segunda-feira, 16 de março de 2009

Bioética racional

O filósofo Peter Singer dá aulas de "bioética" na prestigiosa universidade de Princeton. Sua "bioética" funda-se em princípios que parecem bizarros para a maioria de nós que, por mais agnósticos que sejamos, ainda estamos acostumados à moral tradicional judaico-cristã, a qual, queiramos ou não, permeia quase todo o sistema legal e ético atual. Apesar disso, as idéias radicais de Singer estão ficando na moda em certos círculos. Algumas delas aqui:

- A vida de um chimpanzé adulto pode valer mais do que a de um bebê humano, que não tem ainda a consciência formada: seria mais ético salvar de um incêndio um macaco do que um bebê humano retardado, que talvez seja até menos inteligente do que o chimpanzé.

- Não há diferença entre matar um feto e um bebê, pois nenhum deles tem a consciência totalmente formada e portanto, se os pais quisessem deveriam poder matar seus bebês tanto antes quanto após o parto.

- Pode ser mais ético matar bebês recém-nascidos que tenham defeitos físicos ou mentais que possam causar infelicidade a seus pais do que obrigá-los a viver uma vida de sofrimento para eles próprios e para seus pais (para Singer, um bebê não tem consciência de si mesmo nem grande noção do futuro e do passado, e portanto sua morte é ruim na medida em que causa sofrimento àqueles que o amam, como seus pais; porém, se a vida do bebê "defeituoso" for causar mais sofrimento do que sua morte, é permissível matá-lo).

- Embora ele não o recomende, não vê nada de moralmente errado se um casal decidisse gerar uma criança com o único intuito de matá-la após o nascimento e retirar seus órgãos para dá-los a um irmão doente, se assim desejarem (idem ao argumento acima, de que seres com consciência tem precedência sobre seres sem consciência ou com consciência limitada).

- É perfeitamente permissível matar velhinhos com Alzheimer que não reconheçam mais ninguém, se todos os parentes concordarem (o velhinho não tem poder de decisão).

- Não há nada de moralmente errado com a necrofilia ou o bestialismo ou o sadomasoquismo ou até mesmo a pedofilia desde que sejam comprovadamente consensuais: tudo o que dá prazer e é consensual é, por natureza, ético (a pedofilia poderia, no entanto, ser condenada já que em certos casos seria difícil provar que a atividade é consensual).

- Matar não é errado em si mesmo, mas apenas na medida em que causa ou diminui o sofrimento de terceiros. Por exemplo, matar Hitler teria sido um bem já que teria evitado a morte de milhões. Mas matar assassinos condenados à morte na prisão é errado pois não podem mais fazer mal a ninguém.

- Realizar experimentos científicos ou médicos com seres humanos em estado de coma seria mais ético do que realizar os mesmos experimentos com macacos plenamente conscientes.

- Em seu novo livro, que promete "uma solução para o problema da pobreza", argumenta que a vida de nossos próprios filhos não é, em si, mais importante do que a vida de criancinhas famintas na África (todas as vidas têm o mesmo valor), portanto os ricos deveriam dar dinheiro aos pobres em vez de gastá-lo em coisas fúteis como uma Ferrari ou educação universitária para seus próprios filhos (mais urgente é evitar a morte de fome);

O pavoroso em Singer não é que suas idéias sejam malucas. É que, ao contrário, são extremamente racionais. São o racionalismo levado ao extremo. Singer é um utilitarista, isto é, acredita que um ato é moral ou não apenas de acordo com o sofrimento mensurável que causa. Se um ato causa sofrimento é imoral, se causa felicidade (ou evita sofrimento) é moral. Singer vai além dos utilitaristas clássicos em apenas dois aspectos:

a) utilitaristas clássicos afirmavam que o Bem pode ser definido como "aquilo que traz felicidade". Singer, que considera a felicidade um conceito problemático, utiliza o conceito de "preferência". As decisões morais são baseadas apenas na intensidade da preferência de um indivíduo ou grupo.

b) seu radicalismo consiste em não limitar tal ética utilitarista aos seres humanos, mas, ao contrário, colocá-los no mesmo plano de todos os outros seres vivos conscientes. Matar uma vaca ou um homem, para Singer, tem o mesmo valor moral. (Para ele, a única razão pela qual matar um ser humano poderia ser mais grave do que matar uma vaca seria pelo fato de que a morte do ser humano causaria mais dor a outros seres (parentes, amigos, etc.) do que a da vaca a seus companheiros bovinos, e devido à maior autoconsciência humana - mas não devido a qualquer diferença de importância entre homem e vaca).

Aos que o acusam de ter idéias "nazistas", Singer - que embora seja um ateu radical é filho e neto de judeus - argumenta que seu avô morreu em um campo de concentração, e que toda sua filosofia, influenciada por essa história familiar, busca justamente minimizar o sofrimento. Tudo para ele, assim, se divide em seres autoconscientes passíveis de sofrer (animais superiores, pessoas) e seres que não sofrem ou não tem autoconsciência (velhinhos em coma, bebês, plantas).

É a ética de um mundo materialista e racional ao extremo. E é justamente por isso que, ao menos para mim, é tão pavorosa. Mesmo (ou especialmente) quando efetivamente resulta no "bem maior" (a filosofia de Singer lembra um pouco a filosofia de Quincas Borba). Pois o terrível em Singer é justamente seu frio racionalismo. Se Deus não existe, se Bem e Mal não existem, se não há absolutos morais, se a vida não apenas não é sagrada como não tem qualquer sentido, se a diferença entre o homem e os demais animais é apenas quantitativa e não qualitativa (maior inteligência, maior consciência, etc.), se o que caracteriza um ser humano como "pessoa" é meramente a sua autoconsciência, então a ética de Singer é a ética mais lógica a seguir.

Pessoas como Singer me dão vontade de converter-me à primeira religião que encontrar. Acho que até um mundo dominado pelo islamismo radical seria mais humano do que um regulado pela ética singeriana.

Atualização: Roger Scruton contesta as idéias de Singer. Aqui.

28 comentários:

Cláudio disse...

É tão lindo pregar uma bioética, ou algo que o valha, enquanto vivemos protegidos pela ética que esculachamos, não? É como o purralho que é filiado ao PSTU mas usufrui das maravilhas do capitalismo.

Anônimo disse...

X, tudo ia bem até o "se deus não existe"...O debate sobre o dilema dostoievskiano já foi travado aqui, não? O utilitarismo radical, hiperracional e bestial (no pior sentido do termo) do Singer não deveria nos empurrar para um religião qualquer, como vossa senhoria deixa a entender. Há uma moral agnóstica que contrapõe, ponto por ponto, todas as baboseiras singerianas...

Kbção

Anônimo disse...

Eu queria ver esse coitado aí, pregar a bioética racional na Polônia, ou Ucrânia, ocupada pelos nazistas.

Decerto iria aprovar o extermínio de seus pares judeus,afinal, estavam todos sofrendo mesmo, pela guerra, fome, privações e perseguição.

Matar para aliviar o sofrimento, que bonito!

É realmente tão lindo pregar besteiras, com o traseiro gordo sentado numa cadeira em Princeton.

Anônimo disse...

Gente, onde vamos parar com toda essa degradação da moral e do caráter do ser humano.
Essa mentalidade é bestial, totalmente desprovida de qualquer escrúpulo ou sentimento por seus semelhantes. Coisa da Besta mesmo.
Isso é o fim do iluminismo, o fim do conceito do ser humano criado à semelhança do Criador, a volta a idade das trevas, não obstante o discurso pseudo-científico.
Ao ler coisas como essas - Singer, Saramago et caterva - cada vez mais rezo a Deus para que Ele dê cabo de sua obra imperfeita.

Mr X disse...

Olá Kbção,
Concordo que o ateísmo não leva necessariamente à moral singeriana. De fato, acho que o Roger Scruton (que odeia o Singer e deu o nome dele a um dos porcos de sua fazenda) é ateu ou agnóstico, não tenho certeza.

Mas o que é importante observar é que a ideologia de Singer é radicalmente anticristã, ou melhor, anti-Deus. Toda a sua idéia se basa (e ele repete isso várias vezes) na idéia de que não há nada de sagrado na vida, de que não há nada de especial no homem, de que não há sentido nenhum na vida, e ele falou várias vezes que o que ele quer mesmo é acabar com a moral tradicional baseada na religião.

Anônimo disse...

Corrija-se, bobão, há muitas formas de ser ateu. Não há um só ateísmo.

Portanto, tua frase contemporizadora de que o ateísmo não leva necessariamente à moral singeriana, embora simpática e conciliadora, não tem sentido lógico algum.

Essa besteira desse tal de Singer é uma estupidez sem tamanho. Não há dúvida que o cara tem talento pra genocida. Nisso concordamos.

Mas aí generalizar pra todos os ateus, aí é sacanagem da pesada. Aliás, um típico artifício de crentes: tirar a humanidade de quem não acredita e acusá-lo de todas as barbaridades cometidas na face da terra.

Raciocínio estúpido e, convenhamos, vinda de mentes totalitárias!

Anônimo disse...

Eu sou ateu, não creio em deus, acho que quem acredita sofre de transtorno mental e encontro muitas semelhanças entre crentes em deus e crentes na revolução: ambos são totalitários e eliminam o indivíduo e a escolha individual.

Os primeiros querem, na verdade, uma teocracia, os segundos (os comunistas) uma burocracia.

Embora seja, ateu, jamais assassinaria alguém, nem exigiria que minha mulher fizesse o aborto, por exemplo (assunto tão citado nas últimas semanas). Mesmo quando passamos dificuldades financeiras na primeira gravidez da minha mulher, não pensamos em nenhum momento no aborto e não pensaríamos em qualquer outra hipótese.

E aí, como é que fica a tua lógica linear de que ateus não valorizam a vida?

Uma coisa, entretanto, é a minha posição, contrária ao aborto, outra diferente é impor isso a todo o resto.

Cada um que arque com as consequencias de seus atos.

Anônimo disse...

Leiam os originais. Julgar Singer pelo texto afetado e caricato do grande desengonçado Cheese e sair metralhando o cara é, no mínimo, desonesto.

Ele não é burro nem maluco, apenas é racional.

Não sei se concordo com as idéias dele, mas ler seus textos, extremamente bem escritos e construídos com lógica impecável é no mínimo um exercício de auto-questionamento.

Afinal, por que tanto medo do racionalismo?

A idéia de que a Terra gira em torno do Sol já foi considerada crime passível de morte; não incomodava só os religiosos. Era praticamente uma ofensa pessoal às pessoas, pois mexia com suas crenças mais profundas a respeito da realidade.

Por muito tempo mulheres eram consideradas bruxas, sendo culpadas e castigadas por temporais que causassem perda de colheitas e afins. Era confortável, fazia parte da cultura, da moral, da ética de uma época. Mas não sobreviveu a uma dose razoável de racionalismo. Por que? Porque era infundado. Falso.

O racionalismo não tem (em sua essência) nenhum viés. Se as conseqüencias de sua aplicação nos assustam por confrontar nossas crenças enraigadas, será que não vale a pena ao mínimo questionar , assim, bem de leve, tais crenças?

Anônimo disse...

Sei lá, Gunnar.

O racionalismo pode, muitas vezes, servir justamente para arraigar nossas crenças, e não o contrário.

Poder-se-ia ser muito mais racional, à época, preservar o pescoço, do que pregar idéias inéditas, por exemplo.

Não tem como confrontar valores morais, com teoremas matemáticos, físicos e afins, que podem ser provados, medidos, quantificados. Uma coisa é uma coisa e outra coisa ...

Aliás, para mim o frio racionalismo pode ser substituido pelo instinto básico de sobrevivência.

Todos nascemos e todos vamos morrer, ponto. Mais frio e racional que isso, impossível.

Então esqueçamos toda essa baboseira racional e seguimos nosso desígnio "irracional", que é viver até o ponto possível. Salve-se quem puder.

Pensando bem, o que dizer do instinto materno dos "autoconscientes" macacos. São eles mais evoluídos que as tartarugas, por exemplo? Isso seria um sinal de autoconsciência, ou não?

As mulheres que abortam, mesmo tendo todas condições de cuidar da criança, simplesmente para evitar transtornos ou aborrecimentos próprios [racionalidade], são mais autoconscientes que os primatas? Ou poderiam ser consideradas como os cágados, que não tem o "aborrecimento" de cuidar de sua prole?

Mas, por fim, quem sabe, o homem é um magnífico exemplo de racionalismo, e logo, logo causará uma hecatombe nuclear proposital que extinguirá quase toda a vida na Terra.

Restará somente as baratas. Esses seres tão morais e bioéticos porque não sofrem.

Anônimo disse...

Gunnar, talvez o racionalismo estreito não sirva pra debater dilemas morais, só isso. Quem já leu livros sobre a mente, como os do Damásio, sabe que, ao contrário do que prega o Singer, a autoconsciência não é a mais importante característica de nós humanos. A consciência moral está no topo da cadeia. E temos muito a aprender sobre suas raízes na evolução do homem. Aí reside toda a tibieza da filosofia singeriana, que, escorado num racionalismo cru e seco, desdenha de nossa inata vocação para fazer julgamentos morais...Nesse ponto tendo a concordar com o X, a Igreja Singeriana é muito mais nefasta e não menos reducionista que qualquer outra...

Kbção

Mr X disse...

Gunnar,

Não discordo que o Singer seja extremamente inteligente e lógico no seu raciocínio (ainda que suas premissas sejam bem discutíveis).

Certamente ler as obras originais daria uma idéia mais clara do que o meu resumão aqui, que foi tirado de entrevistas ou artigos de e sobre Singer (ele próprio argumenta que o infanticídio é uma idéia muito menor na sua obra e que foi ampliado pela mídia).

Posso até concordar que, ao menos no meu caso, há sim um certo medo em abandonar as convenções tradicionais em nome de uma "nova moral", supostamente mais sofisticada ou racional.

O conceito de Singer é de que a vida humana em si não é sagrada em si mesma, e a avaliação de manter ou não uma vida depende da circunstância, podendo apenas ser avaliada pelo sofrimento que causa ou deixa de causar a eles mesmos ou a terceiros.

Isso explicaria porque, segundo ele, velhinhos com Alzheimer que são um peso para as famílias, ou bebês deficientes e deformados que trazem infelicidade aos pais podem ser eliminados: não tem capacidade de discernir ou de indicar seus desejos, e portanto são outros os que devem escolher por eles, dependendo de como se sentem em relação a tais seres.

Para a moral tradicional, isso é monstruoso, pois vai contra o conceito de sacralidade da vida, toda vida humana é importante porque é uma vida humana, e ponto. Tanto que nem o livre arbítrio deveria atentar contra ela, e por isso a crítica da igreja ao suicídio e à eutanásia. O valor da vida está acima do próprio indivíduo.

Mas, como Singer não vê valor intrínseco nenhum na vida em si, o que importa para ele é como os outros se sentem em relação a esta pessoa, não a pessoa em si. Se eu quero me matar, azar o meu. Se o velhinho demente tem familiares que o querem vivo, ou se os pais do bebê doente mesmo assim querem criá-lo, tudo bem. Se querem livrar-se dele, tudo bem também. A vida do velhinho ou do bebê, em si, não importa, já que eles têm um nível de consciência "inferior" (não queria usar esse termo, mas, lamentavelmente, as idéias singerianas terminam sendo redutíveis ao darwinismo social).

É justamente pelo seu apelo ao racionalismo que as idéias singerianas me causam calafrios.

Por outro lado, pode-se argumentar que as categorias de Singer são arbitrárias e baseadas em cálculos subjetivos: como sabemos se um bebê com síndrome de Down não é mais feliz do que um bebê normal? Como sabemos o que desejam os animais? Não sabemos, tudo são aproximações.

Abraços,

Anônimo disse...

http://januacoeli.wordpress.com/2009/03/15/urgente-aborto-em-recife-brasil/

Anônimo disse...

Esse relativismo radical é tão idiota que se um religioso achasse que ele incomoda muito poderia usar sua filosofia para assassiná-lo...e ele não poderia reclamar.

Anônimo disse...

a vida humana para um ateu tem valor em si? É uma pergunta mesmo. Um ateu acha a vida humana "especial", diferente da vida do resto da terra?

Stefano di Pastena disse...

Mr. X e Chesterton: excelentes post e comentários. Também concordo que o ateísmo não leva, necessariamente, à tal moral Singeriana e seu completo desrespeito pela vida humana. A comparação que o autor faz entre chimpanzés e bebês deficientes é apenas uma provocação estúpida e marqueteira.

Cláudio disse...

Eu discordo do último comentário, Mr. X. As palavras de Singer nada têm de inteligentes. Uma pessoa que é incapaz de captar a diferença que há entre um bebê e um chipanzé não pode ser levada a sério em nada. É como algém que não consegue captar a diferença entre um carrinho de rolimãs (essa é pros véios) e um Dodge Viper.

Podemos dizer que suas palavras são lógicas? Sim, mas apenas levando em consideração que ele é incapaz de estabelecer diversas premissas corretamente.

Anônimo disse...

MrX, eu concordo com o Kbção quando diz que "há uma moral agnóstica que contrapõe,..etc". Chama-se moral do Kbção e deve ser ótima mas tem um problema: é humana. Esse é o problema das morais agnósticas..."vareiam" do Kbção(para o bem) ao tolo do Singer(para o mal). Já a minha moral que não é minha, pertençe ao Deus de Abraão de Isaque e de Jacó e não tem sombra de variação. Posso partir que ela permaneçerá igual para os meus filhos.

Anônimo disse...

As pessoas são engraçadas.

Os crentes dizem que acreditam em Deus e vida eterna e tal, mas basta lhes apontar uma arma e veremos que eles não tem a menor duvida que essa é a unica vida que temos

Por outro lado os ateus dizem que Deus não existe, mas vivem suas vidas com preceitos de que somos floquinhos magicos especiais e temos um proposito maior nesse universo...

Como ja cantava o Renato Russo, "festa estranha com gente esquisita"

Anônimo disse...

Bom, o anonimo já me respondeu, para ele a vida humana tem o mesmo valor de uma árvore, uma alface, dentro de Gaia, a mãe Terra. Mas eu gostaria de saber se existe algum tipo de ateismo ( o anonimo diz que sim, mas não diz qual) onde a vida humana é considerada especial, superior às outras. Existe? Ou quem pensa assim não é ateu e não sabe.
O Singer não é inteligente, ele apenas pensa que é esperto....

Fabio Marton disse...

Chesterton, qualquer liberalismo põe um valor na vida humana em si conquanto somos animais racionais, portanto morais. Singer discorda até dos outros utilitários por considerar essa premissa "especismo".

Seria mais honesto da parte de Singer se ele tivesse estabelecido objetivamente quantas vacas valem a vida de uma pessoa.

Se alguma coisa brotar do pensamento dele, pode ter certeza que não será um bando de abraçadores de árvore.

Anônimo disse...

Porque não abraçadores de árvores? O que quero dizer é que ideologias quer nivelam homens a animais precedem sempre genocidios.

Anônimo disse...

Chesterton

Ateísmo não é religião, conjunto de crenças, escola filosófica, grupo, organização, nada disso.

É uma característica do indivíduo. DO INDIVÍDUO e somente dele, tal qual o número do calçado ou a cor da pele.

Por isso não faz sentido falar sobre "um ateu" ou sobre "algum tipo de ateismo".

O número de tipos de ateísmo é igual ao número de ateus.

Mr X disse...

Interessantes comentários de todos. Acho que vou fazer um outro post, sobre a questão do ateísmo vs. religião. Acabo de me dar conta de uma coisa incrível, a razão pela qual a religião existe e porque o ateísmo não pode substituí-la. Em breve.

Anônimo disse...

Gunner, eu acho que vocë não tem razão...

Anônimo disse...

Mas Gunnar, me diz uma coisa, para vocé , individualmente, uma vida humana é especial, tem um carater diferente, ou apenas ocorreu um acúmulo excessivo de neurônios em determinados lugares do cérebro durante a evolução?
No filme 2001, de S Kubrick, o HAL é um computador que de tão avançado, mas tão avançado, adquiriu consciência e vontade própria. Vocë acha que foi mais ou menos isso que ocorreu com o homem (isto é, um macaco com neurônios de mais e pelos de menos) , ou alguma outra coisa misteriosa "deu-lhe" a razão , o que tambem parece estar ilustrado no contacto do macaco com o monolito, nas passagens iniciais do mesmo filme?

Mr X disse...

Não existe Deus... mas existe o Monolito?

Anônimo disse...

Muito bons o post e a discussão.

Mas tou com a cabeça cheia e muita pregui de pensar pra discutir. Até acho as ideias do cara interessantes, mas periga cair no que Lin Yiutang classificaria como racional, mas não razoavel.

Anônimo disse...

mas ninguem responde nem sim nem não? :(