O jornalista encontra ainda motivos para alegrar-se com a crise econômica, afirmando que:
Agora é a hora de uma crítica positiva do consumismo. Agora é a hora de assegurar que a recuperação econômica não signifique a volta da sociedade cheia-da-grana.Milhares de pessoas perderam seus empregos, suas casas e suas aposentadorias, mas hey, ao menos estão colaborando para acabar com a praga do consumismo!
O jornalista imbecil provavelmente vive na cidade, com seu Blackberry e sua internet sem fio, e não se dá conta que em um mundo sem combustíveis fósseis ele não só vai perder seu próprio emprego como provavelmente vai ter que cortar lenha se não quiser morrer de frio; que os milhões de empregos perdidos com o fim da indústria petrolífera não vão se transformar automaticamente em empregos na incrível indústria da energia solar, mas provavelmente serão reduzidos a trabalhos de subsistência mais árdua. Os poluentes carros poderão ser substituídos - por ecológicas carroças.
Há algo de apavorante nos arquitetos do futuro, naqueles que querem resolver todos os problemas do mundo com grandiosos projetos mirabolantes. Não lhes basta tentar resolver o problema do seu prédio ou do seu bairro: não lhes interessa nada menos do que o mundo, com seus bilhões de pessoas. Para isso sim eles sabem a solução. Curiosamente, são em geral pessoas que, se deixadas sós, provavelmente não conseguiriam nem amarrar os sapatos. E no entanto acreditam que podem transformar e governar o mundo inteiro.
São, no fundo, religiosos messiânicos enrustidos.
(Outro dessa laia é o professor (sic) Emir Sader, que tem livro novo no pedaço: "A Nova Toupeira". Parece ser uma continuação ilustrada de "O Perfeito Idiota Latinoamericano".)
Mas aqueles que sonham com o fim do capitalismo terão uma grande surpresa ao descobrir que este não nos levará a uma brilhante sociedade ideal - apenas nos levará de volta ao maravilhoso mundo pré-capitalista, também conhecido como feudalismo.
7 comentários:
Bem, eles acabam se dando conta na marra, pois como diz o Claudio, "Há uma realidade lá fora" . Na hora que ele tiver que puxar a carroça (sim, não vai colocar o companheiro burro para trabalhar), acabará comprando 20 litros de gasolina, pois essa raça é de uma preguiça monumental.
É coisa de rico. Como, aliás, aquela coisa de "alimento orgânico". É claro que diminuir o uso de "agrotóxicos" (nome feio que deram para os indispensáveis pesticidas) seria bom, mas se não houver nada para substitui-los, mais da metade da humanidade vai morrer de fome (os branquinhos ricos do greenpeace vão continuar comendo muito bem, é claro).
Os tão caluniados "agrotóxicos" foram responsáveis por uma revolução (essa sim uma BOA revolução) na agricultura que permite, hoje, alimentar os bilhões de seres humanos do planeta.
Futuro verde? Sei não, vejo a coisa mais como algo semelhante a um futuro a la Blade Runner... e que mais interessante! :)
No futuro não vai mais existir a agricultura, todas a áreas hj dedicadas ao plantio serão transformadas em jardins ou florestas nativas.
A alimentação será feita como nos filmes da série "jornada nas estrelas": vc pede pro computador o prato que deseja comer e... POF!, ele se materializa na sua frente.
É brincadeira, hehehe, to apenas me antecipando àquele leitor daqui que tem uma fé inabalável na tecnologia, na ciencia e no futuro.
Mas uma coisa seria bastante desagradável: Se, de fato, o planeta entrar em um cataclismo climático, aí, sim, todos estarão ferrados.
Beleza.
Com o fim do capitalismo, poderemos trocar os Reais do Bolsa Família, pelo trabalho compulsório, em troca de comida, no feudo.
No caso, do governo.
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