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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Para que servem as prisões?

Muito se discute sobre a questão das prisões, se deveriam "reabilitar", "reeducar" ou simplesmente "punir" o criminoso.

Theodore Dalrymple -- sempre ele -- mata a charada: independente do possível benefício ou malefício da prisão para o criminoso, para o cidadão que cumpre a lei a cadeia serve ao menos para uma coisa: enquanto o bandido está preso, ele não está lá fora matando, roubando ou estuprando.


Na canção "San Quentin", gravada ao vivo na prisão de San Quentin, Johnny Cash canta: "San Quentin, what good do you think you do? / Do you think I'll be different when you're through?"

Realmente, os próprios bandidos sabem e assumem que, ao saírem da cadeia, provavelmente continuarão a matar, roubar, fraudar, vender drogas, ou seja lá qual era a sua "ocupação" anterior. Os que não o fazem são poucos: de acordo com estatísticas brasileiras, 80% dos bandidos voltam a cometer crimes depois de sair da prisão. Em alguns casos, não esperam nem a saída, já começam a matar no ridículo "semi-aberto".  


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Guantanamera...

O mundo celebra o fato que Obama tenha assinado um decreto mandando fechar a prisão de Guantánamo. Curiosamente, ao mesmo tempo, poucos são os países dispostos a aceitar seus maléficos prisioneiros. Tampouco Obama sabe o que fazer com eles: embora tenha dado ordem de fechar a prisão em um ano, ainda não decidiu o que será feito com os 274 terroristas que ainda se encontram lá. E as opções não são muitas.

Guantánamo representou uma solução provisória a um problema relativamente novo: entidades não-estatais multinacionais que lutam contra países soberanos. Alguns reclamam que os prisioneiros do Camp Delta em Guantánamo Bay não tenham o status nem de criminosos nem de prisioneiros de guerra. De fato, não são nem uma coisa nem outra. Sendo estrangeiros, não têm direito algum à proteção sob a Constituição Americana. Mas, como nem Al-Qaeda nem nenhum grupo terrorista assinou a Convenção de Genebra, tampouco são prisioneiros de guerra legítimos.

Foi Guantánamo um erro? Provavelmente. Deixou os prisioneiros num limbo legal, o que não é muito bom de um jeito ou de outro. E chamou demasiado a atenção e despertou demasiadas críticas, e não é isso que você quer em uma guerra deste tipo.

Dado o fracasso de Guantánamo, o que vai acontecer com os futuros terroristas capturados em combate pelos EUA? Ou serão mortos no próprio local de combate (take no prisoners), ou enviados para países árabes onde serão torturados (Obama disse que não vai fazer, mas sabe-se que esse pessoal diz uma coisa e faz outra), ou terão direito à proteção legal sob as leis americanas, quer dizer, mais direitos do que teriam em seus países. Isso, naturalmente, apenas estimulará novos ataques terroristas. De fato, grande parte dos presos de Guantánamo que já foram liberados voltaram a realizar atos terroristas. É claro. E por que não? Têm a simpatia mundial, e até aquela do presidente dos EUA. Por ora todos celebram e se sentem bonzinhos e puros. Mas se houver um novo ataque terrorista nos EUA, pode ter certeza que a coisa vai feder pro lado de Obama. Não espere que os terroristas sejam bonzinhos, não.

No outro dia, na Califórnia mesmo, um pobre coitado foi condenado a 15 anos de prisão por ter roubado 100 dólares. Não há nenhuma organização de direitos humanos preocupada com ele. Khalid Sheik Mohammed, um dos planejadores dos ataques de 11 de setembro, ainda está aguardando julgamento, e já tem pessoal de direitos humanos querendo defender essa escória, alegando que foi torturado com waterboarding. Se foi, é até pouco. Cadeira elétrica pra ele!

Mas Guantánamo não é o problema. Guantánamo é apenas uma oportunidade genial para todos os bem-pensantes posarem de bonzinhos. Ora, até acredito que os países supostamente mais civilizados tenham que dar o exemplo e agir de modo a minimizar perdas civis, não realizar tortura, respeitar as leis e convenções, ter prisões melhores etcétera. O que incomoda é que a coisa seja sempre de um só lado. Requer-se sempre o máximo de EUA, Israel e países europeus. Já Hamas, Fidel, Chávez, FARC, Al-Qaeda e todo esse pessoal podem torturar e matar sem julgamento. O Hamas agora mesmo está torturando e matando dezenas de palestinos acusados de colaboradores. E nem um pio da mídia! E os Hamasianos ainda são celebrados como vítimas. Vítimas o escambau! Se querem que Israel, EUA e demais países ocidentais respeitem direitos humanos, devem começar eles dando o exemplo. Ou não?

Pensem um pouco: Guantánamo está localizado em Cuba, a poucos quilômetros de onde centenas de presos políticos ainda apodrecem nas prisões fétidas de Fidel Castro! Perto dessas prisões - ou de quase qualquer outra prisão no Terceiro Mundo - Camp Delta é um spa para terroristas estressados descansarem do stress da jihad.

Como resolver o problema dos presos de Guantánamo, na minha opinião? Simples. Chamem o Jack Bauer, o Capitão Nascimento e o Chuck Norris.

E, enquanto eles resolvem a situação, nós pacifistas podemos dar as mãos e cantar em rodinha:

Yo soy un hombre sincero
de donde crece la palma.
Y antes de morirme quiero.
Echar mis versos del alma.

Guantanamera,
Guajira
Guantanamera
Guantanameeeeeeraaaa
Guajira guantanamera...