quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fé no Estado

Leio aqui que mais de 14 mil funcionários públicos demitidos por Collor irão voltar a ser contratados pelo governo petista. Por que deveriam voltar? Quem precisa deles? Alguém por acaso sentiu a sua falta?

Diz na maior cara de pau o repórter da notícia (ou as fontes do governo que mandaram ele escrever isso, não sei) que trata-se de "acertar as contas com o passado e quitar uma dívida histórica com o funcionalismo."

Dívida histórica de quem? Minha é que não.

Mas a coisa fica ainda pior. Diz a notícia que: "A Comissão Especial Interministerial (CEI), responsável pela análise dos pedidos, passou por modificações estruturais, ganhou novos integrantes e melhorou sua produtividade" e agora "um grupo de técnicos, estagiários e advogados se debruça sobre fragmentos da vida profissional de milhares de brasileiros que tiveram de entregar o crachá e esvaziar as gavetas."

Ou seja, não apenas há o gasto com os 14 mil ou mais que serão re-contratados, como o gasto com uma comissão inútil que ainda por cima ganhou novos integrantes e trabalha exclusivamente para realizar essa re-contratação de imbecis.

Para mim é curioso que as mesmas pessoas que criticam a corrupção acreditam que o Estado deva investir cada vez mais em educação, saúde, lazer, cultura, turismo, etc, etc, etc. E portanto contratar mais e mais e mais pessoas. O que, naturalmente, aumentará a corrupção. A solução para os problemas do Estado é sempre mais Estado. Por que não um pouco menos de Estado, pra variar?

A maioria dos brasileiros (diria, dos latinoamericanos) tem uma fé inabalável no Estado. Ora, o Estado é apenas um grupo de pessoas, como eu e como você ou até mais incompetentes, que simplesmente estão sentados sobre uma montanha de grana dos nossos impostos, e a gerenciam por nós a seu bel-prazer.

Pessoalmente, preferia ter a minha parte comigo e decidir eu mesmo que fazer com ela.

3 comentários:

Pax disse...

Pirou Mr X? Deixar a Educação sem responsabilidade do Estado? A Segurança Pública?

Esse chimarrão argentino tá plantado ao lado de alguma cultura de Ópio?

Pô, vou enriquecer minha psicanalista judia da José Linhares no Leblon. Lá vai mais um paciente.

Ok, a história dos funcionários do Collor te livrará da camisa de força, mas você vai ruborizando, perdendo a cabeça e chega na máxima que Educação seja por obra e conta da iniciativa privada?

Páre já de tomar chimarrão !

Mr X disse...

Não chego a ser anarquista, não acho que o Estado deva ser extinto ou mesmo que não deva prover serviços públicos. Porém, cá pra nós: acho que poderiam reduzir o orçamento e o número de funcionários, ministros, políticos, etc, à metade, e não haveria qualquer modificação na (in)eficiência do negócio.

Sobre a questão da saúde pública, vou falar mais adiante, pois é uma questão bem, em voga, inclusive nos EUA por causa das eleições.

Pax disse...

Ok, reduzir a metade pode até produzir o dobro, essa, então, é outra discussão desengonçado.

Então seja claro pô ! Tá me sacaneando? Logo eu que sempre passo aqui. Isso é pessoal?