A notícia não explica, mas os suspected insurgents são muçulmanos. No Sul da Tailândia há uma revolta de muçulmanos que já matou mais de três mil pessoas, a maioria civis e monges budistas. Pelo silêncio universal da mídia, não pareceria.
De fato, é vergonhoso o papel da mídia na cobertura de tais eventos. Falam sempre em misteriosos "suspeitos rebeldes". Ou "militantes". Ou "atiradores". Nunca explicam que são muçulmanos. Às vezes nem explicam direito do que se trata, contrariando todas as regras do jornalismo clássico (quem, como, quando, onde, porquê). Vejam esta outra notícia, da Reuters:
Bombs killed three men and wounded 21 people in three separate attacks in Thailand’s troubled Muslim far south, police said on Sunday."Bombas" mataram três pessoas e feriram 21. Bombas - por vontade própria, aparentemente, e sem que ninguém as acionasse. Ah, foi no "problemático sul muçulmano". Hum. Foram muçulmanos que morreram? Foram muçulmanos que mataram? O leitor deve apelar para as próprias capacidades de raciocínio e deduzir que, se a notícia fala em "bombas" e "muçulmanos", foram estes que colocaram as primeiras. Bombas e muçulmanos sempre andam juntos.
Muçulmanos rebeldes no extremo sul da Tailândia, única região de maioria muçulmana, se consideram sob "ocupação" (E quando não! Estou esperando os muçulmanos dos subúrbios parisienses começarem com a mesma lenga-lenga). Estão matando civis budistas. A mídia faz o possível para esconder o fato.
Houve um tempo em que o papel da mídia era informar.
4 comentários:
É o politicamente correto no jornalismo.
Ok, supondo que tenha me convencido que comunistas e islâmicos estão debaixo da minha cama, qual o plano?
Politicamente correto, pois é...
Pax, não sei qual o plano, o principal é impedir que subam para cima da cama e se reproduzam, criando um bebê híbrido islamocomunista que seria terrível!
O post do Pedro Doria de hoje está com a tua cara. Gostaria de lê-lo por lá.
Gostei da resposta, mas não quero o pesadelo do híbrido dormindo comigo, prefiro a real de sangue italiano.
Se você me permitir, continuarei dormindo com seus olhos azuis e traços mouros que me lembram de uma realidade européia do passado.
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