Talvez alguns achem estranho a falta de comentários meus sobre as eleições no Brasil, mas francamente é um tema que pouco me interessa. Acredito que a Dilma vá vencer e acredito que o PT terá mais quatro anos, ao menos, para implantar o seu projeto de socialismo rastaquera.
No entanto, é engraçado ver como a mídia internacional observa esse evento, eis por exemplo a hilária reportagem do jornal esquerdista londrino The Independent, chamando Dilma de heroína guerrilheira e futura "mulher mais poderosa do mundo".
Também achei engraçada a foto que a Wikipedia escolheu para ilustrar os candidatos (abaixo), será proposital?
Tenho curiosidade, de qualquer modo, em saber como os leitores irão votar. Pessoalmente, terei que justificar no meu retorno (o voto obrigatório é outro desses paradoxos da democracia tupiniquim). Creio que poderia votar através do consulado mas não realizei a papelada a tempo, e nem acho que valeria a pena. Mas, se votasse, acho que votaria no Serra, apenas para uma mudança, nem que seja cosmética. E vocês?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A imigração, ontem e hoje
Séculos atrás, brancos europeus invadiram a América e instalaram colônias, suplantando e/ou misturando-se com a população local de índios e trazendo escravos da África para trabalhar.
Hoje, está havendo uma colonização ao contrário. Árabes, africanos e índios (na forma de mestiços latinos) estão colonizando EUA e Europa. É a vingança dos colonizados.
Alguns dirão que o termo "colonização" é exagerado, já que, ao menos por ora, os imigrantes (legais ou ilegais) estão em posição subserviente. Tudo bem, mas na prática o resultado é o mesmo: uma redução da população nativa e mistura com os novos imigrantes. Imagine que, em vez dos europeus terem descoberto a América, milhares de índios em pirogas tivessem atravessado o Atlântico e ido parar na Europa: é, mais ou menos, o que está acontecendo hoje.
A imigração sempre existe e sempre existiu e sempre existirá, desde que os primeiros hominídeos abandonaram a África e tribos da Ásia atravessaram o estreito de Bering para chegar à América. É natural que as pessoas queiram melhorar de vida e saiam de países pobres para países onde podem ter maiores oportunidades (O Marcelo Augusto tem um bom post sobre isso).
E a vida dos imigrantes sempre foi difícil. Os italianos que chegaram à Argentina e Brasil foram enganados e vilipendiados. Na Argentina, eram ironizados pelo seu sotaque e pelas suas vestimentas. Nos EUA, há incontáveis relatos sobre a difícil vida dos vários grupos de imigrantes que chegaram ao país.
Qual o problema agora? A imigração que ocorre hoje é diferente por qual razão?
Hoje, está havendo uma colonização ao contrário. Árabes, africanos e índios (na forma de mestiços latinos) estão colonizando EUA e Europa. É a vingança dos colonizados.
Alguns dirão que o termo "colonização" é exagerado, já que, ao menos por ora, os imigrantes (legais ou ilegais) estão em posição subserviente. Tudo bem, mas na prática o resultado é o mesmo: uma redução da população nativa e mistura com os novos imigrantes. Imagine que, em vez dos europeus terem descoberto a América, milhares de índios em pirogas tivessem atravessado o Atlântico e ido parar na Europa: é, mais ou menos, o que está acontecendo hoje.
A imigração sempre existe e sempre existiu e sempre existirá, desde que os primeiros hominídeos abandonaram a África e tribos da Ásia atravessaram o estreito de Bering para chegar à América. É natural que as pessoas queiram melhorar de vida e saiam de países pobres para países onde podem ter maiores oportunidades (O Marcelo Augusto tem um bom post sobre isso).
E a vida dos imigrantes sempre foi difícil. Os italianos que chegaram à Argentina e Brasil foram enganados e vilipendiados. Na Argentina, eram ironizados pelo seu sotaque e pelas suas vestimentas. Nos EUA, há incontáveis relatos sobre a difícil vida dos vários grupos de imigrantes que chegaram ao país.
Qual o problema agora? A imigração que ocorre hoje é diferente por qual razão?
domingo, 26 de setembro de 2010
Poema do domingo
Para fazer um poema dadaísta
Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido pelo vulgar público.
Tristan Tzara (1896-1963)
Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido pelo vulgar público.
Tristan Tzara (1896-1963)
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Ciganos
Estive de viagem e agora estou com muito trabalho, portanto o tempo para postar é curto. Estou preparando um longo post sobre a questão mais importante de nossos dias - a imigração - mas vai ficar pronto só depois.
Porém, já que no post sobre a burca falou-se um pouco sobre o caso dos ciganos na França, comento um pouco sobre o tema.
Os ciganos, ou como se diz hoje no mundo politicamente correto, roma, são um povo curioso. Oriundos de uma das castas inferiores indianas, chegaram à Europa a partir do século XIV. Nômades, vivem em acampamentos, e ganham seu pão através da música, da adivinhação, da venda de artesanato e de pequenos trabalhos, mas também através da mendicância, do roubo e da prostituição.
Não é exagero. Já vi ciganos roubando turistas e quase fui depenado por eles também. Raramente realizam roubos violentos, mas são especialistas na arte de bater carteiras sem que a vítima se aperceba. Talvez seja mito que deformem as suas próprias crianças para torná-las pedintes mais dignos de pena, que prostituam suas meninas ou que roubem bebês; mas que estão envolvidos na mendicância e no roubo não é novidade alguma. Isso talvez explique parte do ódio que boa parte da população têm a eles.
Ainda assim, a visão que temos dos ciganos está longe de ser totalmente negativa. Foram temas populares na literatura e na pintura européia. O cinema em alguns casos os romantizou, e houve certamente ciganos famosos e talentosos como o grande Django Reinhardt.
Bem, mas a questão é que grande parte dos rom habitando a França e a Itália são imigrantes em acampamentos ilegais provindos da Romênia e da Bulgária, e foram estes os rom que foram expulsos. Não sei se expulsão é bem a palavra, pois eles foram pagos: 300 euros por adulto, e 75 euros por criança. O que gerou um problema: vários participaram do esquema apenas para poder embolsar o trocado e retornar poucas semanas depois, já que como cidadãos da Comunidade Européia teriam direito a entrar e ficar pelo menos por três meses legalmente na França. Segundo um oficial romeno, tudo o que ocorreu foi que os franceses pagaram umas férias a eles. (Outro problema é que tampouco os romenos os querem de volta à Romênia.)
De qualquer modo, parece-me que o caso dos ciganos ilegais é um problema bem menor frente às outras ameaças imigratórias que pairam sobre a Europa, e sobre as quais falarei em um segundo momento.
Porém, já que no post sobre a burca falou-se um pouco sobre o caso dos ciganos na França, comento um pouco sobre o tema.
Os ciganos, ou como se diz hoje no mundo politicamente correto, roma, são um povo curioso. Oriundos de uma das castas inferiores indianas, chegaram à Europa a partir do século XIV. Nômades, vivem em acampamentos, e ganham seu pão através da música, da adivinhação, da venda de artesanato e de pequenos trabalhos, mas também através da mendicância, do roubo e da prostituição.
Não é exagero. Já vi ciganos roubando turistas e quase fui depenado por eles também. Raramente realizam roubos violentos, mas são especialistas na arte de bater carteiras sem que a vítima se aperceba. Talvez seja mito que deformem as suas próprias crianças para torná-las pedintes mais dignos de pena, que prostituam suas meninas ou que roubem bebês; mas que estão envolvidos na mendicância e no roubo não é novidade alguma. Isso talvez explique parte do ódio que boa parte da população têm a eles.
Ainda assim, a visão que temos dos ciganos está longe de ser totalmente negativa. Foram temas populares na literatura e na pintura européia. O cinema em alguns casos os romantizou, e houve certamente ciganos famosos e talentosos como o grande Django Reinhardt.
Bem, mas a questão é que grande parte dos rom habitando a França e a Itália são imigrantes em acampamentos ilegais provindos da Romênia e da Bulgária, e foram estes os rom que foram expulsos. Não sei se expulsão é bem a palavra, pois eles foram pagos: 300 euros por adulto, e 75 euros por criança. O que gerou um problema: vários participaram do esquema apenas para poder embolsar o trocado e retornar poucas semanas depois, já que como cidadãos da Comunidade Européia teriam direito a entrar e ficar pelo menos por três meses legalmente na França. Segundo um oficial romeno, tudo o que ocorreu foi que os franceses pagaram umas férias a eles. (Outro problema é que tampouco os romenos os querem de volta à Romênia.)
De qualquer modo, parece-me que o caso dos ciganos ilegais é um problema bem menor frente às outras ameaças imigratórias que pairam sobre a Europa, e sobre as quais falarei em um segundo momento.
A festa do chá e a mídia
Eu não sei bem como o fenômeno "Tea Party" está sendo representado pela incompetente imprensa brasileira, mas não tenho muitas ilusões. Uma das manchetes que li agora diz assim:
"Candidata de grupo xenófobo é destaque na campanha dos EUA"
Como fazer imprensa internacional no Brasil nada mais é do que copiar tudo do New York Times e da Newsweek, não surpreende o viés extremamente negativo dado ao grupo, o que é normal na grande mídia americana. Ainda assim, a notícia do portal Terra passou dos limites, tornando-se um grosseiro festival de desinformações.
Pelo texto, que não é assinado, ficamos sabendo que o "Tea Party" é um grupo de extrema-direita xenófobo, contrário aos direitos humanos, à masturbação e à teoria da evolução, e que é inexplicavelmente contrário às sensatas políticas de Obama. (Nada naturalmente é dito sobre o altíssimo percentual de desemprego, os gastos absurdos de Obama que em nada resolveram o problema econômico, e sobre o principal elemento de motivação dos "tea parties" e que explica seu próprio nome, que são os impostos cada vez mais altos.)
A deslegitimização do movimento aparece não só nas informações veiculadas pela mídia, por vezes falsas ou exageradas, mas nas próprias palavras escolhidas. Voltanto ao exemplo citado, os membros do grupo estariam "presos a ideias como um governo mínimo, zero política social e mercados financeiros sem regulação". Presos a idéias ultrapassadas, entende?
Ora, mas afinal o que são os "tea parties"? Meros grupos de pessoas de classe média que decidiram protestar contra o governo e contra os políticos em geral. Nada mais, nada menos. Não têm nem mesmo uma posição política totalmente definida, englobando desde libertários a religiosos a ex-progressistas desiludidos, e criticam tanto Democratas quanto Republicanos, tanto que os chamados RINOs (Republicans in Name Only) foram até agora suas principais vítimas. Se tendem mais em direção a políticos conservadores, é porque estes estão mais alinhados com a idéia "superada" de menos impostos e governo mínimo. Se são em sua maioria brancos, é porque o partido Democrata está lentamente virando o Partido dos Benefícios para as Minorias, mas quem paga a conta é a classe média branca.
Mas até que entendo o jornalista. Ver o povo protestando em massa contra o excesso do estatismo é um fenômeno que deve ser realmente inconcebível para um brasileiro.
"Candidata de grupo xenófobo é destaque na campanha dos EUA"
Como fazer imprensa internacional no Brasil nada mais é do que copiar tudo do New York Times e da Newsweek, não surpreende o viés extremamente negativo dado ao grupo, o que é normal na grande mídia americana. Ainda assim, a notícia do portal Terra passou dos limites, tornando-se um grosseiro festival de desinformações.
Pelo texto, que não é assinado, ficamos sabendo que o "Tea Party" é um grupo de extrema-direita xenófobo, contrário aos direitos humanos, à masturbação e à teoria da evolução, e que é inexplicavelmente contrário às sensatas políticas de Obama. (Nada naturalmente é dito sobre o altíssimo percentual de desemprego, os gastos absurdos de Obama que em nada resolveram o problema econômico, e sobre o principal elemento de motivação dos "tea parties" e que explica seu próprio nome, que são os impostos cada vez mais altos.)
A deslegitimização do movimento aparece não só nas informações veiculadas pela mídia, por vezes falsas ou exageradas, mas nas próprias palavras escolhidas. Voltanto ao exemplo citado, os membros do grupo estariam "presos a ideias como um governo mínimo, zero política social e mercados financeiros sem regulação". Presos a idéias ultrapassadas, entende?
Ora, mas afinal o que são os "tea parties"? Meros grupos de pessoas de classe média que decidiram protestar contra o governo e contra os políticos em geral. Nada mais, nada menos. Não têm nem mesmo uma posição política totalmente definida, englobando desde libertários a religiosos a ex-progressistas desiludidos, e criticam tanto Democratas quanto Republicanos, tanto que os chamados RINOs (Republicans in Name Only) foram até agora suas principais vítimas. Se tendem mais em direção a políticos conservadores, é porque estes estão mais alinhados com a idéia "superada" de menos impostos e governo mínimo. Se são em sua maioria brancos, é porque o partido Democrata está lentamente virando o Partido dos Benefícios para as Minorias, mas quem paga a conta é a classe média branca.
Mas até que entendo o jornalista. Ver o povo protestando em massa contra o excesso do estatismo é um fenômeno que deve ser realmente inconcebível para um brasileiro.
Etiquetas:
EUA,
idiotas,
ignorância,
Política
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Burca proibida
Burca proibida na França. Niqab também. Confetti vai ter que mudar de vestuário. A idéia é boa ou ruim? Atentado à liberdade individual, ou tentativa de assimilação aos costumes ocidentais? Ou é tapar sol com peneira, já que a burca é só um signo do Islã, e nem mesmo o pior de todos, e o problema mesmo é a imigração? Se a maioria virar muçulmana, quem é que vai terminar assimilando quem? Carla Bruni de burca seria uma tristeza mesmo.
Não tenho tempo para um post, mas deixo vocês com um desenho animado que ilustra bem a situação.
Não tenho tempo para um post, mas deixo vocês com um desenho animado que ilustra bem a situação.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Educação superior: para todos ou para alguns?
Há três teorias sobre a inteligência humana. Uma é a da chamada tabula rasa, ou quadro branco. Segundo esta teoria, todos os seres humanos são iguais ao nascer, e a sua inteligência, bem como outras características como personalidade, emoções, comportamento são aprendidas a partir da aquisição de conhecimento ao longo da vida (nature < nurture). Outra teoria é que a inteligência e vários outros aspectos do comportamento do indivíduo são genéticos e hereditários, e não podem ser modificados (nature > nurture). Finalmente, há a teoria que diz que tudo é em parte genético e em parte ambiental, ainda que esteja se discutindo exatamente em qual proporção (nature = nurture).
As últimas descobertas científicas parecem indicar que haja um forte componente genético que determina a inteligência, ainda que fatores ambientais não estejam de todo descartados. Além disso, a própria experiência de vida nos diz que certas pessoas são mais inteligentes do que outras. (Ainda que em teoria isso também pudesse ser explicado por motivos ambientais, não parece muito lógico.)
Isto tudo vem a respeito da discussão sobre o ensino superior. Alguns dizem que a universidade deveria ser pública, gratuita e para todos. De acordo com a teoria da tabula rasa, até que faria sentido. Se todos tem a mesma capacidade de aprender, seria injusto que alguns, só por serem ricos ou terem bons contatos, pudessem ter acesso ao melhor do conhecimento universal e a profissões de maior renome (e melhor remuneração). Ainda assim, restaria o problema de que terminaríamos com um número de engenheiros, físicos nucleares e médicos muito acima do requisitado pelo mercado, e por conseguinte muitos taxistas e garis com um inútil diploma superior. (E não é que isso já acontece mesmo?)
Outros acreditam que a Universidade deva ser apenas para uma elite intelectual. Não necessariamente uma elite cheia da grana (embora, nos EUA, isso muitas vezes seja necessário, já que universidades como Yale ou Harvard não são nada baratas), mas uma elite privilegiada pela genética e com QI acima da média (estima-se que o QI necessário para cumprir com sucesso um curso de nível superior seria entre 115 e 130). Naturalmente, exames como o Vestibular ou no caso dos EUA o SAT servem para filtrar justamente essa população mais inteligente (ou mais estudiosa).
A questão é: e o restante da população? Bem, a democracia e sua idéia de que todos podem votar parece ter criado, por analogia, a idéia de que todos deveriam ter acesso ao mesmo nível de educação. O problema é que, salvo que a teoria do quadro branco esteja correta, algumas pessoas simplesmente não estão qualificadas para ser engenheiras ou médicas, por mais que estudem. Não é uma questão de esforço, mas de QI mesmo. Ora, não deveria ser um problema, já que há dezenas de ocupações nobres como encanador, padeiro, cozinheiro, etc. Isso sem falar que mesmo alguns gênios como Bill Gates jamais concluiram um curso superior. (Lula é outro exemplo de alguém que jamais concluiu um curso superior e se deu bem).
De fato, aqui nos EUA ocorre um problema curioso, que leva alguns a acreditarem que exista uma "bolha" nos custos da educação superior, que subiram assustadoramente ao longo dos anos. O fato é que o diploma universitário já não é garantia de mais nada, e muitas vezes serve apenas como símbolo de status. Em alguns casos, um encanador que trabalha bem pode ganhar mais do que um advogado formado, acredite. (Isso porque não há trabalho bom para todos os advogados que se formam, enquanto nunca falta trabalho para encanadores). Como um diploma superior custa vários milhares de dólares, o formando já sai para o mercado de trabalho endividado. Recentemente li a reportagem sobre a triste história de uma moça que pagou mais de 150 mil dólares para poder formar-se em Estudos Femininos, e agora não conseguia emprego, e tinha uma enorme dívida para pagar. (Mas que emprego pode-se conseguir com um diploma de Estudos Femininos? Ironicamente, depois da enxurrada de feminismo que deve ter aprendido, é possível que ela termine tendo que se virar como p***!)
No Brasil, o problema não é bem o mesmo, já que as universidades públicas e "gratuitas" costumam ser as melhores e paradoxalmente freqüentadas pelos mais ricos, a educação básica ainda é restrita, e os diplomados de nível superior não são tão numerosos em relação ao total da população, embora o número tenha crescido muito nos últimos anos. (Além disso, no Brasil o diploma tem uma importância precisa, serve para poder participar em concursos para ingresso no funcionalismo público).
Ainda assim, é uma discussão relevante. Continuarei a falar sobre o tema em um segundo post, em algum momento do futuro próximo.
As últimas descobertas científicas parecem indicar que haja um forte componente genético que determina a inteligência, ainda que fatores ambientais não estejam de todo descartados. Além disso, a própria experiência de vida nos diz que certas pessoas são mais inteligentes do que outras. (Ainda que em teoria isso também pudesse ser explicado por motivos ambientais, não parece muito lógico.)
Isto tudo vem a respeito da discussão sobre o ensino superior. Alguns dizem que a universidade deveria ser pública, gratuita e para todos. De acordo com a teoria da tabula rasa, até que faria sentido. Se todos tem a mesma capacidade de aprender, seria injusto que alguns, só por serem ricos ou terem bons contatos, pudessem ter acesso ao melhor do conhecimento universal e a profissões de maior renome (e melhor remuneração). Ainda assim, restaria o problema de que terminaríamos com um número de engenheiros, físicos nucleares e médicos muito acima do requisitado pelo mercado, e por conseguinte muitos taxistas e garis com um inútil diploma superior. (E não é que isso já acontece mesmo?)
Outros acreditam que a Universidade deva ser apenas para uma elite intelectual. Não necessariamente uma elite cheia da grana (embora, nos EUA, isso muitas vezes seja necessário, já que universidades como Yale ou Harvard não são nada baratas), mas uma elite privilegiada pela genética e com QI acima da média (estima-se que o QI necessário para cumprir com sucesso um curso de nível superior seria entre 115 e 130). Naturalmente, exames como o Vestibular ou no caso dos EUA o SAT servem para filtrar justamente essa população mais inteligente (ou mais estudiosa).
A questão é: e o restante da população? Bem, a democracia e sua idéia de que todos podem votar parece ter criado, por analogia, a idéia de que todos deveriam ter acesso ao mesmo nível de educação. O problema é que, salvo que a teoria do quadro branco esteja correta, algumas pessoas simplesmente não estão qualificadas para ser engenheiras ou médicas, por mais que estudem. Não é uma questão de esforço, mas de QI mesmo. Ora, não deveria ser um problema, já que há dezenas de ocupações nobres como encanador, padeiro, cozinheiro, etc. Isso sem falar que mesmo alguns gênios como Bill Gates jamais concluiram um curso superior. (Lula é outro exemplo de alguém que jamais concluiu um curso superior e se deu bem).
De fato, aqui nos EUA ocorre um problema curioso, que leva alguns a acreditarem que exista uma "bolha" nos custos da educação superior, que subiram assustadoramente ao longo dos anos. O fato é que o diploma universitário já não é garantia de mais nada, e muitas vezes serve apenas como símbolo de status. Em alguns casos, um encanador que trabalha bem pode ganhar mais do que um advogado formado, acredite. (Isso porque não há trabalho bom para todos os advogados que se formam, enquanto nunca falta trabalho para encanadores). Como um diploma superior custa vários milhares de dólares, o formando já sai para o mercado de trabalho endividado. Recentemente li a reportagem sobre a triste história de uma moça que pagou mais de 150 mil dólares para poder formar-se em Estudos Femininos, e agora não conseguia emprego, e tinha uma enorme dívida para pagar. (Mas que emprego pode-se conseguir com um diploma de Estudos Femininos? Ironicamente, depois da enxurrada de feminismo que deve ter aprendido, é possível que ela termine tendo que se virar como p***!)
No Brasil, o problema não é bem o mesmo, já que as universidades públicas e "gratuitas" costumam ser as melhores e paradoxalmente freqüentadas pelos mais ricos, a educação básica ainda é restrita, e os diplomados de nível superior não são tão numerosos em relação ao total da população, embora o número tenha crescido muito nos últimos anos. (Além disso, no Brasil o diploma tem uma importância precisa, serve para poder participar em concursos para ingresso no funcionalismo público).
Ainda assim, é uma discussão relevante. Continuarei a falar sobre o tema em um segundo post, em algum momento do futuro próximo.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Fim do "free speech" nos EUA?
Um jovem britânico de 17 anos foi banido por toda a vida de entrar nos EUA. Seu crime? Ter tomado umas e outras e enviado um e-mail para a Casa Branca, chamando Obama de "prick" e acusando-o de ligações com os "illuminati". (Dica: Cláudio)
E eu que achava que o caso da queima do Corão era o fim da picada...
Olha, eu não acreditava nessa história de illuminati, mas depois dessa, acho que passo a acreditar. Que um garoto seja banido pela vida toda de entrar nos EUA devido a um e-mail, enquanto terroristas em listas negras conseguem entrar sem problemas, enquanto imigrantes ilegais que cometem crimes não são sequer deportados, só pode ser explicado por forças malignas em controle... Será que Obama é mesmo o anticristo?
Os EUA, longe de ser o paraíso capitalista que todos acreditam que seja, possui dezenas de políticas de caráter quase socialista (um dia farei um post sobre o "rent control", política que algumas cidades têm de limitar o preço dos aluguéis "para ajudar os pobres" e que está arruinando várias vizinhanças). E, apesar do mito criado sobre a "terra da liberdade", é cada vez menos verdade que qualquer um possa falar o que quiser. Dentro dos EUA, o politicamente correto bane os discursos não alinhados com o status quo. Fora dos EUA, não se pode sequer criticar o presidente...
The times, they are a-changing.
E eu que achava que o caso da queima do Corão era o fim da picada...
Olha, eu não acreditava nessa história de illuminati, mas depois dessa, acho que passo a acreditar. Que um garoto seja banido pela vida toda de entrar nos EUA devido a um e-mail, enquanto terroristas em listas negras conseguem entrar sem problemas, enquanto imigrantes ilegais que cometem crimes não são sequer deportados, só pode ser explicado por forças malignas em controle... Será que Obama é mesmo o anticristo?
Os EUA, longe de ser o paraíso capitalista que todos acreditam que seja, possui dezenas de políticas de caráter quase socialista (um dia farei um post sobre o "rent control", política que algumas cidades têm de limitar o preço dos aluguéis "para ajudar os pobres" e que está arruinando várias vizinhanças). E, apesar do mito criado sobre a "terra da liberdade", é cada vez menos verdade que qualquer um possa falar o que quiser. Dentro dos EUA, o politicamente correto bane os discursos não alinhados com o status quo. Fora dos EUA, não se pode sequer criticar o presidente...
The times, they are a-changing.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Controle total
Eis uma notícia que mostra bem como o Estado progressista cresce e cresce, até que não se contenta com menos do que o poder total. Dê-lhe a mão, e vão pegar sua família inteira.
Na Austrália, há tempo existem rigorosas leis de controle de armas. Pois agora estão querendo controlar as imitações de armas também: armas de brinquedo, armas de plástico, e até mesmo armas feitas de sabonete. De acordo com o projeto de lei em trâmite, o cidadão deverá obter uma licença para todos os objetos que pareçam uma arma de fogo. As multas em caso de ser pego com uma imitação de arma sem licença são pesadas: podem chegar a 4200 dólares.
É, lembre sempre do velho ditado: um governo capaz de dar tudo o que você quer, também é capaz de tirar tudo.
Na Austrália, há tempo existem rigorosas leis de controle de armas. Pois agora estão querendo controlar as imitações de armas também: armas de brinquedo, armas de plástico, e até mesmo armas feitas de sabonete. De acordo com o projeto de lei em trâmite, o cidadão deverá obter uma licença para todos os objetos que pareçam uma arma de fogo. As multas em caso de ser pego com uma imitação de arma sem licença são pesadas: podem chegar a 4200 dólares.
É, lembre sempre do velho ditado: um governo capaz de dar tudo o que você quer, também é capaz de tirar tudo.
domingo, 12 de setembro de 2010
Poema do Domingo
SEPTEMBER 1, 1939
I sit in one of the dives
On Fifty-second Street
Uncertain and afraid
As the clever hopes expire
Of a low dishonest decade:
Waves of anger and fear
Circulate over the bright
And darkened lands of the earth,
Obsessing our private lives;
The unmentionable odour of death
Offends the September night.
I sit in one of the dives
On Fifty-second Street
Uncertain and afraid
As the clever hopes expire
Of a low dishonest decade:
Waves of anger and fear
Circulate over the bright
And darkened lands of the earth,
Obsessing our private lives;
The unmentionable odour of death
Offends the September night.
sábado, 11 de setembro de 2010
11 de Setembro: Osama venceu?
Passaram já 9 anos desde o maior atentado islâmico nos EUA e ocorreu o impensável - Osama Bin Laden venceu. Se não concorda, veja só:
* Osama jamais foi encontrado. Pode estar morto, mas tampouco existe o corpo para provar.
* Os EUA já abandonaram o Iraque e hoje enfrentam sérios problemas para destruir o Talibã no Afeganistão.
* O próprio presidente dos EUA chama-se Hussein e tem origem muçulmana, celebra Ramadã na Casa Branca e defende os muçulmanos sempre que pode.
* Uma polêmica mesquita deverá ser construída a duas quadras do ponto do ataque de 9/11, mesmo com 64% da população americana considerá-lo uma afronta: mídia e governo americanos são 100% a favor.
* Enquanto isso, apesar dos planos e promessas, nada foi construído no lugar das duas torres.
* Houve mais de um atentado nos EUA desde então, o mais grave o tiroteio em Fort Hood, onde um soldado muçulmano matou 12 pessoas. No relatório oficial do exército sobre o evento, não há uma única menção ao islamismo ou à jihad, e a conclusão de um dos generais é que deveriam ser alistados ainda mais muçulmanos para fins de "diversidade".
* Muito embora a população nativa seja contrária, a imigração muçulmana nos EUA e na Europa continua andando a todo vapor.
* Um obscuro pastor da Flórida decide anunciar que vai queimar uma cópia do Corão, e o establishment em peso se une contra ele. O governo e mídia americanos, em vez de proteger o direito perfeitamente legal de um cidadão americano de se expressar, decidem apoiar e justificar a indignação violenta de estrangeiros muçulmanos, muitos dos quais vêem os EUA como inimigos.
* O pastor é obrigado a desistir e anunciar publicamente de joelhos que jamais queimará um Corão, mas mesmo assim dezenas de milhares de muçulmanos desavisados protestam no Afeganistão e gritam: "morte à América!"
Osama Bin Laden venceu. Allárru aquebar!
* Osama jamais foi encontrado. Pode estar morto, mas tampouco existe o corpo para provar.
* Os EUA já abandonaram o Iraque e hoje enfrentam sérios problemas para destruir o Talibã no Afeganistão.
* O próprio presidente dos EUA chama-se Hussein e tem origem muçulmana, celebra Ramadã na Casa Branca e defende os muçulmanos sempre que pode.
* Uma polêmica mesquita deverá ser construída a duas quadras do ponto do ataque de 9/11, mesmo com 64% da população americana considerá-lo uma afronta: mídia e governo americanos são 100% a favor.
* Enquanto isso, apesar dos planos e promessas, nada foi construído no lugar das duas torres.
* Houve mais de um atentado nos EUA desde então, o mais grave o tiroteio em Fort Hood, onde um soldado muçulmano matou 12 pessoas. No relatório oficial do exército sobre o evento, não há uma única menção ao islamismo ou à jihad, e a conclusão de um dos generais é que deveriam ser alistados ainda mais muçulmanos para fins de "diversidade".
* Muito embora a população nativa seja contrária, a imigração muçulmana nos EUA e na Europa continua andando a todo vapor.
* Um obscuro pastor da Flórida decide anunciar que vai queimar uma cópia do Corão, e o establishment em peso se une contra ele. O governo e mídia americanos, em vez de proteger o direito perfeitamente legal de um cidadão americano de se expressar, decidem apoiar e justificar a indignação violenta de estrangeiros muçulmanos, muitos dos quais vêem os EUA como inimigos.
* O pastor é obrigado a desistir e anunciar publicamente de joelhos que jamais queimará um Corão, mas mesmo assim dezenas de milhares de muçulmanos desavisados protestam no Afeganistão e gritam: "morte à América!"
Osama Bin Laden venceu. Allárru aquebar!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
O mundo contra a queima do Corão
Vejam como são as coisas neste mundo. Um obscuro pastor da Flórida, cuja igreja é composta de não mais do que 50 indivíduos, decidiu anunciar publicamente que queimaria um Corão no dia 11 de setembro, afirmando que o Islã seria coisa do Diabo. Cada maluco com sua mania: seria uma cerimônia que não duraria mais do que alguns minutos em uma pequena igreja da Flórida, aberta apenas aos membros.
Porém, o mundo inteiro ergueu-se contra.
Certo, houve os esperados e previamente agendados protestos no mundo islâmico, incluindo a bizarra afirmação dos líderes iranianos de que Israel estaria por trás do evento. Mas mais surpreendentes foram os ataques no mundo não-islâmico. Vejam só:
* A prefeitura da cidade negou ao pastor a permissão de fazer fogo;
* O seu banco cancelou sua hipoteca;
* A companhia de seguros cancelou o seguro à propriedade da Igreja;
* O General Petraeus, comandante das forças no Afeganistão, manifestou-se contrário, afirmando que poria em risco a vida de tropas;
* Hillary Clinton, Secretária de Estado e representante do governo americano, manifestou-se rispidamente contrária;
* Finalmente o próprio presidente americano, Barack Obama, pediu publicamente ao pastor para não queimar o livro;
* O site da Igreja foi cancelado e apagado pelo servidor;
* A Associated Press e a Fox News garantiram a seus espectadores que não mostrariam cenas da queima do livro caso esta ocorresse;
* Colunistas e articulistas, até mesmo à direita, informaram que era uma maluquice, um absurdo, uma loucura.
* A Interpol anunciou que o ato poderia levar a novos atentados.
* O pastor foi finalmente forçado a desistir do ato, em base a uma promessa (depois desmentida) de mudança do local da mesquita de Ground Zero.
É estranho. Se alguém queima a bandeira americana, é protesto legítimo. Se alguém coloca um crucifixo em um balde de urina, é "arte". Se alguém quer construir uma mesquita a poucos passos do maior atentado islâmico da história, é "liberdade de expressão". Bíblias são queimadas até pelo próprio exército americano, como medida politicamente correta. Mas se alguém decidir tacar fogo num Corão, é atacado por toda a humanidade.
Qual a lição do episódio? Acho que as seguintes:
1) A violência funciona. O islamismo intimida e consegue obter o que quer.
2) A esquerda não é a favor da "liberdade de expressão", mas apenas das expressões contrárias ao cristianismo e às tradições ocidentais.
3) A tolerância é a virtude dos fracos, e só convida a mais ataques e provocações.
4) Na era da mídia global, basta realizar um ato polêmico para aparecer e ser notícia até no Kuzakistão.
5) Para alguns, símbolos são mais importantes do que vidas humanas.
6) O politicamente correto domina completamente a mídia e os governos ocidentais, e mesmo muitas das vozes supostamente conservadoras.
7) Acima é abaixo, dentro é fora, preto é branco. O bom senso não existe mais, vivemos em tempos realmente ridículos.
8) ...? Diga-me você, nos comentários.
Curiosamente, existe mais de um vídeo no Youtube do Corão sendo queimado. Até agora não foram censurados. Assista enquanto puder.
Porém, o mundo inteiro ergueu-se contra.
Certo, houve os esperados e previamente agendados protestos no mundo islâmico, incluindo a bizarra afirmação dos líderes iranianos de que Israel estaria por trás do evento. Mas mais surpreendentes foram os ataques no mundo não-islâmico. Vejam só:
* A prefeitura da cidade negou ao pastor a permissão de fazer fogo;
* O seu banco cancelou sua hipoteca;
* A companhia de seguros cancelou o seguro à propriedade da Igreja;
* O General Petraeus, comandante das forças no Afeganistão, manifestou-se contrário, afirmando que poria em risco a vida de tropas;
* Hillary Clinton, Secretária de Estado e representante do governo americano, manifestou-se rispidamente contrária;
* Finalmente o próprio presidente americano, Barack Obama, pediu publicamente ao pastor para não queimar o livro;
* O site da Igreja foi cancelado e apagado pelo servidor;
* A Associated Press e a Fox News garantiram a seus espectadores que não mostrariam cenas da queima do livro caso esta ocorresse;
* Colunistas e articulistas, até mesmo à direita, informaram que era uma maluquice, um absurdo, uma loucura.
* A Interpol anunciou que o ato poderia levar a novos atentados.
* O pastor foi finalmente forçado a desistir do ato, em base a uma promessa (depois desmentida) de mudança do local da mesquita de Ground Zero.
É estranho. Se alguém queima a bandeira americana, é protesto legítimo. Se alguém coloca um crucifixo em um balde de urina, é "arte". Se alguém quer construir uma mesquita a poucos passos do maior atentado islâmico da história, é "liberdade de expressão". Bíblias são queimadas até pelo próprio exército americano, como medida politicamente correta. Mas se alguém decidir tacar fogo num Corão, é atacado por toda a humanidade.
Qual a lição do episódio? Acho que as seguintes:
1) A violência funciona. O islamismo intimida e consegue obter o que quer.
2) A esquerda não é a favor da "liberdade de expressão", mas apenas das expressões contrárias ao cristianismo e às tradições ocidentais.
3) A tolerância é a virtude dos fracos, e só convida a mais ataques e provocações.
4) Na era da mídia global, basta realizar um ato polêmico para aparecer e ser notícia até no Kuzakistão.
5) Para alguns, símbolos são mais importantes do que vidas humanas.
6) O politicamente correto domina completamente a mídia e os governos ocidentais, e mesmo muitas das vozes supostamente conservadoras.
7) Acima é abaixo, dentro é fora, preto é branco. O bom senso não existe mais, vivemos em tempos realmente ridículos.
8) ...? Diga-me você, nos comentários.
Curiosamente, existe mais de um vídeo no Youtube do Corão sendo queimado. Até agora não foram censurados. Assista enquanto puder.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
A fórmula de Deus
O cientista Stephen Hawking encontrou Deus. Não, não virou um born-again Christian depois de ser curado da sua paralisia por um pastor evangélico, ao menos até onde sei. Mas desenvolveu uma teoria.
Segundo Hawking, a ciência estaria próxima de encontrar uma espécie de Grande Teoria Unificadora, isto é, uma teoria que explicaria a origem do universo e o comportamento de todas as partículas. Trata-se da M-Theory, que os físicos de plantão (Bruno?) talvez possam explicar para os leigos já que eu não entendo patavinas.
De qualquer modo, o aspecto físico é o que menos importa. O aspecto metafísico é que dá pausa para reflexão.
O que eu sempre me perguntava desde criança era o seguinte: ou-quei, o Universo segue certas leis, por exemplo a lei da gravidade que informa que os objetos na Terra caem a uma velocidade (aceleração) de 9.8 m/s2. A questão é por quê? Por que tal aceleração e não outra? Aliás, por que existe a gravidade? Por que as coisas não podem flutuar? Por que o Universo tem essas leis e não outras?
Aparentemente, segundo Hawkings, as leis do universo são essas simplesmente porque não poderiam ser outras. Uma fórmula matemática perfeita demonstraria que as coisas são assim porque é o único modo em que o Universo poderia existir. Para Hawkings, Deus não está morto como sugeria Nietzsche: Ele apenas jamais nasceu. O Universo criou-se a si mesmo. Ou, melhor dizendo, o Universo é seu próprio Deus.
Tal idéia é bizarra para a nossa mente, que não consegue conceber conseqüências sem causa. Como assim, o Universo criou-se a si mesmo? Como? Por quê? Se nada existia antes, por que algo passou a existir? O Universo tem consciência?
O argumento de Hawkings parece aproximar-se um pouco do panteísmo dos antigos gregos. Ou seja, não há nada de novo sob o sol. Mas é uma boa desculpa para continuar com o velho mas sempre interessante debate entre ciência e religião.
E afinal, Deus existe ou não? Saberemos em breve, amigos. Muito em breve.
Segundo Hawking, a ciência estaria próxima de encontrar uma espécie de Grande Teoria Unificadora, isto é, uma teoria que explicaria a origem do universo e o comportamento de todas as partículas. Trata-se da M-Theory, que os físicos de plantão (Bruno?) talvez possam explicar para os leigos já que eu não entendo patavinas.
De qualquer modo, o aspecto físico é o que menos importa. O aspecto metafísico é que dá pausa para reflexão.
O que eu sempre me perguntava desde criança era o seguinte: ou-quei, o Universo segue certas leis, por exemplo a lei da gravidade que informa que os objetos na Terra caem a uma velocidade (aceleração) de 9.8 m/s2. A questão é por quê? Por que tal aceleração e não outra? Aliás, por que existe a gravidade? Por que as coisas não podem flutuar? Por que o Universo tem essas leis e não outras?
Aparentemente, segundo Hawkings, as leis do universo são essas simplesmente porque não poderiam ser outras. Uma fórmula matemática perfeita demonstraria que as coisas são assim porque é o único modo em que o Universo poderia existir. Para Hawkings, Deus não está morto como sugeria Nietzsche: Ele apenas jamais nasceu. O Universo criou-se a si mesmo. Ou, melhor dizendo, o Universo é seu próprio Deus.
Tal idéia é bizarra para a nossa mente, que não consegue conceber conseqüências sem causa. Como assim, o Universo criou-se a si mesmo? Como? Por quê? Se nada existia antes, por que algo passou a existir? O Universo tem consciência?
O argumento de Hawkings parece aproximar-se um pouco do panteísmo dos antigos gregos. Ou seja, não há nada de novo sob o sol. Mas é uma boa desculpa para continuar com o velho mas sempre interessante debate entre ciência e religião.
E afinal, Deus existe ou não? Saberemos em breve, amigos. Muito em breve.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Convite para um apedrejamento
Não sei se alguém assistiu o filme "O apedrejamento de Soraya M." Assisti ontem. Bom filme. Triste, baseado em fatos reais: uma moça acusada falsamente de adultério porque o marido quer livrar-se dela termina sendo executada islamic-style. A cena do apedrejamento é de fato impactante.
Não é ficção: acontece toda hora no Irã. Outra mulher, Sakineh, mãe de duas filhas, está para sofrer o mesmo castigo. (É possível assinar uma petição contrária aqui, ainda que eu ache que petições só servem pra elevar o ego moral de quem assina sem muitos resultados práticos). Devido à repercussão internacional, talvez ela seja apenas enforcada em vez de apedrejada, o que é um poquinho menos bárbaro, mas não deixa de ser chocante.
Porém, na realidade, o que me chamou mais a atenção no filme não é tanto o apedrejamento, como o fato de que a cultura muçulmana seja tão diferente da ocidental. O conceito básico da sociedade não é a justiça, mas a honra. Pais matam as próprias filhas, às vezes apenas por vestir-se de um certo modo. Os costumes são totalmente diversos.
Alguns dirão que também os judeus ortodoxos têm costumes diferentes, e é verdade; porém a diferença é que os judeus não tentam converter ninguém, ao contrário. Já a missão máxima dos muçulmanos é expandir sua fé por todos os cantos do planeta.
A submissão total da sociedade aos líderes religiosos também é curiosa. No filme, mesmo os defensores da apedrejada jamais questionam os mulás ou o Corão ou os desígnios de Alá, apenas divergem na interpretação. Alguém poderia afirmar que o mesmo ocorria na idade medieval com o Cristianismo (não sou historiador e não tenho condições de afirmar se é verdade ou não), mas enfim, para que cairmos sempre no relativismo moral? Talvez nós (ou ao menos eu) prefiramos o cristianismo simplesmente por ter crescido em meio a uma cultura cristã, mas não é suficiente? Mesmo que eu não seja muito religioso, tenho várias memórias associadas ao cristianismo, e não gostaria de perdê-las.
O Islã é uma religião do Oriente Médio e, no que me concerne, poderia ter ficado por lá mesmo. Não tem, ou não deveria ter, lugar na Europa e nos EUA e na América Latina, a não ser em números reduzidos. Afinal, já existem 57 países islâmicos: realmente precisamos mais?
Não é ficção: acontece toda hora no Irã. Outra mulher, Sakineh, mãe de duas filhas, está para sofrer o mesmo castigo. (É possível assinar uma petição contrária aqui, ainda que eu ache que petições só servem pra elevar o ego moral de quem assina sem muitos resultados práticos). Devido à repercussão internacional, talvez ela seja apenas enforcada em vez de apedrejada, o que é um poquinho menos bárbaro, mas não deixa de ser chocante.
Porém, na realidade, o que me chamou mais a atenção no filme não é tanto o apedrejamento, como o fato de que a cultura muçulmana seja tão diferente da ocidental. O conceito básico da sociedade não é a justiça, mas a honra. Pais matam as próprias filhas, às vezes apenas por vestir-se de um certo modo. Os costumes são totalmente diversos.
Alguns dirão que também os judeus ortodoxos têm costumes diferentes, e é verdade; porém a diferença é que os judeus não tentam converter ninguém, ao contrário. Já a missão máxima dos muçulmanos é expandir sua fé por todos os cantos do planeta.
A submissão total da sociedade aos líderes religiosos também é curiosa. No filme, mesmo os defensores da apedrejada jamais questionam os mulás ou o Corão ou os desígnios de Alá, apenas divergem na interpretação. Alguém poderia afirmar que o mesmo ocorria na idade medieval com o Cristianismo (não sou historiador e não tenho condições de afirmar se é verdade ou não), mas enfim, para que cairmos sempre no relativismo moral? Talvez nós (ou ao menos eu) prefiramos o cristianismo simplesmente por ter crescido em meio a uma cultura cristã, mas não é suficiente? Mesmo que eu não seja muito religioso, tenho várias memórias associadas ao cristianismo, e não gostaria de perdê-las.
O Islã é uma religião do Oriente Médio e, no que me concerne, poderia ter ficado por lá mesmo. Não tem, ou não deveria ter, lugar na Europa e nos EUA e na América Latina, a não ser em números reduzidos. Afinal, já existem 57 países islâmicos: realmente precisamos mais?
sábado, 4 de setembro de 2010
O drama das escravas brancas
O mundo celebrou a independência de Kosovo, achando que era grande coisa. Hoje, Kosovo se tornou um estado criminoso, centro de tráfico de drogas e de escravas sexuais trazidas principalmente do leste europeu, de países como a Moldávia, a Ucrânia ou a Romênia. Este artigo fala um pouco sobre todo esse horror.
O pior é que a OTAN, na guerra, apoiou a Kosovo Liberation Army, grupo terrorista que hoje comanda o país e o tráfico de escravas sexuais - que, coincidentemente, aumentou com a presença de soldados no local, afinal estes são alguns dos principais clientes!
A máfia albanesa não está apenas em Kosovo, controlando também grande parte da prostituição e do tráfico em plena Londres e Paris. O ótimo filme Taken, com Liam Neeson, fala sobre esse tema tabu da máfia albanesa e do seqüestro de escravas brancas. (E os sérvios é que ficaram como os vilões da história, vai entender...) Outro filme sobre o tema é o deprimente Lilja 4 ever.
O tráfico de escravas brancas não é monopólio apenas da máfia albanesa, é verdade, ainda que sejam o principal grupo, mas não custa lembrar que, desde tempos antigos, os muçulmanos tomavam européias como escravas sexuais. Curiosidade: o próprio termo "slave" (escravo) vem de "slav" (eslavo, notem que mesmo em português mantém a similaridade). O mundo gira, e nada muda: hoje em dia, também há jovens do leste europeu sendo levadas para trabalhar como prostitutas em Dubai. Será esse o futuro da Europa?
O tráfico de escravas brancas também é um triste recordatório sobre uma parte esquecida do mundo, as ex-repúblicas soviéticas, afundadas na pobreza e na degradação. Herança do comunismo?
O pior é que a OTAN, na guerra, apoiou a Kosovo Liberation Army, grupo terrorista que hoje comanda o país e o tráfico de escravas sexuais - que, coincidentemente, aumentou com a presença de soldados no local, afinal estes são alguns dos principais clientes!
A máfia albanesa não está apenas em Kosovo, controlando também grande parte da prostituição e do tráfico em plena Londres e Paris. O ótimo filme Taken, com Liam Neeson, fala sobre esse tema tabu da máfia albanesa e do seqüestro de escravas brancas. (E os sérvios é que ficaram como os vilões da história, vai entender...) Outro filme sobre o tema é o deprimente Lilja 4 ever.
O tráfico de escravas brancas não é monopólio apenas da máfia albanesa, é verdade, ainda que sejam o principal grupo, mas não custa lembrar que, desde tempos antigos, os muçulmanos tomavam européias como escravas sexuais. Curiosidade: o próprio termo "slave" (escravo) vem de "slav" (eslavo, notem que mesmo em português mantém a similaridade). O mundo gira, e nada muda: hoje em dia, também há jovens do leste europeu sendo levadas para trabalhar como prostitutas em Dubai. Será esse o futuro da Europa?
O tráfico de escravas brancas também é um triste recordatório sobre uma parte esquecida do mundo, as ex-repúblicas soviéticas, afundadas na pobreza e na degradação. Herança do comunismo?
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Radical, moi?
Às vezes me chamam de radical ou paranóico, por exemplo quando falo sobre a islamização da Europa. Aí aparece o Khadafi que faz uma bizarra cerimônia de propaganda do Islã em plena Roma e diz que "A Europa deve ser muçulmana".
Não somente isso, como exigiu um pagamento de 4 bilhões de euros anuais da União Européia para ajudar a conter os barcos com imigrantes africanos ilegais que partem da Líbia em direção à Itália. Se não for atendido, "A Europa se tornará negra."
E eu que sou radical?
Alguns acham que exagero nas críticas ao ambientalistas, mas eis que um maluco fã de Al Gore invadiu um escritório do Discovery Channel e tomou reféns, exigindo que o canal transmitisse suas idéias insanas. Não é que o eco-terrorismo chegou? E eu que sou paranóico?
Outros ainda acham que exagerei ao suspeitar de artimanhas russas no acidente que matou todo o governo polonês. Tendo revisto o vídeo e comparado com fotos, posso garantir que o vídeo realmente mostra os instantes após a queda do avião. A minha impressão é que o avião foi derrubado pelos russos, e depois estes mataram os sobreviventes, KGB-style. Há mais coisas no céu e na terra do que mostram os jornais, ou sou um teórico da conspiração?
Não que eu tenha algo do que me gabar. Sou um mero escrevinhador, um observador, um antijornalista (já que a função atual dos jornalistas é mascarar ou ocultar a realidade, e não desvendá-la).
Quando leio meu exemplar da Dicta (chegou há pouco em casa, obrigado rapazes), com citações a Nietzche, Kant e Kierkeegard, dou-me conta que meus conhecimentos de filosofia e teoria política são irrisórios. Mas às vezes é melhor ser meio inguinorante do que ter lido milhões de páginas erradas: que o digam os seguidores de Comte e Marx.
É verdade também que muitos posts recentes são talvez demasiado pessimistas. Confetti têm razão, o blog antes era mais otimista e irônico. Tenho andado distraído, impaciente e indeciso. Às vezes falo bobagem ou me irrito e, quando descubro que pessoas que não sabem nem gerir uma loja de 1,99 querem governar o Brasil, tenho vontade de largar tudo e fazer um post sucinto e definitivo como este do Cláudio.
Este blog já tem quase três anos e às vezes se repete. Este blog não é politicamente correto. Este blog apenas tenta mostrar um lado diferente da realidade que não se lê no jornal.
Mas será que sou mesmo radical?
Não somente isso, como exigiu um pagamento de 4 bilhões de euros anuais da União Européia para ajudar a conter os barcos com imigrantes africanos ilegais que partem da Líbia em direção à Itália. Se não for atendido, "A Europa se tornará negra."
E eu que sou radical?
Alguns acham que exagero nas críticas ao ambientalistas, mas eis que um maluco fã de Al Gore invadiu um escritório do Discovery Channel e tomou reféns, exigindo que o canal transmitisse suas idéias insanas. Não é que o eco-terrorismo chegou? E eu que sou paranóico?
Outros ainda acham que exagerei ao suspeitar de artimanhas russas no acidente que matou todo o governo polonês. Tendo revisto o vídeo e comparado com fotos, posso garantir que o vídeo realmente mostra os instantes após a queda do avião. A minha impressão é que o avião foi derrubado pelos russos, e depois estes mataram os sobreviventes, KGB-style. Há mais coisas no céu e na terra do que mostram os jornais, ou sou um teórico da conspiração?
Não que eu tenha algo do que me gabar. Sou um mero escrevinhador, um observador, um antijornalista (já que a função atual dos jornalistas é mascarar ou ocultar a realidade, e não desvendá-la).
Quando leio meu exemplar da Dicta (chegou há pouco em casa, obrigado rapazes), com citações a Nietzche, Kant e Kierkeegard, dou-me conta que meus conhecimentos de filosofia e teoria política são irrisórios. Mas às vezes é melhor ser meio inguinorante do que ter lido milhões de páginas erradas: que o digam os seguidores de Comte e Marx.
É verdade também que muitos posts recentes são talvez demasiado pessimistas. Confetti têm razão, o blog antes era mais otimista e irônico. Tenho andado distraído, impaciente e indeciso. Às vezes falo bobagem ou me irrito e, quando descubro que pessoas que não sabem nem gerir uma loja de 1,99 querem governar o Brasil, tenho vontade de largar tudo e fazer um post sucinto e definitivo como este do Cláudio.
Este blog já tem quase três anos e às vezes se repete. Este blog não é politicamente correto. Este blog apenas tenta mostrar um lado diferente da realidade que não se lê no jornal.
Mas será que sou mesmo radical?
Mr X nas horas vagas.
Etiquetas:
blogs,
especialistas de porra nenhuma,
humor,
loucura
Os melhores países do mundo
Saiu recentemente uma lista com os 100 melhores países do mundo, de acordo com a revista Newsweek. A Finlândia está no topo, seguida de Suiça e Suécia (não confundir). Japão está em 9, EUA estão em 11. Brasil em 48, logo atrás da Jamaica. O país latino-americano melhor colocado é o Chile, em 30. O pior país do mundo, ou ao menos desses 100, é Burkina Faso.
Nenhuma surpresa aí. Países pequenos, brancos e norte-europeus no topo. Países populosos e africanos lá no fim. Talvez seja politicamente incorreto observar isso, mas é isso mesmo.
Para ser franco, essas listas pouco me dizem. Certo que vive-se bem na Finlândia e nos países escandinavos, apesar de fazer frio pracaray. Mas pode-se viver bem em quase qualquer lugar do mundo, tendo dinheiro suficiente para isso; não tendo dinheiro ou trabalho, vive-se mal também no Primeiro Mundo. Há milionários americanos que vão para a Costa Rica ou para as Bahamas para fugir do fisco e vivem vidas mais confortáveis do que teriam em seu país natal. Há muitos imigrantes que vivem mal nos EUA e na Europa, ainda que claramente melhor do que em seus antros originais. Tudo é relativo. Tivesse eu dinheiro suficiente e não precisasse trabalhar, moraria na Itália ou na Espanha, que estão lá pela vigésima posição e não tem emprego mas têm sol e boa comida.
Alguns dizem que o sucesso do modelo escandinavo seria devido à tal social-democracia, mas na verdade tais países são bem menos "social-democratas" do que se pensa. No índice de liberdade econômica, a Dinamarca está em 9o, a Finlândia em 17o, e a Suécia em 21o. O Brasil? Na posição 113, atrás da Nigéria e do Camboja.
Naturalmente, não é possível replicar o modelo escandinavo em um país enorme e diverso como o Brasil, ainda mais com os políticos que temos. Continuaremos na posição 48 por algum tempo, se não cairmos mais alguns degraus. Mas temos sol, praia, futebol e carnaval, não é suficiente? O principal problema do Brasil é mesmo o crime e a política, mas me repito.
Nenhuma surpresa aí. Países pequenos, brancos e norte-europeus no topo. Países populosos e africanos lá no fim. Talvez seja politicamente incorreto observar isso, mas é isso mesmo.
Para ser franco, essas listas pouco me dizem. Certo que vive-se bem na Finlândia e nos países escandinavos, apesar de fazer frio pracaray. Mas pode-se viver bem em quase qualquer lugar do mundo, tendo dinheiro suficiente para isso; não tendo dinheiro ou trabalho, vive-se mal também no Primeiro Mundo. Há milionários americanos que vão para a Costa Rica ou para as Bahamas para fugir do fisco e vivem vidas mais confortáveis do que teriam em seu país natal. Há muitos imigrantes que vivem mal nos EUA e na Europa, ainda que claramente melhor do que em seus antros originais. Tudo é relativo. Tivesse eu dinheiro suficiente e não precisasse trabalhar, moraria na Itália ou na Espanha, que estão lá pela vigésima posição e não tem emprego mas têm sol e boa comida.
Alguns dizem que o sucesso do modelo escandinavo seria devido à tal social-democracia, mas na verdade tais países são bem menos "social-democratas" do que se pensa. No índice de liberdade econômica, a Dinamarca está em 9o, a Finlândia em 17o, e a Suécia em 21o. O Brasil? Na posição 113, atrás da Nigéria e do Camboja.
Naturalmente, não é possível replicar o modelo escandinavo em um país enorme e diverso como o Brasil, ainda mais com os políticos que temos. Continuaremos na posição 48 por algum tempo, se não cairmos mais alguns degraus. Mas temos sol, praia, futebol e carnaval, não é suficiente? O principal problema do Brasil é mesmo o crime e a política, mas me repito.
Segredo da Finlândia é a sauna.
Etiquetas:
felicidade,
mundo,
vida
Assinar:
Postagens (Atom)