A filha de Warren Beatty decidiu que vai virar um homem e chamar-se Stephen. Segue a onda da filha de Cher, que já virou um homenzarrão, bem robusto até.
Isso importa? Não muito. Mas as celebridades são "formadoras de opinião". O que elas fazem hoje, seu filho vai poder querer fazer amanhã.
O problema é que o mundo em que as ditas "celebridades" habitam é um mundo diferente do mundo normal. É um mundo de sexo, drogas, roquenroll, botox na veia (na "véia"), mansões milionárias e divórcios bilionários.
terça-feira, 29 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Por que as mulheres gostam de bad boys? (2)
Faz um tempo fiz um post sobre o porquê das mulheres gostarem de bad boys. A pergunta agora se repete com o caso de Joran van der Sloot. Envolvido na morte de Natalee Holloway em Aruba, o psicopata holandês terminou livre como um pássaro. Apesar do passado hediondo, não teve dificuldade em conseguir novas namoradas, inclusive uma rica filhinha-de-papai peruana. A qual, naturalmente, terminou assassinada.
Eis agora que Joran Van der Sloot, na prisão, recebeu dezenas de cartas e até uma proposta de casamento.
Não é um fenômeno único. Como a própria reportagem acima explica, vários psychokillers conseguiram admiradoras mesmo depois de cometer os mais horríveis crimes. Mesmo Ted Bundy, que matou 30 mulheres. Mesmo John Gacy, o palhaço assassino de criancinhas.
O que explicaria esse estranho fenômeno?
Eis agora que Joran Van der Sloot, na prisão, recebeu dezenas de cartas e até uma proposta de casamento.
Não é um fenômeno único. Como a própria reportagem acima explica, vários psychokillers conseguiram admiradoras mesmo depois de cometer os mais horríveis crimes. Mesmo Ted Bundy, que matou 30 mulheres. Mesmo John Gacy, o palhaço assassino de criancinhas.
O que explicaria esse estranho fenômeno?
Talvez seja o sorriso sedutor.
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Nerds idiotas e vândalos imbecis
Ontem havia filas quilométricas na frente das Apple Stores por aqui, com milhares de pessoas tendo passado a noite inteira na fila. Tudo para comprar o novo iPhone 4.
Quem passaria toda a noite na rua para comprar um telefone? Evidentemente, não se trata de necessidade. Todos os que estavam na fila já tinham telefones celulares de, pelo menos, penúltima geração. Eu posso entender uma fila quilométrica do pão em tempos de escassez, e até mesmo uma fila quilométrica para assistir a um espetáculo único, mas uma fila para obter um objeto que poderiam comprar sem problemas uma semana depois?
Quem passaria toda a noite na rua para comprar um telefone? Evidentemente, não se trata de necessidade. Todos os que estavam na fila já tinham telefones celulares de, pelo menos, penúltima geração. Eu posso entender uma fila quilométrica do pão em tempos de escassez, e até mesmo uma fila quilométrica para assistir a um espetáculo único, mas uma fila para obter um objeto que poderiam comprar sem problemas uma semana depois?
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quarta-feira, 23 de junho de 2010
Polícia para quem precisa
Um policial de Seattle teve a má idéia de repreender duas adolescentes negras por atravessarem a rua fora da faixa de segurança. Elas ficaram invocadas com o policial, e partiram para o empurra-empurra. O policial terminou dando um soco na cara de uma das jovens e prendendo a outra, em vídeo polêmico que está circulando por aqui.
Não é a primeira confusão. Em outro vídeo, policiais da mesma cidade são mostrados agredindo um suspeito mexicano. "I'll beat the Mexican piss out of you", diz um. Resultou depois que o suspeito era inocente e foi liberado.
A polícia é racista? A polícia é do mal?
Não é a primeira confusão. Em outro vídeo, policiais da mesma cidade são mostrados agredindo um suspeito mexicano. "I'll beat the Mexican piss out of you", diz um. Resultou depois que o suspeito era inocente e foi liberado.
A polícia é racista? A polícia é do mal?
terça-feira, 22 de junho de 2010
Obama se autodestruindo?
O que nem os Republicanos nem os "tea parties" conseguiram, o desastre petrolífero no Golfo do México pode conseguir. A imagem de Obama está degringolando a olhos vistos. Sua resposta ao acidente foi tão atrapalhada e confusa, que até seus maiores aliados estão reclamando. Há já vários figurões do alto escalão que repentinamente começam a fazer outros planos para 2012.
Um blogueiro americano especulou as possíveis razões para a resposta de Obama ao desastre:
1) O desastre não é tão ruim como se pensa, e o governo Obama sabe disso.
Obama apenas utiliza o evento e até o exagera para continuar com sua agenda de mudanças radicais, como acabar com as perfurações ou quem sabe até nacionalizar as companhias petrolíferas.
2) O desastre é tão ruim quanto se pensa, mas o governo Obama não se dá conta da magnitude.
Obama e sua equipe são incompetentes e estão mais perdidos que deficiente visual em confronto balístico.
3) O desastre é tão grande quanto se pensa, e o governo Obama sabe disso.
Já que é um desastre sem solução, Obama e amigos querem apenas manter as aparências enquanto tentam tirar proveito da situação o máximo que podem ante das eleições de novembro.
4) O desastre não é tão grande quanto se pensa, mas o governo Obama não sabe disso.
Melhor o governo Obama não fazer nada, ou só vai piorar a situação.
E isso sem contar os outros problemas de Obama, como o desemprego, contra o qual o governo Obama decidiu fazer frente através da luta pelos direitos dos trabalhadores ilegais. É isso mesmo, assistam.
O curioso é que Obama está sendo criticado tanto à direita quanto à esquerda, obtendo uma unanimidade rara no país.
Um blogueiro americano especulou as possíveis razões para a resposta de Obama ao desastre:
1) O desastre não é tão ruim como se pensa, e o governo Obama sabe disso.
Obama apenas utiliza o evento e até o exagera para continuar com sua agenda de mudanças radicais, como acabar com as perfurações ou quem sabe até nacionalizar as companhias petrolíferas.
2) O desastre é tão ruim quanto se pensa, mas o governo Obama não se dá conta da magnitude.
Obama e sua equipe são incompetentes e estão mais perdidos que deficiente visual em confronto balístico.
3) O desastre é tão grande quanto se pensa, e o governo Obama sabe disso.
Já que é um desastre sem solução, Obama e amigos querem apenas manter as aparências enquanto tentam tirar proveito da situação o máximo que podem ante das eleições de novembro.
4) O desastre não é tão grande quanto se pensa, mas o governo Obama não sabe disso.
Melhor o governo Obama não fazer nada, ou só vai piorar a situação.
E isso sem contar os outros problemas de Obama, como o desemprego, contra o qual o governo Obama decidiu fazer frente através da luta pelos direitos dos trabalhadores ilegais. É isso mesmo, assistam.
O curioso é que Obama está sendo criticado tanto à direita quanto à esquerda, obtendo uma unanimidade rara no país.
Um presidente bem trapalhão.
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domingo, 20 de junho de 2010
Frases do domingo
Hoje tem poema? Tem não sinhô. Deixo vocês com alguns aforismos de Nicolás Gomez Dávila, escritor reacionário colombiano que recentemente descobri. Tudo o que ele escrevia eram frases curtas, como:
"Mais repulsivo do que o futuro que os progressistas involuntariamente preparam é o futuro com que eles sonham."
"A sociedade moderna se dá ao luxo de tolerar que todos digam o que querem, porque hoje todos basicamente coincidem naquilo que pensam."
"A crítica ao burguês recebe duplo aplauso: o do marxista, que nos julga inteligentes porque corroboramos seus preconceitos; e o do burguês, que nos julga corretos porque pensa no seu vizinho."
"O amor ao povo é vocação do aristocrata. O democrata só o ama no período eleitoral."
"O homem moderno chama mudança caminhar mais rapidamente pelo mesmo caminho na mesma direção. O mundo nos últimos trezentos anos não mudou senão nesse sentido. A simples proposta de uma mudança verdadeira escandaliza e aterroriza ao moderno."
"Para viver depois dos trinta anos é preciso embrutecer-se com a rotina cotidiana ou inventar desesperadamente mil razões diversas e igualmente fictícias de viver."
"A prolixidade não é excesso de palavras, mas sim escassez de idéias."
Vou lá assistir a Copa do Mundo, volto depois.
(Esta última frase, esclareço, não é do Nicolás...)
"Mais repulsivo do que o futuro que os progressistas involuntariamente preparam é o futuro com que eles sonham."
"A sociedade moderna se dá ao luxo de tolerar que todos digam o que querem, porque hoje todos basicamente coincidem naquilo que pensam."
"A crítica ao burguês recebe duplo aplauso: o do marxista, que nos julga inteligentes porque corroboramos seus preconceitos; e o do burguês, que nos julga corretos porque pensa no seu vizinho."
"O amor ao povo é vocação do aristocrata. O democrata só o ama no período eleitoral."
"O homem moderno chama mudança caminhar mais rapidamente pelo mesmo caminho na mesma direção. O mundo nos últimos trezentos anos não mudou senão nesse sentido. A simples proposta de uma mudança verdadeira escandaliza e aterroriza ao moderno."
"Para viver depois dos trinta anos é preciso embrutecer-se com a rotina cotidiana ou inventar desesperadamente mil razões diversas e igualmente fictícias de viver."
"A prolixidade não é excesso de palavras, mas sim escassez de idéias."
Vou lá assistir a Copa do Mundo, volto depois.
(Esta última frase, esclareço, não é do Nicolás...)
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Quando acaba a infância?
Há uma controvérsia aqui nos EUA sobre o caso de Abby Sunderland, a garota de 16 anos que decidiu dar a volta ao mundo em um barco sozinha, e terminou quase morrendo no processo.
De um lado, estão os que criticam os pais, por ter permitido uma adolescente correr tais perigos em troca de publicidade. Pais conservadoramente corretos, dizem os críticos, teriam proibido a moça de tentar a aventura até chegar à maioridade.
Do outro lado estão os que exaltam o espírito independente e aventureiro da garota, e observam que a odisséia seria uma espécie de retorno às tradições americanas de desbravamento e independência.
Confesso que estou dividido a respeito do tema, assim como acho que também o está nossa cada vez mais bizarra sociedade.
De um lado, estão os que criticam os pais, por ter permitido uma adolescente correr tais perigos em troca de publicidade. Pais conservadoramente corretos, dizem os críticos, teriam proibido a moça de tentar a aventura até chegar à maioridade.
Do outro lado estão os que exaltam o espírito independente e aventureiro da garota, e observam que a odisséia seria uma espécie de retorno às tradições americanas de desbravamento e independência.
Confesso que estou dividido a respeito do tema, assim como acho que também o está nossa cada vez mais bizarra sociedade.
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Conversa de futebol
Apesar da seleção americana ter melhorado, e um público razoável de americanos estar acompanhando a Copa do Mundo, o futebol ainda não é um esporte muito popular por aqui. Qual o motivo? Alguns acham o esporte chato. Considerando que o esporte nacional é o baseball, um jogo que pode durar até quatro horas e no qual pouco acontece, a acusação parece um pouco estranha.
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domingo, 13 de junho de 2010
Poema do domingo
HE WISHES HIS BELOVED WERE DEAD
- ERE you but lying cold and dead,
- And lights were paling out of the West,
- You would come hither, and bend your head,
- And I would lay my head on your breast;
- And you would murmur tender words,
- Forgiving me, because you were dead:
- Nor would you rise and hasten away,
- Though you have the will of wild birds,
- But know your hair was bound and wound
- About the stars and moon and sun:
- O would, beloved, that you lay
- Under the dock-leaves in the ground,
- While lights were paling one by one.
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O direito de não viver
Viver é (muitas vezes) sofrer. Dito isso, podemos dizer que estar vivo é um mal? Que seria melhor não ter nascido? A pergunta é ilógica. Para poder sequer pensar nisso, temos que ter nascido. Podemos então decidir se continuar a viver ou não. O suicídio é um tema filosófico desde os antigos gregos, passando por Shakespeare e chegando a Camus. O direito de não nascer... não tanto.
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sexta-feira, 11 de junho de 2010
Por que tanto ódio no coração?
Ultimamente tem aparecido um comentarista muito chato que odeia os judeus. Especialmente os judeus americanos. Considera-os uma quinta coluna disposta a tudo para trair e destruir o país.
Porém, ele não é o único. Surpreendentemente (ou não) há muitas pessoas nos EUA que desejariam ver os judeus pelas costas. Tanto à esquerda quanto à direita. A diferença talvez seja que a esquerda quer os judeus fora de Israel, e a direita (bem, alguns direitistas paleocons, como Pat Buchanan) quer os judeus fora da América.
Mas a América não seria a América sem os judeus.
Como entender a América sem Billy Wilder, sem Albert Einstein, sem Richard Feynman, sem Philip Roth, sem Saul Bellow, sem Bashevis Singer, sem os irmãos Marx, sem Larry Page e Sergey Brin, sem Lauren Bacall, sem Hedy Lamarr, sem Woody Allen, sem Bob Dylan, sem Spielberg, sem Seinfeld?
Vejamos o caso de Billy Wilder. Nascido na Áustria, foi para Berlim, tendo que fugir com a chegada do nazismo. Sua mãe, sua avó e seu padrastro terminaram mortos em Auschwitz. Mesmo assim, Wilder, já cidadão americano, virou um dos melhores diretores de cinema da história, autor de dezenas de clássicos da "era de ouro de Hollywood" (o tempo em que os americanos ainda faziam filmes para adultos).
(É claro que também existem figuras como Bernie Madoff, mas qual grupo não tem seu vilão?)
A mesma coisa acontece com os negros. Há quem os critique, citando testes de QI, apontando a pobreza e degradação moral dos hoods, e observando que coletivamente cometem sete vezes mais crime do que o resto da população.
Mas a América não seria a América sem os negros.
Como entender a América sem Billie Holiday, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Cab Calloway, Muhammad Ali, Louis Armstrong, James Brown, James Baldwyn, Richard Pryor, Gary Coleman, Sammy Davis Jr, Michael Jordan, Martin Luther King, Samuel Jackson, Ralph Ellison, Thomas Sowell?
(Como contra-exemplo infame, temos o O. J. Simpson)
O primeiro filme sonoro americano, "The Jazz Singer", curiosamente não era nenhuma história de WASPs. Tratava de um judeu que queria cantar jazz, que na época era considerada "música de negros". O ator escolhido para o filme, Al Jolson, foi um dos primeiros astros judeus, e é também famoso por ter ajudado colegas músicos negros como Cab Calloway, o verdadeiro inventor do "moonwalk".
Se os judeus fossem expulsos, a América seria muito mais pobre. Se os negros fossem expulsos, a América perderia muito de sua cultura e vitalidade.
É por isso que eu digo, os únicos que devem ser expulsos são esses malditos cucarachas latinos, que não contribuem em nada.
(brincadeira, pessoal).
E este sujeito aqui? Yisrael Campbell (nome original Chris), americano da Pensilvânia, metade irlandês, metade italiano, portanto católico da gema, já adulto decidiu converter-se ao judaísmo, não uma vez, mas três (primeiro ao judaísmo reformista, depois ao conservador, e finalmente ao ortodoxo). Mora há sete anos em Israel onde é um comediante. Mais um quinta-coluna safado, que provavelmente se converteu apenas pelo humor - afinal, todos sabem que os comediantes católicos não costumam ter tanto sucesso.
"Por que vês o argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?" - Jesus H. Christ
Porém, ele não é o único. Surpreendentemente (ou não) há muitas pessoas nos EUA que desejariam ver os judeus pelas costas. Tanto à esquerda quanto à direita. A diferença talvez seja que a esquerda quer os judeus fora de Israel, e a direita (bem, alguns direitistas paleocons, como Pat Buchanan) quer os judeus fora da América.
Mas a América não seria a América sem os judeus.
Como entender a América sem Billy Wilder, sem Albert Einstein, sem Richard Feynman, sem Philip Roth, sem Saul Bellow, sem Bashevis Singer, sem os irmãos Marx, sem Larry Page e Sergey Brin, sem Lauren Bacall, sem Hedy Lamarr, sem Woody Allen, sem Bob Dylan, sem Spielberg, sem Seinfeld?
Vejamos o caso de Billy Wilder. Nascido na Áustria, foi para Berlim, tendo que fugir com a chegada do nazismo. Sua mãe, sua avó e seu padrastro terminaram mortos em Auschwitz. Mesmo assim, Wilder, já cidadão americano, virou um dos melhores diretores de cinema da história, autor de dezenas de clássicos da "era de ouro de Hollywood" (o tempo em que os americanos ainda faziam filmes para adultos).
(É claro que também existem figuras como Bernie Madoff, mas qual grupo não tem seu vilão?)
A mesma coisa acontece com os negros. Há quem os critique, citando testes de QI, apontando a pobreza e degradação moral dos hoods, e observando que coletivamente cometem sete vezes mais crime do que o resto da população.
Mas a América não seria a América sem os negros.
Como entender a América sem Billie Holiday, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Cab Calloway, Muhammad Ali, Louis Armstrong, James Brown, James Baldwyn, Richard Pryor, Gary Coleman, Sammy Davis Jr, Michael Jordan, Martin Luther King, Samuel Jackson, Ralph Ellison, Thomas Sowell?
(Como contra-exemplo infame, temos o O. J. Simpson)
O primeiro filme sonoro americano, "The Jazz Singer", curiosamente não era nenhuma história de WASPs. Tratava de um judeu que queria cantar jazz, que na época era considerada "música de negros". O ator escolhido para o filme, Al Jolson, foi um dos primeiros astros judeus, e é também famoso por ter ajudado colegas músicos negros como Cab Calloway, o verdadeiro inventor do "moonwalk".
Se os judeus fossem expulsos, a América seria muito mais pobre. Se os negros fossem expulsos, a América perderia muito de sua cultura e vitalidade.
É por isso que eu digo, os únicos que devem ser expulsos são esses malditos cucarachas latinos, que não contribuem em nada.
(brincadeira, pessoal).
* * *
E este sujeito aqui? Yisrael Campbell (nome original Chris), americano da Pensilvânia, metade irlandês, metade italiano, portanto católico da gema, já adulto decidiu converter-se ao judaísmo, não uma vez, mas três (primeiro ao judaísmo reformista, depois ao conservador, e finalmente ao ortodoxo). Mora há sete anos em Israel onde é um comediante. Mais um quinta-coluna safado, que provavelmente se converteu apenas pelo humor - afinal, todos sabem que os comediantes católicos não costumam ter tanto sucesso.
* * *
"Por que vês o argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?" - Jesus H. Christ
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Os globalistas estão chegando
No outro post, um pouco abaixo, eu indagava sobre o curioso motivo que teria impelido os EUA de Clinton a ajudarem os jihadistas muçulmanos contra os sérvios, e o mesmo Clinton a vender segredos militares à China. Ainda antes, eu tinha comentado sobre o aplauso que o presidente mexicano recebera dos Democratas por criticar leis americanas em solo americano.
Como era possível?
Os americanos estariam lutando contra seus próprios interesses, contra a sua própria demarcação de fronteiras, contra seu próprio povo, contra a sua própria defesa militar?
Há os que acreditam que existe uma divisão, dentro dos próprios EUA, e de todo o mundo civilizado, entre globalistas e anti-globalistas. Ou seja, os que querem manter a organização do mundo em países soberanos, e os que querem transformar isso em uma suposta "nova ordem mundial".
Como era possível?
Os americanos estariam lutando contra seus próprios interesses, contra a sua própria demarcação de fronteiras, contra seu próprio povo, contra a sua própria defesa militar?
Há os que acreditam que existe uma divisão, dentro dos próprios EUA, e de todo o mundo civilizado, entre globalistas e anti-globalistas. Ou seja, os que querem manter a organização do mundo em países soberanos, e os que querem transformar isso em uma suposta "nova ordem mundial".
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terça-feira, 8 de junho de 2010
Nem dinheiro nem igualdade trazem felicidade
Um leitor recentemente reclamou que aqui quase só coloco links para textos em inglês. É verdade, mas é que é difícil encontrar bons textos sobre os temas que me interessam em português. Hoje repito a dose, dando dois links em inglês -- ainda por cima britânico -- para recentes textos de Theodore Dalrymple: um deles falando sobre a relação entre o crescimento econômico e a felicidade, e outro falando sobre os problemas causados pela utopia da igualdade social.
A conclusão do bom doutor parece ser que, nem o dinheiro ou as conquistas materiais trazem felicidade, nem a igualdade social é um bem desejável ou possível - muito antes pelo contrário, costuma arruinar muitas sociedades.
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Quilombos no lombo
Alguém me explica qual é a dos quilombos?
Nem me preocupa aqui a questão do estímulo à divisão racial, ou mesmo à questão da expropriação de terras perfeitamente legítimas em nome de origens quilombescas bastante duvidosas.
Mas parecem-me que são um pouco inúteis, porque não ajudam nem mesmo aos negros.
Observem: nos tais neo-quilombos, nenhum indivíduo tem a posse da terra: são comunidades forçadamente coletivas. A terra não pode ser negociada. O sujeito que quiser não pode nem vender seu terreninho. Ou fica, ou perde tudo. É claro que para alguns é uma vantagem, como diz este texto do Movimento de Mestiços-Pardos Brasileiros (é, existe isso) que luta contra a instalação de um quilombo em antigo parque natural na Amazônia:
Nem me preocupa aqui a questão do estímulo à divisão racial, ou mesmo à questão da expropriação de terras perfeitamente legítimas em nome de origens quilombescas bastante duvidosas.
Mas parecem-me que são um pouco inúteis, porque não ajudam nem mesmo aos negros.
Observem: nos tais neo-quilombos, nenhum indivíduo tem a posse da terra: são comunidades forçadamente coletivas. A terra não pode ser negociada. O sujeito que quiser não pode nem vender seu terreninho. Ou fica, ou perde tudo. É claro que para alguns é uma vantagem, como diz este texto do Movimento de Mestiços-Pardos Brasileiros (é, existe isso) que luta contra a instalação de um quilombo em antigo parque natural na Amazônia:
A esperança em melhorar de vida, ter casas boas, energia e telefone estimularam a comunidade a se reconhecer como quilombola diante do governo. Mas, na região, volta e meia há quem se declare ‘carambola’ ou ‘calhambola’, por não estar familiarizado com o termo quilombola. Conforme informações do ICMBio, das 15 famílias da vila, pelo menos 10 estão envolvidas com tráfico de animais silvestres, e muitas já foram multadas.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
O caso da Sérvia
Cheguei a comparar o caso da demonização de Israel com a da África do Sul, mas existe um caso mais parecido e ainda recente na memória de todos (acho): a Sérvia.
A Sérvia também foi demonizada durante o período das várias guerras dos Balcãs, e chegou mesmo a ser bombardeada pela OTAN. Acusados de "limpeza étnica" e outras barbaridades.
Na verdade, a história é bem mais complexa e foi muito mal contada. Quem começou o bafafá querendo se separar da Iugoslávia foram os muçulmanos bósnios, portanto estes não foram meras vítimas. Tampouco o foram os croatas, que têm uma longa inimizade com os sérvios (os croatas foram aliados dos nazistas, tinham seus próprios campos de concentração e trucidaram centenas de milhares de sérvios durante a II Guerra.) Quanto a Kosovo, foi território sérvio durante séculos, mas foi ocupado pelos turcos e depois recebeu massiva população albanesa, e disso resultou a luta por separação, pela Kosovo Liberation Army, jihadistas que cometeram centenas de crimes de guerra contra civis.
Os sérvios cometeram barbaridades, é certamente verdade; mas também as cometeram os albaneses de Kosovo, e os muçulmanos bósnios, e os croatas. Porém, por algum motivo, só os sérvios foram tratados como vilões. A cidade de Belgrado foi bombardeada. Tão forte foi a propaganda anti-sérvia, que não lembro ninguém que reclamasse.
Bill Clinton, para justificar o bombardeio de Belgrado, afirmou que os sérvios teriam matado "100.000" civis albaneses em um certo massacre. Quando foram contar os corpos, descobriram só 2.000, de ambos os lados.
Seria um caso de sérviofobia? Aqui um artigo balanceado sobre o tema.
Fora isso, há muitos sites de conspiração sobre os segredos da guerra dos Balcãs, o melhor deles (ou talvez o mais delirante) é este aqui. (Confesso agora que visitar obscuros sites de teorias de conspiração é um de meus fracos).
Não sei detalhes sobre a história das guerras dos Balcãs, que na verdade vem de décadas ou até séculos atrás, só sei que o resultado final foi acabar com a Iugoslávia, diminuir o território histórico da Sérvia e criar dois novos países de maioria muçulmana na Europa, Bósnia (50% muçulmano) e Kosovo (95%).
Outra coisa interessante é a seguinte: essa população numerosa de muçulmanos na ex-Iugoslávia só existe graças ao imperialismo turco - esses mesmos turcos islamistas que agora ameaçam querer reemergir.
O governo Clinton apoiou os muçulmanos naquela guerra. Que interesse teriam os Democratas americanos em promover o islamismo na Europa? Mas não são também os americanos que querem que a Turquia ingresse na União Européia?
Sobre tudo isso, falaremos mais adiante.
A Sérvia também foi demonizada durante o período das várias guerras dos Balcãs, e chegou mesmo a ser bombardeada pela OTAN. Acusados de "limpeza étnica" e outras barbaridades.
Na verdade, a história é bem mais complexa e foi muito mal contada. Quem começou o bafafá querendo se separar da Iugoslávia foram os muçulmanos bósnios, portanto estes não foram meras vítimas. Tampouco o foram os croatas, que têm uma longa inimizade com os sérvios (os croatas foram aliados dos nazistas, tinham seus próprios campos de concentração e trucidaram centenas de milhares de sérvios durante a II Guerra.) Quanto a Kosovo, foi território sérvio durante séculos, mas foi ocupado pelos turcos e depois recebeu massiva população albanesa, e disso resultou a luta por separação, pela Kosovo Liberation Army, jihadistas que cometeram centenas de crimes de guerra contra civis.
Os sérvios cometeram barbaridades, é certamente verdade; mas também as cometeram os albaneses de Kosovo, e os muçulmanos bósnios, e os croatas. Porém, por algum motivo, só os sérvios foram tratados como vilões. A cidade de Belgrado foi bombardeada. Tão forte foi a propaganda anti-sérvia, que não lembro ninguém que reclamasse.
Bill Clinton, para justificar o bombardeio de Belgrado, afirmou que os sérvios teriam matado "100.000" civis albaneses em um certo massacre. Quando foram contar os corpos, descobriram só 2.000, de ambos os lados.
Seria um caso de sérviofobia? Aqui um artigo balanceado sobre o tema.
Fora isso, há muitos sites de conspiração sobre os segredos da guerra dos Balcãs, o melhor deles (ou talvez o mais delirante) é este aqui. (Confesso agora que visitar obscuros sites de teorias de conspiração é um de meus fracos).
Não sei detalhes sobre a história das guerras dos Balcãs, que na verdade vem de décadas ou até séculos atrás, só sei que o resultado final foi acabar com a Iugoslávia, diminuir o território histórico da Sérvia e criar dois novos países de maioria muçulmana na Europa, Bósnia (50% muçulmano) e Kosovo (95%).
Outra coisa interessante é a seguinte: essa população numerosa de muçulmanos na ex-Iugoslávia só existe graças ao imperialismo turco - esses mesmos turcos islamistas que agora ameaçam querer reemergir.
O governo Clinton apoiou os muçulmanos naquela guerra. Que interesse teriam os Democratas americanos em promover o islamismo na Europa? Mas não são também os americanos que querem que a Turquia ingresse na União Européia?
Sobre tudo isso, falaremos mais adiante.
Soldado sérvio.
domingo, 6 de junho de 2010
Poemas do domingo
ROMANCE
Para as Festas da Agonia
Vi-te chegar, como havia
Sonhando já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Em teu cavalo eu partira
Sem saudade, pena, ou ira;
Teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida e a dor
Que o Sono vinha trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena
Não morri de mala sorte,
Morri de amor pela Morte.
Sinto que o mês presente me assassina
Sinto que o mês presente me assassina,
As aves atuais nasceram mudas
E o tempo na verdade tem domínio
sobre homens nus ao sul das luas curvas.
Sinto que o mês presente me assassina,
Corro despido atrás de um cristo preso,
Cavalheiro gentil que me abomina
E atrai-me ao despudor da luz esquerda
Ao beco de agonia onde me espreita
A morte espacial que me ilumina.
Sinto que o mês presente me assassina
E o temporal ladrão rouba-me as fêmeas
De apóstolos marujos que me arrastam
Ao longo da corrente onde blasfemas
Gaivotas provam peixes de milagre.
Sinto que o mês presente me assassina,
Há luto nas rosáceas desta aurora,
Há sinos de ironia em cada hora
(Na libra escorpiões pesam-me a sina)
Há panos de imprimir a dura face
À força de suor, de sangue e chaga.
Sinto que o mês presente me assassina,
Os derradeiros astros nascem tortos
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre o morto que enterra os próprios mortos.
O tempo na verdade tem domínio
Amen, amen vos digo, tem domínio
E ri do que desfere verbos, dardos
De falso eterno que retornam para
Assassinar-nos num mês assassino.
Mário Faustino (1930-1962)
Para as Festas da Agonia
Vi-te chegar, como havia
Sonhando já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Em teu cavalo eu partira
Sem saudade, pena, ou ira;
Teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida e a dor
Que o Sono vinha trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena
Não morri de mala sorte,
Morri de amor pela Morte.
Sinto que o mês presente me assassina
Sinto que o mês presente me assassina,
As aves atuais nasceram mudas
E o tempo na verdade tem domínio
sobre homens nus ao sul das luas curvas.
Sinto que o mês presente me assassina,
Corro despido atrás de um cristo preso,
Cavalheiro gentil que me abomina
E atrai-me ao despudor da luz esquerda
Ao beco de agonia onde me espreita
A morte espacial que me ilumina.
Sinto que o mês presente me assassina
E o temporal ladrão rouba-me as fêmeas
De apóstolos marujos que me arrastam
Ao longo da corrente onde blasfemas
Gaivotas provam peixes de milagre.
Sinto que o mês presente me assassina,
Há luto nas rosáceas desta aurora,
Há sinos de ironia em cada hora
(Na libra escorpiões pesam-me a sina)
Há panos de imprimir a dura face
À força de suor, de sangue e chaga.
Sinto que o mês presente me assassina,
Os derradeiros astros nascem tortos
E o tempo na verdade tem domínio
Sobre o morto que enterra os próprios mortos.
O tempo na verdade tem domínio
Amen, amen vos digo, tem domínio
E ri do que desfere verbos, dardos
De falso eterno que retornam para
Assassinar-nos num mês assassino.
Mário Faustino (1930-1962)
terça-feira, 1 de junho de 2010
Por que todos odeiam Israel?
Se é verdade que "os sionistas controlam a mídia", como se explica que esta seja tão fanaticamente anti-Israel? Nenhum outro país é tão vigiado, tão vilipendiado, tão acusado. Se os "sionistas" de fato controlam os meios de comunicação, estão fazendo um péssimo serviço.
Há uma guerra civil no Congo que dura até hoje e que já matou mais de cinco milhões de pessoas em poucos anos. É a guerra com maior número de vítimas desde a II Guerra mundial. Ninguém se importa. Ninguém vai levar medicamentos, água ou comida para esses pobres desgraçados. Não vai haver nenhuma "frota da paz" nessa direção. Ninguém vai comentar em blogs.
Putin matou duzentos mil muçulmanos chechenos. Houve uma única jornalista que protestou, e terminou suicidada com dois tiros. Quanto ao resto da mídia, silêncio.
Os jordanianos mataram em um só mês (Setembro Negro) dez vezes mais palestinos do que os israelenses em 40 anos. Mesmo hoje, morrem mais muçulmanos nos conflitos sunitas versus xiitas do que no conflito com Israel. Mas se árabe mata árabe, ninguém se importa.
Há menos de um mês, um barco sul-coreano foi torpedeado e morreram 46 pessoas, e ninguém está "indignado".
Por que alguns mortos valem mais do que outros?
Há uma guerra civil no Congo que dura até hoje e que já matou mais de cinco milhões de pessoas em poucos anos. É a guerra com maior número de vítimas desde a II Guerra mundial. Ninguém se importa. Ninguém vai levar medicamentos, água ou comida para esses pobres desgraçados. Não vai haver nenhuma "frota da paz" nessa direção. Ninguém vai comentar em blogs.
Putin matou duzentos mil muçulmanos chechenos. Houve uma única jornalista que protestou, e terminou suicidada com dois tiros. Quanto ao resto da mídia, silêncio.
Os jordanianos mataram em um só mês (Setembro Negro) dez vezes mais palestinos do que os israelenses em 40 anos. Mesmo hoje, morrem mais muçulmanos nos conflitos sunitas versus xiitas do que no conflito com Israel. Mas se árabe mata árabe, ninguém se importa.
Há menos de um mês, um barco sul-coreano foi torpedeado e morreram 46 pessoas, e ninguém está "indignado".
Por que alguns mortos valem mais do que outros?
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