segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A mídia não engana ninguém

Por que a mídia mente tanto sobre o terrorismo islâmico?

A mídia muitas vezes esconde até o fato que os terroristas sejam muçulmanos, oumesmo que sejam terroristas. Chama-os de "militantes", de "ativistas", e até de "suspeitos atiradores". Tipo: "os suspeitos atiradores mataram 200 pessoas...". Os políticos enquanto isso insistem que o islã é "uma religião da paz" e que os terroristas "subvertem a mensagem real dessa nobre religião". E os intelectuais de esquerda afirmam que "a situação é demasiado complexa" e "devemos examinar as causas sociais e econômicas do terrorismo; aliás a palavra terrorismo não é boa, pois o terrorista de um é o herói de outro etc.". E assim temos artigos de opinião que explicam tudo, menos que os terroristas eram muçulmanos, que mataram propositalmente hindus, judeus e ocidentais, e que foram treinados por um grupo islâmico baseado no Paquistão. Por quê?

Há dois motivos.

O primeiro deles é o esquerdismo, que assume que as minorias são incapazes de fazer mal por si mesmas, que seus membros apenas reagem como autômatos às ações malvadas do Ocidente, e que apontar algum crime destas seria "racismo". Os muçulmanos são "oprimidos", portanto segundo a ótica esquerdista não poderiam jamais oprimir. Seus atos são meras respostas a agressões e humilhações passadas. E isso explicaria porque um dos terroristas matou a sangue frio o bom samaritano que lhe trouxe um copo d'água.

(Um dos fatos que não foi mencionado pela mídia no atropelamento ocorrido na Wal-Mart é que a multidão, como estas fotos mostram, era formada quase toda de pobres e negros. Pode ser relevante, pode não ser. Mas jamais espere a mídia politicamente correta sequer insinuar algo a respeito.)

Mas no caso do islamismo há um problema a mais. Assumir que a religião tenha algo a ver com os atentados implicaria aceitar a horrenda possibilidade que haja um bilhão de pessoas que nos odeiam. Um bilhão. Como resolver esse pepino?

Por isso é natural que muitos tentem desviar o assunto, ofuscar o fato de que se trate de uma jihad. Jihad, o que é isso?

Mas a mídia, na verdade, não engana ninguém. Quase ninguém ousa falar em alta voz aquilo que pensa, mas a verdade é que os muçulmanos são vistos com cada vez mais desconfiança pelo restante da população. O que vai acontecer é que as pessoas fingirão ser politicamente corretas: "pois é, o islã é uma religião da paz, etc.". Mas na prática vão olhar torto pra muçulmana de burka no ônibus, e sentar o mais longe possível dela. E é possível que se chegue até a lamentáveis atos de violência.

A sensação de fastio é enorme, e cresce a cada atentado. Aqui o que uma blogueira que raramente toca em temas políticos tem a dizer:
Watching the latest Islamic terrorist horror in India starts a rolling list in my head that can’t be stopped; Iran, Beirut, USS Cole, Somalia, 9/11, Spain, London. Those are just the big ones, everyday around the world Islamists murder in the name of their politicized religion.
I find myself increasingly repulsed by Muslim practices and beliefs. Middle Eastern, African, Asian, American, the country of origin makes no difference. Women and children treated as chattel, genital mutilation, child brides, honor killings, culturally accepted pedophilia, the black drapes and head coverings, no rights, no votes, little to non-existent educational opportunities, no voice, no choices, no recourse. Persecution of homosexuals. Imprisonment, stoning and whipping for morality crimes. Lack of free speech. The foul treatment of non-Muslims in Islamic countries. The demented hatred of Jews. Sharia Law. Wahhabism. Madrasas. Blind obedience to Mullahs. Praying towards Mecca - a place on the map few will ever see. Individuality is shut down, originality and freedom of the mind discouraged. Islam pisses on human talents that fall outside the dark walls of its faith. Hell, I even dislike their dislike of dogs.
I will condemn them all until they give me good reason to reconsider their decency. A worldwide Muslim protest against the perpetrators of the latest Islamic terrorist atrocity in Mumbai would be a good start.
Tentar ofuscar ou esconder o assunto só piora as coisas e gera mais ódio. Por que não assumir que o terrorismo islâmico é um problema, e combatê-lo sem subterfúgios? Até os muçulmanos moderados agradecerão - afinal, não esqueçamos que muitas vezes as vítimas do terrorismo islâmico são os próprios muçulmanos.

7 comentários:

Anônimo disse...

Ninguém tira da minha cabeça que a real intenção do mundo islâmico é dominar todas as pessoas deste planeta e submetê-las ao jugo do Islã.

Dizer que o Islã é uma religião de paz, quando o próprio Alcorão diz que o fiel islâmico deve oprimir os infiéis, é puro cinismo. É um pensamento religioso atrasado. É um ideário que funcionou bem durante a expansão dessa religião -- expansionismo feito na base da violência, geralmente --, mas, nos dias de hoje, é algo anacrônico.

Mostrem-nos o quê o Islã traz e que seja uma novidade para o Ocidente? Não há! O Islã tem trazido apenas atraso e mazelas. Mostrem-nos um só país islâmico que seja desenvolvido.

Vamos ser tolerantes...? Vamos? Então, sugiro aos colegas muçulmanos que erijam em Mecca uma estátua de Carlos Martelo e, em contrapartida, o Vaticano faria o mesmo com Saladino. Ah... me esqueci: A reprodução da figura humana é algo proibido no Islã -- nem pensar, então, se se tratar do Profeta!!

O objetivo do Islã é destruir os principais valores do Mundo Ocidental: Democracia; a busca descompromissada pelo conhecimento; o pensamento crítico (a autocrítica); a liberdade sexual; a emancipação feminina; e etc.

Religião de paz?? Bah...

Anônimo disse...

imagine se o PD frequentasse seu blog....

Mr X disse...

Xi.... :-/ Ele provavelmente ficaria de cabelo em pé.... ;-)

Bom, eu só fico feliz quando o Olavão aparecer por aqui e der sua bênção. ;-)

É isso aí Marcelo Augusto, mas tem uma aliança entre os jihadistas e os esquerdistas multiculturais, é proibido falar nisso.

Anônimo disse...

Achei este recorte muito bom, se bem que meio longo. Refere-se também às opiniões de Bernard Lewis, de quem já recomendei aqui o livro O que Deu Errado no Oriente Médio.
Boa leitura,

Madeleine

As raízes de um fracasso
Marcelo Musa Cavallari
Publicado na Revista Epoca Edição 218 de 19/07/2002
O mundo árabe, vanguarda da cultura no passado, entra no século XXI como a região menos desenvolvida do planeta
Até o fim da Idade Média, a civilização islâmica esteve na vanguarda do progresso humano. Os maiores filósofos, matemáticos, médicos e astrônomos falavam árabe ou persa. O mundo muçulmano era mais rico e mais poderoso que o Ocidente, visto no Oriente Médio como uma região sombria, habitada por bárbaros ignorantes. Hoje os países árabes, com poucas exceções, estão entre os mais pobres e atrasados do planeta. No resto do mundo, sua imagem está associada à opressão das mulheres, ao marasmo econômico, à distribuição iníqua dos lucros do petróleo, a ditaduras sangrentas, à revolta impotente dos palestinos sob a ocupação israelense e, sobretudo a partir dos atentados de 11 de setembro, ao terrorismo ensandecido.
O que deu errado no Oriente Médio? Essa pergunta é, simultaneamente, o título de um livro de Bernard Lewis, um dos mais respeitados historiadores dos povos muçulmanos, recém-lançado no Brasil (Jorge Zahar Editor, 204 páginas, R$ 24), e o tema de uma pesquisa das Nações Unidas divulgada no início do mês. Numa iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), um grupo de estudiosos debruçou-se sobre o estado atual do mundo árabe em busca de um diagnóstico de seus problemas. As conclusões são desalentadoras. O estudo abarca as 22 nações que integram a Liga Árabe - exclui, portanto, os Estados muçulmanos não-árabes, como o Irã, a Turquia, o Paquistão e a Indonésia. Os países árabes, unidos pelo mesmo idioma, somam 280 milhões de habitantes, um pouco mais que os Estados Unidos. O PIB de todos eles juntos é de US$ 531 bilhões, menor que o da Espanha, com uma população de 40 milhões. A estagnação econômica árabe só perde para a da África Subsaariana, a região mais pobre do mundo. Nos últimos 20 anos os países árabes cresceram a uma média anual de 0,5%. A riqueza gerada pelo petróleo trouxe poucos benefícios, pois é aplicada nos mercados da Europa, dos Estados Unidos e do Japão. Para os países árabes, com a população mais jovem do mundo - um efeito dos altíssimos índices de natalidade -, esse atraso é sinônimo de desemprego, cerca de 15% na média da região. O descontentamento dessa juventude sem perspectiva fica evidente na pesquisa. Entre os entrevistados, metade dos adultos com menos de 25 anos disse que seu maior desejo é emigrar.
Os países árabes são um caso exemplar da insuficiência dos indicadores puramente econômicos para retratar a situação de uma população. Desde a década de 90 o Pnud trabalha com o Índice de Desenvolvimento Humano. Combinando expectativa de vida, taxa de analfabetismo, matrículas nas escolas de primeiro, segundo e terceiro grau e PIB per capita, chega-se a uma nota de IDH. Por esse critério, os países árabes têm o pior desempenho do mundo todo, atrás de lugares mais pobres, como o sul da Ásia e a África Subsaariana. 'A região é mais rica que desenvolvida', conclui o estudo.
Para os pesquisadores da ONU, há três grandes déficits que mantêm o mundo árabe aquém de seu potencial econômico e humano: liberdade, igualdade para as mulheres e conhecimento. Nenhum país árabe é uma verdadeira democracia. As variações vão da tirania em seu estado mais bruto, a monarquias absolutas, como a da Arábia Saudita, passando por democracias de fachada, como no Egito. A imprensa é, no melhor dos casos, parcialmente livre. Também a utilização das capacidades da mulher no mundo árabe é a menor do mundo, segundo o Pnud. 'Toda a sociedade sofre quando metade de seu potencial produtivo é asfixiada', afirma o estudo. As mulheres, mantidas a distância da participação política e com menor acesso à educação, têm pouca chance de mudar o quadro. Cerca de 50% da população feminina árabe é analfabeta, índice duas vezes maior que entre os homens. Outro grave empecilho ao desenvolvimento é a falta de investimento em pesquisa e o acesso restrito à tecnologia de informação. O mundo árabe aplica em pesquisa sete vezes menos que a média internacional. Quando se olha para a cultura em seu conjunto, a situação não é melhor. O mundo árabe se mantém fechado ao conhecimento que se produz no resto do mundo. Os autores do estudo do Pnud calculam que, nos últimos 1.000 anos, a quantidade de traduções feitas na região equivale à de publicadas na Espanha em apenas um ano.
Ao indagar sobre os motivos do atraso, Bernard Lewis procura a resposta na própria cultura islâmica. Para esse historiador de 85 anos, inglês radicado nos EUA, professor emérito de estudos orientais na Universidade Princeton, os grandes culpados são os próprios árabes - presos ao passado, refratários aos valores da liberdade individual e terrivelmente machistas. Lewis detecta entre os muçulmanos de hoje duas reações possíveis diante do óbvio fracasso de uma civilização outrora esplendorosa. Uma é perguntar: o que fizemos de errado e como podemos consertar? A outra é indagar: quem fez isso conosco? Para Lewis, o mundo árabe, se quiser sair do atoleiro, só tem um caminho: seguir o exemplo da Turquia e adotar os padrões e valores ocidentais da democracia e do mercado o mais rapidamente possível. 'Perguntar quem nos causou esse atraso leva ao jogo de apontar culpados e a teorias conspiratórias e fantasias neuróticas de todo tipo', argumenta. Ditadores, como Saddam Hussein (lembrar que o artigo é de 2002) acusam o Ocidente por todos os males do mundo árabe e líderes religiosos fundamentalistas apontam o abandono de um suposto verdadeiro Islã como a causa do atraso. 'Se os povos do Oriente Médio continuarem em seu presente caminho, os terroristas suicidas podem tornar-se uma metáfora para toda a região e não haverá saída para uma espiral descendente de ódio, rancor, fúria e autocomiseração', conclui Lewis.
Não é tão simples, rebate Edward Said, um intelectual palestino exilado em Nova York que se tornou uma das vozes mais respeitadas do mundo árabe no Ocidente. Para Said, de 66 anos, professor na Universidade Columbia, Lewis escreve como se entidades como o Ocidente e o Islã 'existissem num mundo de desenho animado, em que Popeye e Brutus surram impiedosamente um ao outro e o boxeador mais hábil leva a melhor'. A colonização, argumenta, criou o mito de uma mentalidade oriental árabe irreconciliável e, no fim das contas, inferior à do Ocidente. O complexo relacionamento entre história, cultura e religião, que gerou enormes diferenças entre as várias regiões árabes assim como fecundos contatos entre estas e os povos cristãos do Ocidente, foi substituído por uma ideologia de confronto. Esmagados por séculos de uma dominação que impôs cruelmente os próprios valores, os árabes procuram, aos poucos, restabelecer suas identidades através do retorno a sua cultura. 'No mundo das ex-colônias, esses retornos produziram variedades de fundamentalismo nacionalista e religioso', constata Said. Em sua visão, não há nada de errado com a cultura árabe ou o Islã em si mesmos.

Mr X disse...

Obrigado. O Bernard Lewis é interessante. O Edward Said, com todo o respeito, é um @#$%^&*!!

Anônimo disse...

Também acho furada essa constatação do Said. Mas os à esquerda apontam o Lewis como precursor de Samuel Huntington, o que propôs a teoria do choque de civilizações.
Inté,

Madeleine

Anônimo disse...

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