sábado, 18 de abril de 2009

Existe historiador não-marxista?

Uma pedido aos caros leitores, que talvez possam me ajudar. Sempre que procuro informações algo mais detalhadas sobre algum evento da História do Brasil, na maior parte das vezes, por mais que pesquise, encontro apenas versões de historiadores que falam para cá e para lá em "classes dominadas oprimidas", reclamam que as guerras e revoluções de tal ou tal época "não tinham conteúdo social" ou informam que eram causadas pela "mão poderosa do imperialismo", interpretam tudo pela "luta de classes" e acreditam piamente - sim, ainda! - nas benesses do socialismo vindouro. Quase todos marxistas, quando não meramente lulistas e petistas.

Existe algum historiador brasileiro que não se enquadre nessa categoria?

26 comentários:

Anônimo disse...

Jose Murilo de Carvalho. Não é um liberal (aí já seria pedir demais, né?), mas não é marxista, e é inteligente.

Finado Nemerson Lavoura

Anônimo disse...

Sou formada em história há quatro anos e não sou marxista. No entanto, na academia, você tem de se fazer de marxista ou então não entra em nenhum programa de pós-graduação. Larguei um mestrado pois não estava mais agüentando ter de escrever coisas nas quais não acreditava. Podem achar que é frescura mas comecei a ficar doente: meu orientador insistia que eu deveria achar 'luta de classes' no meu objeto de estudos; tirei 'B' (pra um mestrado isso é ruim) em uma disciplina por perseguição: todos os outros alunos que concordavam com os pontos de vista das professoras tiraram 'A'. Existem alunos militares que são discriminados pelos amantes de Che e cia., os assumidamente direitistas são excluídos dos debates a gritos e expostos ao ridículo. E é exatamente como você observou: todos os eventos da área de história - me atreveria a dizer de todas as ciências humanas - estão infectados por essa ideologia maldita.

marcelo augusto disse...

Edward Gibbon! :P

O Boris Fausto é marxista?

Os livros de história que utilizei ao longo de todo o ensino médio foram os volumes História das Sociedades. São marxistas, pelo menos se a palavra "especial" abaixo estiver com o significado literal do termo:

Trecho da Sinopse do Livro:

[...] O livro inclui diversas questões fundamentais no estudo da História. Não apenas os fatos mais recentes, mas, também, uma nova luz sobre alguns dos principais episódios da História recente, como as conseqüências da II Guerra, o Ludismo, o cartismo, o Darwinismo Social, a Terceira Revolução Industrial, o neoliberalismo e o Consenso de Washington, os acordos de Bretton Woods e a criação do FMI e do BIRD, os governos Clinton e Yeltsin, a guerra do Kosovo, o período especial em cuba, O MERCOSUL, o NAFTA, o Grupo dos Sete e até o processo de independência do Timor Leste.Os volumes da História da Vida Privada também eram utilizados pelo professor em vários momentos.

rolando disse...

Tem um historiador cuja obra anda dando o que falar:

seu nome é Marco Antonio Villa, é professor da Federal de São Carlos, escreveu um livro que rebate a tese de que o Paraguai foi vítima naquela guerra, e também questiona muito essa pose de heróis da pátria na luta pela democracia dos esquerdinhas que hoje estão no poder.

Rolando disse...

Pode ser até um pouco de preconceito da minha parte: mas ojeriza mesmo me causam os antropólogos. E pelo que andei lendo em sites internacionais, o problema não é só com os formados no Brasil.

Chesterton disse...

Tem os militares, existia a Biblioteca do Exercito. O pai de meu cunhado é um deles. Escxreveu sobre os ianomanis (a mistificação).

Fabio Marton disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fabio Marton disse...

O Villa não é, nem o Bóris Fausto. É meio que como o bobo-da-corte, dão licença para um ou outro não ser marxista, geralmente um por curso. Quando acusam qualquer anti-esquerdista de ser clone do Diogo Mainardi, fico pensando que o que querem dizer é que você representa um problema numérico: "ô, a vaga de não-esquerdidta já tá ocupado, não tá sabendo, sua anta?".

Felipe Flexa disse...

Francisco Doratiotto, autor de "Maldita guerra", o livro que acaba de uma vez com aquela história de que a Guerra do Paraguai foi promovida pelo imperialismo inglês e que promovemos um genocídio no país. Prova por A+B que Solano era um ditador chinfrim e que era o agressor e não o agredido como o revisionismo de esquerda quis fazer, sobretudo aquele livreco do José Júlio Chiavenatto, "Genocídio americano", totalmente destroçado por Doratiotto.

Joao disse...

Jose Murilo de Carvalho, bem lembrado.

Marco Antonio Villa, Manolo Florentino..

O Villa é especialmente interessante, porque é biógrafo do Jango e joga no lixo a teoria conspiratória de que ele teria sido assassinado, já que não tinha mais nenhuma força política quando morreu.

joao disse...

"No entanto, na academia, você tem de se fazer de marxista ou então não entra em nenhum programa de pós-graduação"

Notei algo assim também, e realmente não só em história...

Mr X disse...

Obrigado pelas dicas. Realmente, o José Murilo de Carvalho é bom, tinha já lido alguma coisa dele. Os outros, vou conferir.

História ainda é menos ruim do que sociologia e antropologia, provavelmente.

Abraços,

rolando disse...

boa dica do Persegonha. creio que me confundi, o livro sobre a Guerra do Paraguai não foi escrito pelo Villa. Ainda assim o Villa rebate esse heroísmo anti-ditadura dos esquerdas. Lutar contra a ditadura e lutar pela redemocratização não foram sinônimos. E como bem lembrou o João, há pouco o Villa lançou "Jango: um perfil".

Anônimo disse...

Poooo Mr. X, assim vc até ofende os historiadores, generalizando ao chamar eles de marxista. Não estou por dentro da matéria, mas acredito, de verdade, que exista algum historiador sensato, que não se deixa levar por paixãoes políticas antiquadas. No mais, achei interessante seu blog, virei seguidor.
Depois dá uma passadinha no meu blog:

www.oindecoroso.blogspot.com

Anônimo disse...

cruz credo vc´s não entendem nada

Anônimo disse...

Menino X, faça uma pesquisa séria e verá que, no Brasil e no Mundo, está cada vez mais raro um historiador marxista.
Olha, esse papo de esquerda X direita, do tipo se não é uma coisa é outra, está ultrapassado.

Unknown disse...

Estou no quinto período de História da UFRRJ. Não importa se o historiador é marxista ou não, o que importa é se faz um trabalho com qualidade. Particularmente, tenho um certo interesse pelo Materialismo Histórico, mas, sei que é só um corpo teórico, e , como tal, precisa ter flexibilidade para se adequar ao processo histórico. A história não é receita de bolo, aqueles que querem enxergar luta de classes em tudo são uns bitolados. Eu falo de desigualdade social com algumas pessoas e elas dizem que sou marxista, atrasado ou sei lá mais o que. Se é por preconceito, ele está em todos os lugares. Um professor marxista que quer obrigar o aluno a ser marxista é antes de tudo um sujeito sem ética.

Anônimo disse...

Sou formada em história há quatro anos e não sou marxista. No entanto, na academia, você tem de se fazer de marxista ou então não entra em nenhum programa de pós-graduação. Larguei um mestrado pois não estava mais agüentando ter de escrever coisas nas quais não acreditava. Podem achar que é frescura mas comecei a ficar doente: meu orientador insistia que eu deveria achar 'luta de classes' no meu objeto de estudos; tirei 'B' (pra um mestrado isso é ruim) em uma disciplina por perseguição: todos os outros alunos que concordavam com os pontos de vista das professoras tiraram 'A'. Existem alunos militares que são discriminados pelos amantes de Che e cia., os assumidamente direitistas são excluídos dos debates a gritos e expostos ao ridículo. E é exatamente como você observou: todos os eventos da área de história - me atreveria a dizer de todas as ciências humanas - estão infectados por essa ideologia maldita."

Engraçado sou formado em História na UFES, tive um professor militar que dava aula sobre ditadura que transitava em todas as vertentes. E outra, na universidade que eu sai, quem sofre preconceito sao os "marxistas" por pura ignorancia de quem acha que conhece o marxismo.

Esse blog esta repleto de falsas representações sobre a História, generalizando as academias e sobre o Marxismo. Lamentavel, vide que pelo visto o blog é formado por pessoas de dentro.

JULIO CESAR disse...

comunismo=fascismo
comunismo=fascismo=nazismo=racismo

JULIO CESAR disse...

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JULIO CESAR disse...

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JULIO CESAR disse...

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ionemancera disse...

Estudo História, e o
O que me preocupa é o momento em que a Historiografia está a passar. Daqui a pouco a História deixa de ser uma Ciência e vira estória, como se dizia no passado, para diferenciar verdade da mentira.
Historiador pesquisa, decifra, interpreta. Descobre, compara e passa para a humanidade.Tem compromisso com a verdade Não pode ser parcial. Imparcialidade é uma das características essencial para o Historiador. O que estudo no momento são os rumos da Historiografia, que como diz Viotti da costa, " é um caleidoscópio caído e partido em milhares de pedaços no chão". Lança luzes por todos os lados. Meu pensamento é que os Historiadores devem lutar pela existência dela como Ciência com toda seriedade que merece, um legado dos nossos predecessores para que existisse como tal.

Anônimo disse...

UFES= Esquerda jovem do ES inteiro.
Pura ideologia marxista. Tenho 2 professores de história um de geografia e sociologia e filosofia, todos foram alunos da UFES. São da esquerda sim e marxistas. Falam do sicialismo como a salvação e endeusam os "amigos das minorias" Che Guevara e Maduro.
A direita é vaiada de pé pelos robôs socialistas que estudam e trabalham lá.

Anônimo disse...

UFES= Esquerda jovem do ES inteiro.
Pura ideologia marxista. Tenho 2 professores de história um de geografia e sociologia e filosofia, todos foram alunos da UFES. São da esquerda sim e marxistas. Falam do sicialismo como a salvação e endeusam os "amigos das minorias" Che Guevara e Maduro.
A direita é vaiada de pé pelos robôs socialistas que estudam e trabalham lá.

LANE disse...

EU Ñ SOU!!!