Tem uma história ou lenda sobre George Washington, primeiro presidente americano, de que quando criança ele teria confessado ter cortado o cerejeiro do pai. "I cannot tell a lie", ele disse. Verdade ou - ahem - mentira, a frase ficou famosa.
Com Obama acontece o contrário. Se ele tivesse uma frase, esta seria: "I cannot not tell a lie". Pois o pobre homem é forçado pelas circunstâncias a mentir constantemente, seja para seus seguidores, seja para seus opositores.
Por exemplo, porque Carrie Prejean, a Miss Califórnia, foi praticamente apedrejada por dizer que "o casamento deve ser entre um homem e uma mulher", enquanto Obama não foi sequer criticado por ter dito exatamente a mesma coisa?
A resposta é simples: os fiéis de Obama não o criticam pois confiam que ele esteja mentindo. Acreditam que ele meramente repita o discurso politicamente aceitável hoje em Washington para parecer um "moderado", mas que suas ações nada tenham a ver com suas palavras. Poderá dizer ser contra o casamento gay, mas tenderá a aceitá-lo e mesmo promovê-lo quando as circunstâncias forem mais favoráveis. É o mesmo joguinho que Lula faz em relação ao aborto, declarando-se católico e anti-aborto e tal. Todos sabem que ele está apenas piscando o olho para seu público.
Ora Obama mente a seus seguidores, ora a seus opositores. Promete fechar Guantánamo, mas o mantém aberto. Promete processar oficiais do governo Bush, mas mantém aberta a opção de usar "técnicas avançadas" de interrogatório caso a coisa aperte. Caminha eternamente em uma corda-bamba.
Mas em que Obama verdadeiramente acredita? Aí, há duas escolas de pensamento: uma, mais ingênua, diz que ele não acredita em nada. É um oportunista que segue o vento e mente conforme o que for melhor a cada instante. Assim, não passaria de um niilista, que pode ser politicamente correto hoje e apontar para a Suprema Corte uma mulher latina cujas qualificações são apenas ser mulher e ser latina, mas se o vento virar contra ele pode se tornar radicalmente intolerante amanhã.
A outra escola acredita que Obama seja um marxista islâmico comunista radical enrustido, um Manchurian candidate do ano 2000, e que tudo o que fala sejam mentiras para parecer mais moderado do que é. De fato, há uma grande desconexão entre o que Obama diz e o que ele realmente faz. Por exemplo, pede aos americanos "responsabilidade fiscal", ao mesmo tempo em que detona o cartão de crédito da nação, gastando trilhões que não tem. Promete "unidade e diálogo" com a oposição ao mesmo tempo em que desanca qualquer Republicano que ousar ser contra suas propostas.
Há ainda uma terceira escola, minoritária mas ganhando adeptos a cada dia, que diz que Obama seria apenas o primeiro presidente pós-moderno, para quem não existe diferença entre a mentira e a verdade, que aliás nem mesmo existe a "mentira" ou "verdade", tudo é uma construção mental subjetiva e relativa.
O que ninguém discute - nem mesmo seus fãs - é que Obama seja um mentiroso. Claro, o que acontece é que alguns preferem ouvir doces mentiras. A política, nesse aspecto, é como o amor.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
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6 comentários:
Nossa,
Juro q quando eu vejo esse tipo de coisa eu tenho vontade de vomitar.
X, sugestão de post: pq as pessoas gostam de ser cegas?
Abraço
Aqui no Amazonas existe um ditado que diz:
- Se faz de besta pra melhor passar...
É isso o que políticos como Obama e Lula fazem!!!
Tá inspirado, hein Mr. X? Seus 2 ultimos posts são arrasadores, parabéns.
Alguem já viu o filme B Megido?
o avião onde viajavam os filhos e netos do maior abortista americano cai matando as crianças num cemitério ao lado do Tumulo do Não Nascido em memória de todas crianças abortadas.
Isso nem em filme eu vi.
Os fantasmas dos fetos vingando-se de abortista? Essa é pra filme de terror.
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