terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Europa sobreviverá?

Meu comentário anterior sobre a Europa foi algo incompleto, e talvez tenha dado uma imagem imperfeita do continente. É verdade que ando meio pessimista ultimamente, e isso tende a colorir meus posts com talvez exagerados matizes de cinza e preto.

Ainda há muita coisa boa na Europa. As catedrais e museus continuam lá. Apesar da globalização, ainda come-se e bebe-se muito melhor do que nos EUA. Fora algumas experiências com pessoas antipáticas na Alemanha e uma na Espanha, quase só encontrei gentileza e simpatia.

A Europa ainda é mais segura do que os Estados Unidos e do que qualquer lugar da América Latina. Mesmo passeando de noite em lugares como o bairro turco da Alemanha, jamais senti insegurança. Não dá para dizer o mesmo de certas zonas de L.A. O único lugar que pareceu algo mais ameaçador foi um bairro árabe francês, mas tudo o que aconteceu foram olhares mal-encarados. Quanto aos africanos que vi e os poucos com os quais conversei, devo dizer que pareciam excelentes pessoas, muito educados e gentis. Não tive qualquer experiência negativa com as tais minorias nesta visita. 

Dito isso, é verdade que a Europa está mudando, e não é para melhor. Fora a questão econômica, que mal mencionei mas que é realmente preocupante (o nível de desemprego na Espanha de Zapatero é de 25% -- um quarto da população!), a imigração ilimitada está mudando o caráter do continente. 

Alguns me acusaram de hipocrisia por criticar a imigração sendo um imigrante. Eles têm razão. Nem adianta dar como desculpa o fato de que eu more nos EUA, terra de imigrantes, em vez da Europa, terra de emigrantes: se eu tivesse um passaporte italiano ou francês e possibilidades de emprego, provavelmente me mudaria para lá, já que prefiro o modo de vida europeu, muito embora ache os americanos mais eficientes em muitos aspectos.

Confesso que tenho uma visão ambígua sobre o tema da imigração. Até há relativamente pouco, era favorável à visão libertária: que qualquer um emigrasse para onde quisesse, desde que não recebesse nenhuma forma de ajuda financeira estatal. Afinal, se alguém tem talento e capacidade mas teve o azar de nascer em algum rincão do Quarto Mundo, e um outro país mais desenvolvido pode oferecer melhores condições de vida e de progresso, por que não ir para lá? Tanto o imigrante quanto o país que o acolhe só teriam a ganhar. Como disse o leitor Gunnar, há uma boa e uma má imigração. Há imigrantes que fazem o país crescer e imigrantes que só estão lá para drenar recursos e aumentar as estatísticas do crime. O país que acolhe pode escolher quem receber. 

Só que há outro problema aí. A Europa não são os EUA. Não tem nem o espaço geográfico nem o histórico de "melting pot" para acolher tantos. E a social-democracia e o Estado do bem-estar social, que os europeus querem manter a todo custo, são basicamente incompatíveis com a imigração.

Acho que foi Milton Friedman que disse que você pode ter um Estado que garante a assistência social OU imigração generosa, mas não pode ter os dois. Ele está absolutamente correto, por uma mera questão matemática: um número cada vez maior de imigrantes vai exigir um número cada vez maior de recursos. 

E tem outro problema que é a questão étnica. Neste bom artigo da Economist, o sagaz autor observa o seguinte:
"[habitantes de] países mais étnicamente ou racialmente homogêneos sentem-se mais confortáveis com o Estado tentando diminuir a desigualdade pela transferência de recursos dos mais ricos aos mais pobres através do sistema fiscal. Isso talvez explique porque os suecos reclamam menos dos altos impostos do que os habitantes de um país de imigrantes como os EUA."
Por que ocorre isso? Muito simples: uma questão de identificação tribal. Em última análise, somos seres tribais e nos identificamos com aqueles que estão mais próximos de nós, seja culturalmente, seja historicamente, seja geneticamente. Se o dinheiro dos impostos vai para nossos co-nacionais ou irmãos de cor, nação, ou religião, é bom. Se vai para imigrantes estrangeiros ou minorias religiosas ou raciais, é mau. É por isso que o welfare é mais criticado na Europa agora, quando é dirigido a imigrantes, do que quando era dirigido apenas a suecos ou franceses que tiveram menor sorte na loteria do nascimento. É por isso que os americanos brancos vivem criticando a assistência social dirigida principalmente para pretos e chicanos, mas não querem que se toque no Medicare que beneficia seus vovós. Sim, é "racista", mas e daí?

O que é uma "raça" ou uma "etnia" se não uma família extendida? Todos os grupos étnicos - menos talvez os brancos - entendem isso, em maior ou menor grau. Os judeus sempre se ajudam entre si. Os negros se chamam de "irmãos". Os asiáticos e árabes também prosperam graças ao apoio étnico. Li que 20% dos pequenos mercados na Espanha pertencem a chineses ou a paquistaneses; pelo que vi, o número pareceria chegar mais perto de 90%, já que não encontrei um único estabelecimento controlado por latinos ou espanhóis. Como eles conseguem isso? Provavelmente, imigrantes de uma mesma origem étnica formam redes de cooperação, legais ou não.

Em Los Angeles, os asiáticos (coreanos e vietnamitas) dominam o mercado de manicures, que aqui são chamados de "nail spa". Não há uma manicure que não seja asiática na cidade. Dizem, não sei se é verdade, que é uma máfia: se surge algum estabelecimento não-asiático na cidade, logo sofre um "incêndio acidental".

Quando a coisa pega, é cada um por si. Quanto mais inter-étnica se torna a Europa, e sem o enorme espaço geográfico americano que permite a auto-segregação e o "white flight", maior é a possibilidade de conflitos. Junte-se a isso o fanatismo islâmico, e temos uma receita bem explosiva. Lembrem que o Líbano já foi um país de maioria cristã...

Porém, não acredito que o maior problema da Europa atualmente seja a imigração. Acho que o problema maior mesmo é uma crise espiritual, que se manifesta na falta de uma crença no próprio destino. Todos os problemas atuais da Europa decorrem daí. Como solucionar isso? Com um retorno da fé cristã? Uma volta ao tradicionalismo? A destruição da malfadada União Européia e o retorno aos nacionalismos locais? Quem sabe até o retorno da monarquia? (A Europa sempre foi aristocrática; a democracia não lhe senta tão bem). Ou simplesmente a expulsão dos imigrantes e seus descendentes, e o fim do Estado de bem-estar?

Francamente, não sei. Porém, espero sinceramente que o Velho Continente sobreviva (e não na forma de um califado islâmico). Devemos-lhe muito; aliás, quase tudo.  


domingo, 28 de agosto de 2011

Notas do Velho Mundo

Nesta minha vida de playboy internacional, estive recentemente na Europa, mais precisamente Espanha, Alemanha e França. Narro aqui, sem nenhuma ordem particular, um pouco do que presenciei por ali.

Na Espanha, minha visita coincidiu com a do Papa e com a do encontro mundial da juventude católica. Jovens de vários países diferentes cantando e celebrando a fé. Um espectáculo bonito de se ver. Curiosamente, depois li num jornal espanhol que houve "conflito entre jovens e polícia durante a visita do Papa". Fiquei imaginando jovens católicos enraivecidos estrangulando policiais com rosários e espancando pedestres com crucifixos. Mas depois li a matéria com mais atenção. Apesar da manchete enganadora, os que protestavam (e que entraram em conflito com a polícia) eram um bando de homossexuais e ateus contrários à visita papal. Sempre a mesma história. É como quando os jornais anunciam: "conflito entre muçulmanos e cristãos", quando se sabe perfeitamente bem que são muçulmanos massacrando cristãos, sem qualquer violência da parte cristã.  

No front imigratório, más notícias. A julgar pelo que vi nar ruas, a Espanha está tomada por mestiços latino-americanos, chineses e paquistaneses. A Alemanha continua com seus turcos. Mas o choque maior é no país gaulês. A França está inundada de negros e árabes. Juro: vi mais negros africanos puros na França do que na Bahia. Por outro lado, os negros europeus são mais sofisticados do que os negros americanos, da mesma forma que a população europeia em geral tende a ser ligeiramente mais sofisticada do que a americana (em termos superficiais, é claro). Uma coisa que surpreenderá muito os ocasionais leitores nazistas ou nacionalistas brancos do blog é que vi vários negros lendo livros. Sim, acredite: negros podem ler livros. Vi até um afro-europeu que era a cara do Samuel L. Jackson em "Pulp Fiction" lendo "Se isto é um homem", do Primo Levi. Penso que ele notou que eu o estava encarando; em um momento achei que ele fosse se levantar com uma pistola na mão: "Primo Levi, motherfucker! Do you read it?"

(Não que eu não acredite nas diferenças étnicas, ou que ache que tudo é a mesma coisa, ao contrário. Tampouco sou um igualitário. Acredito na genética e nas diferenças entre os povos, que são físicas mas também psicológicas e mentais. Mas também acredito na força do aspecto cultural. Sei que há uma luta, mesmo aqui no blog, entre culturalistas e geneticistas. Porém, em um sentido mais profundo, não importa se a diferença entre as etnias tem um motivo cultural ou genético. Penso por exemplo nos ciganos: um povo dedicado por séculos ao seu modo de vida: nomadismo, boemia, misticismo, e vivendo em muitos casos do roubo, da mendicância e da exploração de crianças (recentemente li um artigo sobre ciganos que traficam crianças para alugá-las como mendigas em várias capitais europeias). É cultural? É genético? Não acredito que exista um gene do nomadismo ou da mendicância. Mas por que será que nunca houve um cigano que disse, chega dessa vida, vou é estudar muito e trabalhar muito e virar o novo Bill Gates? Em centenas de anos na Europa, os ciganos, como grupo, nunca mudaram. Continuam mantendo suas tradições, boas e más. Da mesma forma, é um delírio querer que africanos e islâmicos se "assimilem" e virem de um dia para o outro europeus da gema; mesmo que o quisessem, quem sabe se realmente o poderiam fazer? A cultura, como os genes, é transmitida de pais para filhos; e se mantém forte mesmo depois de muitas gerações.)

Outro fato curioso que certamente horrorizará os leitores neonazistas: os franceses, e especialmente as francesas, adoram se miscigenar. Vi muitíssimas francesas loiras casadas com africanos ou com árabes. Aliás, foi um destes africanos casados com francesas (encontrei o casal num museu e passamos a conversar) quem decretou, com uma tristeza que parecia sincera: "não há mais franceses em Paris!". De fato, os lugares bons foram todos comprados pela máfia russa, e o aluguel aumentou, expulsando os franceses. Já nos bairros pobres, só se vêem imigrantes e descendentes da racaille.

Há alguns exemplos de boa integração de latinos e africanos, conforme pude testemunhar. Não é o caso da maioria dos árabes e demais muçulmanos, que continuam se vestindo à moda de seu país e praticando sua insana religião. (Assimilação é piada. Os muçulmanos europeus praticam sua religião de origem, vestem-se como em seu pais de origem, falam a língua de seu país de origem, ensinam a seus filhos o idioma e religião de origem; cortam o clitóris de suas filhas e as vestem com burcas. Para que vêm à Europa então?) 

Já na Alemanha, tive algumas experiências negativas, não com os imigrantes, mas com o povo nativo. Os funcionários de  trens, hotéis e de atendimento aos turistas em geral foram muito antipáticos e não apenas muitas vezes se recusavam a falar inglês, mesmo entendendo o idioma, como pareciam ter viva antipatia aos turistas, e aos norte-americanos em particular. (Aliás, há muito anti-americanismo na Europa, e por motivos políticos, o que é curioso: eles acham que os EUA são "de direita". Mal sabem eles que os EUA são o centro do progressismo mundial!)

Confesso que os turcos de Berlim foram em média mais simpáticos do que os alemães nativos, não obstante eu abomine a sua religião, suas vestimentas, seu idioma e sua mania de não se assimilar. Mas estou sendo um pouco injusto. É claro que também houve experiências boas com alemães nativos, e os jovens em geral me parece que são bem mais simpáticos. Mas as pessoas de maior idade, especialmente os funcionários que atendem estrangeiros, tendem a uma rudeza e arrogância sem par. Após uma dessas experiências, até lamentei que os americanos tivessem jogado a bomba atômica no Japão em vez de na Alemanha. Perguntei-me se o espírito hitleriano não estaria ainda vigente em algumas pessoas, ou se, na realidade, fizesse parte do caráter do povo local. É verdade; hoje a Alemanha é ulta-esquerdista, ultra-ecológica e de um regime ultra-politicamente correto que dista muito do nazismo, mas também Hitler era vegetariano. Não seria o que há hoje um fanatismo no sentido contrário? Não cheguei a presenciar, mas parece que em Berlim e Hamburgo são bem comuns os protestos violentos de grupos de esquerda, que queimam carros (à moda árabe), quebram vitrinas e entram em confronto com a polícia. E a Alemanha, claro, é o principal motor da União Europeia. O que Hitler não conseguiu, os alemães estão conseguindo com a UE: dominar a Europa.

No meio do inferno multicultural, um oásis: um fim de semana na casa de campo de uma tradicional família francesa. Vinhos e comidas típicas, e esse ritmo de vida mais tranquilo que tanto faz falta nos EUA. É triste que isso tudo esteja por acabar, graças à imigração. Para alguns, o fim da Europa é motivo de discussão política, mas para mim é pessoal. Também eu, tempos atrás, quase fiz parte de uma família europeia, e poderia hoje estar vivendo na Europa, não fossem os percalços da vida. A Europa agora é para mim um paraíso perdido; em breve, o será para todos. Aliás, a família francesa entendia o problema da imigração e em particular do islamismo, mas tinha uma atitude fatalista que observei em muitos europeus. Vacas ao matadouro.

De fato, acho que a conclusão da viagem é que, salvo milagre papal, revolução, ou algum outro fato imprevisto, o destino do Velho Mundo está mais ou menos traçado. Resta apenas saber se a Europa vai virar um imenso favelão latino-americano (temo que esse vá ser o futuro da Espanha), ou um novo califado islâmico. Ah sim: há também a opção de uma ou várias guerras civis eclodindo aqui e ali, uma espécie de neo-feudalismo com europeus encastelados defendendo-se dos bárbaros, ou então novas tiranias gerando novos holocaustos. Quem sabe até um ressurgimento do nazismo alemão? Pela minha experiência por lá, isso não está de todo descartado. "Primo Levi, motherfucker. Did you read it?"

The rape of Europa

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tristes pressentimentos do que há de acontecer

Ao mesmo tempo em que afro-caribenhos e chavs da welfare class incendiavam e saqueavam Londres, no Chile estudantes majoritariamente brancos de classe média e alta enfrentavam a polícia e também quebravam vidraças. Queriam educação universitária para todos: "pública, gratuita e de qualidade". Bem, universidade custa caro. De qualidade, mais ainda. E "todos" são muita gente. Quem vai pagar? Essa pergunta, curiosamente, ninguém fazia.

Hoje em dia, todos querem tudo de graça. Pior: todos acham que tem "direito" a ter tudo de graça, na mão, e pra já. Tanto os saqueadores londrinos quanto os estudantes chilenos certamente achavam que tinham toda razão em agir como agiram. Afinal, se roubaram um iPhone foi porque foram "injustiçados na distribuição de riquezas", se educação e saúde custam caro é porque o capitalismo é malvado.

Quanto mais benefícios o Estado dá, mais se quer. Quanto mais os países se endividam e precisam cortar gastos, mais a população protesta, e mais o Estado gasta em contrapartida. A dívida? Que importa! Esse é um problema para as futuras gerações...

Os mesmos progressistas americanos e europeus que dizem ser a favor da ecologia e da redução do aquecimento global são a favor da imigração de terceiro-mundistas que aumentarão seu padrão de consumo e portanto a queima de carbono, além de terem sete filhos e fazerem aumentar as cidades e diminuir os espaços naturais. Os mesmos que acreditam em "igualdade social" fazem o mais que podem para tornar as sociedades cada vez mais desiguais, em nome da diversidade. 

Recentemente vi uma exibição das gravuras de Goya. São imagens terríveis de guerra e violência. Não há conflito racial aqui: são franceses contra espanhóis, ou espanhóis contra os considerados hereges de seu próprio país. Todos brancos. Mesmo o maior apologista das "glórias da raça branca" há de convir que são cenas terríveis. De minha parte, vendo as gravuras vem me à mente uma observação de Mark Twain: "Não tenho preconceito de raça, cor, casta ou credo. Tudo o que preciso saber é que alguém é um ser humano -- isso é suficiente para mim, não se pode ser algo pior."

A questão é que, com a balcanização da Europa em linhas étnicas ou religiosas, esses conflitos tendem apenas a aumentar. Se membros de uma mesma etnia e religião lutam entre si, o que dizer de etnias ou religiões diferentes? Alguns acreditam que no futuro haverá integração e assimilação. Mas quem se asimilará a quem? Os muçulmanos ao secularismo, ou os pós-cristãos ao Islã?

Outros afirmam mesmo que com a mistura de raças e culturas em um "melting pot" geral os conflitos terminarão. (Na Europa, e especialmente na França, há cada vez mais casamentos inter-étnicos, de brancas e brancos com árabes ou africanos.) Lamentavelmente, parece-me uma utopia digna do "Imagine" do John Lennon (está tocando agora no café em que escrevo). O Brasil é o país mais miscigenado do mundo e, se (por ora?) temos menos conflitos abertamente raciais do que nos EUA, por outro lado, não quer dizer que não haja preconceito dos mais claros contra os mais escuros e vice-versa, e conflitos não faltam: temos 50 mil assassinatos por ano…

Uma das gravuras de Goya, reproduzida abaixo, chama-se "Tristes presentimientos de lo que ha de acontecer". Goya era pessimista quanto à humanidade. Acreditou no iluminismo francês e em seus valores de liberté, egalité e fraternité. Queria que os franceses trouxessem tais idéias à Espanha, que ele considerava bárbara, atrasada e supersticiosa. Porém, quando as tropas de Napoleão invadiram o país, Goya horrorizou-se com as atrocidades cometidas em nome da liberdade, muitas delas retratadas em seus desenhos.

Da mesma forma, o mundo de hoje não dá muita margem para o otimismo. A maioria das pessoas tem ideais utópicos e contraditórios entre si. Acreditam em paz global, igualdade total, harmonia entre os povos, fadas e unicórnios. A decepção será grande. E algum novo Goya talvez pinte os futuros desastres que ocorrerão.



O problema são os mexicanos

No outro dia conversei com um taxista. Simpático. Era negro, vinha da Somália. Muçulmano. Morava nos EUA desde os 10 anos de idade. Falou sobre a cidade, sobre o emprego, e finalmente perguntei sobre a sua família.

Resposta: era casado e tinha sete filhos. Todos nascidos nos EUA e, portanto, cidadãos legítimos do país.

Como ele parecia relativamente jovem, é possível que pudesse ter ainda mais sete. Considerando que os americanos nativos tem em média dois filhos (os europeus tem 1), acho que é perdoável o primeiro pensamento que me passou pela cabeça: "America is fucked".


Bem, outro pensamento poderia ser de alívio: "não faltarão taxistas na América", ou algo assim.

Maldade minha. É possivel que algum de seus filhos estude muito e vire físico nuclear, ou ao menos presidente dos EUA. De qualquer modo, casos como esse mostram que a imigração seguida da reprodução bem mais rápida do que a dos nativos poderá ser um problema bastante grave nos países ocidentais nas próximas décadas. (A Europa está no mesmo barco).

Porém, devemos também ver as coisas com clareza. A maioria dos blogueiros autodenominados "racialistas" são obcecados pela raça negra. Vivem postando notícias sobre as disfunções e problemas dessa comunidade. Mais afro-obcecados do que eles, só o Olodum.

Mas a verdade é que a população afro-americana permanece estável, tendo até diminuído proporcionalmente. E os seus elementos perigosos estão cada vez mais na cadeia (um em quatro jovens homens negros está na cadeia nos EUA; aliás, os afro-americanos que estão na prisão vivem mais tempo do que os que estão fora dela). Por isso, black flash mobs à parte, o crime violento diminuiu nos bairros negros, tanto que muitos estão se gentrificando.

Portanto, o problema mesmo para os EUA serão os mexicanos. Esses sim estão lentamente substituindo a população caucasiana, já sendo maioria em alguns estados. Provavelmente tornar-se-ão maioria da população total dos EUA em algumas décadas, e transformarão o país totalmente, de forma irreversível. Se a razão pelas diferenças é cultural ou genética, já nem importa: os EUA se mexicanizarão.

Arriba, arriba! Faz algum tempo passei uns dias no México, em Tijuana. O contraste entre esta cidade e a vizinha San Diego do outro lado da fronteira é imenso. Tijuana é pobre, feia e perigosa. San Diego, apesar de uma quantidade grande de homeless, é uma cidade com um centro bonito e locais repletos de turistas.

No entanto, indo para os subúrbios próximos a San Diego, já se nota a mexicanização. É como se eu ainda estivesse em Tijuana.

Mas o que me preocupa sobre a invasão mexicana não é que grande parte deles sejam violentos, perdendo apenas para os afro-americanos. Não é que muitos de seus jovens participem de gangues extremamente violentas, e matem pesoas a esmo.

Tampouco preocupa tanto que nos dados policiais eles sejam chamados de "brancos", confundindo as estatísticas -- este homem que matou uma criança de dois anos, de acordo com a polícia, é um homem branco

Também não é tão preocupante assim que, do mesmo modo que há uma diferença nos resultados escolares de brancos e afro-americanos, haja uma diferença inexplicável, ainda que menor, entre os resultados dos brancos e asiáticos com os dos hispânicos.  

Não importa que os hispânicos tenham aprendido bem a lição do vitimismo, e acusem a sociedade americana de maltratá-los, explorá-los ou não dar oportunidade aos "sin papeles", quando eles não querem voltar ao México de jeito nenhum e até garantem que as terras do sul dos EUA lhes pertencem.

E muito menos me preocupa o fato de que muitos dos membros dos cartéis mexicanos vivam cruzando a fronteira, e que mesmo este jovem decapitador de 14 anos treinado a matar desde criança pelos traficantes seja um cidadão americano legítimo.

Não, nada disso importa. Meu problema mesmo com essa invasão é o seguinte: as mexicanas são feias! Desculpem, não quero ser preconceituoso (peço perdão se há algum leitor mexicano aqui). Há algumas bonitas. A recepcionista do hotel em que fiquei (mestiça, acho que com traços não só indígenas como africanos) certamente era. Não teria me importado se ela tivesse me dado bola. Mas, em geral, o que dizer de um país cujo maior sex symbol é a Frida Kahlo? É claro que isso tem a ver com o gosto pessoal. Gosto de loiras nórdicas, de eslavas esguias ou então de mediterrâneas curvilíneas. Até acho algumas africanas e mulatas atraentes; mas as mexicanas, na minha opinião, são raras as bonitas. (Antes que alguém mencione Salma Hayek, observo que ela é de origem libanesa).

Bem, o fato é que isto vai ser um grave problema para os Estados Unidos no futuro, quando eles quiserem repor suas equipes de cheerleaders.

sábado, 13 de agosto de 2011

Negros Racistas e o Estado de Mal-Estar

Atualização: Apaguei uma pequena parte do post que parece ter sido mal-interpretada. Explicação nos comentários. Sem tempo para editar o texto de forma melhor, que já foi escrito de forma meio apressada e portanto tem alguns defeitos. 

Durante muito tempo os brancos foram acusados de racistas e de maltratarem os negros. Hoje em dia, no entanto, se há quem odeie ou despreze os negros, este desprezo raramente se traduz em violência. (Às vezes acontece. Eis um raro caso aqui de um redneck imbecil que matou um inocente trabalhador negro). Mas, em geral, o pessoal racista se limita a fazer comentários na Internet, ou quem sabe, nos casos mais extremos, olhar torto para um grupo de afro-descendentes.

Bem mais comum é o ódio do negro contra o branco. Como eu já falei aqui, pessoalmente até agora não tive problemas com os afro-americanos (ou mesmo africanos) que conheci por aqui, sejam funcionários, trabalhadores, taxistas, etc. E, no ambiente universitário, conheci pelo menos duas pessoas negras de caráter fenomenal.

Mas é fato que existe uma subclasse negra nos EUA que pode ser extremamente violenta -- e que odeia brancos. Como jurava que era uma coisa cultural americana (segundo os esquerdistas ligada ao ressentimento gerado pela escravidão e segregação), não achei que o mesmo pudesse ocorrer no Reino Unido. Mas o recente quebra-quebra dá o que pensar.

Sim, os distúrbios em Londres foram cometidos por negros, brancos chavs (i.e. Council Housing and Violent, jovens de classe baixa e famílias desestruturadas dependentes do welfare) e paquistaneses. Assim como é exagerado atribuir tudo ao fator racial ou étnico, tampouco é sábio ignorá-lo completamente. Os negros são apenas 2% da população londrina. Pelas imagens, eram pelo menos 70% dos participantes. Há algo de errado aí.

Independentemente do que você pense sobre a existência ou não de diferenças raciais, é fato que os negros cometem em média mais crime do que outros grupos étnicos. Isso pode ser verificado por estatísticas de qualquer cidade americana e, pelo que vemos, agora também européia (onde eles existam em número expressivo). Sim, há muitos imigrantes negros pacíficos. Mas muitos outros que não. (Assim como há muçulmanos pacíficos que defenderam as suas lojas, mas outros que participaram de saqueios). Qual é o motivo? Não sei. Mas é fato.

Também é fato de que muitos desses negros agem motivados pelo racismo, isto é, o ódio aos brancos. Na Irlanda, recentemente, uma gangue de negros atacou violentamente um grupo de brancos. O motivo foi "ódio racial". Nos EUA, durante as "flash mobs" (versão local dos arrastões brazucas), os negros gritavam palavras de ordem como "morte aos brancos" e "morram crackers" (gíria negra para homem branco).

Por que os negros do gueto odeiam os brancos? Há várias explicações. Sentimento de inferioridade, vingança contra aqueles que vêem como opressores, ou mera questão de desejo de posses materiais: vêem os brancos como uma presa fácil e com mais dinheiro e bens de consumo do que eles. 

[corte]

O fato é que muitas minorias étnicas não gostam muito dos brancos. Não acredita? Faça a experiência. Convide um negro para passear às 2 da manhã no bairro mais branco de Los Angeles, e convide um branco para passear no mesmo horário no bairro mais negro da cidade. Qual dos dois você acha que sobreviverá? (O mesmo vale para alguns bairros mexicanos de Los Angeles e os bairros árabes europeus. Os bairros asiáticos são a exceção. Por outro lado, há bairros multiétnicos de gente rica que são pacíficos, como Beverly Hills.)
Por outro lado, além da questão étnico-racial e da imigração de desqualificados, um dos outros fatores ignorados pela mídia durante os eventos na Inglaterra foi o "welfare". Para a esquerda, a explicação universal para tudo é a pobreza. Assim, é natural que tentassem também atribuir à pobreza o acontecido em Londres. Mas, desta vez, não colou: eles estavam roubando lojas de tênis e aparelhos eletrônicos, não supermercados. 

Uma explicação mais plausível para os eventos é justamente a ajuda estatal aos "pobres" e às minorias. O que têm em comum os jovens negros, chavs e paquistaneses que participaram dos distúrbios? Todos eram grupos favorecidos por diversas medidas de ajuda estatal. Ao ajudar famílias desestruturadas, mães solteiras com filhos de sete pais diferentes, desempregados e drogados, o que o Estado está fazendo é exatamente subsidiar esse tipo de comportamento. Quando ser vagabundo dá mais dinheiro do que trabalhar, é ridículo tentar ser um cidadão de bem.  

Os eventos em Londres foram coordenados por telefones Blackberry, aparentemente os mais populares entre a comunidade negra inglesa. Sabe quanto custa um Blackberry? Eu não tenho um, aliás meu celular é do tempo do onça e meu plano custa 30 dólares por mês (Em compensação, um plano de Blackberry deve custar pelo menos 100 dólares mensais).

Pois bem, você sabe quanto ganha um vagabundo inglês dependente do welfare para não fazer nada? Cerca de 1400 libras esterlinas por mês (Três mil e seiscentos reais). Não, minto. O valor de 1400 libras por mês é o novo limite que o incompetente David Cameron quer impor. Hoje em dia os vagabundos ganham mais. Tudo saído do bolso do contribuinte.

Esse sim seria um bom motivo para os brancos ingleses saírem pelas ruas destruindo e saqueando tudo o que encontrarem pelo caminho...  


domingo, 7 de agosto de 2011

Poema do Domingo

Inferno I, 49-54

Ed una lupa, che di tutte brame
sembiava carca nella sua magrezza,
e molte genti fe' già viver grame,

questa mi porse tanto di gravezza
con la paura ch'uscía di sua vista,
ch'io perdei la speranza dell'altezza.

Dante Alighieri (1265-1321)

A fúria dos idiotas e o fim da ordem social

(Ver ATUALIZAÇÃO abaixo.)

Há algo de podre no reino ocidental. E a antiga ordem social parece estar lentamente se desintegrando, a olhos vistos. Sem que ninguém faça nada.

Distúrbios raciais que começaram nos EUA (as tais "flash mobs", onde turbas de adolescentes negros do gueto se juntam para roubar e surrar todo branco que encontram pelo caminho) espalham-se pelo mundo. Nestes dias aconteceu um evento similar no Canadá e, ontem, houve um violentíssimo quebra-quebra em um bairro predominantemente negro e paquistanês de Londres: para reclamar pela "injustiça" de um criminoso ter sido morto pela polícia, colocaram fogo num edifício e aproveitaram para roubar televisões.

A violência niilista parece ser a norma em todo o mundo, pelos motivos mais absurdos. Nos EUA, teve até afro-americanos dando tiros de AK-47 em um ônibus de linha devido a uma discussão fútil sobre dar palmadas em uma criança (ver o incrível vídeo aqui). Na França, todo ano os árabes queimam milhares de carros e a polícia deixa, já virou rotina. No México e no Brasil, grupos criminosos dominam completamente a sociedade através do uso da violência extrema, transformando o restante da população em reféns. 

Mesmo brancos e asiáticos, os grupos tradicionalmente mais tranquilos, se metem em confusão e aceitam a violência como única linguagem. Vejam por exemplo, também na Inglaterra, o quebra-quebra promovido por estudantes contrários ao aumento de tarifas universitárias, ou no Canadá a violência gerada por um jogo de hóquei. Ou os protestos na Grécia. O vários tiroteios em escolas. Ou o massacre norueguês.

O que está acontecendo? Alguns falam na crise econômica global, outros mencionam as diferenças culturais e raciais que se acentuam com o multiculturalismo, outros falam na perda da religião. Embora esses certamente sejam fatores, acho que há algo mais profundo acontecendo. O Brasil sempre foi uma sociedade miscigenada e multiracial, mas eventos como o causado pelo PCC seriam impensáveis décadas atrás. Nos EUA, não se via uma comoção racial assim desde os anos 60. Na Europa do pós-guerra havia muito mais pobreza do que hoje, mas sem os conflitos sociais que se observam cada vez mais.

Minha teoria é a seguinte. Há 40 anos, Nelson Rodrigues observou em um brilhante texto que "os idiotas descobriram que são em maior número":
De repente, os idiotas descobriram que são em maior número. Sempre foram em maior número e não percebiam o óbvio ululante. E mais descobriram: — a vergonhosa inferioridade numérica dos “melhores”. Para um “gênio”, 800 mil, 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões de cretinos. E, certo dia, um idiota resolveu testar o poder numérico: — trepou num caixote e fez um discurso. Logo se improvisou uma multidão. O orador teve a solidariedade fulminante dos outros idiotas. A multidão crescia como num pesadelo. Em quinze minutos, mugia, ali, uma massa de meio milhão.

Sim, é a rebelião do "homem-massa" preconizada por Ortega y Gasset que finalmente acontece. Acho que, da mesma forma que os idiotas, hoje as minorias descobriram que não são tão minorias assim, e que existe um sistema que as protege e que sempre as trata como "oprimidas", não importa o que façam.

Tudo isso tem a ver também com a falência da autoridade no mundo atual, onde não há qualquer controle sobre o comportamento e tudo é considerado igual a tudo; onde criminosos são vítimas do "sistema", e vítimas "fizeram por merecer".

Talvez estejamos assistindo aos primeiros momentos da Queda do Império Romano Ocidental. Por via das dúvidas, ande armado!


ATUALIZAÇÃO: Aparentemente para provar minha teoria sobre o "fim da ordem social", o inferno se espalhou por outros bairros e cidades londrinas. Aproveitando o caos, novos grupos de "excluídos" juntaram-se à balbúrdia. O que começou como um "protesto" quase exclusivamente negro, agora parece envolver também gangues de brancos "chavs" e outros grupos que decidiram tirar uma casquinha:


Dito isso, observem esta série de fotos e vejam se detectam algum padrão ou conseguem ver alguma diferença:


"Jovem" entrega suas roupas a "saqueador" em pleno dia.

"Jovens" correndo com mercadoria roubada.

"Jovens" caminhando tranquilos com produto do saqueio.

"Saqueador" mostrando pra galera o fruto do seu "trabalho".


"Jovens" voluntários ajudando a limpar as ruas.

Deve existir censura?

Houve uma polêmica no Brasil com o filme "A Serbian Film" (*), que chegou a ser proibido pela Justiça mas agora, parece, foi liberado. Não foi só na Tupiniquilândia que o filme causou confusão. Também foi banido na Espanha e teve cenas cortadas no Reino Unido para poder ser exibido. Nos EUA, ele foi exibido sem cortes, mas só porque aqui ninguém dá muita bola para filmes estrangeiros.

Não vi o filme e, francamente, nem pretendo ver. Mas, sabendo que tem cenas que incluem uma decapitação durante o ato sexual, o estupro de um bebê recém-nascido e mais outras imagens de necrofilia e bestialismo demasiado doentias para mencionar até mesmo neste blog, pergunto-me se neste caso a censura não seria um ato de clemência com o espectador.

Sempre que alguma obra polêmica é censurada, muitos reclamam e saem em campanha defendendo a "liberdade de expressão". Mas peraí, qual liberdade de expressão? Hoje em dia é proibido falar qualquer coisa que seja contra o politicamente correto. Criticar os muçulmanos? Não pode. Atacar os gays? Dá cadeia. Falar em diferenças culturais ou raciais? Tabu. Os jornais americanos e europeus causam alarmismo sobre o "aquecimento global" mas quando há tumulto social falam em "jovens" causando confusão, raramente especificando que se tratem de muçulmanos ou outras minorias. 

Ora, a única liberdade de expressão que restou é a de produzir obras de "arte" cada vez mais escatológicas. Mas será que, nesses casos, a censura na realidade não ajudaria a criar obras um pouco melhores? Os nossos artistas locais vivem criticando a ditadura militar de 64, mas, cá pra nós, será que sem a tal censura esses artistas seriam hoje tão famosos e teriam ganho tanto dinheiro? Ao menos nessa época escritores tinham que esforçar-se para ser mais sutis; compositores como Chico Buarque tinham que bolar boas letras para driblar a censura.

Os limites, na verdade, ajudam à criatividade. O escritor Jorge Luis Borges, em ensaio que agora não consigo encontrar, falava justamente sobre esse auxílio indireto que a censura pode dar às obras literárias demasiado óbvias. Penso por exemplo nos filmes da época de ouro de Hollywood, os quais, sem poder mostrar diretamente cenas eróticas, tinham no entanto uma encantadora sutileza de diálogos que hoje se perdeu.

Por outro lado, nada como a censura para transformar uma obra "polêmica" em sucesso de público. Lembrei de quando, lá pelos anos 90, proibiram "Je vous salue Marie" do Godard no Brasil. Nunca assisti, mas o filme chegou a ter sessões alternativas lotadas. Sei de pessoas que assistiram para "burlar a censura" -- e o consideraram o filme mais chato jamais realizado. (Bem, depois de tudo era um filme do Godard.)

Não vou ficar aqui defendendo a censura, afinal o problema com isso sempre é: quem é que deve definir o que deve ser censurado e o que não? Prefiro um mundo em que todos possam falar ou filmar o que quiserem, e que o leitor ou espectador decida em quem acreditar. Por outro lado, considerando o estado da arte contemporânea, às vezes me pergunto se a censura não faria um bem a certos "artistas", e à cultura contemporânea em geral. (Bem, só espero que esse filme sérvio não tenha sido financiado pelo governo ou pela Petrobras local, como costuma acontecer com os similares lixos nacionais, ver por exemplo "O Baixio das Bestas".)

(*) Obs.: Não entendi por que o título no Brasil não foi traduzido simplesmente para "Um filme sérvio", em vez de ter um titulo em inglês que nem é o original (o filme é sérvio, afinal), acrescido apenas de um ridículo subtítulo, "Terror sem limites". Mas é o mesmo país que traduziu "The Hangover" como "Se beber não case"... Ainda sobre o título, aqui um interessante texto (em inglês) fala sobre o caso. Por que essa escolha? O filme poderia ter sido chamado "Um filme pornô", "Um filme de horror", ou, vá lá, "Terror sem limites". Portanto, associar o nome do filme tão diretamente ao país tem claras intenções políticas (e segundo alguns críticos, o filme aparentemente também é uma elaborada metáfora política sobre... alguma coisa). Seja como for, o fato é que um filme tão violento não vai ajudar a limpar a imagem dos sérvios, injustamente demonizados durante a guerra dos Balcãs; mas talvez fosse exatamente essa a intenção.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mulheres violentas

Chega de falar de raça, assassinos em massa e outros temas desagradáveis. Let's talk about sex, baby! Vamos falar sobre sexo e relações humanas. A pergunta do dia é: Será que a sociedade contemporânea está tornando as mulheres mais loucas e mais violentas?

Três casos recentes aqui na Califórnia de mulheres violentas chamaram a atenção da mídia. O mais comentado foi certamente o da mulher que cortou o pênis do marido e, pra não dar nem chance de reposição cirúrgica, jogou o órgão no triturador. Não se sabe o motivo, mas aparentemente tinha a ver com uma briga fútil sobre receber ou não visitas em casa. O casal já estava anteriormente em processo de divórcio e não tinha filhos. Eram casados há pouco mais de um ano, aliás. A mulher, aparentemente descontente com o divórcio, colocou uma droga no jantar do marido, o amarrou na cama e cortou o seu bilau. Para que tanta maldade? Vejam que doce de esposa:



Mas esse caso não é o único de uma mulher violenta causando graves danos ao marido ou parceiro. Recentemente, uma outra moça atropelou o namorado, duas vezes, simplesmente porque este ousou falar mal da mãe dela. Credo, agora é preciso gostar da sogra? Olhem a cara da queridinha:


E, finalmente, houve uma mulher que empurrou o marido da janela do décimo-sétimo andar após uma discussão. Ela estava grávida. Ele morreu. Segundo a reportagem, ela já batia no marido há algum tempo. Sim, ela era a violenta na relação. Pela foto, ela mais parece um anjinho incompreendido:


Alguns estudos parecem apontar que a violência feminina contra seus parceiros está aumentando. As estatísticas não mentem: há muito mais homens apanhando das mulheres do que há anos atrás. Vejam por exemplo o que anda acontecendo na Inglaterra, onde a violência feminina aumentou 400%, representando já quase a metade dos casos de violência doméstica. 

Mas qual o motivo? Tensão pré-menstrual permanente causada pelos hormônios inseridos nos alimentos processados? A mídia que mostra mulheres franzinas dando uma surra em homens fortões? Os videogames com heroínas como Lara Croft? Ou seria tudo culpa do feminismo? 

O feminismo certamente tornou as mulheres mais exigentes e mais chatas, mas não as tornou necessariamente mais felizes. Talvez essa frustração seja parte da causa da violência feminina. Ou será que haveria outras razões? A verdade é que a sociedade como um todo parece ter se tornado mais violenta nas últimas décadas, e portanto é possível que isso tenha terminado por contaminar também as mulheres. 

O problema é que o homem é por default quase sempre considerado o culpado, e portanto termina sendo discriminado nos tribunais. Nos divórcios e nas brigas pela guarda dos filhos, quase sempre quem sai ganhando é a esposa, mesmo que esta seja uma víbora sem coração. Como a mulher já não precisa de um homem para sustentá-la, ser mãe solteira pode ser um ótimo negócio.

É por isso que, ao menos nos EUA, surgiu um movimento e uma série de blogs e sites antifeministas para lutar pelos direitos do homem. Um deles é o Spearhead, mas há muitos outros. 

O fato é que, especialmente nos países mais desenvolvidos (onde, não por coincidência, o feminismo mais avançou) há um número cada vez maior de homens insatisfeitos, seja porque não conseguem uma esposa, seja porque esta o trai com um aluno, ou se divorcia em dois anos levando as crianças e todo o seu dinheiro, seja porque simplesmente as coisas não estão fáceis nas relações.

Já falamos sobre a questão dos homens "alfa" e "beta", mas não falamos sobre a hipergamia, que seria uma constante na psiquê feminina, exacerbada pela revolução sexual e pela independência financeira feminina. Basicamente, 80% das mulheres estão interessadas em 20% dos homens. Mas e os outros 80% dos homens, fazem o quê? Viram gays? Ah, acho que começo a entender o gayzismo...

A situação é especialmente terrível na China, onde a política estatal de permitir um só filho por casal gerou um grave desequilíbrio entre os sexos, já que as famílias preferem ter um filho homem e abortam as meninas. Hoje há apenas 40% de mulheres para 60% de homens. Mas, repito, essas poucas mulheres só estão interessadas em uma minoria desses muitos homens. Recentemente houve uma série de casos de homens solitários na China que mataram crianças em jardins de infância. Os casos, apesar de bárbaros, têm uma explicação: são homens que não se reproduziram que estão matando, por raiva, as crias dos outros. Acontece muito no mundo animal, por que não poderia acontecer no mundo humano também?

Por outro lado, não sou partidário de que a mulher volte ao tanque e à cozinha. Para mim o feminismo foi relativamente bom (afinal, sou alfa e estou entre os 20% de sortudos, ah ah): como diz o Chesterton, "It's Miller time!". A mulher trabalha e ajuda com as despesas, o homem pode descansar mais. Está certo que ainda não casei, e estaria mais do que na hora, mas aqui nos EUA com as überfeministas a situação está bem complicada para quem quer alguma coisa duradoura. Se a leitora Bárbara prometer não cortar o meu pênis, será que ela aceitaria ser a mãe dos meus filhos? 

Concluo com uma cena do filme mais doente já feito sobre a "vingança das feministas":