Nunca sei se chamar o pessoal mais à esquerda de "liberais" (como fazem nos EUA), de "esquerdistas" ou de "progressistas", como é moda agora.
Acho que vou chamar de progreçistas mesmo, pois a idéia fixa deles é com o "progresso", que na verdade é um progreço com cê cedilha. A idéia deles é que, assim como há um progresso tecnológico, também haveria um progresso social. A sociedade iria progredindo e haveria cada vez mais direitos (e menos deveres). Negros, brancos, asiáticos e índios esqueceriam os ódios e viveriam para sempre em paz; seria aceito o casamento de gays e travestis, e quem sabe um dia de pedófilos também (basta achar um nome mais politicamente correto para eles, tipo, "amantes da infância"), todos poderiam viver sem sofrer discriminação por sua raça, sua cor, sua nação ou sua preferência sexual. Não haveria mais ricos e pobres, todos seriam iguais. A "justiça social" avançaria até termos um mundo igualitário em que ninguém brigaria com ninguém e todos viveriam felizes sob o arco-íris.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Poema do domingo
Braços
Braços nervosos, brancas opulências,
brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
alvuras castas, virginais alvuras,
latescências das raras latescências.
As fascinantes, mórbidas dormências
dos teus abraços de letais flexuras,
produzem sensações de agres torturas,
dos desejos as mornas florescências.
Braços nervosos, tentadoras serpes
que prendem, tetanizam como os herpes,
dos delírios na trêmula coorte ...
Pompa de carnes tépidas e flóreas,
braços de estranhas correções marmóreas,
abertos para o Amor e para a Morte!
brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
alvuras castas, virginais alvuras,
latescências das raras latescências.
As fascinantes, mórbidas dormências
dos teus abraços de letais flexuras,
produzem sensações de agres torturas,
dos desejos as mornas florescências.
Braços nervosos, tentadoras serpes
que prendem, tetanizam como os herpes,
dos delírios na trêmula coorte ...
Pompa de carnes tépidas e flóreas,
braços de estranhas correções marmóreas,
abertos para o Amor e para a Morte!
Cruz e Sousa (1861-1898)
Etiquetas:
poemas
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Freedom is just another word for nothing left to lose
Onde acaba a liberdade? Em recente discussão com comentaristas, houve debate sobre a questão das drogas, e alguns questionaram minha posição de categorizar a venda e o uso de drogas como crime. Informaram que eu deveria levar mais a sério a frase sobre a liberdade que aparece lá embaixo do blog.
Os leitores têm razão. Eu não sou mais totalmente libertário, mas não sei mais o que sou. A resposta que eu dei lá nos comentários foi a seguinte:
Convenci-me com o tempo do seguinte: o ser humano acha que quer liberdade, mas, na verdade, quer regras. Uma vida com regras é muito mais fácil e harmoniosa. A liberdade total causa apenas medo e confusão.
No entanto, a ênfase na "liberdade", entendida apenas como "direito de fazer o que me der na telha mesmo que for negativo" é um dos conceitos fundamentais da sociedade moderna. Aqui na Califórnia há um movimento para legalizar de vez a marijuana (já é possível o uso "médico"), e é possível que obtenham a vitória. Afinal, o estado está em bancarrota, e os impostos obtidos com a maconha legal poderão servir para tentar ajustar as contas. Todos terão liberdade para fumar. Mas será que a vida vai melhorar? As pessoas que vivem próximas aos pontos de venda de drogas ou que tem viciados em suas famílias tendem a ser contrárias.
Cingapura, ao contrário, é um dos países com políticas mais rigorosas contra as drogas (na verdade, não dá nem mesmo pra mascar chiclete e cuspir na calçada em Cingapura, sob pena de rigorosa punição) e, ao mesmo tempo, é um dos países de melhor qualidade de vida (citado em 11o. lugar mundial). Não sei se uma coisa está relacionada à outra, mas entendo que o uso de drogas recreativas não conta para medir o índice de qualidade de vida. E grande parte dos crimes que ocorrem no mundo atual estão, de um modo ou de outro, relaciondos com o uso de drogas.
É, de fato, uma questão complicada; tudo o que eu queria dizer é que a liberdade não é necessariamente a medida de todas as coisas, mas está em jogo com outros valores.
Porém, o blog está em crise. Talvez seja o caso de mudar a frase lá embaixo por alguma outra, ou pensar mais a respeito do assunto.
Os leitores têm razão. Eu não sou mais totalmente libertário, mas não sei mais o que sou. A resposta que eu dei lá nos comentários foi a seguinte:
Bem, eu não consumo cocaína nem marihuana nem heroina nem LSD nem nada disso e não quero que meus futuros filhos consumam, então não me importa se for proibido.
Eu poderia fazer o argumento que quisesse em favor da liberdade de cada um ferrar com a própria vida, mas, francamente, acharia melhor um mundo em que essas bem chamadas drogas não existissem.Mas, pensando bem, acho que não é uma boa resposta. Afinal, seria necessário ter uma razão mais coerente. Sou a favor da venda legal de bebidas alcóolicas, que consumo com relativa freqüência: por que ser contra as drogas? É apenas uma questão de gosto pessoal? O álcool não mata tanto ou mais do que as drogas ilegais?
Como existem, não dá pra fazer com que "desexistam", mas a ilegalidade diminui a sua aceitação social.
Acho que é isso.
Convenci-me com o tempo do seguinte: o ser humano acha que quer liberdade, mas, na verdade, quer regras. Uma vida com regras é muito mais fácil e harmoniosa. A liberdade total causa apenas medo e confusão.
No entanto, a ênfase na "liberdade", entendida apenas como "direito de fazer o que me der na telha mesmo que for negativo" é um dos conceitos fundamentais da sociedade moderna. Aqui na Califórnia há um movimento para legalizar de vez a marijuana (já é possível o uso "médico"), e é possível que obtenham a vitória. Afinal, o estado está em bancarrota, e os impostos obtidos com a maconha legal poderão servir para tentar ajustar as contas. Todos terão liberdade para fumar. Mas será que a vida vai melhorar? As pessoas que vivem próximas aos pontos de venda de drogas ou que tem viciados em suas famílias tendem a ser contrárias.
Cingapura, ao contrário, é um dos países com políticas mais rigorosas contra as drogas (na verdade, não dá nem mesmo pra mascar chiclete e cuspir na calçada em Cingapura, sob pena de rigorosa punição) e, ao mesmo tempo, é um dos países de melhor qualidade de vida (citado em 11o. lugar mundial). Não sei se uma coisa está relacionada à outra, mas entendo que o uso de drogas recreativas não conta para medir o índice de qualidade de vida. E grande parte dos crimes que ocorrem no mundo atual estão, de um modo ou de outro, relaciondos com o uso de drogas.
É, de fato, uma questão complicada; tudo o que eu queria dizer é que a liberdade não é necessariamente a medida de todas as coisas, mas está em jogo com outros valores.
Porém, o blog está em crise. Talvez seja o caso de mudar a frase lá embaixo por alguma outra, ou pensar mais a respeito do assunto.
O problema do Mal
Para não dizerem que peguei pesado com a comunidade afro, eis que aponto alguns casos terríveis ocorridos na comunidade rural white trash americana.
Um é o caso da morte da menina Haleigh Cummings, de apenas 5 anos, no qual toda uma família de rednecks parece estar envolvida. Ou o caso do massacre da família Gee. Crimes assim ocorrem toda hora. Mas mais terrível é o caso abaixo:
Em um belo dia de outono, quatro adolescentes brancos decidiram que iriam entrar em uma casa escolhida ao acaso, roubá-la e "matar quem estivesse lá dentro". Mataram a golpes e facadas uma mãe solteira de 41 anos e mutilaram para sempre sua filha, uma garotinha de apenas 11 anos que por milagre sobreviveu. A descrição da brutalidade e sangue frio do crime em outros tempos poderia levar à acusação de possessão demoníaca dos adolescentes.
Mas nós somos adultos e vacinados e sabemos que o Diabo não existe, ou será que existe?
O Mal existe, no entanto. E é um problema nesta sociedade que se recusa a aceitar o fato.
Um é o caso da morte da menina Haleigh Cummings, de apenas 5 anos, no qual toda uma família de rednecks parece estar envolvida. Ou o caso do massacre da família Gee. Crimes assim ocorrem toda hora. Mas mais terrível é o caso abaixo:
Em um belo dia de outono, quatro adolescentes brancos decidiram que iriam entrar em uma casa escolhida ao acaso, roubá-la e "matar quem estivesse lá dentro". Mataram a golpes e facadas uma mãe solteira de 41 anos e mutilaram para sempre sua filha, uma garotinha de apenas 11 anos que por milagre sobreviveu. A descrição da brutalidade e sangue frio do crime em outros tempos poderia levar à acusação de possessão demoníaca dos adolescentes.
Mas nós somos adultos e vacinados e sabemos que o Diabo não existe, ou será que existe?
O Mal existe, no entanto. E é um problema nesta sociedade que se recusa a aceitar o fato.
Afro-americanos e afro-brasileiros
Os americanos, como já observei há algum tempo atrás, são obcecados com a questão racial, e este blog, um pouco por influência disso, começou a tratar do problemático e politicamente incorretíssimo tema. Sei que no Brasil isso dá até cadeia, mas fazer o quê?
Muitos, mesmo na direita, prefeririam nem tocar nesse espinhoso tema. Porém, como os próprios leitores em recente pesquisa pediram para o Blog do Mr X "ser ainda mais politicamente incorreto e chutar o pau da barraca", vou nessa direção. (Já adivinho o Bitt me acusando de racista, reacionário e canalha, dane-se: 60% dos leitores não podem estar errados.)
Muitos, mesmo na direita, prefeririam nem tocar nesse espinhoso tema. Porém, como os próprios leitores em recente pesquisa pediram para o Blog do Mr X "ser ainda mais politicamente incorreto e chutar o pau da barraca", vou nessa direção. (Já adivinho o Bitt me acusando de racista, reacionário e canalha, dane-se: 60% dos leitores não podem estar errados.)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
As notícias que sabemos e as que não
Lembram do acidente aéreo em Katyn, que matou toda a cúpula do governo polonês, justamente no aniversário do massacre soviético? Pois agora certas notícias indicam que os russos não estariam colaborando com as investigações -- ao contrário, estariam atrasando tudo e talvez tentando ocultar certos fatos.
O que aconteceu afinal? Não sabemos e talvez nunca saibamos. Como dizia Churchill, a Rússia é uma charada envolta em mistério dentro de um enigma.
Isso me faz pensar sobre todos os eventos sobre os quais nada sabemos. Não é preciso ser um louco ou um teórico da conspiração para desconfiar das notícias que saem no jornal. É natural que estas atendam a certos interesses, e que os jornalistas são em sua grande maioria bocós que nada mais fazem do que reproduzir parcialmente os eventos sob a ótica da moda, que hoje é o progressismo politicamente correto. É ingenuidade acreditar em tudo o que se lê no jornal.
Ao mesmo tempo, os sites de teorias da conspiração tampouco são confiáveis, e portanto ficamos num limbo, sem poder acreditar no que lemos na Grande Mídia mas tampouco sem ter respostas alternativas verificáveis. Corremos o risco de querer usar um tin foil hat e passar a acreditar em teorias conspiratórias sobre planos para destruir a humanidade com o "vírus da gripe suína", que na realidade sumiu das notícias e matou menos do que uma gripe comum.
Lembram do terrorista líbio acusado do ataque de Lockerbie, solto pelas autoridades por "piedade", já que estava com câncer e "morreria em três meses"? Já faz mais de um ano, e ele não só ainda está vivo como os médicos garantem que deve viver mais de uma década (se o Mossad não o pegar); é possível que nem mesmo tenha câncer. A explicação agora é que teria havido um acordo do governo britânico e da British Petroleum com a Líbia para a exploração de petróleo no país árabe, e uma das condições dos líbios era a liberdade do seu "herói". Conspiração ou realidade?
As teorias da conspiração surgem quando temos pouca informação a respeito de certos assuntos, ou quando a informação oficial contradiz os fatos visíveis. Por exemplo, há muitas teorias de conspiração sobre Obama -- mas qual a razão? Obama jamais revelou grande parte da documentação sobre sua vida, dando margem a todo tipo de especulação. Quem chega a questionar alguns desses mistérios é acusado de "birther" ou paranóico, mas quem gerou o mistério foi o próprio Obama e seus amigos ao não divulgar a informação. A mídia chama de loucos ou ignorantes os 20% de americanos que acreditam que Obama seja muçulmano (apenas 34% acreditam que seja cristão, na sua posse eram 43%). Mas comparem o que ele fala sobre o Islã e o que ele fala sobre o Cristianismo, e vejam se parece um cristão falando.
No Brasil, a promíscua relação entre PT, Farc, Cuba e demais comunistas do continente latinoamericano também dá margem a supostas "teorias da conspiração", mas na verdade os fatos indicam que realmente há uma grande coordenação da esquerda a nível continental, e a presença de Zelaya no mais recente encontro do Foro de São Paulo é apenas a última prova. Quando é que uma conspiração torna-se verdade, quando sai no jornal?
Voltando ao acidente na Polônia, o que sabemos é que a causa oficial é de falha do piloto causada pela neblina. A transcrição oficial do diálogo dos pilotos parece confirmar o problema. No entanto, um avião repleto de jornalistas teria pousado no mesmo aeroporto apenas 40 minutos antes sem problemas. Um estranho vídeo amador supostamente realizado minutos após o acidente parece mostrar uma execução de sobreviventes. Para falar a verdade, parece-me fake. Achei o vídeo confuso e não consegui ver nada claramente, mas os tiros podem ser ouvidos. Há rumores de que o autor do vídeo teria sido assassinado a facadas dias depois.
O vídeo é fake ou real? Foi mesmo assassinado seu autor? O que realmente aconteceu no dia 10 de abril de 2010?
Não sabemos. Nunca saberemos. Chamem os agentes Mulder e Scully. Ou pelo menos a Scully.
O que aconteceu afinal? Não sabemos e talvez nunca saibamos. Como dizia Churchill, a Rússia é uma charada envolta em mistério dentro de um enigma.
Isso me faz pensar sobre todos os eventos sobre os quais nada sabemos. Não é preciso ser um louco ou um teórico da conspiração para desconfiar das notícias que saem no jornal. É natural que estas atendam a certos interesses, e que os jornalistas são em sua grande maioria bocós que nada mais fazem do que reproduzir parcialmente os eventos sob a ótica da moda, que hoje é o progressismo politicamente correto. É ingenuidade acreditar em tudo o que se lê no jornal.
Ao mesmo tempo, os sites de teorias da conspiração tampouco são confiáveis, e portanto ficamos num limbo, sem poder acreditar no que lemos na Grande Mídia mas tampouco sem ter respostas alternativas verificáveis. Corremos o risco de querer usar um tin foil hat e passar a acreditar em teorias conspiratórias sobre planos para destruir a humanidade com o "vírus da gripe suína", que na realidade sumiu das notícias e matou menos do que uma gripe comum.
Lembram do terrorista líbio acusado do ataque de Lockerbie, solto pelas autoridades por "piedade", já que estava com câncer e "morreria em três meses"? Já faz mais de um ano, e ele não só ainda está vivo como os médicos garantem que deve viver mais de uma década (se o Mossad não o pegar); é possível que nem mesmo tenha câncer. A explicação agora é que teria havido um acordo do governo britânico e da British Petroleum com a Líbia para a exploração de petróleo no país árabe, e uma das condições dos líbios era a liberdade do seu "herói". Conspiração ou realidade?
As teorias da conspiração surgem quando temos pouca informação a respeito de certos assuntos, ou quando a informação oficial contradiz os fatos visíveis. Por exemplo, há muitas teorias de conspiração sobre Obama -- mas qual a razão? Obama jamais revelou grande parte da documentação sobre sua vida, dando margem a todo tipo de especulação. Quem chega a questionar alguns desses mistérios é acusado de "birther" ou paranóico, mas quem gerou o mistério foi o próprio Obama e seus amigos ao não divulgar a informação. A mídia chama de loucos ou ignorantes os 20% de americanos que acreditam que Obama seja muçulmano (apenas 34% acreditam que seja cristão, na sua posse eram 43%). Mas comparem o que ele fala sobre o Islã e o que ele fala sobre o Cristianismo, e vejam se parece um cristão falando.
No Brasil, a promíscua relação entre PT, Farc, Cuba e demais comunistas do continente latinoamericano também dá margem a supostas "teorias da conspiração", mas na verdade os fatos indicam que realmente há uma grande coordenação da esquerda a nível continental, e a presença de Zelaya no mais recente encontro do Foro de São Paulo é apenas a última prova. Quando é que uma conspiração torna-se verdade, quando sai no jornal?
Voltando ao acidente na Polônia, o que sabemos é que a causa oficial é de falha do piloto causada pela neblina. A transcrição oficial do diálogo dos pilotos parece confirmar o problema. No entanto, um avião repleto de jornalistas teria pousado no mesmo aeroporto apenas 40 minutos antes sem problemas. Um estranho vídeo amador supostamente realizado minutos após o acidente parece mostrar uma execução de sobreviventes. Para falar a verdade, parece-me fake. Achei o vídeo confuso e não consegui ver nada claramente, mas os tiros podem ser ouvidos. Há rumores de que o autor do vídeo teria sido assassinado a facadas dias depois.
O vídeo é fake ou real? Foi mesmo assassinado seu autor? O que realmente aconteceu no dia 10 de abril de 2010?
Não sabemos. Nunca saberemos. Chamem os agentes Mulder e Scully. Ou pelo menos a Scully.
The truth is out there.
Etiquetas:
conspirações,
Internet,
jornalismo,
mídia,
Polônia,
Rússia
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
PSOL
Um conhecido no Brasil, descontente com os rumos do PT e sua corrupção, decidiu filiar-se... ao PSOL.
É curioso como muitos na classe média no Brasil acreditam que a solução aos problemas gerados pela esquerda seja ir ainda mais à esquerda.
O domínio é tão completo que os petistas se permitem até dançar sobre o cadáver da direita. Lula, no outro dia, disse que está feliz que não haja nenhum troglodita de direita concorrendo nas próximas eleições. Até o PFL mudou de nome para DEM, já que "liberal" acabou virando nome feio. O próprio Lula concorda que a direita se esquerdizou:
A lavagem cerebral está tão, mas tão completa, que o pessoal sequer sabe mais o que é direita. É apenas um rótulo que se coloca aos bolcheviques menos violentos. Se você não é a favor da ocupação violenta de terras para realizar reforma agrária na marra, já pode ser considerado um "direitista".
Agora a mesma classe média vai eleger Dilma. Dizem que cada povo tem o governo que merece, e pode ser verdade.
É curioso como muitos na classe média no Brasil acreditam que a solução aos problemas gerados pela esquerda seja ir ainda mais à esquerda.
O domínio é tão completo que os petistas se permitem até dançar sobre o cadáver da direita. Lula, no outro dia, disse que está feliz que não haja nenhum troglodita de direita concorrendo nas próximas eleições. Até o PFL mudou de nome para DEM, já que "liberal" acabou virando nome feio. O próprio Lula concorda que a direita se esquerdizou:
Para 2010, segundo Lula, quatro ou cinco políticos disputarão a Presidência, todos eles com origem na esquerda, o que considerou como "inédito" e "fantástico". Lula comentou que esta situação se explica porque a direita atualmente "é mais progressista" e também porque "se misturou" com muitos partidos de esquerda.Curiosamente, muitos petistas ainda atacam a "mídia direitista". Algo que não existe no Brasil há muito tempo.
A lavagem cerebral está tão, mas tão completa, que o pessoal sequer sabe mais o que é direita. É apenas um rótulo que se coloca aos bolcheviques menos violentos. Se você não é a favor da ocupação violenta de terras para realizar reforma agrária na marra, já pode ser considerado um "direitista".
Agora a mesma classe média vai eleger Dilma. Dizem que cada povo tem o governo que merece, e pode ser verdade.
Ainda a mesquita
A polêmica sobre a construção da mesquita do 9/11, como a chamam por aqui, continua dando o que falar na mídia americana. Estes dias a Nancy Pelosi, líder do Congresso, disse que "os que são contrários à mesquita deveriam ser investigados".
Perceberam? Ninguém sabe direito de qual parte do Oriente Médio vêm os milhões de dólares necessários para a construção do monstrengo de 13 andares na zona mais cara de Manhattan, mas, segundo os Democratas, os 70% do povo americano contrários é que deveriam ser investigados.
Outra coisa curiosa é a seguinte: o número de pessoas que acreditam que Obama seja muçulmano está crescendo. Já chega a 20% do povo americano, e olhem que a pesquisa foi realizada antes do seu apoio à mesquita. Só 34% acham que Obama é cristão (e, de fato, não é mesmo, já que a igreja do Pastor Jeremiah Wright da qual ele participava prega uma versão do cristianismo bem pitoresca, por assim dizer).
A pergunta é a seguinte: por que tanto interesse, por parte dos Democratas, na construção de uma mesquita logo ali, em um lugar tão polêmico? O interesse dos muçulmanos é claro: homenagem aos "heróis" do atentado, publicidade gratuita, e mais uma marca no território dos infiéis. Mas os Democratas, que só têm a perder apoiando um projeto tão impopular?
A razão é que, seja por obediência a seus mestres globalistas, seja por ato reflexo, o progressista sempre é contrário a tudo o que for vagamente ocidental ou cristão. Uma mesquita a poucos passos do maior atentado islâmico da história parece-lhes supimpa. Quem não concorda só pode ser um odioso conservador. Naturalmente, uma igreja cristã no mesmo local passa por muitos maiores obstáculos para obter permissão para sua reconstrução e não aparece na mídia.
A defesa que os esquerdistas chegam a fazer da mesquita é comovente. Alguns afirmam que eles teriam tal direito na Constituição. Obviamente, a Constituição nada diz sobre construção de mesquitas, e é pouco provável que os pais fundadores dos EUA tivessem imaginado uma crescente população de muçulmanos em seu país. Outros afirmam que seria a maior demonstração de tolerância possível, ingenuamente acreditando que os maometanos ficarão sensibilizados, muito embora já odeiem Obama quase tanto quanto odeiam Bush. Outros, mais sensíveis dizem: "passaram já dez anos, move on".
Ora, deixando de lado a questão religiosa, há uma boa razão para a não construção da mesquita ali: a imensa maioria da população de New York é contra, mesmo reconhecendo que legalmente teriam o direito de construir.
O bizarro é que até mesmo alguns muçulmanos andam com o pé atrás devido à crescente má publicidade e começam a suspeitar que a Mesquita do Ground Zero seja apenas mais uma "conspiração sionista". (O que poderia fazer sentido, afinal o prefeito judeu Bloomberg é um dos apoiadores da idéia.)
Deixando o humorismo de lado, a verdade é que há poderosas forças por trás dessa mesquita, não a menor delas a do primeiro presidente muçulmano da América.
Perceberam? Ninguém sabe direito de qual parte do Oriente Médio vêm os milhões de dólares necessários para a construção do monstrengo de 13 andares na zona mais cara de Manhattan, mas, segundo os Democratas, os 70% do povo americano contrários é que deveriam ser investigados.
Outra coisa curiosa é a seguinte: o número de pessoas que acreditam que Obama seja muçulmano está crescendo. Já chega a 20% do povo americano, e olhem que a pesquisa foi realizada antes do seu apoio à mesquita. Só 34% acham que Obama é cristão (e, de fato, não é mesmo, já que a igreja do Pastor Jeremiah Wright da qual ele participava prega uma versão do cristianismo bem pitoresca, por assim dizer).
A pergunta é a seguinte: por que tanto interesse, por parte dos Democratas, na construção de uma mesquita logo ali, em um lugar tão polêmico? O interesse dos muçulmanos é claro: homenagem aos "heróis" do atentado, publicidade gratuita, e mais uma marca no território dos infiéis. Mas os Democratas, que só têm a perder apoiando um projeto tão impopular?
A razão é que, seja por obediência a seus mestres globalistas, seja por ato reflexo, o progressista sempre é contrário a tudo o que for vagamente ocidental ou cristão. Uma mesquita a poucos passos do maior atentado islâmico da história parece-lhes supimpa. Quem não concorda só pode ser um odioso conservador. Naturalmente, uma igreja cristã no mesmo local passa por muitos maiores obstáculos para obter permissão para sua reconstrução e não aparece na mídia.
A defesa que os esquerdistas chegam a fazer da mesquita é comovente. Alguns afirmam que eles teriam tal direito na Constituição. Obviamente, a Constituição nada diz sobre construção de mesquitas, e é pouco provável que os pais fundadores dos EUA tivessem imaginado uma crescente população de muçulmanos em seu país. Outros afirmam que seria a maior demonstração de tolerância possível, ingenuamente acreditando que os maometanos ficarão sensibilizados, muito embora já odeiem Obama quase tanto quanto odeiam Bush. Outros, mais sensíveis dizem: "passaram já dez anos, move on".
Ora, deixando de lado a questão religiosa, há uma boa razão para a não construção da mesquita ali: a imensa maioria da população de New York é contra, mesmo reconhecendo que legalmente teriam o direito de construir.
O bizarro é que até mesmo alguns muçulmanos andam com o pé atrás devido à crescente má publicidade e começam a suspeitar que a Mesquita do Ground Zero seja apenas mais uma "conspiração sionista". (O que poderia fazer sentido, afinal o prefeito judeu Bloomberg é um dos apoiadores da idéia.)
Deixando o humorismo de lado, a verdade é que há poderosas forças por trás dessa mesquita, não a menor delas a do primeiro presidente muçulmano da América.
domingo, 15 de agosto de 2010
Obama confessa: "Sou muçulmano!"
Obama aprovou oficialmente em seu discurso a mesquita com planos de ser inaugurada em 11 de setembro de 2011 a poucos metros do local em que dois aviões pilotados por suicidas muçulmanos destruíram as Torres Gêmeas. Al-bama celebrou o Ramadã na Casa Branca e disse: "O Islã sempre foi parte da História da América".
Imagine que um presidente como Bush dissesse: "O cristianismo sempre foi parte da História da América". Seria coberto de vitupérios, muito embora estivesse bem mais próximo da verdade. (Se o Islã foi parte da História da América, foi sempre como inimigo, desde a época dos piratas bárbaros)
Enquanto isso, nas proximidades, uma igreja cristã ortodoxa destruída no ataque tem dificuldade em obter permissão para a sua reconstrução. A mesquita de 13 andares não teve qualquer problema em obter permissão das autoridades, muito embora 70% do público americano seja contrário.
Mesmo que se aceite a lógica que há liberdade de religião nos EUA, por que construir uma mesquita logo naquele lugar? E inaugurá-la justamente no dia 11 de setembro? Ora, trata-se claramente um sinal de conquista. É antiga tradição dos guerreiros muçulmanos de construir mesquitas nos novos territórios conquistados, mais ou menos como um cachorro que marca seu território com pipi.
Após o discurso da mesquita, parece que Obama foi visto curvando-se para Meca e gritando "Allahu Aqbar!", mas não há confirmações.
Imagine que um presidente como Bush dissesse: "O cristianismo sempre foi parte da História da América". Seria coberto de vitupérios, muito embora estivesse bem mais próximo da verdade. (Se o Islã foi parte da História da América, foi sempre como inimigo, desde a época dos piratas bárbaros)
Enquanto isso, nas proximidades, uma igreja cristã ortodoxa destruída no ataque tem dificuldade em obter permissão para a sua reconstrução. A mesquita de 13 andares não teve qualquer problema em obter permissão das autoridades, muito embora 70% do público americano seja contrário.
Mesmo que se aceite a lógica que há liberdade de religião nos EUA, por que construir uma mesquita logo naquele lugar? E inaugurá-la justamente no dia 11 de setembro? Ora, trata-se claramente um sinal de conquista. É antiga tradição dos guerreiros muçulmanos de construir mesquitas nos novos territórios conquistados, mais ou menos como um cachorro que marca seu território com pipi.
Após o discurso da mesquita, parece que Obama foi visto curvando-se para Meca e gritando "Allahu Aqbar!", mas não há confirmações.
Etiquetas:
Islã,
Obama,
redundância
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Homenagem a Yves Hublet
Estou há um tempo fora do Brasil (embora mentalmente já estivesse há algum tempo), e por isso este blog terminou falando pouco sobre a política nacional e muito, talvez até demais, sobre a sociedade americana.
Não sei se essa é uma vantagem ou uma desvantagem. Blogs em português sobre o Brasil, há muitos. Sobre os EUA, em português, creio que poucos.
Mas há certas notícias sobre o Brasil que chamam a atenção. Uma delas é a recente morte do escritor Yves Hublet, sobre a qual só agora terminei sabendo.
Não sei se essa é uma vantagem ou uma desvantagem. Blogs em português sobre o Brasil, há muitos. Sobre os EUA, em português, creio que poucos.
Mas há certas notícias sobre o Brasil que chamam a atenção. Uma delas é a recente morte do escritor Yves Hublet, sobre a qual só agora terminei sabendo.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Para que servem as prisões?
Muito se discute sobre a questão das prisões, se deveriam "reabilitar", "reeducar" ou simplesmente "punir" o criminoso.
Theodore Dalrymple -- sempre ele -- mata a charada: independente do possível benefício ou malefício da prisão para o criminoso, para o cidadão que cumpre a lei a cadeia serve ao menos para uma coisa: enquanto o bandido está preso, ele não está lá fora matando, roubando ou estuprando.
Na canção "San Quentin", gravada ao vivo na prisão de San Quentin, Johnny Cash canta: "San Quentin, what good do you think you do? / Do you think I'll be different when you're through?"
Realmente, os próprios bandidos sabem e assumem que, ao saírem da cadeia, provavelmente continuarão a matar, roubar, fraudar, vender drogas, ou seja lá qual era a sua "ocupação" anterior. Os que não o fazem são poucos: de acordo com estatísticas brasileiras, 80% dos bandidos voltam a cometer crimes depois de sair da prisão. Em alguns casos, não esperam nem a saída, já começam a matar no ridículo "semi-aberto".
Theodore Dalrymple -- sempre ele -- mata a charada: independente do possível benefício ou malefício da prisão para o criminoso, para o cidadão que cumpre a lei a cadeia serve ao menos para uma coisa: enquanto o bandido está preso, ele não está lá fora matando, roubando ou estuprando.
Na canção "San Quentin", gravada ao vivo na prisão de San Quentin, Johnny Cash canta: "San Quentin, what good do you think you do? / Do you think I'll be different when you're through?"
Realmente, os próprios bandidos sabem e assumem que, ao saírem da cadeia, provavelmente continuarão a matar, roubar, fraudar, vender drogas, ou seja lá qual era a sua "ocupação" anterior. Os que não o fazem são poucos: de acordo com estatísticas brasileiras, 80% dos bandidos voltam a cometer crimes depois de sair da prisão. Em alguns casos, não esperam nem a saída, já começam a matar no ridículo "semi-aberto".
Etiquetas:
crimes,
especialistas de porra nenhuma,
leis,
opressão,
prisões
domingo, 8 de agosto de 2010
Poema do domingo
Brasil
Pátria de emigração.
É num poema que te posso ter...
A terra - possessiva inspiração;
E os rios - como versos a correr.
Achada na longínqua meninice,
Perdida na perdida juventude,
Guardei-te como podia:
na doce quietude
Da força represada da poesia.
E assim consigo ver-te
Como te sinto:
Na doirada moldura de lembrança,
O retrato da pura imensidade
A que dei a possível semelhança
Com palavras e rimas de saudade.
Miguel Torga (1907-1995)
Pátria de emigração.
É num poema que te posso ter...
A terra - possessiva inspiração;
E os rios - como versos a correr.
Achada na longínqua meninice,
Perdida na perdida juventude,
Guardei-te como podia:
na doce quietude
Da força represada da poesia.
E assim consigo ver-te
Como te sinto:
Na doirada moldura de lembrança,
O retrato da pura imensidade
A que dei a possível semelhança
Com palavras e rimas de saudade.
Miguel Torga (1907-1995)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Onde foram parar os vilões muçulmanos?
O fim da União Soviética causou um grave problema aos Estados Unidos: a falta de vilões para os filmes de Hollywood.
Os roteiristas até que tentaram com outras alternativas. Vilões colombianos durante a época do Cartel de Medellín. Vilões sérvios durante a Guerra dos Balcãs. Nenhum dos dois teve muito sucesso ou durou muito tempo, talvez porque nem colombianos nem sérvios eram grande ameaça aos USA ou ao mundo, e alguns americanos mal sabiam onde ficava a Sérvia ou a Colômbia. Perdidos como cegos em tiroteio, os roteiristas sempre podiam tirar da cartola os eternos Nazistas, é claro, mas nem todo filme pode ser sobre a II Guerra Mundial. Restavam os palhaços assassinos do espaço sideral, ou então os terroristas muçulmanos.
Os roteiristas até que tentaram com outras alternativas. Vilões colombianos durante a época do Cartel de Medellín. Vilões sérvios durante a Guerra dos Balcãs. Nenhum dos dois teve muito sucesso ou durou muito tempo, talvez porque nem colombianos nem sérvios eram grande ameaça aos USA ou ao mundo, e alguns americanos mal sabiam onde ficava a Sérvia ou a Colômbia. Perdidos como cegos em tiroteio, os roteiristas sempre podiam tirar da cartola os eternos Nazistas, é claro, mas nem todo filme pode ser sobre a II Guerra Mundial. Restavam os palhaços assassinos do espaço sideral, ou então os terroristas muçulmanos.
Etiquetas:
cinema,
vilões de cinema,
violência
Assinar:
Postagens (Atom)