredita que Obama seja um marxista islâmico comunista radical enrustido, um Manchurian candidate do ano 2000, e que tudo o que fala sejam mentiras para parecer mais moderado do que é. De fato, há uma grande desconexão entre o que Obama diz e o que ele realmente faz. Por exemplo, pede aos americanos "responsabilidade fiscal", ao mesmo tempo em que detona o cartão de crédito da nação, gastando trilhões que não tem. Promete "unidade e diálogo" com a oposição ao mesmo tempo em que desanca qualquer Republicano que ousar ser contra suas propostas.
Há ainda uma terceira escola, minoritária mas ganhando adeptos a cada dia, que diz que Obama seria apenas o primeiro presidente pós-moderno, para quem não existe diferença entre a mentira e a verdade, que aliás nem mesmo existe a "mentira" ou "verdade", tudo é uma construção mental subjetiva e relativa.
O que ninguém discute - nem mesmo seus fãs - é que Obama seja um mentiroso. Claro, o que acontece é que alguns preferem ouvir doces mentiras. A política, nesse aspecto, é como o amor.
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terça-feira, 26 de maio de 2009
Devemos celebrar o Brasil?
Uma coisa curiosa: enquanto, nos EUA, a esquerda odeia o próprio país e o desanca toda vez que pode, e a direita o celebra como a maior coisa do mundo depois da torta de maçã, no Brasil sucede o contrário. Hoje, a esquerda é que é ufanista e celebra o Brasil da macumba ao índio, enquanto articulistas e blogueiros de direita vivem falando mal do país e seus defeitos.
Será que isso não é uma contradição? Não deveríamos, enquanto bons "direitistas nacionalistas", amar o Brasil acima de todas as coisas? Historicamente, os esquerdistas é que sempre foram internacionalistas, enquanto a direita costumeiramente defende a unidade nacional e o Estado-Nação.
E afinal, não é verdade que nossos campos têm mais flores? Nossos bosques têm mais vida? Nossa vida no teu seio mais amores?
Ôu-quei, exagero. Mas, ainda assim, há coisas há se elogiar no Brasil. Por exemplo, a cordialidade do brasileiro. Bem sei que a cordialidade nada mais é do que o outro lado da moeda da malandragem, que o brasileiro te abraça ao mesmo tempo em que apalpa os bolsos em busca da carteira. De qualquer modo, não temos a antipatia carrancuda típica do europeu do norte, o que é um fator positivo. O que mais? A natureza, as praias, o... a... Eu ia dizer a música, mas a música brasileira de hoje em dia é um verdadeiro lixo.
Ou será que os esquerdistas tem razão e a classe média "burguesa" e "imperialista" fica presa a modelos europeizantes e/ou americanófilos, identificando-se mais com a cultura que vem do exterior, de Paris e New York, do que com o produto nacional bruto, tupi, guarani, afoxé, acarajé, funk?
Devemos celebrar o Brasil ou não? É possivel um nacionalismo que não seja de antemão ridículo? Que não signifique usar um cocar na cabeça e/ou escutar rap dos manos da periferia?
Mas não é verdade que, por outro lado, a cultura brasileira sempre teve essa ambivalência, essa hesitação entre a crítica ao país e a sua celebração? Essa visão contraditória de um paraíso natural habitado por demônios? Desde Machado de Assis o país é visto com ambiguidade, e, nos piores casos, como um pesadelo tropical, onde a Natureza sem controle tornou-se o berço de um povo "macunaimicamente" sem-caráter.
Por outro lado, talvez o "ódio" da direita (ao menos a direita mais mainardiana) ao Brasil não seja realmente ódio, mas sim a mera constatação da nossa decadência, do quanto retrocedemos no último meio-século, desde que Stephan Zweig escreveu "Brasil, País do Futuro" antes de se suicidar. Ou, em casos mais extremos, a frustração por nossa inviabilidade eterna, atávica, desde os tempos da colonização. Ou frustração por nossa incapacidade de aprender com os próprios erros, talvez.
Já o "amor" da esquerda pelo Brasil talvez seja mais superficial: seu amor pelo "povo" e pela "cultura popular" cheira a demagogia. Talvez o amor da esquerda seja apenas amor por estar no poder. É, mantidas as proporções, o mesmo que ocorre nos EUA: desde que Obama assumiu, as críticas da esquerda ao "imperialismo" dos EUA diminuiram incrivelmente. Não obstante as forças americanas continuem matando gente às pencas no Iraque e no Afeganistão, hoje não se escuta um pio sobre o assunto. Muito menos jornalistas ou ONGs reclamando da violência e querendo prender Obama por "crimes de guerra".
Da mesma forma, o "patriotismo" lulista nada tem de especial: é apenas o último (?) refúgio dos canalhas.
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
A bosta e o ventilador
Agora ferrou de vez. A Coréia do Norte realizou um novo teste nuclear, enquanto o Irã rejeitou a proposta de diálogo americana e ainda desafiou Obama para uma luta na lama, digo, um debate na ONU, transmitido ao vivo para o mundo...
(Há quem suspeite, aliás, que o teste nuclear na Coréia foi de uma bomba iraniana, os coreanos tendo apenas fornecido o espaço.)
Enquanto os próprios experts da hora admitem que a política externa de Obama baseada no "diálogo" falhou miseravelmente, eles afirmam - acredite se quiser! - que a culpa é dos EUA por não terem oferecido suficientes incentivos, e não terem reduzido ainda sua capacidade nuclear. Segundo esses idiotas, foi correto Obama ter abaixado as calças, o que faltou foi rebolar. (Se ele rebolasse, é claro que norte-coreanos e iranianos se convenceriam de suas boas intenções e parariam de se armar.)
Por que será que, para esses pacifistas de plantão, é tão difícil entender algo que qualquer garoto aprende no jardim de infância? É como se recomendassem que o melhor jeito de se livrar de bullies é dar-lhes todo o dinheiro da merenda e ainda prometer mais se eles se comportarem bem. Alguma vez isso funcionou?
As conseqüências, a partir de agora, são imprevisíveis. Ao contrário do sonhado desarmamento nuclear, o que deve ocorrer é uma corrida desesperada por bombas nucleares. O Japão, que já tem o know-how e seria a primeira vítima da Coréia do Norte, poderá ter a sua em poucos meses. A Arábia Saudita, o Egito e outros países árabes tampouco vão querer ficar à mercê do Irã e devem se armar. Sim, Israel poderia atacar as instalações do Irã antes disso, mas o tempo é brevíssimo, e a administração obamiana já se afirmou contrária a qualquer ação militar: poderia acabar com o "diálogo", você entende...
O fato é que o mundo está por mudar radicalmente - para pior. Mas Obama e os pacifistas cantam:
It's the end of the world as we know it, but I feel fine...
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Obama
Desconexão
Está havendo um grande escândalo de corrupção na Inglaterra. Naturalmente, um escândalo risível para nós aqui brasileiros: deputados que utilizaram dinheiro público para cobrir gastos pessoais. Nada além do que vemos no governo Lula todo santo dia. "Vocês chamam isso de corrupção?", diria o brasileiro médio, entre gargalhadas.
Mesmo assim, o caso está dando o que falar na Inglaterra. Há um ódio contra políticos que não se via há tempos por lá.
O fato mostra ainda a total desconexão que existe hoje em dia na maior parte dos países entre a classe política e o resto da população. Não apenas no aspecto da corrupção, que sempre existiu e sempre existirá, mas nas idéias e interesses diferentes que ambos grupos têm. Quer dizer, em teoria os políticos existiriam para representar as vontades dos seus votantes, náo é mesmo? Mas na prática é um pouco diferente.
Por exemplo, de acordo com recente pesquisa cujo link não consigo encontrar agora, o combate ao "aquecimento global" era considerado uma "prioridade absoluta" pela maioria dos políticos ingleses. Já para a população, representava uma preocupação menor, bem abaixo da violência urbana e do cocô de cachorro nas ruas. (A mesma coisa no Brasil, aliás: enquanto o grande problema para a imensa maioria da população é a violência urbana, a preocupação em Brasília é com aborto e células-tronco...)
Outro tema é a imigração: não há pessoa de classe média na Europa ou nos EUA para quem a imigração ilimitada não seja um problema. Mas os políticos, de esquerda ou de direita, se recusam sequer a discutir a questão.
Por outro lado, é verdade que o povo vota nessas mesmas pessoas. Quer dizer, esses políticos não estão ali por força da magia. E o Lula tem 80% de aprovação popular. Então talvez a desconexão não seja tanto entre o eleitor e o político, mas entre os desejos delirantes da população e a realidade possível.
O círculo vicioso funciona mais ou menos assim: os políticos prometem um mundo de maravilhas, igualdade social, saúde e educação para todos, tudo de grátis. Os eleitores, seduzidos, acreditam e votam neles. Mas, quando as "soluções" prometidas ficam muito aqüem do esperado, quando os políticos que prometem lugar contra a corrupção - ó surpresa - roubam em escala jamais vista, ou quando o dinheiro para as benesses acaba e vem a crise, os eleitores ficam surpresos e frustrados.
A Califórnia de Schwarze está devendo até as calças, e agora o governo se vê forçado a cortar
O caso de Obama é apenas o exemplo mais extremo desse mesmo fenômeno. O presidente que mais endividou o país na história dos EUA, e isso apenas nos seus 100 primeiros dias de mandato, recentemente disse uma coisa absurda que poderia ser parafraseada mais ou menos assim: "efetivamente, estamos sem dinheiro, mas o problema pior é não termos solucionado a questão da saúde pública."
Ou seja, a "solução" de Obama para a crise e o endividamento é gastar mais alguns trilhões em um plano de saúde pública e gratuita para 300 milhões de pessoas. Tudo bem. Afinal, como todo estatista sabe, o dinheiro nasce em árvores.
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domingo, 24 de maio de 2009
Poema do domingo
Chau número tres
Te dejo con tu vida
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres.
Sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
segura sin seguro.
Te dejo frente al mar
descifrándote sola
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota.
Te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía.
Pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono.
Estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en un árbol añoso
de oscuros cabeceos.
Estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra.
Estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen.
Y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.
Mario Benedetti (1920 - 2009)
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Pausa para reflexão
Muitas ocupações profissionais e pessoais previstas nos próximos dias, e uma certa exaustão com o blog - passageira, espero. Agradeço aos leitores, aos vários colegas que linkaram nos últimos dias, ao Enrique do Mondopost e ao pessoal da Dicta & Contradicta pelos elogios - ainda que chamar estes garranchos de "visões lúcidas" seja um pouco demais. Em breve, novidades e notícias. Prometo responder aos e-mails, mesmo aos atrasados... Deixo vocês com uma pesquisa e volto já.
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Quando a ciência vira marketing
A Ciência é idolatrada hoje em dia quase como um Deus. É o grande Oráculo, pai da Verdade Objetiva.
Não me entendam mal, sou pró-Ciência. Li Carl Sagan desde criancinha e sempre quis ser astrônomo. Talvez devesse ter seguido os conselhos do meu pai e ter virado cientista, ou vá lá, ao menos engenheiro. Acredito na Ciência. Acredito que seja mesmo a única forma de conhecimento objetivo sobre o mundo que nos cerca.
Mas o que acontece quando os cientistas mentem?
Tomemos a questão do "aquecimento global". O que sabemos ser verdade ou mentira nessa história? Alguns dos próprios cientistas envolvidos na pesquisa admitiram mentir ou exagerar para chamar a atenção. Alguns, alegando razões nobres - "é para salvar o planeta!" - outros, confessando abertamente que é para obter mais verbas. Eis a carta de uma cientista ao New York Times:
Outro exemplo: há grande hype hoje em torno da descoberta de um fóssil que, supostamente, indicaria a descoberta do famigerado "elo perdido" entre o homem e os primatas inferiores. Até o Google está comemorando o evento. Mas, se você ler o artigo e as reportagens com atenção, verá que na realidade, a descoberta não tem nada de miraculoso ou mesmo de tão inovador. O próprio cientista responsável admite ter criado o hype para obter verbas milionárias e até um acordo com um programa de TV.
No artigo acadêmico sério, é claro que os cientistas fazem questão de esclarecer que não existe "elo perdido" nenhum. Mas na reportagem para o New York Times, deixam passar as maiores exagerações para o ignorante público leigo, apenas para obter promoção:
Não me entendam mal, sou pró-Ciência. Li Carl Sagan desde criancinha e sempre quis ser astrônomo. Talvez devesse ter seguido os conselhos do meu pai e ter virado cientista, ou vá lá, ao menos engenheiro. Acredito na Ciência. Acredito que seja mesmo a única forma de conhecimento objetivo sobre o mundo que nos cerca.
Mas o que acontece quando os cientistas mentem?
Tomemos a questão do "aquecimento global". O que sabemos ser verdade ou mentira nessa história? Alguns dos próprios cientistas envolvidos na pesquisa admitiram mentir ou exagerar para chamar a atenção. Alguns, alegando razões nobres - "é para salvar o planeta!" - outros, confessando abertamente que é para obter mais verbas. Eis a carta de uma cientista ao New York Times:
It is no secret that a lot of climate-change research is subject to opinion, that climate models sometimes disagree even on the signs of the future changes (e.g. drier vs. wetter future climate). The problem is, only sensational exaggeration makes the kind of story that will get politicians’ — and readers’ — attention. So, yes, climate scientists might exaggerate, but in today’s world, this is the only way to assure any political action and thus more federal financing to reduce the scientific uncertainty.
MONIKA KOPACZ
Applied Mathematics and Atmospheric Sciences
Outro exemplo: há grande hype hoje em torno da descoberta de um fóssil que, supostamente, indicaria a descoberta do famigerado "elo perdido" entre o homem e os primatas inferiores. Até o Google está comemorando o evento. Mas, se você ler o artigo e as reportagens com atenção, verá que na realidade, a descoberta não tem nada de miraculoso ou mesmo de tão inovador. O próprio cientista responsável admite ter criado o hype para obter verbas milionárias e até um acordo com um programa de TV.
No artigo acadêmico sério, é claro que os cientistas fazem questão de esclarecer que não existe "elo perdido" nenhum. Mas na reportagem para o New York Times, deixam passar as maiores exagerações para o ignorante público leigo, apenas para obter promoção:
"Qualquer banda pop está fazendo a mesma coisa", disse Jorn H. Hurum, um cientista na Universidade de Oslo que adquiriu o fóssil e reuniu o grupo de cientistas que o estudou. "Qualquer atleta está fazendo a mesma coisa. Precisamos começar a pensar do mesmo modo na ciência."Quando a ciência vira marketing, boa coisa não é. Corre-se o risco de repetir o vexame do Homem de Piltdown.
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terça-feira, 19 de maio de 2009
Fracasso anunciado
Um dos mais tristes e patéticos espetáculos da política internacional é assistir a presidente americano após presidente americano meter a colher no conflito Israel vs. palestinos, esperando sair com um acordo de paz que lhe trará glória eterna - e inevitavelmente fracassando.
Obama não é diferente. Lá vai ele com seu carisma messiânico, dialogando hoje com Netanyahu, amanhã com o Hamas. Vai fracassar. Pior: dadas as atuais circunstâncias, corre o risco de gerar uma hecatombe nuclear na região que vai dar saudade imensa das guerrinhas em Gaza.
Primeiro, nunca entendo o que os EUA tem a ver com a história toda. Se americanos (e europeus) se metessem menos, o conflito teria terminado há muito tempo, de modo mais satisfatório para ambos os lados. A eterna negociação só acrescenta lenha à fogueira.
Segundo, a situação é mais simples do que parece. Os palestinos não querem tanto um Estado, quando o fim de Israel. Se quisessem um Estado, já o teriam. Spengler, que tem agora novo e excelente blog, dá a letra.
Obama não é diferente. Lá vai ele com seu carisma messiânico, dialogando hoje com Netanyahu, amanhã com o Hamas. Vai fracassar. Pior: dadas as atuais circunstâncias, corre o risco de gerar uma hecatombe nuclear na região que vai dar saudade imensa das guerrinhas em Gaza.
Primeiro, nunca entendo o que os EUA tem a ver com a história toda. Se americanos (e europeus) se metessem menos, o conflito teria terminado há muito tempo, de modo mais satisfatório para ambos os lados. A eterna negociação só acrescenta lenha à fogueira.
Segundo, a situação é mais simples do que parece. Os palestinos não querem tanto um Estado, quando o fim de Israel. Se quisessem um Estado, já o teriam. Spengler, que tem agora novo e excelente blog, dá a letra.
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Enquanto isso, no Sri Lanka
Alguém lembra dos Tigres do Tamil, grupo terrorista nacionalista-hindu-marxista que teve a dúbia honra de ter inventado o homem-bomba, e que há 25 anos realiza uma campanha sem trégua contra o governo budista do Sri Lanka?
Pois bem, sob o silêncio quase universal da mídia, o grupo terrorista, junto com uma pá de civis, está sendo militarmente derrotado pelas forças do Sri Lanka. O líder do grupo acaba de ser morto. A maioria dos outros militantes se suicidaram ou renderam.
O Richard Fernandez do Belmont Club escreveu uma série de artigos bem interessantes sobre o tema. Três questões especialmente chamam a atenção:
a) O silêncio dos "pró-palestinos". Afinal, morreram milhares de tamis na operação, e o sonho dos tamis de terem um estado independente foi definitivamente frustrado. Os paralelos com a questão palestrina são vários. Cadê o Idelber?!? Por que só Israel é condenado, porque só lá se fala eternamente em "processo de paz"?
b) A idéia de que "as guerrilhas e o terrorismo não podem ser derrotados por forças convencionais" está definitivamente sepultada. Podem, sim. Basta querer.
c) O apoio da China. O Sri Lanka só pode concluir a campanha por ter apoio maciço militar e econômico dos chineses, interessados em expandir sua influência na África, Ásia e Oriente Médio. É a China avançando e os EUA recuando. Ou, como disse alguém, os chineses jogam xadrez, os americanos jogam damas. Se eu fosse Israel, olharia mais para a China e menos para os vacilantes EUA de Obama. Amigos, amigos, negócios à parte.
Pois bem, sob o silêncio quase universal da mídia, o grupo terrorista, junto com uma pá de civis, está sendo militarmente derrotado pelas forças do Sri Lanka. O líder do grupo acaba de ser morto. A maioria dos outros militantes se suicidaram ou renderam.
O Richard Fernandez do Belmont Club escreveu uma série de artigos bem interessantes sobre o tema. Três questões especialmente chamam a atenção:
a) O silêncio dos "pró-palestinos". Afinal, morreram milhares de tamis na operação, e o sonho dos tamis de terem um estado independente foi definitivamente frustrado. Os paralelos com a questão palestrina são vários. Cadê o Idelber?!? Por que só Israel é condenado, porque só lá se fala eternamente em "processo de paz"?
b) A idéia de que "as guerrilhas e o terrorismo não podem ser derrotados por forças convencionais" está definitivamente sepultada. Podem, sim. Basta querer.
c) O apoio da China. O Sri Lanka só pode concluir a campanha por ter apoio maciço militar e econômico dos chineses, interessados em expandir sua influência na África, Ásia e Oriente Médio. É a China avançando e os EUA recuando. Ou, como disse alguém, os chineses jogam xadrez, os americanos jogam damas. Se eu fosse Israel, olharia mais para a China e menos para os vacilantes EUA de Obama. Amigos, amigos, negócios à parte.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
O fim da família
Lá no blog do Orlando Tambosi, onde está tendo uma grande polêmica sobre um caso de aborto seletivo na Suécia (comento abaixo), o Chesterton postou um link para uma outra notícia interessante, onde se divulga que de acordo com um juiz que deu ganho de causa a uma mulher que usou o esperma do ex-marido sem autorização para engravidar, "o esperma, uma vez ejaculado, já não pertence mais ao homem, tornando-se propriedade da mulher."
A figura do marido e pai já é, desde algum tempo, considerada quase desnecessária: o número de bebês nascidos de mães solteiras já são 40% do total nos EUA e de 50% na Inglaterra. Na Suécia dos abortos seletivos, parece que são mais de 65%. E agora esta: a mulher pode usar o esperma do homem sem sua autorização, e criar o filho sozinha. Não servimos para porra nenhuma mesmo.
A verdade é que as coisas mudaram bastante nos últimos 40 anos, e dá para entender porque a Igreja Católica seja tão contrária à pílula e à camisinha, quando não ao aborto: estes estão literalmente acabando com a família tradicional. As mulheres, livres para fazer sexo com quem bem entenderem sem ter filhos, não mais necessitam se prender a um marido para toda a vida, e preferem ter vários homens ao longo da vida, e, em muitos casos, mesmo vários filhos com pais diferentes. (Já os homens sempre preferiram isso).
Mas outro fenômeno ocorreu, paralelamente, que potenciou os efeitos da revolução sexual e das tecnologias anticoncepcionais: o crescimento do "Estado de Bem-Estar social". O homem, que além de pai era em geral o principal provedor financeiro nas famílias, também perdeu essa função. A mãe solteira, que não mais sofre preconceito, tampouco precisa viver na rua da amargura, pois o Estado a sustenta. É uma relação simbiótica: a mãe solteira, em troca, vota nos políticos estatistas. De fato, diversas pesquisas apontam que o crescimento do Estado em grande parte do mundo ocidental está diretamente ligado ao aumento do número de mães solteiras votantes.
Finalmente, como cereja no topo desse bolo estrambótico, temos os marxistas infiltrados que há décadas também tentam por meio de todos os métodos possíveis acabar com a sociedade tradicional, por puro niilismo, em busca do tal "homem novo".
Bem, tudo isso pode ser bom ou ruim, ou um pouco das duas coisas, não sei: sei só que um "admirável mundo novo" que está surgindo. O fato é que a família tradicional monogâmica, papai-mamãe-(amante)-filhinhos, está ruindo. O próprio "casamento gay" nada mais é do que uma tentativa de colocar o último prego nesse caixão.
Se não acreditam, vejam: na Holanda, um sujeito casou com duas mulheres lésbicas: ambas realizam sexo com ele e entre si. Trata-se de uma relação "poliamorosa", celebrada lá por todos os intelectuais. Assim que o "casamento gay" for liberado geral, não duvide que os casamentos poligâmicos grupais serão os próximos na lista pela luta de direitos.
O que isso tudo significa? Não sabemos ainda bem. Sabemos apenas o seguinte: os progressistas, que são totalmente contrários a experimentos com animais, não hesitam em realizar os mais delirantes experimentos sociais jamais antes testados usando milhões de seres humanos como cobaias. O fim da família tradicional, que vem sendo gestado desde algumas décadas, é o maior experimento social já realizado em larga escala desde a coletivização comunista.
(Embora aqui eu não possa colocar a culpa de tudo nos tais esquerdistas, já que, como informado acima, vários outros fatores, inclusive avanços tecnológicos que chegariam mais cedo ou mais tarde, conspiraram para o mesmo fim).
Quanto ao aborto sueco: a foto abaixo mostra um feto de 5 meses, legalmente abortável na Suécia, pelo motivo que se quiser, ou até sem motivo.
A figura do marido e pai já é, desde algum tempo, considerada quase desnecessária: o número de bebês nascidos de mães solteiras já são 40% do total nos EUA e de 50% na Inglaterra. Na Suécia dos abortos seletivos, parece que são mais de 65%. E agora esta: a mulher pode usar o esperma do homem sem sua autorização, e criar o filho sozinha. Não servimos para porra nenhuma mesmo.
A verdade é que as coisas mudaram bastante nos últimos 40 anos, e dá para entender porque a Igreja Católica seja tão contrária à pílula e à camisinha, quando não ao aborto: estes estão literalmente acabando com a família tradicional. As mulheres, livres para fazer sexo com quem bem entenderem sem ter filhos, não mais necessitam se prender a um marido para toda a vida, e preferem ter vários homens ao longo da vida, e, em muitos casos, mesmo vários filhos com pais diferentes. (Já os homens sempre preferiram isso).
Mas outro fenômeno ocorreu, paralelamente, que potenciou os efeitos da revolução sexual e das tecnologias anticoncepcionais: o crescimento do "Estado de Bem-Estar social". O homem, que além de pai era em geral o principal provedor financeiro nas famílias, também perdeu essa função. A mãe solteira, que não mais sofre preconceito, tampouco precisa viver na rua da amargura, pois o Estado a sustenta. É uma relação simbiótica: a mãe solteira, em troca, vota nos políticos estatistas. De fato, diversas pesquisas apontam que o crescimento do Estado em grande parte do mundo ocidental está diretamente ligado ao aumento do número de mães solteiras votantes.
Finalmente, como cereja no topo desse bolo estrambótico, temos os marxistas infiltrados que há décadas também tentam por meio de todos os métodos possíveis acabar com a sociedade tradicional, por puro niilismo, em busca do tal "homem novo".
Bem, tudo isso pode ser bom ou ruim, ou um pouco das duas coisas, não sei: sei só que um "admirável mundo novo" que está surgindo. O fato é que a família tradicional monogâmica, papai-mamãe-(amante)-filhinhos, está ruindo. O próprio "casamento gay" nada mais é do que uma tentativa de colocar o último prego nesse caixão.
Se não acreditam, vejam: na Holanda, um sujeito casou com duas mulheres lésbicas: ambas realizam sexo com ele e entre si. Trata-se de uma relação "poliamorosa", celebrada lá por todos os intelectuais. Assim que o "casamento gay" for liberado geral, não duvide que os casamentos poligâmicos grupais serão os próximos na lista pela luta de direitos.
O que isso tudo significa? Não sabemos ainda bem. Sabemos apenas o seguinte: os progressistas, que são totalmente contrários a experimentos com animais, não hesitam em realizar os mais delirantes experimentos sociais jamais antes testados usando milhões de seres humanos como cobaias. O fim da família tradicional, que vem sendo gestado desde algumas décadas, é o maior experimento social já realizado em larga escala desde a coletivização comunista.
(Embora aqui eu não possa colocar a culpa de tudo nos tais esquerdistas, já que, como informado acima, vários outros fatores, inclusive avanços tecnológicos que chegariam mais cedo ou mais tarde, conspiraram para o mesmo fim).
Quanto ao aborto sueco: a foto abaixo mostra um feto de 5 meses, legalmente abortável na Suécia, pelo motivo que se quiser, ou até sem motivo.
*** A pedido dos leitores mais sensíveis, a foto chocante do bebê aparece agora apenas como link, basta clicar aqui.
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domingo, 17 de maio de 2009
Poema do domingo
Iliad
Achilles' wrath, to Greece the direful spring
Achilles' wrath, to Greece the direful spring
Of woes unnumber'd, heavenly goddess, sing!
That wrath which hurl'd to Pluto's gloomy reign
The souls of mighty chiefs untimely slain;
Whose limbs unburied on the naked shore,
Since great Achilles and Atrides strove,
Sprung the fierce strife, from what offended power
And heap'd the camp with mountains of the dead;
And for the king's offence the people died.
Homero (? - ?)
(Tradução ao inglês de Alexander Pope, 1688-1744)
Homero (? - ?)
(Tradução ao inglês de Alexander Pope, 1688-1744)
sábado, 16 de maio de 2009
Perfis da Perfídia
Acho que vou inaugurar uma nova seção: Perfis da Perfídia. Para celebrar amargamente as personalidades que se esforçam diariamente em transformar o mundo em um lugar pior.
A personalidade de hoje é o Nobel da Paz Mohammed El-Baradei.
Que o sujeito seja Nobel, já é algo para ser visto com desconfiança, já que quase sempre o mérito tem algum viés político. Quase não há escritor Nobel que não seja de esquerda, por exemplo.
Nobel da Paz, então, é ainda pior. Em nove entre dez casos, trata-se de um reverendíssimo filho da puta, quando não um perigoso facínora que deveria estar atrás das grades.
Tomemos o El-Baradei. Nominalmente líder de uma comissão que tem o objetivo de controlar a proliferação de armas atômicas, faz todo o possível para os países muçulmanos terem a Bomba. Recentemente, ele afirmou que a proliferação de armas nucleares no Oriente Médio é incontrolável, e ocorrerá em breve - a não ser que as grandes potências eliminem o seu arsenal.
É o velho argumento: o vilão diz ao mocinho, tudo bem, você me entrega o microfilme Y, e eu juro que não destruo o mundo. Aí o mocinho entrega o microfilme, e o vilão não só continua com seus planos de destruir o mundo, como ainda tranca o herói e sua garota no porão, onde serão mortos através de um complicado sistema de raios laser e serras giratórias.
Ah, El-Baradei é assim-assim com os iranianos.
A personalidade de hoje é o Nobel da Paz Mohammed El-Baradei.
Que o sujeito seja Nobel, já é algo para ser visto com desconfiança, já que quase sempre o mérito tem algum viés político. Quase não há escritor Nobel que não seja de esquerda, por exemplo.
Nobel da Paz, então, é ainda pior. Em nove entre dez casos, trata-se de um reverendíssimo filho da puta, quando não um perigoso facínora que deveria estar atrás das grades.
Tomemos o El-Baradei. Nominalmente líder de uma comissão que tem o objetivo de controlar a proliferação de armas atômicas, faz todo o possível para os países muçulmanos terem a Bomba. Recentemente, ele afirmou que a proliferação de armas nucleares no Oriente Médio é incontrolável, e ocorrerá em breve - a não ser que as grandes potências eliminem o seu arsenal.
É o velho argumento: o vilão diz ao mocinho, tudo bem, você me entrega o microfilme Y, e eu juro que não destruo o mundo. Aí o mocinho entrega o microfilme, e o vilão não só continua com seus planos de destruir o mundo, como ainda tranca o herói e sua garota no porão, onde serão mortos através de um complicado sistema de raios laser e serras giratórias.
Ah, El-Baradei é assim-assim com os iranianos.
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A máfia do "aquecimento global"
Recentemente, atendendo a apelos de "ambientalistas", a Enviromental Protection Agency (EPA!) da administração Obama declarou o dióxido de carbono (CO2) um gás "poluente" e "perigoso". Hein?!!?
Como pode ser considerado poluente e perigoso um gás que é a base da vida de todo ser vivo? Que serve de nutrição às plantas e árvores? Que é expelido naturalmente por todo quadrúpede, bípede e centípede? A própria constituição molecular de todo ser vivo é baseada no carbono. Carbono é vida!
Mas eis que o grande esquemabilionário trilionário por trás da farsa do "aquecimento global" finalmente se deixa entrever.
Ora, o CO2 é o subproduto residual de grande parte dos processos industriais, mesmo os mais simples. Praticamente qualquer empresa, ainda que pequena, produz ou utiliza CO2. Para produzir vinho em uma pequena vinícola familiar, produz-se CO2. Caramba, mesmo plantando batatas na agricultura de subsistência produz-se CO2.
A idéia por trás da "regulação dos gases poluentes" nada mais é então do que a de cobrar uma taxa de toda e qualquer pessoa que queira produzir qualquer tipo de riqueza.
Começa-se a perceber aí o gigantesco mercado disponível para uma ávida corja de políticos, burocratas estatais, advogados, ONGs, "empresários verdes" e outros vampiros filhos da puta. Quem não pagar esse pizzo, sofrerá terríveis multas e poderá até mesmo ser preso.
Qualquer dia, não duvido, também virão taxar até o ar que respiramos, em troca de uma proposta que não poderemos recusar.
A cosa nostra não faria melhor.
Como pode ser considerado poluente e perigoso um gás que é a base da vida de todo ser vivo? Que serve de nutrição às plantas e árvores? Que é expelido naturalmente por todo quadrúpede, bípede e centípede? A própria constituição molecular de todo ser vivo é baseada no carbono. Carbono é vida!
Mas eis que o grande esquema
Ora, o CO2 é o subproduto residual de grande parte dos processos industriais, mesmo os mais simples. Praticamente qualquer empresa, ainda que pequena, produz ou utiliza CO2. Para produzir vinho em uma pequena vinícola familiar, produz-se CO2. Caramba, mesmo plantando batatas na agricultura de subsistência produz-se CO2.
A idéia por trás da "regulação dos gases poluentes" nada mais é então do que a de cobrar uma taxa de toda e qualquer pessoa que queira produzir qualquer tipo de riqueza.
Começa-se a perceber aí o gigantesco mercado disponível para uma ávida corja de políticos, burocratas estatais, advogados, ONGs, "empresários verdes" e outros vampiros filhos da puta. Quem não pagar esse pizzo, sofrerá terríveis multas e poderá até mesmo ser preso.
Qualquer dia, não duvido, também virão taxar até o ar que respiramos, em troca de uma proposta que não poderemos recusar.
A cosa nostra não faria melhor.
para salvar o planeta, capisci?"
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terça-feira, 12 de maio de 2009
Mim não ser índio!
Caiu por acaso nas minhas mãos um poema pavoroso que jamais aparecerá no Poema do Domingo:
Pois o "poema" acima, chamado "Pena de Morte", é de autoria de Ayres Britto, ministro do STF que fez um supostamente famoso discurso a favor da pesquisa com células-tronco embrionárias, e um dos principais responsáveis pela expulsão dos arrozeiros da Raposa do Sol.
Por aí dá para ver que é duplamente petista (de alma, ao menos): seja como juiz, seja como poeta.
Descobri tudo isso ao ler uma matéria de um jornaleco ambiental celebrando a demarcação das terras na Raposa do Sol. Ao justificar a expulsão dos arrozeiros, o ministro informou que a cultura indígena é diversa (mas não primitiva!), e portanto deve ser tratada de forma diversa. Os índios precisam de mais espaço pois para eles a terra é literalmente "sagrada", pois por ela flui o espírito de Tupã...
Olha, nada contra os índios, mas acho que o que vemos aqui é mais uma manifestação do "culto ao primitivismo" sobre o qual já falei em outro post. Se antes os colonizadores europeus foram demasiado inclementes na asserção de sua superioridade cultural, hoje passou-se para o outro extremo: tudo o que é branco ou europeu não presta, tudo o que é indígena ou associado com culturas não-ocidentais é considerado como tendo grande valor. Mesmo que se tratem potinhos de cerâmica mal pintados vendidos a preço exorbitante para turistas.
No mais, nunca entendi muito essa associação do Brasil com os índios. Somos, afinal, portugueses. Quer dizer, somos em grande maioria descendentes de europeus. A Europa e a África estão muito mais presentes na cultura brasileira do que a nação tupi. De mais a mais, tudo bem que os índios tenham uma cultura diversa (ainda que reste hoje pouco de genuíno), mas não é por isso que devemos todos voltar para o mato. Não fossem os europeus, os índios ainda estariam se matando e se comendo entre si e vivendo da mesma forma, sem qualquer avanço cultural ou tecnológico significativo. Celebremos as culturas indígenas, aborígenes e antropofágicas, mas por que não celebrar também a nossa velha herança ocidental?
Como será que eu explico explicar ao ministro em uma linguagem que ele entenda?
Mim não ser índio! Mim não gostar de batuque!
Mim homem branco, capitalista selvagem.
Mim não gostar de selva e mosquito, mim querer ar-condicionado.
Mim preferir Mozart a apito.
Mim não gostar de "poesia" de ministros.
O capital reduzÉ por essas e outras que a poesia tem má fama. Escrever boa poesia é algo muito difícil, mas alguns acham que basta alinhavar alguns jogos de palavras e idéias toscas e voilà.
Homem do povo a animal,
E quando o homem do povo
Se comporta como animal,
O capital exige contra ele
A pena capital.
Pois o "poema" acima, chamado "Pena de Morte", é de autoria de Ayres Britto, ministro do STF que fez um supostamente famoso discurso a favor da pesquisa com células-tronco embrionárias, e um dos principais responsáveis pela expulsão dos arrozeiros da Raposa do Sol.
Por aí dá para ver que é duplamente petista (de alma, ao menos): seja como juiz, seja como poeta.
Descobri tudo isso ao ler uma matéria de um jornaleco ambiental celebrando a demarcação das terras na Raposa do Sol. Ao justificar a expulsão dos arrozeiros, o ministro informou que a cultura indígena é diversa (mas não primitiva!), e portanto deve ser tratada de forma diversa. Os índios precisam de mais espaço pois para eles a terra é literalmente "sagrada", pois por ela flui o espírito de Tupã...
Olha, nada contra os índios, mas acho que o que vemos aqui é mais uma manifestação do "culto ao primitivismo" sobre o qual já falei em outro post. Se antes os colonizadores europeus foram demasiado inclementes na asserção de sua superioridade cultural, hoje passou-se para o outro extremo: tudo o que é branco ou europeu não presta, tudo o que é indígena ou associado com culturas não-ocidentais é considerado como tendo grande valor. Mesmo que se tratem potinhos de cerâmica mal pintados vendidos a preço exorbitante para turistas.
No mais, nunca entendi muito essa associação do Brasil com os índios. Somos, afinal, portugueses. Quer dizer, somos em grande maioria descendentes de europeus. A Europa e a África estão muito mais presentes na cultura brasileira do que a nação tupi. De mais a mais, tudo bem que os índios tenham uma cultura diversa (ainda que reste hoje pouco de genuíno), mas não é por isso que devemos todos voltar para o mato. Não fossem os europeus, os índios ainda estariam se matando e se comendo entre si e vivendo da mesma forma, sem qualquer avanço cultural ou tecnológico significativo. Celebremos as culturas indígenas, aborígenes e antropofágicas, mas por que não celebrar também a nossa velha herança ocidental?
Como será que eu explico explicar ao ministro em uma linguagem que ele entenda?
Mim não ser índio! Mim não gostar de batuque!
Mim homem branco, capitalista selvagem.
Mim não gostar de selva e mosquito, mim querer ar-condicionado.
Mim preferir Mozart a apito.
Mim não gostar de "poesia" de ministros.
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Spy vs Spy
Sempre que tem algum filme americano que ocorre ao menos parcialmente nos anos 50, mesmo que seja um filme sobre culinária, pode apostar: lá pelas tantas vai ter alguma referência ao Senador McCarthy e como ele era malvado, acusando pobres inocentes de serem comunistas.
Só não mencionam um detalhe: apesar dos exageros, McCarthy estava, em grande parte, certo. Havia muitos espiões soviéticos nos EUA naquela época, infiltrados até nos mais altos escalões, como demonstraram os arquivos do projeto Venona.
Hoje parece que o perigo são os espiões chineses.
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domingo, 10 de maio de 2009
Poema do domingo
- 1 Dizem, que o vosso cu, Cota,
assopra sem zombaria,
que parece artilharia,
quando vem chegando a frota:
parece, que está de aposta
este cu a peidos dar,
porque jamais sem parar
este grão-cu de enche-mão
sem pederneira, ou murrão
está sempre a disparar.
- 2 De Cota o seu arcabuz
apontado sempre está,
que entre noite, e dia dá
mais de quinhentos truz-truz::
não achareis muitos cus
tão prontos em peidos dar,
porque jamais sem parar
faz tão grande bateria,
que de noite, nem de dia
pode tal cu descansar.
- 3 Cota, esse vosso arcabuz
parece ser encantado,
pois sempre está carregado
disparando tantos truz:
arrenego de tais cus,
porque este foi o primeiro
cu de Moça fulieiro,
que tivesse tal saída
para tocar toda a vida
por fole de algum ferreiro.
Gregório de Mattos (1636-1696)
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sábado, 9 de maio de 2009
Fora do ar
Pobremas com o Blogger, aparentemente. Ou sabotagem de inimigos externos?
Bem. Melhor pensar o menos pior.
O fato é que o blog não pode ser atualizado e deverá estar forçosamente fora do ar até ser restabelecida a normalidade. Aguardemos.
(Paradoxalmente, se vocês conseguirem enxergar este post, talve signifique que o blog tenha voltado ao ar).
Por que abomino Obama
Leiam este artigo da grande mídia americana e digam-me se não é o caso de se vomitar. Acho que nem na mídia lulista brasileira vi uma puxação de saco tão explícita, quase obscena, de fazer corar o próprio Fagundes:
Enquanto isso, no mundo real, Obama endivida o país em trilhões, trai os aliados no Oriente Médio e premia os inimigos, desarma o país e gera desemprego ao cancelar a produção do caça F-22, interfere como nenhum outro presidente americano na iniciativa privada agindo praticamente como um mafioso, promove medidas anti-democráticas, está mais preocupado com o "terrorismo de direita" do que com o terrorismo islâmico, e pretende processar funcionários governamentais ligados ao governo Bush, transformando os EUA em uma república bananeira onde cada novo governante reclama da "herança maldita".
Obama é abominável. A mídia puxa-saco o torna ainda mais indigesto.
During his first 100 days as president of the United States, Barack Obama revealed how different he is from all the white men who preceded him in the Oval Office, and the differences run deeper — in substance and style — than the color of his skin.O artigo continua ainda por vários parágrafos, informando-nos sobre as várias características que tornam obama "cool" e "hip". É como eu informei alguns posts atrás: para esse pessoal Sofisticado, nada mais importante do que usar Blackberry e ser politicamente correto.
Barack Hussein Obama is the nation’s first hip president.
This, of course, is subject to debate. But watch him walk. Listen to him talk. See the body language, the expressions, the clothes. He’s got attitude, rhythm, a sense of humor, contemporary tastes.
Obama has modern instincts and attitudes that appeal to younger people, and more than any other president in recent memory, that makes him a role model. He is green, open, athletic, tech-savvy, healthy. And his hip image certainly isn’t hurt by his wife, who is so obviously cool.
Consider how, during the campaign, Obama used his personality — the smile, the jaunty stride and the hip-hop verbiage — to disarm critics, charm supporters and persuade fence sitters to elect him president. In an against-the-odds campaign, Obama never lost his poise as he forged a rapport with a new generation of voters while keeping old heads on his team. He could go professorial on the need for health care reform or describe the minutiae of Middle East politics. Still, he begged to bring his BlackBerry into the Oval Office, a signal that he intends to remain in touch with the 21st century. Very hip!
Enquanto isso, no mundo real, Obama endivida o país em trilhões, trai os aliados no Oriente Médio e premia os inimigos, desarma o país e gera desemprego ao cancelar a produção do caça F-22, interfere como nenhum outro presidente americano na iniciativa privada agindo praticamente como um mafioso, promove medidas anti-democráticas, está mais preocupado com o "terrorismo de direita" do que com o terrorismo islâmico, e pretende processar funcionários governamentais ligados ao governo Bush, transformando os EUA em uma república bananeira onde cada novo governante reclama da "herança maldita".
Obama é abominável. A mídia puxa-saco o torna ainda mais indigesto.
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sexta-feira, 8 de maio de 2009
Quem é o hipócrita?
É impressionante. Carrie Prejean, a candidata a Miss America eliminada por não ter respondido do modo politicamente correto a uma pergunta-armadilha sobre o "casamento gay" feita por um juiz militante, agora sofre mais um ataque das hordas "do bem". Foram divulgadas antigas fotos suas em poses sensuais, criando-se um falso escândalo a respeito. A moça, cristã praticante, é acusada de "hipocrisia".
Hipocrisia?
Sempre me parece bizarro isto. Toda vez que um Republicano ou conservador ou cristão é pego em algum escândalo sexual, ou enfrenta a divulgação de fotos comprometedoras, é acusado de ser hipócrita ou falso moralista. Já se é um Democrata ou de um queridinho da esquerda, não há qualquer crítica, muito menos de "hipocrisia", até porque a flexível moral esquerdista nada vê de errado em comportamentos "amorais" - a moral é apenas uma decadente característica burguesa... Então, por que criticar os conservadores por fazerem a mesma coisa que eles consideram correta?
Afinal, não me parece que os gays e os progressistas, que se refestelam em coisa muito pior, estejam de fato escandalizados com meras fotos até bastante comportadas de uma Miss.
Não, o assustador é a enormidade da campanha criada contra uma moça que nada mais fez do que responder a uma pergunta de acordo com sua opinião, recebendo em troca um verdadeiro linchamento midiático simplesmente por não ter seguido a linha do partido e dando como resposta a desejada propaganda do movimento gay.
Se isto não é tirania, não sei o que é.
Hipocrisia?
Sempre me parece bizarro isto. Toda vez que um Republicano ou conservador ou cristão é pego em algum escândalo sexual, ou enfrenta a divulgação de fotos comprometedoras, é acusado de ser hipócrita ou falso moralista. Já se é um Democrata ou de um queridinho da esquerda, não há qualquer crítica, muito menos de "hipocrisia", até porque a flexível moral esquerdista nada vê de errado em comportamentos "amorais" - a moral é apenas uma decadente característica burguesa... Então, por que criticar os conservadores por fazerem a mesma coisa que eles consideram correta?
Afinal, não me parece que os gays e os progressistas, que se refestelam em coisa muito pior, estejam de fato escandalizados com meras fotos até bastante comportadas de uma Miss.
Não, o assustador é a enormidade da campanha criada contra uma moça que nada mais fez do que responder a uma pergunta de acordo com sua opinião, recebendo em troca um verdadeiro linchamento midiático simplesmente por não ter seguido a linha do partido e dando como resposta a desejada propaganda do movimento gay.
Se isto não é tirania, não sei o que é.
Três tristes progressistas
Sempre falo aqui em esquerdistas ou progressistas como se fossem uma espécie única e uniforme, mas a verdade é que eles se dividem em ao menos três subespécies. São elas:
1) O INGÊNUO:
Em geral é jovem e bem-intencionado, angustiado por viver em um mundo que considera injusto e cruel. Pretende realmente ajudar os outros, e acredita que, se o "sistema justo" for implantado e as pessoas certas estiverem no comando, tudo será melhor. São poucos os esquerdistas que se mantém nesta categoria passados os 30 anos: a maioria evolui (ou involui?) para uma das outras duas categorias. Os poucos que ficam nela pertencem a ambientes isolados do mundo real, como o funcionalismo público, a academia, ou certos setores da indústria do entretenimento.
2) O RESSENTIDO:
Este já não acredita - ou, ao menos, desconfia - que as políticas esquerdistas possam mesmo resolver alguma coisa. Mas, irritado com o desajuste do mundo, ou com sua própria condição, e transmitindo à "sociedade" ou ao "sistema" as culpas pelo seu fracasso, quer mesmo é ver o circo pegar fogo. É aquele que vocifera contra a "direita raivosa" em comentários de blogs. Não lhe interessa tanto ajudar os pobres quanto destruir os ricos.
3) O PROFISSIONAL
Este já sabe que as promessas do esquerdismo são meras lorotas para as categorias 1 e 2, e que o verdadeiro objetivo de suas políticas é obter mais poder e dinheiro para si e seus amigos. Mas, cínico como ele só, mantém o mesmo discurso idealista e pode mesmo falar apaixonadamente por horas sobre a pobreza dos miseráveis do Sergipe e sobre como seria importante dar-lhes bolsa-família para "resgatar sua dignidade".
1) O INGÊNUO:
Em geral é jovem e bem-intencionado, angustiado por viver em um mundo que considera injusto e cruel. Pretende realmente ajudar os outros, e acredita que, se o "sistema justo" for implantado e as pessoas certas estiverem no comando, tudo será melhor. São poucos os esquerdistas que se mantém nesta categoria passados os 30 anos: a maioria evolui (ou involui?) para uma das outras duas categorias. Os poucos que ficam nela pertencem a ambientes isolados do mundo real, como o funcionalismo público, a academia, ou certos setores da indústria do entretenimento.
2) O RESSENTIDO:
Este já não acredita - ou, ao menos, desconfia - que as políticas esquerdistas possam mesmo resolver alguma coisa. Mas, irritado com o desajuste do mundo, ou com sua própria condição, e transmitindo à "sociedade" ou ao "sistema" as culpas pelo seu fracasso, quer mesmo é ver o circo pegar fogo. É aquele que vocifera contra a "direita raivosa" em comentários de blogs. Não lhe interessa tanto ajudar os pobres quanto destruir os ricos.
3) O PROFISSIONAL
Este já sabe que as promessas do esquerdismo são meras lorotas para as categorias 1 e 2, e que o verdadeiro objetivo de suas políticas é obter mais poder e dinheiro para si e seus amigos. Mas, cínico como ele só, mantém o mesmo discurso idealista e pode mesmo falar apaixonadamente por horas sobre a pobreza dos miseráveis do Sergipe e sobre como seria importante dar-lhes bolsa-família para "resgatar sua dignidade".
quinta-feira, 7 de maio de 2009
A mentira do latifúndio
Um dos grandes temas da literatura nacional é a terrível injustiça dos latifúndios, onde os pobres camponeses são explorados noite e dia. Afinal, é de conhecimento comum que 90% das terras no Brasil estão nas mãos de umas poucas e gananciosas pessoas que ocupam toda a área cultivável, mas a mantém improdutiva...
Mas será que é isso mesmo?
Em coluna do ano passado, Dennis Rosenfield coletou informações dos próprios órgãos governamentais, e descobriu alguns fatos realmente assustadores:
1) As terras de cultivo (propriedade privada) equivalem a meros 9% do território nacional.
2) As terras dos assentamentos rurais (MST e quetais) equivalem também a idênticos 9%. E no entanto, eles insistem em querer a "reforma agrária" e em ocupar os outros 9%!
3) No total (incluindo áreas de pastagem para o gado), as áreas particulares equivalem a cerca de 29,2% do território. As áreas sob controle do governo (incluindo reservas indígenas e assentamentos) equivalem a 62,4%!
Conclusão: o maior latifundiário do país (do planeta?) é o governo brasileiro.
Um pouco mais e começaremos a ter Planos Qüinquenais...
Mas será que é isso mesmo?
Em coluna do ano passado, Dennis Rosenfield coletou informações dos próprios órgãos governamentais, e descobriu alguns fatos realmente assustadores:
1) As terras de cultivo (propriedade privada) equivalem a meros 9% do território nacional.
2) As terras dos assentamentos rurais (MST e quetais) equivalem também a idênticos 9%. E no entanto, eles insistem em querer a "reforma agrária" e em ocupar os outros 9%!
3) No total (incluindo áreas de pastagem para o gado), as áreas particulares equivalem a cerca de 29,2% do território. As áreas sob controle do governo (incluindo reservas indígenas e assentamentos) equivalem a 62,4%!
Conclusão: o maior latifundiário do país (do planeta?) é o governo brasileiro.
Um pouco mais e começaremos a ter Planos Qüinquenais...
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terça-feira, 5 de maio de 2009
As palavras e as coisas
É muito fácil enganar as pessoas. Fácil demais. Especialmente aquelas pessoas que se acham espertas. Nasce um otário a cada minuto.
Goebbels sabia disso. Lenin sabia disso. Obama e seus mentores sabem disso.
Por exemplo: o socialismo, essa termo tão inocente, tão com cara de bonzinho, até hoje é vendido como um sistema igualitário. Há centenas de partidos pelo mundo que ainda mantém esse nome na legenda, e não falta nem mesmo quem ainda acredite em suas teorias. O Idelber, respeitado acadêmico, ontem mesmo escreveu (rufar de tambores):
Uau. Bem-vindos ao Túnel do Tempo!
Deixemos para lá o que diabos quer dizer "significação histórica". Amigos, Lenin era um assassino que sentia prazer em relatar como enforcava camponeses. Não sou eu quem digo, é Bertrand Russell em sua autobiografia (ele o conheceu brevemente). E olhem que o tio Bertrand era um quê de esquerda.
Mas voltando ao tema da enganação geral. Ora, o que é esse tal "socialismo"? Nada mais é do que a tirania opressora para realizar e justificar o roubo, puro e simplesmente.
"A propriedade é um roubo!", gritava Proudhon. Eu digo que o socialismo é um roubo maior. Tomar à força de Pedro para dar um troco a Zé Mané e ficar com o resto. Durante a Revolução Russa, milhões de pessoas foram tungadas de suas propriedades, e nunca mais as tiveram de volta. Do que difere isso dos confiscos nazistas?
Mesmo nas versões light do socialismo, continua sendo roubo, só que através de imposto ou algum outro tipo de confisco.
Mas, como eu digo, é fácil enganar as pessoas, mesmo em escala global, mesmo contra toda evidência.
É uma coisa, na verdade, muito triste. Significa que "sistemas milagrosos" de "justiça social" continuarão sendo vendidos aos otários, ao preço de miséria, caos social e econômico, e quem sabe até uma que outra guerra ou genocídio. Eternamente...
Goebbels sabia disso. Lenin sabia disso. Obama e seus mentores sabem disso.
Por exemplo: o socialismo, essa termo tão inocente, tão com cara de bonzinho, até hoje é vendido como um sistema igualitário. Há centenas de partidos pelo mundo que ainda mantém esse nome na legenda, e não falta nem mesmo quem ainda acredite em suas teorias. O Idelber, respeitado acadêmico, ontem mesmo escreveu (rufar de tambores):
"Eu sou dos que acham que o leninismo está longe de ter esgotado sua significação histórica."
Uau. Bem-vindos ao Túnel do Tempo!
Deixemos para lá o que diabos quer dizer "significação histórica". Amigos, Lenin era um assassino que sentia prazer em relatar como enforcava camponeses. Não sou eu quem digo, é Bertrand Russell em sua autobiografia (ele o conheceu brevemente). E olhem que o tio Bertrand era um quê de esquerda.
Mas voltando ao tema da enganação geral. Ora, o que é esse tal "socialismo"? Nada mais é do que a tirania opressora para realizar e justificar o roubo, puro e simplesmente.
"A propriedade é um roubo!", gritava Proudhon. Eu digo que o socialismo é um roubo maior. Tomar à força de Pedro para dar um troco a Zé Mané e ficar com o resto. Durante a Revolução Russa, milhões de pessoas foram tungadas de suas propriedades, e nunca mais as tiveram de volta. Do que difere isso dos confiscos nazistas?
Mesmo nas versões light do socialismo, continua sendo roubo, só que através de imposto ou algum outro tipo de confisco.
Mas, como eu digo, é fácil enganar as pessoas, mesmo em escala global, mesmo contra toda evidência.
É uma coisa, na verdade, muito triste. Significa que "sistemas milagrosos" de "justiça social" continuarão sendo vendidos aos otários, ao preço de miséria, caos social e econômico, e quem sabe até uma que outra guerra ou genocídio. Eternamente...
A esquerda gosta de morte
Dica do Daniel: A visita de Amilksheikjihad ao Brasil foi cancelada. O Idelber deve estar triste. Pode parecer inacreditável, mas o nosso velho conhecido até há pouco estava desejando-lhe boas-vindas ao Brasil e, em total desrespeito aos costumes islâmicos (o horror, o horror!) ainda convidou-o a tomar umas cachacinhas e dançar com as mulatas.
Mas falando sério: juro que não consigo entender essa gente.
Quer dizer, sei que a esquerda gosta de ditadores: Stalin, Mao, Fidel, Saddam, _______ (preencha a lacuna como quiser), etc. Mas daí a ver-se na obrigação de celebrar todo e qualquer ditadorzinho de meia-tigela, que nem exatamente de esquerda é?
Será que o Idelber sabe que o regime iraniano matou ou prendeu centenas de comunistas?
Eu não entendo mesmo. Começo a desconfiar que seja o seguinte: para esse pessoal Ultra-Sofisticado, puxar o saco de um fanático islâmico iraniano é hype. Mesmo que o regime tenha torturado e executado milhares de esquerdistas, estudantes, homossexuais e mulheres - ou seja, seu próprio público-alvo. Mesmo que tenha realizado atentados à bomba em vários países de terceiro mundo (e, portanto, "do bem"). Não me pergunte por quê - é hype. (Bem, certamente é mais chique usar uma keffiyah do que uma kipá.)
Ou será que tem alguma outra explicação? Se alguém souber, por favor, me diga.
Mas falando sério: juro que não consigo entender essa gente.
Quer dizer, sei que a esquerda gosta de ditadores: Stalin, Mao, Fidel, Saddam, _______ (preencha a lacuna como quiser), etc. Mas daí a ver-se na obrigação de celebrar todo e qualquer ditadorzinho de meia-tigela, que nem exatamente de esquerda é?
Será que o Idelber sabe que o regime iraniano matou ou prendeu centenas de comunistas?
Eu não entendo mesmo. Começo a desconfiar que seja o seguinte: para esse pessoal Ultra-Sofisticado, puxar o saco de um fanático islâmico iraniano é hype. Mesmo que o regime tenha torturado e executado milhares de esquerdistas, estudantes, homossexuais e mulheres - ou seja, seu próprio público-alvo. Mesmo que tenha realizado atentados à bomba em vários países de terceiro mundo (e, portanto, "do bem"). Não me pergunte por quê - é hype. (Bem, certamente é mais chique usar uma keffiyah do que uma kipá.)
Ou será que tem alguma outra explicação? Se alguém souber, por favor, me diga.
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domingo, 3 de maio de 2009
Poema do domingo
Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville;
Quelle est cette langueur
Qui pénètre mon coeur ?
Ô bruit doux de la pluie
Par terre et sur les toits !
Pour un coeur qui s'ennuie,
Ô le chant de la pluie !
Il pleure sans raison
Dans ce coeur qui s'écoeure.
Quoi ! nulle trahison ?...
Ce deuil est sans raison.
C'est bien la pire peine
De ne savoir pourquoi
Sans amour et sans haine
Mon coeur a tant de peine !
Paul Verlaine (1844-1896)
sábado, 2 de maio de 2009
A vingança dos Sofisticados (e a Nova Guerra Civil Americana)
Se, como ensinavam os professores de História no segundo grau, as mudanças históricas ocorrem sempre devido ao surgimento de um ou outro emergente grupo social (a burguesia, o proletariado, etc.), então há um novo grupo social atual que é responsável por grande parte das mudanças em curso. Acho que podemos lhe dar o nome de Os Sofisticados.
Os Sofisticados são ricos ou de classe média alta, brancos, urbanos, de esquerda, moderninhos e ateus. Usam Blackberry e iTouch, mas compram café orgânico e "fair trade" pra compensar. Reciclam sacolas de plástico, mas viajam seguido de avião. Dirigem carros híbridos e consomem drogas com moderação. Não acreditam em terrorismo islâmico - aliás, seu grande medo são os "fundamentalistas cristãos" que "não aceitam o casamento gay". Apóiam Obama em todas as suas ações.
O amigo Pedro Doria, que aliás acho que foi quem cunhou a palavra, ainda que sem ironia, é um exemplar perfeito de "sofisticado". A julgar pelo seu blog, sua grande utopia é um mundo sem religião, onde todos possam fumar maconha livremente e onde com os inimigos sempre se dialoga em paz. (O grande filósofo do Sofisticismo é John Lennon.)
Mas atenção, eles não são comunistas nem socialistas: sua utopia é um capitalismo light multicultural, no qual a América "dá o exemplo" não torturando, não matando, liberando terroristas nas ruas e nas praças da cidade e se desarmando. (Acreditam piamente que os outros países seguirão tal exemplo.) Têm pena de terroristas e criminosos maltratados e preferem morrer a serem chamados de racistas. Não acreditam na Constituição ou na Declaração da Independência e, se a citam, é sem compreendê-la ou para modificá-la, já que não respeitam seus valores.
Nos EUA, são hoje a classe dominante. Não têm qualquer relação ou contato com o restante do país, em especial com a classe trabalhadora branca que vive em "flyover America". De fato, mal se identificam com esse bando de rednecks reacionários. Preferem a Europa, ainda que tampouco a compreendam.
Um povo, duas nações.
Há quem diga que, em breve, haverá uma nova Guerra Civil Americana, que será entre Progressistas e Conservadores, entre Sofisticados e Rednecks. Não duvido. A bala vai comer.
Os Sofisticados são ricos ou de classe média alta, brancos, urbanos, de esquerda, moderninhos e ateus. Usam Blackberry e iTouch, mas compram café orgânico e "fair trade" pra compensar. Reciclam sacolas de plástico, mas viajam seguido de avião. Dirigem carros híbridos e consomem drogas com moderação. Não acreditam em terrorismo islâmico - aliás, seu grande medo são os "fundamentalistas cristãos" que "não aceitam o casamento gay". Apóiam Obama em todas as suas ações.
O amigo Pedro Doria, que aliás acho que foi quem cunhou a palavra, ainda que sem ironia, é um exemplar perfeito de "sofisticado". A julgar pelo seu blog, sua grande utopia é um mundo sem religião, onde todos possam fumar maconha livremente e onde com os inimigos sempre se dialoga em paz. (O grande filósofo do Sofisticismo é John Lennon.)
Mas atenção, eles não são comunistas nem socialistas: sua utopia é um capitalismo light multicultural, no qual a América "dá o exemplo" não torturando, não matando, liberando terroristas nas ruas e nas praças da cidade e se desarmando. (Acreditam piamente que os outros países seguirão tal exemplo.) Têm pena de terroristas e criminosos maltratados e preferem morrer a serem chamados de racistas. Não acreditam na Constituição ou na Declaração da Independência e, se a citam, é sem compreendê-la ou para modificá-la, já que não respeitam seus valores.
Nos EUA, são hoje a classe dominante. Não têm qualquer relação ou contato com o restante do país, em especial com a classe trabalhadora branca que vive em "flyover America". De fato, mal se identificam com esse bando de rednecks reacionários. Preferem a Europa, ainda que tampouco a compreendam.
Um povo, duas nações.
Há quem diga que, em breve, haverá uma nova Guerra Civil Americana, que será entre Progressistas e Conservadores, entre Sofisticados e Rednecks. Não duvido. A bala vai comer.
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Bolsa-terrorismo
Lá como cá, e vice-versa. Acho que o Lula deveria processar o Obama por imitação. O neguinho-maravilha tá que tá. A última é que liberou terroristas muçulmanos treinados pela Al-Qaeda em solo americano, e não só isso, como está lhes dando um auxílio, tudo na conta do contribuinte americano. Leiam e pasmem (partes mais delirantes em negrito):
Deu pra entender? Os obamistas não só querem que o contribuinte americano sustente esses parasitas, como que sejam transferidos para a própria capital do país, em conforto ao lado das pessoas que falam sua língua. Mas o pior mesmo é a desculpa furada: dessa forma, a América estaria "dando o exemplo" e convencendo outros países a aceitarem terroristas também... (Pelamordedeus, será que alguém seria assim tão otário? Bem, talvez o Lula hospede alguns).
Obama, como Lula, tem 79% de aprovação... entre os Democratas. Entre os Republicanos e Independentes é de apenas 28%. A administração mais dividida da História do País.
Obama, como todo progressista, como Lula que recebe o Amadinehjad, é um cretino que dá mais valor à vida de terroristas internacionais do que à de civis (brancos de olhos azuis?) do próprio país. Apoiado pelos moderninhos, que se acreditam invulneráveis e compassivos - ao menos até o próximo atentado.
Não se pode negar, ao menos, o esforço: Obama está fazendo de tudo para transformar os EUA no Brasil.
The Obama administration is preparing to admit into the United States as many as seven Chinese Muslims who have been imprisoned at Guantanamo Bay in the first release of any of the detainees into this country, according to current and former U.S. officials.
Their release is seen as a crucial step to plans, announced by President Obama during his first week in office, to close the prison and relocate the detainees. Administration officials also believe that settling some of them in American communities will set an example, helping to persuade other nations to accept Guantanamo detainees too...
Officials have not said where in the United States they might live. But many Uighur immigrants from China live in Washington's Virginia suburbs, and advocates have urged that the detainees be resettled near people who speak their language and are familiar with their customs.
Deu pra entender? Os obamistas não só querem que o contribuinte americano sustente esses parasitas, como que sejam transferidos para a própria capital do país, em conforto ao lado das pessoas que falam sua língua. Mas o pior mesmo é a desculpa furada: dessa forma, a América estaria "dando o exemplo" e convencendo outros países a aceitarem terroristas também... (Pelamordedeus, será que alguém seria assim tão otário? Bem, talvez o Lula hospede alguns).
Obama, como Lula, tem 79% de aprovação... entre os Democratas. Entre os Republicanos e Independentes é de apenas 28%. A administração mais dividida da História do País.
Obama, como todo progressista, como Lula que recebe o Amadinehjad, é um cretino que dá mais valor à vida de terroristas internacionais do que à de civis (brancos de olhos azuis?) do próprio país. Apoiado pelos moderninhos, que se acreditam invulneráveis e compassivos - ao menos até o próximo atentado.
Não se pode negar, ao menos, o esforço: Obama está fazendo de tudo para transformar os EUA no Brasil.
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