
Porém, já que no post sobre a burca falou-se um pouco sobre o caso dos ciganos na França, comento um pouco sobre o tema.
Os ciganos, ou como se diz hoje no mundo politicamente correto, roma, são um povo curioso. Oriundos de uma das castas inferiores indianas, chegaram à Europa a partir do século XIV. Nômades, vivem em acampamentos, e ganham seu pão através da música, da adivinhação, da venda de artesanato e de pequenos trabalhos, mas também através da mendicância, do roubo e da prostituição.
Não é exagero. Já vi ciganos roubando turistas e quase fui depenado por eles também. Raramente realizam roubos violentos, mas são especialistas na arte de bater carteiras sem que a vítima se aperceba. Talvez seja mito que deformem as suas próprias crianças para torná-las pedintes mais dignos de pena, que prostituam suas meninas ou que roubem bebês; mas que estão envolvidos na mendicância e no roubo não é novidade alguma. Isso talvez explique parte do ódio que boa parte da população têm a eles.

Ainda assim, a visão que temos dos ciganos está longe de ser totalmente negativa. Foram temas populares na literatura e na pintura européia. O cinema em alguns casos os romantizou, e houve certamente ciganos famosos e talentosos como o grande Django Reinhardt.

De qualquer modo, parece-me que o caso dos ciganos ilegais é um problema bem menor frente às outras ameaças imigratórias que pairam sobre a Europa, e sobre as quais falarei em um segundo momento.